Diversos

“Brasil está de parabéns pela maneira como preserva o seu meio ambiente”, diz Bolsonaro

 Foto: Marcos Correa / Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (17) que o “Brasil está de parabéns” pela forma como preserva o seu meio ambiente. A declaração foi dada durante a inauguração de uma usina fotovoltaica no interior da Paraíba e acontece em meio ao aumento recorde nas queimadas no Pantanal e um dia depois de um grupo de oito países enviar uma carta ao governo brasileiro afirmando que o desmatamento pode prejudicar as compras de produtos brasileiros.

— O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e, não entendo como, é o país que mais sofre ataques no tocante ao seu meio ambiente. O Brasil está de parabéns pela maneira como preserva o seu meio ambiente. — afirmou Bolsonaro durante a cerimônia.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam um aumento de 208% nas queimadas no Pantanal entre 1º de janeiro e 16 de setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2019. Neste ano, foram registrados 15.756 focos de incêndio no bioma, o maior número desde que o monitoramento começou. Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo menos 2,9 milhões de hectares do Pantanal já foram destruídos pelo fogo, o equivalente a 19% de toda a sua área. Na Amazônia, o aumento das queimadas é de 12%.

Em relação ao desmatamento na Amazônia, o Inpe detectou um aumento de 34,5% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período dos anos de 2018 e 2019.

Na quarta-feira, um grupo composto pela Alemanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido, França, Itália, Noruega e Dinamarca enviou uma carta ao governo brasileiro dizendo que a alta no desmatamento no Brasil dificultava investimentos e transações comerciais de empresas desses países como Brasil.

“Enquanto os esforços europeus buscam cadeias de suprimentos não vinculadas ao desflorestamento, a atual tendência crescente de desflorestamento no Brasil está tornando cada vez mais difícil para empresas e investidores [da Europa] atender a seus critérios ambientais, sociais e de governança”, diz um trecho da carta.

O grupo, que, exceto pela Bélgica, faz parte da Parceria das Declarações de Amsterdã, diz que a sociedade civil europeia está preocupada com as taxas de desmatamento registradas recentemente no Brasil.

“Os países que se reúnem através da Parceria das Declarações de Amsterdã compartilham da preocupação crescente demonstrada pelos consumidores, empresas, investidores e pela sociedade civil Europeia sobre as atuais taxas de desflorestamento no Brasil”, disse o grupo.

Na quarta-feira, ao chegar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro já havia feito críticas aos comentários fora do país sobre o aumento das queimadas no país. Segundo ele, as críticas internacionais são “desproporcionais”.

“(Existem) críticas desproporcionais à Amazônia e ao Pantanal. A Califórnia está ardendo em fogo, a África tem mais foco que o Brasil”, afirmou o presidente.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Os que acreditam na fala dele entendem muito de política ambiental, política externa e política econômica. No primeiro trincado ele muda a tática e diz que não disse bem isso. Ò magote de marmanjo babaca pra ter político de estimação. A maioria é desonesta e Bolsonaro tá no meio.

  2. Cretino! Ainda deboochá…
    Fico indignada com esses débeis mentais idolatrando político ignorante e inconsequente .

  3. Os anti Bolsonaro ficam malucos… saiam das redomas que vivem, e abram suas mentes. Ele tem razão, mas os incêndios que continuam, são criminosos, para tentar culpar nosso Presidente. E mesmo assim, existe um combate e instrumentos bons pra tanto.

  4. Esse cara é um doente mental mesmo! Que dissimulado! Petistas radicais, direita radical, centro radical e o rebanho de seguidores: TUDO LIXO! Essa é a política porca que temos. Bando de sem futuro.

    1. Os ruminantes canhotos sempre revoltados, tudo abstinência das mamatas né ?

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Economia

Fome no Brasil: em 5 anos, cresce em 3 milhões o nº de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, diz IBGE

Dados do IBGE mostram o número de pessoas em situação de fome em cada unidade da federação — Foto: Economia/G1

Depois de recuar em mais da metade em uma década, a fome voltou a se alastrar pelo Brasil. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo menos, quase 10,3 milhões o contingente nesta situação. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 e apontou piora na alimentação das famílias brasileiras. Entram na conta somente os moradores em domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que poderia aumentar ainda mais o rastro da fome pelo país.

Classificado pelo IBGE como segurança alimentar, o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade – em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais – atingiu o menor patamar em 15 anos.

“Ao olhar para a série histórica, a gente observa que houve diminuição da segurança alimentar e o consequente aumento dos índices de insegurança alimentar entre a população brasileira”, enfatizou o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, André Luiz Martins Costa.

O pesquisador destacou que a fome está mais presente nas áreas rurais do país, porque “as pessoas que estão em meio urbano conseguem mais alternativas [de alimentação] que aquelas que vivem nas áreas rurais”, afirmou.

De acordo com a pesquisa, 63,3% dos domicílios no Brasil tinham a chamada segurança alimentar, abaixo dos 65,1% apurados em 2004, quando tem início a série histórica do levantamento. O IBGE destacou que este percentual cresceu, consecutivamente, nas duas pesquisas seguintes, realizadas em 2009 e 2013, mas retrocedeu ao mínimo histórico em 2018.

A maior cobertura da segurança alimentar foi registrada em 2013, quando chegou a 77,4% o total de domicílios em que a alimentação podia ser considerada como plena e regular.

Na comparação com 2013, o número de domicílios com segurança alimentar teve queda de 13,7%. Em contrapartida, aumentou em 71,5% o número de domicílios com insegurança alimentar.

O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis – leve, moderada e grave – da seguinte maneira:

Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.

Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.

Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.

Foi a insegurança alimentar moderada a que mais cresceu percentualmente entre os domicílios brasileiros entre 2013 e 2018 – uma alta de 87,53%. A insegurança alimentar leve teve alta de 71,5% no mesmo período, enquanto a grave, que caracteriza a fome, aumentou em 48,8%.

Fome tem maior prevalência em áreas rurais

Embora o maior número das pessoas em situação de miséria alimentar viva em áreas urbanas, é nas áreas rurais que a fome é mais prevalente.

De acordo com o IBGE, dos cerca de 10,3 milhões de famintos no país, 7,7 milhões viviam em perímetro urbano, enquanto 2,6 milhões, em regiões rurais. Todavia, proporcionalmente, estes números representavam, respectivamente, 23,3% do total da população que vivia em área urbana e 40,1% da população rural.

“As pessoas que estão em meio urbano conseguem mais alternativas para a sua alimentação, substituindo itens com maior facilidade que na área rural, que tem menor variedade de alimentos disponíveis”, apontou o gerente da pesquisa, André Costa.

