Política

Partidos do Centrão avançam nas capitais e interior do país; PT, PSDB e MDB amargam prejuízos

Dirigentes partidários do chamado centrão — bloco da Câmara que reúne legendas como PP, PL, Republicanos, PSD e PTB Foto: Editoria de Arte

Com a apuração de 99,5% dos urnas em todo o país, o mapa dos partidos brasileiros indica que legendas de centro seguem predominando no comando do Executivo em todo o Brasil. No entanto, o equilíbrio de forças se altera radicalmente para os próximos quatro anos. O MDB segue como maior partido do país, com menor força que outrora, ao passo que DEM, PSD, PP e Republicanos avançam sobre esse eleitorado. Já partidos tradicionais, com PT e PSDB, amargam prejuízos.

O retrato eleitoral indica que discursos radicais de antipolítica, uma das principais marcas do pleito de 2018, não teve força relevante no país em 2020. O histerismo que embalou candidaturas bem-sucedidas há dois anos foi ofuscado agora – as mudanças no jogo partidário envolveram mais a reorganização de atores políticos tradicionais do que o surgimento de outsiders.

Os números devem mudar até a consolidação final do resultado. No entanto, já mostram que, apesar de predominar no país, o MDB perdeu espaço e força em quatro anos, principalmente no interior do país. Até o momento, o partido comandará 750 prefeituras do país, menos do que os 1.049 políticos no Executivo em 2016 – queda de 28,5%.

Alijado do comando da máquina pública em Brasília, o partido perdeu protagonismo para legendas mais próximas do poder, mas segue influente em todo o país, com candidatos disputando em sete das 18 capitais com 2º turno.

Já as legendas com maior salto foram o núcleo duro do Centrão, base de apoio do presidente Bolsonaro no Congresso, como PP, PSD e Republicanos.

O crescimento já era esperado, uma vez que essas legendas já haviam apresentado um crescimento no número de filiados para esta eleição. Também foram alvo das principais migrações partidárias nos últimos quatro anos. Ou seja, acumulam maior capilaridade a partir de agora.

Entre os Progressistas, os 648 prefeitos eleitos até o momento colocam o partido numa posição confortável de 53% de crescimento na comparação com 2016. Mais que o avanço, a legenda conseguiu reverter a tendência de declínio no número de prefeituras conquistadas.

Desde 2000, quando conquistou 620 cidades, o partido vinha em queda no número de prefeitos. Há quatro anos atrás, foram 498.

Já o PSD, comandado pelo ex-ministro Gilberto Kassab, comandará 636 cidades, 96 a mais do que o registrado em 2016. A principal delas é Belo Horizonte, onde o prefeito Alexandre Kalil venceu no primeiro turno.

O partido do presidente Rodrigo Maia, o DEM, também avançou sua base de influência em todo o país. Até o momento, comandará 440 prefeituras, 60% a mais do que o registrado há quatro anos, quando conquistou 272 . Além do interior, o DEM cresceu sobre o eleitorado nas grandes cidades.

O Democratas comandará prefeituras importantes como Curitiba, Florianópolis e Salvador e Campo Grande. E ainda tem chance de vitória em centros importantes como Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes disputa o segundo turno contra Marcelo Crivella (Republicanos).

Já o Republicanos, partido dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mostra crescimento expressivo da influência. Até o momento, comandará 216 cidades, praticamente o dobro do que conquistou em 2016 (106).

PT e PSDB em declínio

Na tentativa de recuperar o resultado de 2016, o PT conquistou até o momento menos prefeituras do que conseguiu há quatro anos. Até o momento, 178 petistas estão eleitos nos municípios – 79 a menos do que no passado, quando conquistou 257.

A despeito do cenário negativo, o partido pode terminar com um saldo melhor do que no último pleito. A legenda tem 15 candidatos classificados para o 2º turno nas maiores cidades, o que poderá aumentar sua influência sobre eleitores.

Os tucanos, por sua vez, elegeram 525 neste domingo. São 280 a menos do que o registrado há quatro anos, quando comandou 805 cidades. Assim como o PT, os tucanos podem conquistar cidades importantes e reduzir o impacto do prejuízo nas pequenas cidades.

O PSDB tem hoje 14 candidatos com chances de eleição no próximo dia 29. Além disso, conquistou nove cidades importantes, como as capitais Palmas (TO) e Natal (RN), por exemplo.

A decepção maior foi com o resultado do PSL. Com a maior parcela do fundo partidário, a antiga legenda do presidente Jair Bolsonaro elegeu apenas 85 prefeitos pelo país. Nenhum dentro das cidades com mais de 200 mil eleitores do país.

O partido poderá diminuir o resultado negativo no próximo dia 29, quando disputará o segundo turno em Sorocaba e Praia Grande, ambas em São Paulo.

O candidato à prefeitura Eduardo Paes, do DEM, vota no Gávea Golfe Clube, em São Conrado, acompanhado da mulher e dos filhos Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Betão Jeferson, como é bom ver o partido dele crescendo, adoro quando ele mete o pau no STF e nos políticos.

  2. Hô centrão bom, Hô centrão invocado, tirando o PT, PSOL e PCdoB é o que interessa kkkķkkk.

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Saúde

Coronavírus: só uma cidade do Brasil, mineira, segue livre da doença; conheça

Foto: Prefeitura/Divulgação

Cedro do Abaeté, cidade na região Central de Minas com pouco mais de mil moradores, é a única ainda sem casos registrados de coronavírus em todo o Brasil. Segundo o boletim epidemiológico do estado divulgado nesta sexta-feira (13), a cidade de Pedro Teixeira, que também estava livre da doença até a véspera, já registrou seu primeiro paciente infectado.

Em entrevista ao G1 Centro-Oeste há duas semanas, a secretária de Saúde da cidade, Cássia Maria dos Santos, justificou a boa situação de Centro do Abaeté dizendo: “É coisa de Deus”. Mas, além da questão da fé, várias medidas sanitárias foram adotadas na cidade, segundo a representante da prefeitura.

Uma delas foi a contratação de médicos especialistas na cidade –que não tem hospital – para evitar o deslocamento da população e o risco de contágio de seus moradores. Antes, essas especialidades eram oferecidas em Abaeté, um município de pouco mais de 23 mil habitantes, que fica distante de Cedro apenas 35 quilômetros, por um trajeto feito pela BR-352.

“A prefeitura deslocava com os moradores para Abaeté, que é a nossa referência, mas com a pandemia passamos a custear várias especialidades como neurologista, psiquiatra, urologista e também exames de ultrassom. Tudo isso para que os moradores não tenham que se deslocar e ficarem expostos aos riscos”, disse a secretária.

Além disso, a prefeitura também instalou barreiras sanitárias, que funcionam 24 horas por dia, nas entradas que dão acesso ao município. Nas tendas instaladas para proteger os agentes de saúde do sol, todos usam, diariamente, máscaras e equipamentos de proteção completos, como luvas, toucas e aventais.

