Segurança

Menos de 10% dos Boletins de Ocorrência são investigados em Natal

Um levantamento feito pela Corregedoria Geral de Polícia e que faz parte de um procedimento investigatório no Ministério Público Estadual apontam que apenas uma média de 7,26% dos boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Natal são transformados em um inquérito policial. Para o promotor criminal Wendell Beetoven, do Controle Externo da Atividade Policial, o problema revelado com esses dados é que “muitos crimes não são investigados”. O diretor adjunto de Polícia da Grande Natal, o delegado Matias Laurentino, afirma que muitos dos registros não são de crime e garante que tudo que chega à Polícia é apurado.

O levantamento foi feito no período entre janeiro e agosto de 2011. Segundo o documento, anexado ao inquérito civil 011/2011 do MPE, foram registrados durante esse tempo 40.157 BOs nas 15 delegacias distritais (dos bairros) e 17 especializadas da capital potiguar. Nesse mesmo período, foram instaurados 2.916 inquéritos policiais, ou seja, procedimentos investigatórios. Entre as distritais, a que apresentou menor “rendimento” foi a 1ª DP, do Centro de Natal, com 2,40% dos boletins transformados em inquéritos. Já a com melhor produtividade foi a 14ª DP, de Felipe Camarão, com a média de 7,34%.

Entre as pessoas que prestaram queixa à Polícia Civil e não viram o caso dar seguimento está o servidor público federal Iano Flávio, morador do bairro de Capim Macio, zona Sul de Natal. Sua casa foi arrombada há cerca de dois meses. Do local, os criminosos levaram um notebook e duas câmeras fotográficas com lentes objetivas, um prejuízo em torno de R$ 8 mil. “Sem falar na desordem que fica a nossa vida ao perder arquivos de computador necessários. A gente acaba tendo de procura aqui e ali para tentar recuperá-los, quando conseguimos”. Segundo ele, o zelador de um prédio em frente à sua residência viu os bandidos fugindo e ligou para ele. “Fui correndo para casa e liguei para a polícia, que chegou apenas 40 minutos depois. Só entramos em casa depois da polícia, que saiu para fazer buscas e nos orientou a fazer um BO. Os policiais disseram ainda que retornariam para buscar o documento, mas nunca voltaram”.
 
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Fonte: O Poti

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