Quase metade dos famintos vive no Nordeste

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Boa tarde!
    Caros comentaristas,
    A crise econômica vem desde 2009 e, além do componente internacional, houve a "contribuição" nacional. O país vem sendo dilapidado desde que o PT havia assumido o cargo maior do poder executivo federal. Mesmo com a criação do bolsa família, baseado em auxílios sociais do governo Fernando Henrique, entre outras ajudas. Os governos do PT não investiram em educação básica e fundamental. Investiu nas escolas técnicas e um pouco no ensino superior. Adotou política de cotas raciais quando o mais justo e correto seriam cotas por baixa renda. Não ensinou o pescador a pescar. Prefiriu dar o peixe pronto. O pior de tudo foi se utilizar de corrupção para se perpetuar no poder, entregando migalhas nos programas sociais. Mensalão utilizado para aprovar projetos e leis de seu próprio interesse, como já escrevi e repito: se perpetuar no poder. A grande "invenção": a "CLEPTOCRACIA". E a prática se "aperfeiçoou" com o Petrolão e outras práticas mostradas e provadas pela operação Lava-Jato e outras operações da Polícia Federal e do Ministério Público. Toda essa avassaladora corrupção deixou o país muito enfraquecido economicamente. Mas, se Deus quiser, logo sairemos deste lamaçal que a esquerda nos empurrou.
    Deste modo, o entitulado "Historiador" deveria estudar mais para poder ensinar aos seus alunos a real história e não "estórias da carochinha".

  2. Na era PT eu me formei, pos-graduei, passei em concurso do município, vários, estado e federal.

    Se você não tem competência não vem botar a culpa no PT porque eles criaram condições pra quem queria mudar de vida.

    Fica a dica pra os alienados.

    Quando esse governo terminar se tiver sorte ainda haverá cargos públicos pra se ocupar através de concurso.

    Chupa essa bolsolândia.

    1. O cara é roubado por 16 anos e ainda sonha com a volta do ladrão! Se conforme, a eletrolula faliu e seus postes não acendem mais… kkkkkkkkkkkkkkkkk

    2. Se vc não leu direito, foi exatamente na era PT. A pesquisa foi feita entre 2017 e 2018. PT caminhando para deixar o Brasil uma Venezuela, mas os brasileiros acordaram antes!

    3. Como é possível? O PT roubando e o Brasil em situação melhor que agora, com o presidente honestao…

    4. Pois é, Adália. Tudo na ressaca dos anos de crescimento negativo do PIB nos estertores do PT.

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Diversos

Brasil tem uma das cervejas mais baratas do mundo; veja ranking

(Jack Andersen/Getty Images)

O Brasil está na lista dos países com a cerveja mais barata do mundo. Uma pesquisa realizada pela Numbeo e divulgada pela plataforma de desconto online Cuponation apontou que o Brasil ocupa a 71ª posição no ranking de preços.

A pesquisa calculou o preço do produto tendo como base 0,5 litro. No país, meio litro da bebida custa US$ 1,02, aproximadamente 5,45 reais. O levantamento destaca que o valor é uma média de todos os estados brasileiros. Na grandes capitais, os preços podem chegar a ser o dobro ou até mais pelo mesmo ml do produto.

Entre os países com a cerveja mais barata estão Uzbequistão (US$ 0,57) Irã (US$ 0,59) e Bósnia (US$ 0,69). Já entre os com meio litro da bebida mais cara estão o Catar (US$ 9,00), e a Jordânia (US$ 5,50). Veja ranking abaixo:

Ranking Países Quanto custa mpeeio litro da cerveja em US$
1 Catar 9.03
2 Jordânia 5.50
3 Omã 4.14
4 Austrália 3.96
5 Noruega 3.60
6 Emirados Árabes 3.58
7 Cingapura 3.54
8 Bahrain 3.19
9 Irlanda 3.08
10 Nova Zelândia 3.06
11 Palestina 2.94
12 Bangladesh 2.91
13 Islândia 2.82
14 Finlândia 2.81
15 Israel 2.74
16 Japão 2.56
17 Estados Unidos 2.36
18 Canadá 2.32
19 França 2.31
20 Malásia 2.29
21 Coreia do Sul 2.24
22 Reino Unido 2.20
23 Indonésia 2.18
24 Kuwait 2.16
25 Marrocos 2.12
26 Nepal 2.08
27 Suíça 2.04
28 Dinamarca 2.04
29 Bolívia 1.99
30 Suécia 1.89
31 República Dominicana 1.88
32 Quênia 1.86
33 Costa Rica 1.82
34 Tailândia 1.81
35 Malta 1.81
36 Hong Kong 1.78
37 Líbano 1.78
38 Índia 1.75
39 Jamaica 1.75
40 Turquia 1.70
41 Bélgica 1.64
42 Sri Lanka 1.64
43 1.63
44 Arábia Saudita 1.63
45 Paquistão 1.63
46 Grécia 1.60
47 Trinidad e Tobago 1.60
48 Egito 1.60
49 Croácia 1.59
50 Uruguai 1.59
51 Estônia 1.58
52 Itália 1.58
53 Peru 1.56
54 Iraque 1.54
55 Guatemala 1.51
56 Argélia 1.49
57 Chipre 1.40
58 Letônia 1.34
59 Equador 1.34
60 Lituânia 1.34
61 Honduras 1.32
62 Eslovênia 1.29
63  Holanda 1.29
64 Chile 1.28
65 Áustria 1.28
66 África do Sul 1.24
67 Portugal 1.22
68 El Salvador 1.12
69 Filipinas 1.08
70 Alemanha 1.03
71 Brasil 1.02
72 Montenegro 1.02
73 Espanha 1.01
74 Panamá 1.00
75 Argentina 1.00
76 México 0.99
77 Azerbaijão 0.96
78 Moldávia 0.95
79 Georgia 0.93
80 Tunísia 0.92
81 Eslováquia 0.91
82 Armênia 0.88
83 Hungria 0.88
84 Albânia 0.88
85  Bielo-Rússia 0.87
86 Polônia 0.86
87 Macedônia 0.84
88 Romênia 0.84
89 Colômbia 0.82
90 Rússia 0.81
91 Paraguai 0.80
92 Kosovo 0.79
93 China 0.79
94 Bulgária 0.78
95 Cazaquistão 0.77
96 República Checa 0.77
97 Vietnã 0.76
98 Nigéria 0.75
99 Ucrânia 0.70
100 Sérvia 0.70
101 Bósnia 0.69
102 Irã 0.59
103 Uzbequistão 0.57

Litros de cerveja

Segundo um levantamento anterior realizado pelo Cuponation, os brasileiros consomem cerca de 6 litros de cerveja mensais. Supondo que o valor a ser avaliado com este dado seria o de um salário de R$1.045, foi registrado que os brasileiros gastam em média 6,26% do salário mínimo com a cerveja nacional.

A situação pode mudar. Com a alta do dólar, que acumula ganhos de mais de 30% desde janeiro, os produtores de cervejas podem reajustar os preços. O grupo Heineken, por exemplo, será um deles. Em live realizada pela EXAME, o presidente da companhia, Maurício Giamellaro explicou que cerca de 70% dos insumos usados na produção da cerveja são precificados em dólar, como malte e lúpulo, principais ingredientes das cervejas do grupo, e até o vidro das embalagens.

Além da alta do dólar, outro fator que pode impactar nos preços é a quarentena, que impactou na procura no consumo de bebidas em casa. Isso acarretou uma demanda por latas de alumínio superior à produção da matéria-prima. Apesar do retorno do comércio, o volume de garrafas de vidro retornáveis ainda segue em baixa nos estoques. Os comentários foram feitos por um relatório divulgado pelo Credit Suisse nesta semana. O banco acredita que a cerveja pode subir 5% no mês de setembro.

Exame

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Diversos

Brasil reconhece situação de refugiado a 7.786 venezuelanos

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) publicou nesta terça-feira (15), no Diário Oficial da União, despacho formalizando o reconhecimento da condição de refugiado de mais 7.786 venezuelanos que já vivem no Brasil.