A secretária também afirmou que a prefeitura investe em testagem dos moradores e na distribuição gratuita de máscaras de algodão a todos os habitantes, inclusive na zona rural.

Os agentes de saúde percorrem todo território entregando de porta em porta as máscaras de proteção. “Já fizemos essa ação mais de uma vez e, se o morador quiser, ele pode buscar mais máscaras na Policlínica. Montamos uma mini fábrica para atender a todos com essa demanda”, contou a secretária de saúde.

Além disso, o município optou por não reabrir nenhum espaço público, mesmo depois que sua região entrou na onda verde do programa estadual Minas Consciente. Locais como a Praça de Esportes, parques e o poliesportivo permaneceram fechados.

Já os espaços particulares, como supermercados e lojas, recebem visita constante de um fiscal da prefeitura, que orienta sobre o uso obrigatório de máscara, segundo Cássia.

Os dados no estado

Até esta sexta-feira (13), Minas Gerais já teve 379.274 casos confirmados de coronavírus, dos quais 9.405 acabaram em morte. Foram 2.737 casos a mais – e 146 registros novos de mortes nas últimas 24 horas.

Dentre os pacientes infectados pela Covid-19, 19.895 seguem em acompanhamento, internados ou em isolamento domiciliar. E 349.974 mineiros são considerados “recuperados” da doença, ou seja, são pessoas que receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de dez dias e estão há 72 horas assintomáticos e sem intercorrências.

Ao todo, 342.380 mineiros já tiveram que ficar em isolamento domiciliar, à espera da recuperação de infecção por Covid-19, desde o início da pandemia. Outros 36.894 tiveram o quadro mais grave da doença e precisaram de internação hospitalar.

G1

Opinião dos leitores

  1. Parabéns ao Blog, está elegendo o parlamentar atuante que é Cícero Martins!!! 11.000
    11.000 para não esquecer. Ou Cícero Martins duro. Cara Sério!!!

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Economia

“Brasil está oficialmente saindo da recessão”, afirma Guedes, que destaca “queda de contaminações e vacina chegando”

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil está oficialmente saindo da recessão, afirmou nesta sexta-feira (13) o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao participar virtualmente do 39º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex). “Recebemos hoje a notícia de que o Brasil está oficialmente está saindo da recessão”, disse Guedes.

Ele destacou que sua “hipótese de trabalho” é que as contaminações pelo novo coronavírus estão em queda e que a “vacina está chegando”. “O Brasil está conseguindo combater a doença. Isso é um fato que está acontecendo do lado da saúde. Do outro lado, da economia, é um fato que o Brasil está saindo da recessão”, enfatizou.

Para o ministro, o governo tem cerca de um ano e meio para transformar a retomada da economia em crescimento sustentável. “Em vez de uma onda de consumo, em uma forte recuperação cíclica, o desafio é transformar isso na ampliação da capacidade produtiva.”

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado nesta sexta-feira, mostrou crescimento de 9,47% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. Em setembro, comparado a agosto, houve expansão de 1,29%.

Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, foi registrada queda de 3%. Em 12 meses encerrados em setembro, houve retração de 3,32%.

Empregos

Guedes ressaltou que o país criou 300 mil empregos em setembro. Segundo o ministro, o “ritmo está tão forte que talvez seja difícil manter” a criação de emprego nesse patamar.

O ministro lembrou que, em anos anteriores de crise, as perdas de emprego foram maiores no que na atual. Neste ano, até setembro, a perda chegou a 550 mil postos de trabalho, contra 650 mil na recessão de 2015 (de janeiro a setembro) e 687 mil em igual período de 2016. “Os erros de política econômica causaram mais dano do que a pandemia”, afirmou.

Teto de gastos

O ministro da Economia voltou a defender o controle das contas públicas, por meio do teto de gastos. “Não vamos aumentar impostos, então precisamos do controle de gastos”, disse.

Para Guedes, o teto de gastos é uma “barreira contra a irresponsabilidade com as finanças públicas”. “É importante que lutemos para manter esse teto para mudar o eixo da economia brasileira que era baseada nos investimentos dirigidos pelo governo.”

Guedes destacou ainda que os servidores públicos “aceitaram com patriotismo” o congelamento de salários neste ano e em 2021 como contribuição para o enfrentamento da pandemia. “Os salários estavam muito acima da média do setor privado, e o funcionalismo, com patriotismo, porque não houve grandes reclamações, aceitou essa contribuição de não pedir aumento durante este ano de pandemia e o ano que vem, quando estaremos ainda com o efeito devastador sobre as finanças públicas”, afirmou.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Economia

Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no terceiro trimestre no país

Foto: © José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados

A reabertura da economia trouxe reflexos positivos para as indústrias de menor porte. Segundo pesquisa divulgada nessa quarta-feira(11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho da pequena indústria encerrou o terceiro trimestre no melhor nível desde a criação, em 2012. O indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos, com alta expressiva em relação aos 41,3 pontos registrados no fim de julho.

O índice de desempenho serve como aproximação para medir a produção das pequenas indústrias. Em abril, no mês seguinte ao início da pandemia de covid-19, o indicador tinha chegado ao nível mais baixo da série histórica, atingindo 27,1 pontos.

A pesquisa também constatou melhora na contabilidade das indústrias de menor porte, depois de um início de ano com impacto da crise gerada pelo novo coronavírus. O índice de situação financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, alta de 8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. O indicador está no melhor nível desde o último trimestre de 2013.

Problemas

A pesquisa também mediu os principais problemas das pequenas indústrias. O encarecimento do dólar, que se refletiu em maiores preços no atacado, e a escassez de várias matérias-primas provocaram uma mudança nas principais reclamações dos empresários.

A falta ou o alto custo de insumos foi citada como a principal preocupação no terceiro trimestre por 60,1% das indústrias de transformação e por 40,5% das indústrias ligadas à construção. Nas indústrias extrativas, a maior dificuldade relatada foi a falta ou o alto custo da energia, por 33,3% dos empresários do setor. No segundo trimestre, a alta carga tributária era considerada o maior problema em todos os segmentos.

Confiança

Os indicadores de confiança e de perspectivas das pequenas empresas industriais oscilaram levemente para baixo em outubro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou o mês passado em 59,5 pontos, com recuo de 0,2 ponto. Essa foi a primeira queda observada em cinco meses. O valor ainda está abaixo dos 63 pontos registrados nos primeiros meses do ano, antes do início da pandemia. Índices acima de 50 pontos indicam confiança para os próximos meses.

O índice de perspectiva fechou outubro em 52,4 pontos, com recuo de 0,6 ponto. Apesar da oscilação negativa, o otimismo se mantém entre os empresários da pequena indústria. Diferentemente do Icei, que mede a intenção do empresário em aumentar ou diminuir a produção, o índice de perspectivas mede as expectativas em relação à economia.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Pense em 3 Véios bons, Bolsonaro o Mito, Guedes Guru da Economia e Tarciso o Mestre da Infraestrutura.

