Foto: REPRODUÇÃO RECORD TV
No 17º dia de buscas pelo serial killer do Distrito Federal e de Goiás, Lázaro Barbosa, de 32 anos, a polícia sobrevoa a região de helicóptero, nesta sexta-feira (25), após um veículo furar o bloqueio montado pela força-tarefa para monitorar a região. A polícia não descarta a possibilidade de ser Lázaro na tentativa de deixar a região.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um veículo não obedeceu a ordem de parada e deu início uma grande perseguição que teve o apoio de dois helicópetros e diversas viaturas em uma fazenda de Águas Lindas de Goiás. A região é formada por um conglomerado com cerca de 200 a 290 chácaras.
Há também uma mobilização das forças de segurança para definir para qual delegacia Lázaro será levado após a prisão. Isso porque a polícia teria fortes indícios de onde o serial killer está escondido. Ele seria levado, então, para o mesmo local para onde foram levados o caseiro e o fazendeiro acusados de dar abrigo e alimentação a Lázaro.
Prisão de suspeitos
Novas prisões de pessoas que teriam participado de outros crimes junto com Lázaro podem ocorrer nesta sexta-feira. Dois homens foram presos na noite de quinta-feira (24) suspeitos de facilitarem a fuga do criminoso, informou o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda.
Miranda afirmou que outros suspeitos de acobertar as ações de Lázaro estão sendo investigados e que a polícia descobriu um local utilizado pelo serial killer para se esconder. Ele afirmou que o cerco está cada vez mais apertado. “Cada dia estamos chegando mais perto. Estamos mais perto do que nunca hoje, mas também não posso cravar uma data”, disse.
O secretário avalia que o tempo de perseguição “é um tempo razoável pra se resolver uma crise tão complexa em cima de um sujeito tão perigoso, um psicopata e, principalmente, tendo uma rede de psicopatas junto com ele.” Existe a possibilidade de ele ter conseguido escapar do cerco em Girassol, mas ela é pequena, na visão de Miranda.
Buscas entram no 17º dia
A Polícia Civil de Goiás percorreu durante os últimos 16 dias de trabalho as regiões dos municípios de Cocalzinho, Edilândia, Águas Lindas e Girassol. Uma outra frente de investigações considerou a possibilidade de ele ter cruzado o rio dos Macacos e o rio da Areia e seguido para Santo Antônio do Descoberto.
Segundo o secretário, no entanto, o objetivo da polícia agora é saturar a região para localizar o foragido e encerrar o caso. Nesta quinta, helicópteros e viaturas reforçaram o trabalho nos momentos das duas prisões. Uma barreira policial foi montada em uma estrada de terra que dava acesso ao local, impedindo a imprensa de acompanhar as detenções e os moradores de voltarem para casa.
De acordo com as investigações, desde o início da fuga, Lázaro foi visto em quatro cidades e percorreu pelo menos 140 km. Nesse período, ele cometeu diversos crimes e desafiou centenas de policiais. Um advogado chegou a afirmar que familiares de Lázaro querem que ele se entregue para não ser morto. De acordo com o secretário, uma série de boatos aponta que há advogados dizendo que pretendem negociar a rendição de Lázaro, mas nenhum se apresentou às forças de segurança.
Segundo moradores da região, Lázaro Barbosa acompanhava a rotina das vítimas antes dos ataques para identificar o melhor momento da abordagem. À Record TV, uma das vítimas do serial killer, que prefere não ser identificada, contou que ele vigiou a chácara na região de Ceilândia (DF) até invadir a propriedade à noite.
A caçada começou após Lázaro ser apontado como responsável pela morte de quatro pessoas da mesma família, no dia 9 de junho, em Ceilândia, na região administrativa do Distrito Federal. Depois disso, ele iniciou a fuga pelo interior de Goiás.
R7
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