A aprovação destas solicitações de refúgio ocorreu em 28 de agosto, durante a 148ª reunião ordinária do Conare. Como os processos de reconhecimento da condição de refugiados são legalmente confidenciais, o comitê não divulga os nomes ou outros detalhes que permitam a identificação das pessoas cujos pedidos são acolhidos ou indeferidos.

No Brasil, qualquer pessoa que solicite o refúgio é autorizada a permanecer no país até a decisão final sobre o pedido. O solicitante tem o direito de utilizar os serviços públicos universais e pode obter os principais documentos de identificação, tais como Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Uma vez reconhecido seu status, o refugiado tem autorização de residência por prazo indeterminado e pode, após quatro anos, requerer sua naturalização como brasileiro. O refugiado também pode solicitar a extensão dos efeitos de sua condição para membros de sua família e solicitar visto de reunião familiar para parentes que estejam fora do Brasil.

Em contrapartida, o refugiado assume o dever de respeitar a legislação brasileira; não exercer atividades contrárias à ordem pública ou à segurança nacional; manter sua documentação com data de validade regular e solicitar ao Conare autorização toda vez que quiser viajar para o exterior – a saída do Brasil sem prévia autorização implica a perda da condição de refugiado.

Segundo o porta-voz da agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Luiz Fernando Godinho, a decisão do Conare oferece maior segurança aos estrangeiros que buscam proteção no Brasil. “É uma decisão muito importante, que protege a milhares de pessoas e demonstra que o Estado brasileiro está comprometido com reconhecer e garantir direitos aos refugiados”, declarou Godinho à Agência Brasil, acrescentando que o reconhecimento formal da condição de refugiados permite que a Acnur e outras instâncias de apoio ajudem os refugiados a se integrarem localmente.

Venezuela

Autoridades brasileiras estimam que mais de 260 mil venezuelanos vivem no Brasil atualmente. Devido à instabilidade política e à crise econômica que há anos afetam seu país, os venezuelanos são, de longe, os mais frequentes solicitantes de refúgio no Brasil. Segundo a Acnur, até julho de 2020, mais de 130 mil venezuelanos tinham pedido refúgio ao Estado brasileiro. Destes, 38.359 tiveram o status reconhecido até junho deste ano, conforme dados disponíveis na plataforma digital mantida pelo Conare e Acnur.

O processo de análise destes pedidos foi favorecido por uma decisão do Conare de junho de 2019. Na ocasião, o comitê classificou a situação que os venezuelanos enfrentam em seu país como uma “grave e generalizada violação de direitos humanos”. Isto teve efeitos práticos. Em outubro, o Conare publicou uma resolução normativa permitindo a adoção de “procedimentos diferenciados” para a avaliação de pedidos de refúgio apresentados exclusivamente por venezuelanos ou apátridas que residiam na Venezuela, eliminando “entraves” e facilitando o processo de determinação da condição de refugiados.

Para o Acnur, tal procedimento é necessário “devido à magnitude dos fluxos de refugiados atuais e aos desafios complexos que sobrecarregaram os sistemas nacionais de refúgio”. A agência da ONU classifica o fluxo de migrantes venezuelanos como o “maior êxodo da história recente da América Latina”. As Nações Unidas estimam que mais de 5 milhões de pessoas deixaram o país nos últimos anos, com destino principalmente à Colômbia.

De acordo com os dados da plataforma digital, dos 46.183 pedidos de refúgio feitos por venezuelanos e analisados pelo comitê até junho deste ano, 34.120 foram protocolados em Roraima e 8.699 no Amazonas. Quanto ao gênero, 26.552 solicitantes são homens, e 19.631 são mulheres. A maioria (23.749) tem entre 30 e 59 anos, seguidos por 19.315 solicitantes de 18 a 29 anos de idade.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Cada petistas e os que se dizem socialistas deveriam acolher uma família de venezuelanos em suas residências.

  2. Como o gado imundo adora julgar. Julga pela nacionalidade, pela cor, pela classe social, por TUDO. Fico imaginando quando encontram um irmão venezuelano pelas ruas, o que devem achincalhar, julgar e zombar, não está escrito. Mas comprar uma cesta básica e amenizar a fome, isso não sabem fazer.

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Saúde

Taxa de contágio no Brasil da covid-19 é a mais baixa desde abril, aponta levantamento do Imperial College

Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, lotada no último domingo (13): apesar de estabilização, Covid-19 ainda não foi controlada no país, indica Imperial College Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

A taxa média de transmissão (Rt) da Covid-19 no Brasil é a mais baixa desde abril, aponta levantamento do Imperial College de Londres. Segundo números da universidade britânica, atualizados na última segunda-feira e referentes à semana passada, o índice brasileiro é de 0,90. Os dados reforçam a tendência de estabilização do novo coronavírus no Brasil, apontada anteriormente pelo Imperial College, com leves oscilações para cima ou para baixo.

O atual íindice do Rt, também chamado de R0, indica que cada 100 pessoas contaminadas contagiam outras 90, que por sua vez passam a doença para 88 e assim por diante, freando o contágio. No início da pandemia, esse número era de 2,5.

A taxa de contágio é uma das principais referênciais para acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no Brasil. Especialistas costumam ponderar, no entanto, que é preciso acompanhar o Rt por um período prolongado de tempo para atestar a estabilidade, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus, que chega a 14 dias.

Além disso, por ser uma média nacional, a estabilidade da taxa de contágio não significa que a doença esteja próxima de uma estabilização em todas as cidades e estados do país.

Dentro da margem da universidade britânica, o Rt brasileiro pode variar de 0,8 até 1,21. Em julho, o país apresentou taxa média de 1,01, uma situação definida como “fora de controle”. O Brasil aparece com uma taxa menor do que a de outros países sul-americanos, como Chile (0,96), Paraguai (0,97), Argentina (1,11), Venezuela (1,11) e Equador (1,3).

O Brasil, no entanto, foi o segundo país com mais mortes pela Covid-19 na última semana em todo o mundo, superado apenas pela Índia, e bem à frente dos países vizinhos. De acordo com o Imperial College, 5.007 pessoas faleceram em decorrência do novo coronavírus neste período. Os dados são uma demonstração didática de que a estabilização da taxa de contágios não significa que a epidemia está controlada.

A universidade do Reino Unido projeta que o total de óbitos nesta semana deve se reduzir, mas permanecerá em um patamar ainda elevado: 4,7 mil. O Brasil, que estacionou em um platô alto de casos e mortes pela Covid-19, registrou 132.297 vítimas fatais desde a chegada do Sars-CoV-2 ao Brasil, segundo o último boletim do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essas mídiaslixos procuram sempre uma brecha esdrúxula para manter o índice de óbitos alto , mas estas brechas aos poucos estão se fechando para acabar com as canificinas deles.

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Educação

Brasil avança no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); ensino fundamental cumpre meta e ensino médio evolui, embora ainda abaixo do objetivo

Foto: © 04.12.2011/Wilson Dias/Agência Brasil

O Brasil avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em todas etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, cumpriu a meta de qualidade nacional estabelecida para 2019. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. Oíndice registrado nos anos iniciais no país passou de 5,8 em 2017 para 5,9, em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada para a etapa, 5,2. No ensino médio, passou de 3,8 para 4,2, ficando também abaixo da meta, que era 5.

O Ideb é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.