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Diversos

Extrema pobreza se manteve estável em 2019, enquanto a pobreza teve ligeira queda no Brasil, aponta IBGE

Regiões Norte e Nordeste têm mais de 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza — Foto: Economia/G1

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil não conseguiu amenizar a extrema pobreza no último ano. Todavia, o trabalho informal pode ter contribuído para reduzir o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Os dados são de 2019 e fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. Naquele ano, 6,5% de toda a população brasileira se encontrava em situação de extrema pobreza – a mesma proporção observada em 2018.

Em números absolutos, considerando o aumento populacional no país, somavam 13,6 milhões o total de pessoas extremamente pobres, cerca de 100 mil a mais que no ano anterior, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade. Na comparação com 2014, quando o país vivia sob os patamares mais baixos de desemprego, esse contingente aumentou em quase 4,7 milhões de pessoas.

Já a proporção de pobres caiu de 25,3% para 24,7% no mesmo período. Em 2019, eram cerca de 51,7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, cerca de 800 mil a menos que no ano anterior.

Segundo o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivalia a aproximadamente R$ 151 por mês em 2019. Já os considerados pobres são aqueles que vivem com menos de US$ 5,50, equivalente a R$ 436 no ano de análise.

Estas linhas foram estabelecidas pelo Banco Mundial para acompanhar a evolução da pobreza global. Elas não consideram o câmbio oficial, mas o chamado Poder de Paridade de Compra (PPC). Segundo o IBGE, essa medida permite comparar o valor real das moedas em determinado ponto do tempo por meio de uma pesquisa de preços de bens e serviços em diversos lugares do mundo.

Considerando apenas a linha de pobreza, o Brasil apresenta a 21ª taxa mais elevada entre 43 países com informação disponível no Banco Mundial, ficando atrás de países como Paraguai, Azerbaijão e Cazaquistão.

Já o contingente de extremamente pobres no Brasil é maior que a população total de países como Bélgica, Portugal e Grécia, entre outros.

Extrema pobreza no Brasil

O contingente de extremamente pobres no país é formado, majoritariamente, por pretos e pardos, mulheres em sua maioria, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto e desempregados.

O IBGE destacou que 56,8% das pessoas abaixo da linha da extrema pobreza viviam no Nordeste, região que respondia por 27,2% da população total do país.

Entre os estados, a situação mais precária foi observada no Maranhão, onde um em cada cinco moradores viviam em condição de miséria financeira em 2019.

Já a região Sudeste, a mais populosa do país, tinha o segundo maior contingente de extremamente pobres, mas respondia por apenas 15,2% desse grupo.

Apenas 13,8% das pessoas consideradas extremamente pobres estava ocupada no mercado de trabalho em 2019. A dificuldade em conseguir trabalho remunerado, segundo o IBGE, pode explicar a estabilidade dessa população.

O rendimento do trabalho é o que tem mais peso na composição do rendimento médio domiciliar per capita, segundo o IBGE. Ele representava, em 2019, 72,5% do rendimento familiar.

O IBGE destacou que, dentre as pessoas ocupadas que viviam em situação de extrema pobreza, os trabalhadores familiares auxiliares, geralmente sem qualquer remuneração, eram a posição na ocupação com maior incidência (12,2%) neste grupo.

1 em cada 4 brasileiros vivia com menos de R$ 436 por mês

Embora o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza tenha se reduzido na passagem de 2018 para 2019, o país registrava um batalhão de mais de 51,7 milhões de pessoas nesta condição.

Isso equivale a dizer que um em cada quatro brasileiros viveu com menos de R$ 436 por mês em 2019.

O coordenador da pesquisa, João Hallak Neto, apontou que o mercado de trabalho pode estar por trás da redução do contingente de pobres. Isso porque a informalidade bateu recorde no país em 2019, o que pode ter impactado diretamente na renda dos brasileiros mais pobres.

Quase metade da população abaixo da linha da pobreza (47,1%) vivia no Nordeste. O Sudeste respondia por cerca de 27% do contingente de pobres.

O IBGE destacou que o Maranhão era o estado com a maior proporção de pobres em relação à população total – quase metade dos maranhenses vivia abaixo da linha da pobreza. Outros 12 estados apresentavam incidência de pobreza superior a 40% da população.

G1

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Economia

Vendas no comércio pelo país crescem pelo 5º mês seguido em setembro, diz IBGE

FOTO: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

As vendas no comércio cresceram 0,6% em setembro frente ao mês anterior, o que representa a quinta alta mensal consecutiva do setor desde maio. No acumulado do ano, o setor conseguiu se recuperar e equilibrar as perdas da pandemia do novo coronavírus.

Os dados constam da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11).

Apesar do ritmo de crescimento, o resultado de setembro aponta uma desaceleração em relação às altas constatadas nos meses anteriores — agosto (3,1%), julho (4,7%), junho (8,7%) e maio (12,2%).

De janeiro a setembro de 2020, o varejo conseguiu reverter o impacto da pandemia e agora registra estabilidade (crescimento zero), depois de seis meses no campo negativo.

Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, a desaceleração é como se a série estivesse voltando à normalidade. “Trata-se de uma diminuição do ritmo de crescimento nos volumes do varejo nacional. A desaceleração é natural e representa uma acomodação, porque as quedas de março e abril foram muito expressivas, o que fez com que os meses seguintes de recuperação também tivessem altas intensas”, analisa.

Na comparação com setembro de 2019, o comércio cresceu 7,3%.

Santos também destaca o desempenho forte do trimestre que se encerrou em setembro. Em comparação com o trimestre anterior, foi registrada alta de 17,2%, recorde da série histórica iniciada em 2000.

“Isso ocorreu, porque os trimestres anteriores apresentaram desempenho muito baixo: -1,9% no primeiro e -8,5% no segundo. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, o aumento é de 6,3%, a maior alta desde 2014”, ressalta o gerente da pesquisa.

Crescimento por setores

O IBGE diz que, entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram alta em setembro:

– Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%);

-Combustíveis e lubrificantes (3,1%);

– Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%);

– Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%);

– Móveis e eletrodomésticos (1,0%).

Por outro lado, três setores pressionaram o desempenho do comércio negativamente: Tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0.4%).

“A atividade de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria, embora continue negativa em indicadores, como o acumulado do ano e nos últimos 12 meses, teve uma recuperação grande em setembro. Já a de Artigos farmacêuticos médicos, ortopédicos e de perfumaria teve uma trajetória claudicante nos últimos meses e em setembro chegou a 2,1%. Móveis e eletrodomésticos e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, continuam com crescimento. Parte desse desempenho pode estar relacionado à ida ao home office, embora já estejamos vivenciando a abertura”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Alta de preços influencia supermercados

O setor de hiper e supermercados, segundo o IBGE, está sendo impactado pela inflação de alimentos. De abril a setembro, o setor registrou crescimento de 10,6% na receita, enquanto em volume, o ganho foi de 4,7% nesse período.

