A ação civil pública que pede o fim da Blackdever, empresa acusada de ser uma pirâmide financeira , chegou à Justiça na última segunda-feira (14). O objetivo, de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), é conseguir que o negócio seja extinto e os recursos angariados, entregues a instituições de caridade. Mas apenas R$ 200 mil, de R$ 36,4 milhões, foram encontrados.
“Eles [ donos da empresa ] esvaíram o dinheiro. Devem ter comprado casa, apartamento, carro…”, diz ao iG o promotor Fernando Martins, responsável pelo caso.
Criada em março de 2013, a Blackdever faturou R$ 72 milhões até agosto, quando a 10ª Vara Cível de Uberlândia (MP-MG) determinou o bloqueio de R$ 36,4 milhões. Segundo Martins, entretanto, apenas R$ 200 mil foram localizados.
A Blackdever se apresenta como um negócio de marketing multinível , modelo de negócios legítimo em que os revendedores autônomos são remunerados pelas vendas de outros revendedores que atraem para a rede. Para o MP-MG, entretanto, os lucros da Blackdever são oriundos das taxas de adesão pagas pelos revendedores, e não da comercialização de qualquer produto.
A Justiça também não conseguiu localizar os donos da Blackdever para comunicá-los da decisão. Em vídeos e publicações numa rede social, o presidente da empresa, Rogério Alves, diz estar na Espanha. Lá, teria fechado um contrato com outro empreendimento de marketing multinível, para dar continuidade ao negócio.
Os responsáveis pela empresa não foram localizados para comentar os dados desta reportagem.
Portal IG
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