O índice tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também metas específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em termos numéricos, segundo o Inep, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Para os anos finais do ensino fundamental, a meta nacional é 5,5 e, para o ensino médio, 5,2. Esta é a penúltima divulgação do Ideb antes do fim das metas previstas. A próxima será em 2022, referente a 2021.

Desigualdades

Mesmo tendo cumprido a meta de 2019 e estando muito próximo de atingir a meta nacional de 2021, até mesmo os dados dos anos iniciais do ensino fundamental mostram que o país ainda tem uma série de diferenças educacionais quanto analisados os dados regionais, estaduais e municipais.

Na Região Norte, apenas 36,4% dos municípios atingiram a meta para a rede pública, que concentra a maior parte das matrículas na etapa de ensino. O que significa que cerca de seis a cada dez municípios não atingiram a meta. Nessa região, apenas 4,9% das redes públicas municipais têm um índice 6 ou maior. Na Região Sudeste, 73,9% das redes municipais têm Ideb 6 ou mais. A maior porcentagem de redes municipais com Ideb 6 ou mais está no estado de São Paulo, 91,3%.

O Ceará tem a maior porcentagem de municípios que atingiram a meta do Ideb 2019 para as escolas públicas municipais, de 98,9%, seguido por Alagoas, com 92,1%. Por outro lado, no Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins menos da metade dos municípios alcançou a meta esperada.

As diferenças seguem pela trajetória escolar. Nos anos finais do ensino fundamental, na rede pública, 631 municípios alcançaram ideb igual a 5,5 ou mais, maior nível considerado. Um a cada três desses municípios está no estado de São Paulo. No outro extremo, 373 municípios têm o índice até 3,4, o nível mais baixo. Desses, 28,7% são municípios da Bahia.

No ensino médio, apenas 9,3% das escolas públicas estaduais, que concentram a maior parte das matrículas na etapa, têm Ideb 5,2 ou mais, nível mais alto considerado para a etapa. Norte e Nordeste estão abaixo da média nacional com, respectivamente, 2,6% e 7,6% das escolas públicas com os maiores índices.

Municípios abaixo da meta

Com o avanço do tempo, as metas ficam também mais ambiciosas e mais escolas acabam ficando para trás. No ano passado, menos municípios conseguiram cumprir as metas sugeridas. Considerando as metas para os anos iniciais do ensino fundamental para as escolas públicas municipais, em 2017, 3,6 mil municípios cumpriram a meta, o equivalente a 70%. Em 2019, esse número caiu para 3,2 mil, ou 62%.

Nos anos finais do ensino fundamental, 1,2 mil, o equivalente a 23% dos municípios conseguiram alcançar a meta para 2019 para as escolas públicas. Em 2017, foram 2,1 mil, o equivalente a 38,5%. Esses dados não foram disponibilizados para o ensino médio.

Avanços na escola pública

Embora o Ideb da rede pública seja, em todas as etapas de ensino, inferior ao da rede particular, foi entre as públicas que o ele apresentou mais avanços. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice passou, na rede pública, de 5,5 em 2017 para 5,7 em 2019, extrapolando a meta de 5,5 para o ano. Nas privadas, permaneceu 7,1, inferior à meta para essas escolas, que era 7,4 para o ano.

Nos anos finais do ensino fundamental, a rede privada também manteve, em 2019, o Ideb de 2017, que era 6,4 e ficou abaixo da meta de 7,1. Já as públicas passaram de 4,4 para 4,6. Também não cumpriram a meta, que era 5.

O ensino médio foi a única etapa que apresentou avanço também entre as escolas particulares, cujo Ideb passou de 5,8 para 6. O índice ficou, no entanto, abaixo da meta, que era 6,8. Entre as públicas estaduais, índice teve um aumento maior, de 0,4, passando de 3,5 em 2017 para 3,9 em 2019. Mesmo assim, a rede estadual ficou abaixo da meta 4,6.

Agência Brasil

 

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Diversos

Novo ciclone bomba se forma no Sul do Brasil; ventania pode chegar a 80 km/h

Foto: Reprodução/CNN (14.set.2020)

Um novo ciclone bomba está em formação no Sul do país. Mas, diferentemente do fenômeno que causou mortes e destruição em julho, o novo ciclone irá ocorrer longe da costa, o que diminui a chance de catástrofe.

À CNN, o meteorologista André Madeira, da Climatempo, explicou, nesta segunda-feira (14), que o ciclone está em alto-mar e não provocará ventania na mesma intensidade da ocorrida em julho, quando a velocidade dos ventos chegou a 120 km/h.

“Vai provocar rajadas de moderada a forte, especialmente no extremo sul e leste do Rio Grande do Sul e também no leste de Santa Catarina. A gente espera rajadas entre 70 km/h a 80 km/h”, classificou, frisando que “não veremos imagens tão duras” como em julho. “A influência sobre o continente é mais leve.”

Ainda segundo o especialista, “a formação desses ciclones extratropicais é comum nessa época do ano”. Apesar de não trazer riscos, a formação do novo ciclone deve trazer uma massa de ar polar, que causa um frio mais intenso nos estados do Sul do país.

Chuva escura

Água com coloração escura foi coletada por moradores no Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/CNN (14.set.2020)

O especialista ainda explicou outro fenômeno observado no Sul do país. Moradores de São Francisco de Assis, no interior do Rio Grande do Sul, compartilharam imagens de água da chuva com coloração escura.

“Toda essa fumaça provocada pela queimada vai para a atmosfera, e estamos com uma situação em que a circulação dos ventos é de norte para sul, então levanta essa pluma de fumaça em direção ao sul do Brasil”, esclareceu.

Apesar das evidências apontarem para a relação entre a chuva turva e as queimadas que consomem o Pantanal, Madeira afirmou que é necessária uma apuração mais precisa para comprovar essa ligação.

“Mas as chances são grandes e é quase certo que tenha origem nas queimadas no Centro-Oeste do Brasil”, concluiu.

De acordo com imagens do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a fumaça das queimadas que devastam a Amazônia e o Pantanal começou a chegar nos últimos dias às regiões Sul e Sudeste do país.

Dados do instituto indicam que entre janeiro e agosto deste ano foram registrados 10.153 focos de incêndio no Pantanal – número superior ao total registrado entre 2014 e 2019 (10.048).

CNN Brasil

 

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Esporte

Conmebol fecha acordo com a Band para criar PPV da Libertadores e da Sul-Americana

Foto: Divulgação / Conmebol

A Band e a Conmebol fecharam na manhã deste domingo (13) acordo para a transmissão, em TV por assinatura, da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Mas a forma de exibição será diferente e inédita no Brasil, combinando a entidade, junto com Newco, o braço de TV por assinatura do Grupo Bandeirantes, e a FC Diez Media, empresa da IMG que produz conteúdo para as competições nas redes sociais. Este grupo vai montar um canal de pay-per-view para oferecer as partidas que não teriam exibição no país até então. A estreia será na próxima terça (15).

A informação foi publicada inicialmente pelo Máquina do Esporte e confirmada pelo UOL Esporte. A iniciativa é inédita e, neste pacote que será oferecido para o público, terão os jogos que eram até então do Sportv na TV por assinatura, antes de a Globo rescindir o contrato que tinha até 2022.

Ao todo, somente pela Libertadores, serão cerca de 27 jogos exclusivos só na fase de grupos. As partidas da Copa Sul-Americana na TV paga também serão exibidas nesse sistema a partir de outubro, quando o torneio for retomado.