Em setembro, o setor teve alta de 2,1%.

“A inflação de alimentos em setembro impactou bastante. Nos três últimos meses, os indicadores de receita do setor registram dois índices positivos, 2,1% em setembro e 0,5% em julho, e um negativo, -0,7% em agosto. Já os indicadores de volume foram todos negativos em setembro (-0,4%), agosto (-2,1%) e julho (-0,3%), o componente da inflação influencia os indicadores nos últimos três meses”, explica Santos.

R7

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Diversos

NORDESTE É A REGIÃO BRASILEIRA QUE MAIS LÊ: Pesquisa mostra João Pessoa na liderança entre capitais, com Teresina, São Luís, Aracaju e Salvador no top 10; Natal é 21º

Jovem lendo em biblioteca – iStock/Getty Images

Entre as dez capitais brasileiras que mais leram em 2019, cinco delas ficam no Nordeste. O ranking é parte de um novo dado divulgado pela 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto pró-livro, divulgado em primeira mão pela VEJA. Na campeã João Pessoa, capital da Paraíba, 64% da população é considerada leitora, seguida de perto por Curitiba, com 63%, Manaus, com 62%, Belém, 61%, e São Paulo, 60%. Os dez primeiros lugares do ranking ficam completos com Teresina (59%); São Luís (59%); Aracaju (58%); Salvador (57%); e Florianópolis (56%), respectivamente.

Para chegar ao resultado, o órgão consultou mais de 8.000 pessoas em todos os estados brasileiros, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, tomando como leitor aqueles que leram ao menos um livro nos três meses que antecederam a consulta. Na líder João Pessoa, a média no trimestre foi de 4,09 livros, número que sobe para 8 analisando-se os doze meses antecessores, mais da metade deles lidos por vontade própria. Na ponta oposta, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, amargou uma média de 3,09 livros por ano — menos do que a marca de João Pessoa em três meses, e só 26% de leitores entre a população. Boa Vista, Roraima, é a única capital que continua em análise, por isso não integra a pesquisa (veja ranking abaixo).

Os dados ainda mostram que, entre os pessoenses, 75% dos leitores são da classe B ou C, enquanto a classe A fica na lanterna, representando apenas 8%, situação que se repete no contexto geral. Em todo o Brasil, a classe C detém, sozinha, 49% dos leitores, contra apenas 4% dos mais ricos. Esse resultado, porém, deve-se mais ao fato de a classe A ser minoria no país, em números absolutos, do que a um baixo índice de leitura. Em um comparativo proporcional, embora tenha registrado a maior queda percentual de 2015 para 2019, 67% da classe A declarou-se leitora, contra 63%, 53% e 38% nas classes B, C e D/E, respectivamente.

Nesse contexto, a proposta de taxação de livros do ministro Paulo Guedes pode estreitar ainda mais a diferença de acesso entre as classes sociais, afetando negativamente o mercado editorial. Desde 2004, vigora uma lei que desonera a indústria do livro. A proposta de Guedes, no entanto, é extinguir os benefícios em troca da colaboração com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%. Caso isso aconteça, os livros ficarão mais caros, o que ameaça o consumo das classes C e D/E, que correspondem a 70% dos leitores do país. Com isso em mente, a Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivro), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) enviarão, nessa semana, uma carta compromisso aos candidatos à prefeitura das capitais brasileiras, com cinco propostas de estimulo à leitura.

Confira o percentual de leitores por capital:

João Pessoa (64%)

Curitiba (63%)

Manaus (62%)

Belém (61%)

São Paulo (60%)

Teresina (59%)

São Luís (59%)

Aracaju (58%)

Salvador (57%)

Florianópolis (56%)

Vitória (55%)

Fortaleza (54%)

Belo Horizonte (53%)

Porto Alegre (52%)

Recife (52%)

Cuiabá (52%)

Palmas (52%)

Macapá (51%)

Porto Velho (51%)

Rio Branco (49%)

Natal (48%)

Rio de Janeiro (47%)

Goiânia (42%)

Maceió (37%)

Campo Grande (26%)

Boa Vista (em apuração)

Veja

Opinião dos leitores

  1. Tá explicado pq Bolsonaro tem tantos fãs em Natal, grande espaço na mídia, principalmente em programas de rádio.
    Nada é ao acaso.
    kkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. NÃO E ATOA Q A PARAÍBA ESTÁ ANOS LUZ NA FRENTE DO POBRE RIO GRANDE DO NORTE
    OS ÚLTIMOS TREIS GOVERNADORES E UM POVO EXIBIDOS NOS SEUS CARROES E CABEÇAS VAZIAS

    POBRE RN

  3. Vale salientar que ler livro é diferente de se informar pelo "zap zap" ou fake news…é um exercício contínuo,.

    1. É POR ISSO Q NATAL VIROU UMA PROVÍNCIA DE JOÃO PESSOA, JÁ ULTRAPASSOU NATAL EM TUDO E O ? DO RN AINDA ELEGE FÁTIMA GOPI ?? DO PETÊ PARA CONTINUAR O ESTRAGO FEITO EM 60 ANOS DE ALVES E MAIAS OH POVINHO BURRROOOOO REALMENTE O ? TEM OS POLÍTICOS Q MERECEM

  4. Entendi a pessima posicao de Natal! Na capital do RN tem gado demais, e esse pessoal nem sabe ler…kkkkkkkkkkk

    1. IMBECIL TEM PETISTAS ANALFABETOS DEMAIS POIS A GOVERNADORA ESCOLHIDA E UMA PESSOAS Q SE DIZ PROFESSOR MAS NUNCA DEU AULA E FALA ERRADO PRA DEDEU RETRATO DO POVO POTIGUAR

    1. João Pessoa deu quase 55% de votos para Bolso no 2T.
      Próxima…

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Economia

Brasil tem saldo de mais de 231 mil empresas abertas em outubro

Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil

O Brasil teve saldo positivo de 231.253 novos negócio no mês de outubro, quando foram abertas 320.559 empresas e 89.306 foram fechadas. Os dados são do Mapa de Empresas, ferramenta digital do Ministério da Economia para acompanhamento dos registro empresariais no país

De acordo com a pasta, entre as unidades da federação com maior aumento percentual em relação ao registro de novas empresas, o Amapá foi o que mais cresceu. Em outubro, foram abertos 755 novos empreendimentos no estado, 15,62% de crescimento se comparado com setembro. Destacam-se, também, Mato Grosso (5,13%) e Rondônia (3,71%).

“Por outro lado, Tocantins registrou a maior variação em relação ao número de empresas fechadas. Em outubro, 601 negócios foram finalizados no estado, o que representa um aumento de 19,48% em relação ao mês anterior”, informou o Ministério da Economia.

A atividade econômica com maior crescimento em outubro foi o comércio varejista de bebidas, que teve aumento de 4,81% no registro de novos negócios, na comparação com o mês anterior. Transporte rodoviários de cargas cresceu 4,77% e promoção de vendas, 3,26%.

Para o Ministério da Economia, os números são mais uma evidência da retomada da atividade econômica, após os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus, e do impacto das medidas de simplificação e melhoria do ambiente de negócios, bem como de transformação digital, implementados pelo governo.

No mês de outubro, para abrir uma empresa, o empreendedor levou, em média, 2 dias e 17 horas. O tempo é 4 horas menor que o registrado em setembro. A medição registrada no mês de outubro é a menor para a série histórica do Mapa de Empresas, que possui dados desde janeiro de 2020.

Goiás segue na liderança como a unidade da federação mais rápida no processo de abertura de empresas no Brasil. No estado, leva-se, em média, 1 dia e 2 horas para registrar um novo negócio. A Bahia é o estado onde o empreendedor leva mais tempo para iniciar sua empresa: 6 dias e 6 horas.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Diversos

Green Destinations: Tibau do Sul recebe certificação internacional inédita no Brasil

O destino Pipa, no município de Tibau do Sul, é o primeiro destino turístico brasileiro a receber a certificação Padrão de Destinos Verdes que é concedida pela Green Destinations, uma fundação holandesa sem fins lucrativos para o turismo sustentável, que lidera uma parceria global de organizações especializadas, empresas e instituições acadêmicas.

O Green Destinations era uma conquista muito esperada pela atual gestão pública de Tibau do Sul. E a atual certificação se soma a outras conquistas recentes do destino turístico Pipa, como exemplo de uma gestão que se preocupa com o desenvolvimento e a promoção do turismo. Além do novo certificado, Tibau do Sul já ganhou o Selo A do turismo, uma classificação do Ministério do Turismo; prêmio TOP 100 Destinos Sustentável, apresentando o case de sucesso do Santuário Ecológico da Pipa e o Selo SAFE & Travel da World Travel Tourism Council, Turismo Seguro.

Essas conquistas foram frutos de uma parceria da Prefeitura de Tibau do Sul com o Programa de Desenvolvimento Econômico Local (DEL) que o município participa desde 2018. Também são parceiros o Preserve Pipa e o Senac. O DEL é um projeto de desenvolvimento Alemão. “A verdade é que todo mundo sabe que trabalhamos muito pelo turismo. Investimos forte, participamos de feiras nacionais e internacionais, ativamos o Conselho do Turismo e fizemos várias obras e projetos importantes. E o resultado está aí, com essas conquistas. Mas não é um trabalho solitário. É um trabalho feito a muitas mãos. A começar pelo nosso povo que hoje sabe da importância do turismo”, destaca Modesto Macedo, prefeito de Tibau do Sul.

A certificação inédita concedida exclusivamente a Tibau do Sul integra o Padrão de Destinos Verdes, um conjunto de critérios reconhecido pelo GSTC (Global Sustainable Tourism Council) para medir, monitorar e melhorar a política de sustentabilidade e gestão de destinos e regiões.

“É uma enorme satisfação e também grande surpresa para nós receber esta certificação internacional ainda mais na modalidade prata. Vemos isto como um reconhecimento as boas práticas que viemos trabalhando e que tem nos tornado um destino maduro liderando o processo de sustentabilidade no setor turístico nacional”, destaca Beth Bauchwitz, secretária de turismo de Tibau do Sul e agente local do Projeto DEL que é desenvolvido pela Facisc e parceiros.

Para alcançar o mérito, os representantes de Tibau do Sul tiveram que participar de treinamentos com a Green Destinations e atender a 100 critérios sendo submetidos a auditoria.

Com validade de até dois anos, o objetivo da certificação é tornar o desenvolvimento sustentável algo concreto, objetivo e demonstrável, abrangendo os temas Gestão de Destino, Natureza e Paisagem, Meio Ambiente e Clima, Cultura e Tradição, Bem-Estar Social, Negócios e Hospitalidade. “Receber a certificação prata aumenta a nossa responsabilidade e certamente nosso Plano Municipal de Turismo deverá se basear no modelo do Green Destinations”, ressalta Beth.

Segundo a secretária a certificação só foi possível graças ao trabalho coletivo e a parceria entre os setores público e privado. “Pipa está só começando. Este é o pontapé inicial do que queremos para o destino e certamente poderemos ajudar outros municípios com o nosso modelo que tem a filosofia do DEL, que é planejar e executar em conjunto com os stakeholders, sociedade civil e comunidade”, reforça Beth.

A secretária também destaca o apoio e a parceria dos demais participantes do DEL Turismo. “Todos os outros oito destinos do DEL Turismo torciam e agora comemoram junto com Pipa. O intercâmbio de informações entre as cidades foi muito importante para este processo, pois a sustentabilidade não é só meio ambiente. Além disso, o apoio das entidades envolvidas como a Facisc, o Senac Rio Grande do Norte e a Bildungswerk der Bayerischen Wirtschaft (bbw) da Alemanha, foi essencial para alcançarmos a certificação”, complementa a representante.

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Polícia

Operação no RN e mais 9 estados apreende bens de luxo adquiridos com dinheiro da pirataria; um dos investigados faturou mais de R$ 94 milhões em um ano

Foto: © Divulgação/MJSP

A ostentação com que viviam alguns dos alvos da segunda fase da Operação 404, deflagrada nesta quinta-feira(05), em dez unidades da federação, para combater crimes na internet, surpreendeu até mesmo a alguns investigadores experientes. Segundo o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alesandro Barreto, alguns dos investigados moravam em casas de alto padrão, dirigiam carros de luxo e faturavam, ilegalmente, milhares de reais mensais.

“Um dos investigados faturou mais de R$ 94 milhões em um ano”, declarou Barreto a jornalistas, referindo-se ao responsável por uma plataforma de compartilhamento de produtos digitais (filmes, séries, programas de TV, músicas, imagens ou livros) que contava com 775 mil usuários cadastrados. O acesso à plataforma cujo nome não foi divulgado, bem como a outros 64 aplicativos de streaming e 252 sites estão sendo bloqueados por determinação judicial.

Coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a segunda fase da Operação 404 ocorre em dez estados (Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo) e conta com o apoio de órgãos de investigação dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Além dos bloqueios de sites e aplicativos para celular, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão.

De acordo com Barreto, ao menos dois alvos da investigação tinham sido detidos em flagrante até as 11h30. Um por porte de drogas, outro por ter sido flagrado cometendo um crime cibernético não detalhado pelo coordenador. Duas armas e ao menos uma moto aquática foram apreendidas.