Esse acordo pela Sul-Americana, no entanto, não impede uma janela na TV aberta. A reportagem apurou que RedeTV! e Conmebol continuam conversando por jogos da segunda competição mais importante do continente. Novidades podem acontecer nas próximas semanas.

Inicialmente, os clientes de Net/Claro e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga no Brasil, vão carregar inicialmente a nova iniciativa por assinatura. Negociações com a Vivo também ocorrem.

Fontes afirmam que o valor ainda não está fechado, mas será abaixo do que cobra por exemplo o Premiere, serviço de pay-per-view do Campeonato Brasileiro produzido pelo Grupo Globo. A intenção da Conmebol com a iniciativa é aumentar a arrecadação com as competições, já que a entidade perdeu dinheiro com a recente rescisão contratual com a Globo e com o DAZN pelas duas competições. Neste canal premium, além de jogos, programas serão feitos e produzidos pela Band.

Para a Band, é mais um ponto positivo. A emissora está recobrando sua tradição esportiva e vai reviver, a partir do próximo dia 20 deste mês, a maratona esportiva “Show do Esporte”, que exibirá os campeonatos Alemão e Italiano, além do Brasileirão feminino e Sub-20. A apresentação será de Glenda Kozlowiski, ex-Globo e que teve passagem rápida pelo SBT, e Elia Júnior, que comandou a atração em sua fase clássica na emissora do Morumbi, nos anos 1980 e 1990.

No pay-per-view da Conmebol, jogos do contrato de Disney e Facebook não estarão disponíveis. Algumas partidas exibidas no SBT terão transmissão, mas não todas. O canal de Silvio Santos vai mostrar a Libertadores na TV aberta com Palmeiras e Grêmio na próxima quarta (16).

Já a Disney manteve o seu contrato e vai exibir a Libertadores com partidas exclusivas também a partir de terça. O Facebook perdeu a exclusividade dos todos os jogos na quinta, mas continua com partidas apenas com exibição na rede social, com transmissão da equipe do Esporte Interativo.

Entre os jogos já certos para transmissão no serviço de PPV a partir de terça (15) estão compromissos envolvendo Santos e Athletico Paranaense. Partidas de Flamengo e Grêmio, mas próximas rodadas, também estão previstas.

Veja os jogos que serão mostrados pelo pay-per-view da Libertadores AQUI.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Chupa cabeça de toro.
    Chupa entregador de pizzas.
    Kkkkkkk
    A Globo LIXO vai acabar.
    Tá colhendo os frutos que plantou.
    É Muito bem empregado.
    Kķkkk

  2. Em bares, padarias, clínicas exija que não exibam a rede globo.
    A população não gosta da Globo.
    A população tem que exigir.
    Se não desligar, perde o cliente.

    1. Eu gosto mais duma novela que rola beio gay doque uma procaria de uma missa.

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Saúde

UB-612: Nova vacina contra Covid-19 que apresenta resultados animadores será testada no Brasil

Foto: SIPHIWE SIBEKO / REUTERS

A rede de laboratórios clínicos brasileira Dasa anunciou hoje uma parceria com a Covaxx, divisão da United Biomedical, para testar mais uma vacina contra Covid-19 no Brasil em no mínimo 3.000 voluntários.

O imunizante, chamado de UB-612, é uma vacina baseada em um peptídeo — uma biomolécula relativamente pequena, composta de uma sequência de aminoácidos — que imita a estrutura de proteínas do novo coronavírus e serve como antígeno: faz o sistema imune gerar anticorpos capazes de neutralizar o patógeno.

A vacina está ainda em estágio de conclusão da fase 1, que avalia segurança do produto, num teste em Taiwan. O Brasil vai abrigar pacientes de um teste combinado de fases 2 e 3, que avaliarão simultaneamente a imunogenicidade (a capacidade de induzir produção de anticorpos neutralizantes) e a eficácia (capacidade de proteger de fato contra o vírus).

As empresas afirmam que esperam começar a recrutar pacientes em novembro, após o relatório sob a fase 1 ser submetido à aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

— Nossas equipes já estão discutindo os detalhes para desenhar o protocolo e a logística para acelerar esse processo, mantendo a segurança — afirmou Mei Mei Hu, co-CEO da Covaxx.

A vacina da Covaxx é a décima do mundo a anunciar planejamento de fase 3 e a quinta a entrar em testes clínicos no Brasil. As outras que já anunciaram trabalhos no Brasil são a da AstraZeneca/Universidade de Oxford, a da chinesa Sinovac, a do Instituto Gamaleya (Rússia) e a da multinacional Pfizer.

Segundo Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, a rede de laboratórios usará sua base de dados para recrutar os pacientes para o teste. Segundo ele, a empresa já processou mais de 1,5 milhões de exames de Covid-19, e possui os dados necessários para o trabalho.

A Covaxx é uma iniciativa ligada ao bilionário Peter Diamandis, criador da Fundação X Prize, que promove inovação em diversos setores, notadamente no setor espacial.

O teste clínico de fase 2/3 no Brasil será bancado em parte por um aporte de R$ 15 milhões da Dasa e do grupo Mafra Hospitalar e outros R$ 15 milhões das empresas MRV, Localiza e Banco Inter.

Peptídeo sintético

Segundo Diamandis, que participou da entrevista coletiva, os resultados iniciais são animadores.

— Na fase pré-clínica de teste verificamos que o título [concentração] de anticorpos neutralizantes que essa vacina é capaz de gerar é de 100 a 400 vezes maior que aquela vista em plasma de indivíduos convalescentes [imunidade gerada por pessoas que se infectaram com o vírus em si] — afirmou o empresário.

Mei Mei Hu afirma que os dados de segurança da vacina devem ser publicados em breve em um revista científica e submetidos em seguida a autoridades sanitárias brasileiras.

— Por se tratar de um peptídeo sintético, significa que nunca nem sequer encostamos no vírus para produzir a vacina, por isso ela é extremamente segura — afirmou a líder da Covaxx.

Segundo a CEO da empresa, como a vacina se trata de uma molécula relativamente simples, ela é fácil de produzir em grande escala. A Covaxx afirma que já produz mais de 5 milhões de doses de produtos similares destinados a uso veterinário, e está alavancando a infraestrutura para abrir espaço de produção à vacina nova.

Com o início do recrutamento de pacientes em novembro, a Dasa e a Covaxx afirmam que esperam ver o resultado dos testes após um ano. Uma avaliação parcial de resultados pode ser comunicada ao longo do caminho.

A Dasa diz que está negociando parcerias com centros de pesquisa públicos e privados do Brasil para conduzir o teste, mas ainda não anunciou quais são.

— Os centros de pesquisas escolhidos serão baseados nas regiões onde a prevalência do vírus for adequada para o teste no seu início — afirmou Campana, da Dasa.

O Globo

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Política

Embaixador dos EUA apoia adesão do Brasil à OCDE e exalta reformas

Foto: NurPhoto via Getty Images

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, reforçou hoje o apoio à adesão plena do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e exaltou reformas em sistemas brasileiros como sendo importantes para atrair investimentos estrangeiros. Parte dessas reformas está em tramitação no Congresso Nacional, como a tributária e administrativa.