Segundo Barreto, há indícios de que alguns dos investigados agiam em conjunto. Estes deverão responder à Justiça por suposta associação criminosa. Além disso, todos os alvos da operação são suspeitos de envolvimento com a prática de crimes contra a propriedade intelectual na Internet e lavagem de dinheiro.

“O foco da operação não é o usuário. São as pessoas que estavam disponibilizando o serviço de forma ilegal”, garantiu o coordenador, explicando que além de causar prejuízos à economia formal, a prática de crimes contra a propriedade intelectual no ambiente digital coloca em risco a segurança dos dados pessoais dos internautas em geral.

“O usuário às vezes pensa estar comprando um serviço mais barato, mas que acaba por lhe custar mais caro, pois traz junto um malware [abreviatura da expressão em inglês malicious software, ou programa de computador malicioso] que captura dados de sua conta ou outras informações pessoais”, disse Barreto, citando ainda a existência de estudos que, segundo ele, estimam que os crimes cibernéticos contra a propriedade intelectual causam um prejuízo anual da ordem de R$ 800 milhões para a economia brasileira.

“Este tipo de crime afeta a arrecadação e o mercado formal de empregos, pois prejudica a indústria consideravelmente”, enfatizou o coordenador, sustentando, embora sem citar números, que os crimes cibernéticos aumentaram durante os meses em que as pessoas passaram mais tempo em suas casas para se proteger do novo coronavírus. “Os criminosos viram um cenário [favorável] à busca de mais vítimas.”

Presente na coletiva de imprensa em que detalhes preliminares da Operação 404.2 foram divulgados, a adida de Propriedade Intelectual do Governo Britânico, Angélica Garcia, reforçou o argumento de Barreto para demonstrar a importância da luta contra a criminalidade no espaço cibernético. Segundo ela, ao longo de 2018, a chamada economia criativa movimentou o correspondente a cerca de R$ 84 milhões por hora. “A indústria criativa é extremamente importante. E a efetiva proteção e observância dos direitos de propriedade intelectual tem que ser levada a sério”, disse Angélica, defendendo a realização de outras ações conjuntas como a de hoje. “A infração de propriedade intelectual é um problema global. Principalmente na internet, onde não há fronteiras. E que precisa ser enfrentada conjunta e colaborativamente, com a ajuda de vários países interessados.”

O ministro André Gonçalves também falou sobre a importância da ação conjunta com os estados – apesar da operação ser coordenada pelo ministério, cada uma das suspeitas foi investigada no âmbito estadual, em inquéritos instaurados pelas respectivas polícias civis.

“Esta operação só foi possível graças à ação integrada com os Estados Unidos, com a Grã-Bretanha, como com as secretarias de segurança pública, as polícias civis, o Ministério Público e o Poder Judiciário dos dez estados”, disse Gonçalves. “Se a criminalidade ultrapassa as fronteiras entre os países, sendo transnacional, a atuação dos órgãos [públicos] deve se refletir no contexto internacional. Hoje, o que estamos vendo com esta operação é a aplicação prática de uma atuação que respeita tanto a cooperação interna como internacional.”

Agência Brasil

 

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Política

Mourão minimiza manifestação de Bolsonaro a favor de Trump, diz que questionamento é ‘bobagem’, e que Brasil e EUA seguirão com mesmas relações, caso Biden seja eleito

Foto: Romário Cunha/VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira que considera uma “bobagem” dar peso às declarações do presidente Jair Bolsonaro a favor da reeleição de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas. Segundo ele, Brasil e Estados Unidos seguirão com “as mesmas relações” em caso de vitória do democrata Joe Biden, apontado como favorito.

“O relacionamento do Brasil com os Estados Unidos é um relacionamento de Estado para Estado, independente do governo que estiver lá. Óbvio que cada governo tem suas prioridades, suas características pontuais, mas, no conjunto da obra, vamos continuar com as mesmas relações”, disse Mourão em entrevista no Palácio do Planalto.

Questionado sobre a postura de Bolsonaro em manifestações pró-Trump, o vice-presidente completou: “Isso é bobagem, é a opinião pessoal dele. Se bem que, quando o presidente fala, ele fala por todos, pelo governo”, ponderou.

Mourão acredita que, em caso de judicialização do pleito, o Brasil precisa adotar uma posição “neutra”, pois é “princípio institucional do Brasil não se intrometer em questões internas de outros países”.

Na condição de presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, ele também comentou a recente declaração de Biden cobrando resultados do Brasil no combate ao desmatamento: “Pode ser que a equipe do Biden tenha uma ação mais incisiva, mas vamos lembrar que os Estados Unidos estão entre os países que mais emitem gás carbônico no mundo. Então, primeiro eles têm que resolver os problemas deles”.

Valor

Opinião dos leitores

  1. Quem vai ser presidente sou eu seus traíras, vcs não vão votar em mim mais não é, gado môxo. Lulala !

  2. Já disse e vou repetir.
    2021 está chegando.
    Mourão está só tirando a poeira da cadeira de presidente pra ocupar em 2021, já são muitos dias vazia.

    1. O problema meu caro, é que pra ser Presidente da República, precisa ter os votos da maioria dos brasileiros, e esse aí, não tem.
      Simples assim.
      Bota uma coisa na tua cabeça, Mito é Mito.
      Ou vc quer ensinar um ganhador a ganhar??
      PR Jair Messias Bolsonaro tá reeleito em primeiro turno, e com outro vice.
      Esse aí, bota a colher onde não é chamado, vai pro esquecimento apartir de 2023.

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Política

Bolsonaro admite a aliados ideia de compra da vacina chinesa CoronaVac, diz colunista de O Globo

Foto: Sérgio Lima/AFP

Jair Bolsonaro mudou novamente de ideia sobre a compra da CoronaVac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantã, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Ministros e auxiliares do presidente afirmaram que Bolsonaro passou a admitir desde a semana passada, em conversas reservadas, que o Ministério da Saúde vai comprar o imunizante se for o primeiro a ter a eficácia atestada pela Anvisa.

Os integrantes do governo fazem coro com o vice-presidente Hamilton Mourão, que disse em entrevista à revista “Veja” que o governo vai comprar a CoronaVac se seu efeito para conter a covid-19 for comprovado.

Há duas semanas, após o Ministério da Saúde anunciar que firmou um protocolo da intenções para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou que o imunizante “não será comprado” pelo governo brasileiro. O principal entrave para o negócio é que o governador João Doria, desafeto do presidente, é o maior entusiasta dessa vacina.