“Os Estados Unidos já anunciaram publicamente o forte apoio à adesão do Brasil à OCDE. Ao atingir os marcos importantes e necessários para a adesão plena, o Brasil se tornará uma economia mais competitiva e aumentará sua capacidade de atrair investimentos nacionais e estrangeiros. Como os maiores investidores no Brasil, para os Estados Unidos, a competitividade é de extrema importância”, afirmou.

Os Estados Unidos formalizaram o apoio à condição do Brasil como membro pleno na OCDE, uma espécie de “clube de países ricos”, em janeiro deste ano após negociações entre as chancelarias de ambos os países. Em troca, o Brasil aceitou começar a abrir mão do tratamento especial e diferenciado nas negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio).

A declaração foi dada em evento organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) para debater a relação entre Brasil e Estados Unidos. Segundo o embaixador, as conversas com empresários e as perspectivas de crescimento dos negócios têm sido positivas e há mais espaço a ser explorado.

O embaixador disse, por exemplo, esperar anunciar um “progresso substancial” em temas como facilitação de comércio, medidas de combate à corrupção, boas práticas regulatórias e comércio digital até o final do ano.

Chapman falou que o dólar de Wall Street é direcionado a lugares com segurança e retorno financeiro, e o Brasil tem de atrair cada vez mais esses investimentos. Para tanto, considera as reformas importantes, pois são critérios avaliados na tomada de decisões de empresas e fundos.

“Tenho muitas conversas com o Congresso e ministros. Esse processo de reformas é essencial para atrair investimentos. O Brasil, pelo seu tamanho, sempre vai atrair uma certa porcentagem de investimento, mas, para realmente fazer esse furo para um crescimento muito maior, essas reformas são essenciais’, declarou.

Para Chapman, o comércio entre Brasil e Estados Unidos pode até dobrar em cinco anos.

“Com US$ 105 bilhões em comércio, acredito que possamos dobrar nosso comércio bilateral em cinco anos”, afirmou. “E por que digo isso? Veja os exemplos de outros países sul-americanos. O volume do comércio bilateral com Chile, Peru e Colômbia é equivalente a mais ou menos 10% do PIB desses países. […] Com o Brasil, com uma economia de US$ 2 trilhões, nosso comércio é de somente 5% do PIB.”

Segundo o portal do Ministério da Economia, a corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos foi de US$ 59,8 bilhões em 2019 – soma de importações e exportações. A Embaixada dos Estados Unidos informou que o valor de US$ 105 bilhões em 2019 citado por Chapman foi fornecido pelo departamento de comércio do país e considera bens e serviços. Por isso, a diferença nos valores.

UOL

 

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Saúde

COVID-19: Ministro da Saúde diz que em janeiro começa a vacinar “todo mundo” no Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello​, afirmou nesta terça-feira (8) que o país dará início em janeiro à vacinação da população contra o novo coronavírus.

Em reunião ministerial, o ministro disse que as primeiras doses devem chegar a partir do início do próximo ano e que o plano é já imunizar “todo mundo”.

“A gente está fazendo os contratos com quem fabrica a vacina e a previsão é de que essa vacina chegue para nós a partir de janeiro. Em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo”, disse.

A pasta prevê que, inicialmente, chegarão ao país 100,4 milhões de doses da vacina, produzida em parceria com a Fiocruz. A estimativa é de que a segunda dose seja disponibilizada no segundo semestre do próximo ano.

Na semana passada, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco,​ disse, no entanto, que a vacina não deve ser para toda a população. “Dentro dos dados da epidemiologia, não há previsão de vacinar 100% da população. Isso não é o normal, mas sim os grupos de risco”, disse.

Pazuello fez a afirmação ao ser indagado pela blogueira Esther Castilho, uma menina de 10 anos que foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para participar da reunião ministerial.

Com Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. E o Messias, esbravejou que não pode obrigar ninguém a se vacinar. Cuidado General, tem que Capitão dando ordens por aí.

    1. Todos os ministros da saúde nos mandatos de Lula e Dilma eram médicos?

    1. Então faça o seguinte. Chegue em casa e jogue fora tudo o que for fabricado ou use componentes frabicados na China.

    1. A vacina chinesa está sendo testada em brasileiros e a russa começará a ser testada no Paraná. Kkkkkkkk!
      Eu torno a russa, chinesa, americana, inglesa. Pode aplicar as quatro de uma vez na testa!

    2. Você deveria é tomar ozônio com aplicador tamanho GG, faz mais seu estilo.

    1. Tem não. Continue esperando. Quando tiver, você volta aqui pra criticar.

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Diversos

Estações da Rede Sismográfica Brasileira operadas pela UFRN registraram mais de 50 tremores na região Nordeste nos últimos quatro meses

Foto: Reprodução/UFRN

No começo da semana, um terremoto sacudiu o sossego de milhares de baianos, que ainda despertavam para mais um domingo lento de quarentena. O forte tremor de magnitude 4.6 e seus efeitos devastadores foram percebidos em várias cidades do interior da Bahia: Paredes racharam, tetos caíram, estoques desabaram. O evento que pegou moradores de surpresa foi no mesmo instante identificado e classificado, a quase 220 quilômetros de distância dali, por uma das estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Desde a década de 1970, o laboratório tem trabalhado em parceria com entidades públicas e privadas, como a Defesa Civil, a fim de informar e auxiliar as populações locais sobre eventos sísmicos, uso da sismologia para entender a estrutura e evolução da Terra e a formação de recursos humanos de alto nível. Atualmente, o LabSis conta com estações de monitoramento sísmico em todos os estados do Nordeste para detectar as menores vibrações que ocorrem na região. Após as últimas ocorrências na Bahia, por exemplo, já está prevista a instalação de uma rede sismográfica local pelo LabSis/UFRN, com financiamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos Tectônicos.

Sismograma do dia 30 de agosto. O início do registro do evento está em azul a partir das 21:22 UTC. Acima desse evento estão os dois sismos da Bahia, incluindo o tremor de magnitude 4.6 marcado em vermelho. Foto: Reprodução.

O trabalho do LabSis é desenvolvido através de monitoramento contínuo das estações sismográficas instaladas. Também são feitas visitas periódicas em campo para manutenção das estações e coleta de dados, que serão estudados na UFRN. Além disso, é desenvolvido um trabalho social de esclarecimento às populações locais sobre causas, danos e consequências de um terremoto.

Estações

O Brasil tem mais de cem estações como essas mas deveria ter pelo menos o dobro, defende o coordenador do LabSis, o geofísico e professor Aderson Nascimento, para quem o monitoramento precisa aumentar. “No Brasil temos terremotos com potencial de prejudicar grandes estruturas, como barragens, por exemplo. Esse conhecimento é importante para quem faz análise de risco, estuda o cenário para exploração de riquezas ou busca subsídios para prospecção mineral e petróleo”, afirma.

A UFRN monitora quatro estações sismográficas no Estado: A unidade de Pau dos Ferros, Paraú, Pedro Velho e a unidade do município de Riachuelo, que é parte de um acordo de comodato com o serviço geológico dos EUA. Mas como funcionam essas estações? elas trabalham como sistemas autônomos, com painéis solares ou baterias. Cada estação tem um sensor abrigado em uma caixa de concreto aterrada, que vibra junto com a terra e que é chamado de registrador. Esses dados serão então acessados remotamente através de uma transmissão online.

É comum ouvir dizer que o Brasil é um país abençoado por não ter terremotos, mas a realidade trazida pelos sismógrafos desmente essa versão popular. Apenas nos últimos quatro meses – maio, junho, julho e agosto de 2020 – o LabSis registrou mais de 50 tremores na região Nordeste, a maioria imperceptível. Lembrando que a terra não treme forte apenas no interior do Nordeste mas também ao mar. No mesmo dia do terremoto na Bahia, um tremor de magnitude 6.5 ocorreu próximo do arquipélago de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. O epicentro foi localizado a 40 quilômetros das ilhas, dentro do limite das 200 milhas ou 370 quilômetros da Zona Econômica Exclusiva), e a 960 quilômetros de Natal.

Mapa de localização de onde foram instaladas redes locais para estudo de atividade sísmica desde 1986. Cada triângulo vermelho indica uma rede. Foto: Reprodução.

João Câmara

A ocorrência na Bahia é similar embora menos impactante ao que aconteceu no município norte-rio-grandense de João Câmara há 34 anos. Entre agosto e novembro daquele ano, teve início, como explicado nas palavras do professor do LabSis Joaquim Ferreira, “a mais espetacular sequência sísmica já registrada no Brasil”. O estudo e a documentação dos tremores em João Câmara mudou para sempre o direcionamento das pesquisas sobre sismologia do Brasil.

Para quem não recorda, o primeiro dos grandes tremores de 1986 aconteceu no dia 21 de agosto e alcançou a magnitude 4.3. No mês seguinte, em setembro, mais dois tremores parecidos foram registrados, um com 4.3 e outro com 4.4 de magnitude. O terremoto principal ocorreu às 03h32 do dia 30 de novembro do mesmo ano, alcançando magnitude de 5.1, e seguido por dezenas de réplicas. A sequência de abalos sísmicos foi o suficiente para destruir casas e deixar moradores desabrigados.

Depois das ocorrências na cidade, Joaquim Ferreira descreve que foi possível à sismologia da UFRN se equipar, contratar mais pessoas e atuar em vários estados da região, estudando os tremores de terra tanto do ponto científico quanto esclarecendo a população e ajudando a Defesa Civil a atuar nessas situações. “Isso levou à criação do Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis), que funcionou inicialmente no Departamento de Física Teórica e Experimental, sendo transferido em 2009 para o Departamento de Geofísica, no Centro de Ciências Exatas e da Terra”, relata Joaquim, em texto postado no site do departamento.

João Câmara continua sendo monitorada pelo LabSis, que ainda registra tremores frequentes na região. Uma das causas para o fenômeno é que o município é atravessado pela Falha de Samambaia, a maior falha geológica do Brasil, que tem 38 quilômetros de comprimento por cerca de quatro quilômetros de largura e que atravessa também os municípios de Parazinho, Poço Branco e Bento Fernandes. Estima-se que a sua profundidade varia entre um e nove quilômetros. Uma outra falha geológica, chamada de Falha de Poço Branco, também contribui para as ocorrências sismológicas na região, embora com menos intensidade.

45 anos

Os laços entre a sismologia e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 2020, completam 45 anos. Essa parceria começou quando a estação sismográfica localizada na capital potiguar, que pertencia à rede sismográfica global WWSSN, passou a ser comandada pela instituição de ensino, sendo de responsabilidade do Departamento de Física da universidade, onde apenas um docente era formado na área de Geofísica. Com a sequência sísmica de 1986, em João Câmara, os olhos de todo Brasil se voltaram para o estado do Rio Grande do Norte e, consequentemente, para os profissionais da área de Geofísica da UFRN.

Além da página oficial, o LabSis também possui outros canais de comunicação como sua página do Facebook, onde são publicadas informações sobre os tremores de terra analisados pela equipe do laboratório, e que recebe também perguntas e informações sobre os possíveis sismos que ocorreram na região. O blog Sismos do Nordeste, alimentado pelo professor Joaquim Ferreira desde 2011, também divulga notícias sobre os eventos sísmicos que ocorreram na região.

A página do laboratório, desde maio deste ano, também fornece um boletim atualizado semanalmente de tremores com magnitude igual ou maior a 1.5 na aba ‘boletins’ localizada no menu principal do portal. O prédio do Laboratório abriga discentes de graduação, mestrado e doutorado, que acabam tendo à disposição salas equipadas com equipamentos e também o auxílio dos próprios professores orientadores, que têm suas salas individuais, e técnicos que trabalham no laboratório.

UFRN

 

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Economia

‘Black Friday’ do Brasil começa nesta quinta com descontos de até 70%

Foto: Leonardo Benassatto/Reuters

Criada pelo governo federal para gerar oportunidade de consumo em um período normalmente morno em vendas, a segunda edição da Semana Brasil começa nesta quinta-feira (3) com descontos de até 70% nas maiores varejistas do país. As promoções vão até o dia 13 de setembro.

Alguns sites começaram a fazer campanhas, ainda que mais tímidas do que vistas durante a Black Friday. O Magazine Luiza, porém, (MGLU3) promete que alguns produtos terão até 70% de desconto.

O Ponto Frio e a Casas Bahia darão 70% de desconto e pagamentos de até 30 vezes sem juros. As três marcas pertencem à Via Varejo (VVAR3).

Esta é a segunda edição do evento, que tenta deslanchar e tirar o peso da Black Friday, realizada em novembro.

Pela proximidade das festas de fim de ano, o evento importado dos Estados Unidos acaba impactando datas economicamente muito importantes para o varejo. Afinal, se posso pagar bem mais barato pelos presentes de Natal, por que não antecipar?

A primeira edição, no entanto, não foi o suficiente para tirar o protagonismo da Black Friday. Segundo dados da consultoria Ebit/Nielsen, a Semana do Brasil de 2019 teve um aumento de 41% nas vendas.

Porém, ainda está longe do consumo visto na Black Friday. Somente em 2019, de acordo com a Nielsen, o varejo brasileiro faturou R$ 3,2 bilhões em 2019. Tudo isso em dois dias. O aumento foi de 23,6% em comparação de um ano para o outro.

Em um momento em que o consumo está tão em baixa por causa da pandemia da Covid-19 (queda de 12,5% no segundo trimestre), o varejo brasileiro terá um desafio dos grandes.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Saúde

Mortes por Covid-19 caem 14% no Brasil, e taxa de transmissão indica diminuição de casos

Apesar da reabertura, mortes e taxa de infecção por Covid-19 estão caindo no Brasil. Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

A média móvel semanal de mortes diárias por Covid-19 começou a cair e, pela primeira vez em 90 dias, a epidemia dá sinal razoável de estar perdendo força no Brasil. Saindo de um patamar de mil mortes por dia, há uma semana a média semanal vem diminuindo, e fechou ontem em 859 óbitos.

Ainda são muitas vítimas para contabilizar todo dia, e a situação varia entre estados. Com 122.681 mortes e 3.952.790 casos confirmados pelas secretarias estaduais de saúde, poucos veem o aparente arrefecimento da epidemia como uma vitória da resposta brasileira à doença. A questão que especialistas buscam responder agora é se a queda deve continuar.

— Eu tendo a crer que sim — afirma o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da USP. — Mas sair de um patamar de 1.000 mortes por dia para um de 850 mortes é como estar devendo 1.000 e pagar 150. Ainda resta uma grande dívida a ser paga.