Bela Megale – O Globo

Opinião dos leitores

    1. Já comeu seu capim hoje, ou só vai comer depois que puxar a carroça?

  1. Se isso for verdade, o PR está corretíssimo.
    Primeiro tem que vê a eficácia, nunca comprar de imediato, foi por causa disso que o RN perdeu 5.000 milhões de reais, com uma compra desastrosa de respiradores.
    O pior!!!
    Quantas pessoas não morreram esperando o enexistente.
    Essa patota do PT aqui no RN eram pra está todos presos.
    Bando de incompetente.
    Criminosos, deram fim o dinheiro do povo.
    Uma vergonha!!!

  2. Pense numa fonte confiável… repórter da globo produz FACK NEWS diariamente contra Bolsonaro e o STF faz de conta que não vê é não sabe.
    Ontem foi uma jornalista da globo que inventou um telefone dele a Biden que nunca existiu e a mídia REPASSANDO as FAKES com força e sem ter a preocupação de verificar se é verdade

    1. É isso aí. Vamos boicotar esses FACKeseiros e nos informar com fontes confiáveis, tipo Terça Livre. Olavo de Carvalho é um poço de sabedoria. O baluarte da informação séria, Sikera, também é aconselhável. Jornalismo de alto nível. Fica a dica.

  3. Podem começar rir……… O recuo, do recuo, do recuo, do recuo. Quando Bolsonaro diz algo, é prudente esperar 30 minutos, ele pode dizer que ñ foi bem assim, que foi mal interpretado ou que a culpa é da Globo lixo.

    1. Este é um defeito do Presidente Bolsonaro, ele se comunica muito mal, mais tem feito um excelente governo, está botando o País nos eixos apesar de tanta pressão e tantos interesses contrários. Prefiro um Presidente conversador de besteira, do que um grande orador desonesto e contrário aos interesses da nação.

    2. Bolsonaro ñ é nenhum bobinho que ñ sabe se expressar. Ele joga para torcida, dependendo do bafo da crítica do seu eleitorado, ele dá uma de desentendido ou terceiriza a culpa para algum auxiliar desavisado. Nesse jogo meu amigo, de bobo só que acredita nas suas lorotas.

    3. Esse é o grande defeito do presidente Bolsonaro , só não é maior do que o péssimo governo que está fazendo , o BRASIL. está completamente fita do eixo e o DOIDIN , além de falar besteira está cercado de incompetentes .

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Diversos

Espanha apreende 1,2 tonelada de cocaína em navio após denúncia do Brasil

Foto: Dieter Kroepelin / vesselfinder.com

Agentes de segurança da Espanha apreenderam cerca de 1,2 tonelada de cocaína escondida em um navio carregado com milho, após autoridades do Brasil advertirem que ele estaria transportando drogas.

O navio “Unispirit” foi interceptado quando navegava rumo às ilhas Canárias, informou a Agência Tributária espanhola nesta sexta-feira (30).

Inspeção e fuga

A embarcação já havia sido abordada antes de atravessar o Atlântico pelas forças de segurança brasileiras em uma operação na qual foi apreendida 1,5 tonelada de cocaína, mas conseguiu sair “em circunstâncias estranhas e sem que a inspeção estivesse concluída”, explicou a agência espanhola em comunicado.

Em resposta a um pedido para que a carga fosse reexaminada na chegada ao território espanhol, a Agência Tributária, em colaboração com a polícia espanhola e a Guarda Civil, organizou uma operação conjunta. Eles interceptaram o navio a cerca de 50 milhas náuticas (cerca de 92 km) da ilha de Gran Canaria, o escoltaram até o porto e o submeteram a uma “inspeção completa” que levou à descoberta das drogas.

A cocaína estava escondida entre as quase 3,5 mil toneladas de milho que a embarcação transportava com destino a Cádiz, no sul da Espanha, após uma parada planejada em Las Palmas de Gran Canaria, segundo a fonte.

Durante esta segunda inspeção, realizada entre 16 e 21 de outubro, cerca de duas semanas após a realizada no Brasil, os agentes espanhóis encontraram 12 sacas de milho nos quais a cocaína estava escondida.

R7, com EFE

Opinião dos leitores

  1. As apreensões aumentaram é isso aí Bolsonaro Véio arroxado, bota pra torar.
    Mito 2022

    1. Os bandidos e traficantes que apoiam os PTralhas estão sofrendo um revés grande agora com a PF pegando tudo que é vagabundo. Os noiados e traficantes estão desesperados s m o material pra vender e consumir. Cadeia nesses FDP

    2. Kkkkk…da última vez, a coca tava no avião (reserva) da Presidência…?
      Nunca vi no avião do Lula..?

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Política

“O governo vai comprar. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir. O governo não vai fugir disso aí”, diz Mourão, sobre vacina desenvolvida na China

Foto: ROMERIO CUNHA / Agência O Globo

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo federal vai comprar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, se comprovada sua eficácia. Segundo Mourão, as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que disse que não iria comprar o imunizante, é “briga política com o Doria”.

“Essa questão da vacina é briga política com o Doria. O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, disse, em entrevista à revista “Veja”, publicada nesta sexta-feira.

Na quarta-feira passada, menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tinha a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou que o imunizante contra o novo coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. Bolsonaro chegou a dizer que existe um “descrédito muito grande” em relação ao imunizante chinês.

“Agora, é partido único? É partido único. É um regime autoritário ditatorial? É um regime autoritário ditatorial. Mas é o regime deles. A gente tem de entender que a China nunca viveu sob um regime democrático, numa república como nós a entendemos”, disse.

O vice-presidente deu nota oito para o Brasil no combate à pandemia da Covid-19. Na sua justificativa, disse que o país era desigual, que não houve segunda onda e que o sistema de saúde suportou a crise.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Minha récova, Cumpanheiru Maduru já anunciou um remédio 100% aprovado lá na Venezuela e Eu vou trazer por debaixo dus panos pra nois, deixa eles brigarem com a xina, o nosso tá garantindo, e tem ozônio também que a gente pode usar já que os minios não querem .

    1. Aí conhece ☝️O seu ídolo ladrao condenado Lula iria fazer melhor , o maior ladrao da história da humanidade Lula!!!!VAGABUNDO , vá aprender a trabalhar vagabundo

  2. Manda quem pode e obedece quem tem juízo, quem manda é o presidente Bolsonaro, vice não manda em nada e o presidente já disse que não compra essa vacina

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Política

Cresce 60% o número de cidades com mais eleitores que habitantes, aponta levantamento da Confederação Nacional de Municípios

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de municípios com mais eleitores que habitantes aumentou na comparação com o cenário visto nas eleições de 2018. Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), desta vez são 493, 8,8% das cidades brasileiras. Em 2018, quando 308 cidades do Brasil registraram essa inversão, o aumento foi de 60%.

O estudo foi feito a partir do cruzamento de dados da base de eleitores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a população oficial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado com o maior número em termos percentuais é Goiás (22,76%), seguido do Rio Grande do Norte (17,9%) e da Paraíba (14,8%).

Proporcionalmente, a cidade que lidera a lista nacional de municípios com mais eleitores do que habitantes é Severiano Melo (RN). Lá, segundo estimativa do IBGE, são 2.088 habitantes, já os dados do TSE apontam 6.482 eleitores aptos a votar, o número é três vezes maior que a quantidade de habitantes.

Em números absolutos, na liderança da lista nacional de municípios com mais eleitores que habitantes está o município pernambucano de Cumaru,no Agreste do estado. Segundo o IBGE, ele possui 10.192 moradores, já o TSE aponta que há na cidade 15. 335 cidadãos aptos a votar este ano.

Justificativa

A diferença, segundo o consultor da área técnica, da CNM, Eduardo Stranz, pode ser justificada por desatualizações nas estimativas de população feitas pelo IBGE, fraudes e , especialmente, por questões afetivas. “Existe uma ligação muito grande das pessoas com as cidades onde elas nasceram, sobretudo nesses municípios pequenos. Elas migram para cidades maiores, regiões metropolitanas ou cidades-pólo em busca de emprego ou estudo, mas não transferem seus títulos eleitorais, isso é muito comum”, avaliou.

Stranz, que há mais de 30 anos trabalha com municípios, lembrou ainda que em cidades menores a disputa política é muito acirrada e as pessoas nascidas nessas localidades têm sempre algum grau de parentesco com os candidatos o que, segundo ele, também contribui para que elas não transfiram seus títulos.

Dados IBGE

Outro ponto que deve ser levado em conta é a defasagem nos dados sobre a população brasileira. “Isso está mais evidente agora, em 2015. Segundo o Plano Nacional de Estatística, o IBGE teria que ter feito uma contagem populacional para ajustar a fórmula que calcula essa estimativa, mas isso não aconteceu sob o argumento de falta de verba”, explicou o especialista.

O Brasil adota uma das seis fórmulas utilizadas no mundo para estimar a população . A equação, que projeta o número de habitantes a partir de dados do Censo Demográfico, tem eficiência por quatro anos, no quinto ano, é preciso recontar a população para ajustar a fórmula. “Como não foi feito isso, as populações estimadas a partir de 2015 têm tendência mais ao erro que acerto. Isso também pode ser importante nessa diferença”, destacou Eduardo Stranz.

Fraudes

Questionado se o número maior de eleitores em relação aos habitantes em determinadas cidades não pode significar fraude, o consultor disse que sim, mas que casos de curral eleitoral são pontuais. “Hoje em dia isso é cada vez menos comum. As pessoas têm muito mais acesso à informação, discussão política. Olhando o perfil dessas cidades, fica mais evidente a ligação das pessoas com sua terra natal.

Revisão

Nos casos em que há muita discrepância entre eleitores e habitantes ou que há um aumento da transferência de domicílios, a Resolução 22.586/2007, do TSE, determina que seja feita uma revisão do eleitorado sempre que for constatado que o número de eleitores é maior que 80% da população, que o número de transferências de domicílio eleitoral for 10% maior que no ano anterior, e que o eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada à maior de 70 anos no município.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. O famoso trabalho de Formiga antecipado, leva os eleitores pra cidades pequenas bem antes das eleições, Me ajuda, se eu ganhar eu te ajudo.

  2. "Para o TSE, o conceito de domicílio eleitoral envolve também o vínculo político, familiar, afetivo, profissional, patrimonial ou comunitário do eleitor com a localidade onde pretende exercer o direito de voto. Na prática, isso quer dizer que quem está morando em outra cidade a estudo ou a trabalho não está obrigado a transferir para aquela cidade seu domicílio eleitoral se o seu vínculo afetivo, familiar, político ou outro é maior com o da sua cidade de origem." (Fonte: Site do TSE)
    Por esse entendimento existem pessoas que possuem domicílio eleitoral em uma cidade e residência em outra, o que pode criar divergências entre o número de habitantes e o número de eleitores.

  3. Não constitui fraude. Na grande maioria das cidades pequenas isso ocorre pq os jovens saem em busca a de empregos em centros maiores, mas continuam votando em sua terra Natal. Ninguém(ou quase ninguem), quer votar em outra cidade que não seja a sua!!!!

    Quando ocorre fraude, é um percentual desprezível…

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Clima

Ciclone pode causar tempestade e alagamento em vários pontos do Brasil

Foto: © Divulgação/Defesa Civil RS

Um ciclone com características subtropicais deve alterar as condições meteorológicas em vários pontos do país, provocando fortes chuvas e rajadas de vento. Em virtude do fenômeno, a Marinha do Brasil emitiu nesta segunda-feira (26) alertas de perigo de tempestade para os três estados do Sul e para Mato Grosso do Sul. Já para Bahia e Minas Gerais, o aviso é de perigo de chuvas intensas.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nas últimas horas deste domingo (25), o ciclone ganhou força, sendo classificado como Tempestade Subtropical Mani. No município de Marilândia, foi registrado um volume pluviométrico 169,8 milímetros (mm), entre a manhã do último sábado (24) e a manhã de ontem, valor muito acima da média mensal, que é de 96,7 mm. Em Vitória, o total foi de 80,2 mm.

“De acordo com a Defesa Civil do Espírito Santo, houve ocorrência de alguns deslizamentos. Pedras rolaram nas encostas e segundo o órgão mais de 400 pessoas ficaram desabrigadas”, informou o Inmet, em nota, destacando que o alerta de chuva ocasionalmente forte é válido até a manhã de hoje, principalmente para o centro-norte do estado.

Apesar de os efeitos serem sentidos de modo mais imediato no Espírito Santo, em Minas Gerais e algumas áreas do Rio de Janeiro, até o início da manhã desta segunda-feira há probabilidade de chegarem mais tarde em outros locais. No Mato Grosso do Sul, o comportamento deve se repetir durante a tarde, segundo a Marinha. Para a Bahia, a notificação de perigo vigora até as 10h de terça-feira.

Para todos os estados, podem ocorrer precipitações de 30 a 60 mm por hora, combinadas com ventos intensos, de 60 a 100 quilômetros por hora, motivo pelo qual a população deve ficar atenta para riscos de apagões de energia elétrica, queda de árvores e de alagamentos. Há, ainda, previsão de chuva de granizo.

Em nota divulgada no domingo, a Marinha ressaltou que os ventos provocados pelo ciclone poderão ocasionar agitação marítima com ondas, em alto-mar, com alturas de até 4,5 metros, até a manhã desta terça-feira (27). “Também há condições favoráveis à ocorrência de ressaca, com ondas de direção Sul a Sudeste, com até 2,5 metros de altura, na faixa litorânea entre os estados do Rio de Janeiro, ao norte de Arraial do Cabo, e do Espírito Santo, ao sul de Regência, até a madrugada do dia 27”, emendou.

O Inmet menciona, ainda, que o ciclone irá se afastar do continente, nos próximos dias. A avaliação é de que rume para o leste.

Agência Brasil

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