Segundo o pesquisador, um dos sinais de que a tendência de queda provavelmente é consistente é que o excesso de mortalidade como um todo, por causas naturais (não violentas), também está se reduzindo.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) vem publicando com frequência dados sobre esse indicador. Os números permitem inferir a tendência da epidemia, guardada a limitação provocada pelo atraso das notificações, e vinham mostrando queda.

O dado mais recente, do final de julho, mostra um excedente de 4.418 mortes por semana em relação ao esperado, baseado na média dos últimos anos. No começo de maio essa disparidade era de mais que o dobro: totalizando 9.353 mortes.

As diferenças regionais apontam que o coronavírus ainda está muito ativo no Sul e no Centro-Oeste.

Nos dados de mortalidade de ontem, 16 estados apresentavam tendência de queda e 3 de alta. Os outros permaneciam estáveis. As diferenças regionais, afirma Lotufo, explicam o longo período de platô com mil mortes diárias que o Brasil viveu ao longo de 80 dias na epidemia de Covid-19.

— Foram agrupadas tendências distintas, uma de queda, outra de subida. O platô nunca foi platô, teve muitas subidas e descidas. O método de comparar as médias de 14 dias tem algumas limitações — afirmou o epidemiologista.

Velocidade de infecção caiu

Um outro indicador otimista para a epidemia no Brasil é o valor mais recente do número básico de reprodução, R0, que estima quantas pessoas cada infectado pelo vírus contagia. Segundo levantamento do Imperial College de Londres, o R0 brasileiro caiu de 1 para 0,94 na última semana, o menor desde abril. O valor abaixo de 1,0 indica que a expansão da epidemia deu lugar a uma (leve) contração.

O Imperial College ponderou em seu último relatório que as notificações de casos e mortes no Brasil estão passando por mudanças e, por isso, a análise dos dados do país exige cautela.

Dentro da margem de erro adotada, o R0 brasileiro pode variar de 0,90 para 1,01. Em julho, o país apresentou média de 1,01, e foi classificado como “fora de controle”. O Brasil tem agora taxa menor do que outros países sul-americanos, como Venezuela (1,06), Argentina (1,09) e Paraguai (1,32).

Um dos fatores especulados para explicar a desaceleração da epidemia no Brasil é a “imunidade de rebanho”, que ocorre quando grande parcela da população já se infectou e ganha algum grau de proteção contra novos contágios.

— Pode ser que, em alguns lugares muito atingidos, como Amazonas, Pará e Maranhão, as populações estejam chegando a um percentual alto de imunidade e com isso haja uma disseminação menor dos casos, mas isso não quer dizer ainda que já tenham imunidade de rebanho — diz o médico Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. — No país inteiro ainda existe muita gente suscetível. No Rio de Janeiro tivemos um pico grande entre maio e junho, depois em julho começou a cair, mas as mortes voltaram a crescer assustadoramente agora.

Rebanho suscetível

O infectologista concorda que a tendência das próximas semanas é mesmo de queda, mas pede cautela.

— Existe motivo para ser otimista, mas o processo de flexibilização em cada lugar precisa ser feito devagar, ao contrário daquilo que foi feito no Rio, onde vemos esse repique — alerta.

Apesar da queda no número de mortes, o número de novos casos, incluindo as ocorrências não letais, custa a esboçar queda.

Especialistas atribuem esse fenômeno, em parte, à maior capacidade de testagem que o país foi construindo aos poucos. Agora um número maior de casos leves está sendo diagnosticado. Não se sabe, porém, se uma parte desse componente se deve aos “repiques”. É muito provável que hoje ou amanhã o país chegue à marca dos 4 milhões de casos registrados.

Por ainda estar sujeita a algumas incertezas, a interpretação da queda nos números de mortes ficará “sob observação”, diz Lotufo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Atenção mané, vcs soltam baba quando querem usar o cérebro, cuidado isso pode disseminar o vírus.

  2. Liberou geral e a contaminação pelo vírus cai drasticamente. Huuummm Bolsonaro tinha razão ou foi a PF com a operação Covidão kkkk

    1. Nao lave a mão, nao use álcool em gel, nao use máscara e aceite cuspirem na sua cara, gado.
      Siga seu líder.

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Diversos

Allan dos Santos, do Terça Livre, diz que deixou o Brasil por temer por sua segurança, e acusa embaixadas da China e Coreia do Norte de espionagem ao governo brasileiro

Foto: (Ed Alves/CB/D.A Press)

O jornalista Allan dos Santos, um dos investigados no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) apurar fake news e ataques contra a Corte, afirmou que deixou o país. Sem afirmar para qual localidade foi, Allan disse que deixou o Brasil por temer pela sua segurança.

Ele fez as afirmações em uma live com bolsonaristas, inclusive com a deputada Bia Kicis (PSL-DF). Apesar de não ter mandado de prisão em aberto, ou proibição de viajar contra o blogueiro, muitos países estão com as fronteiras fechadas para brasileiros, em razão da pandemia de coronavírus.

O Brasil é o segundo país em número de infectados e mortes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Apenas portadores de passaportes diplomáticos podem ingressar em nações que aplicaram o bloqueio da entrada de brasileiros.

De acordo com informações que circulam entre os apoiadores do governo, Allan teria viajado para os Estados Unidos. Mas esta informação não foi confirmada. Ele acusou duas embaixadas (China e Coreia do Norte) de terem escutas para usarem contra o governo. A mesma acusação foi feita contra o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

O jornalista disse ainda que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, sabia dos supostos atos de espionagem. Procurado pelo Correio, Kakay afirmou que as declarações de Allan não tem ligação com a realidade. “A notícia é tão absurda, falsa nos mínimos detalhes, eu sequer sou do PT, nunca tive filiação partidária. Uma mentira canalha que só poderia partir de uma mente doentia e covarde. A indústria das fakenews, que alimenta o ódio, só serve para para transitar no submundo, no esgoto onde vivem estes ratos que tentam conspurcar a honra alheia. Eu nem respondo, pois sequer honra eles têm para preservar. São a escória humana”, disse o advogado.

O ministro Luís Roberto Barroso ainda não se manifestou sobre o caso.

Correio Braziliense

Opinião dos leitores

  1. Tem cara de doido mas não é doido. Quando a situação aperta foge igual ao Weintraub. Não adiantou apagar as postagens fake.

  2. A PETRALHADA FICA MAIS MALUCA QUANDO VER BOLSONARO LEVANDO OS RESTINHOS DOS VOTOS PETRALHAS NO NORDESTE…..É O BOZO 2022,NO 1º TURNO!!!!

    1. Maluco é quem faz festa e campanha eleitoral antecipada em meio a quase cem mil brasileiros mortos; em grande parte por incompetência e descaso com a vida humana.

  3. Mais um rato fugindo das próprias ratoeiras que criou. Deve estar mocosado com o analfabeto do Weintraub em Miami.

  4. Temos que isolar o gado e os Petelhos. São duas faces da mesma moeda. Só que o gado é pior porque prega golpe e perseguições. MORO 2022.

  5. Este cara deu no pé,para fugir da justiça brasileira. Era uma fabrica de fakes.
    A verdade semore tem que prevalecer.

  6. O cara foi embora para provar q a terra é plana e mesmo observando que não é, vai continua dizendo isso.
    Essa é a cara dos defensores do mentiroso mor, Bolsonaro.
    Como dizia minha mãe: "esse povo mente que o c* nao sente".

  7. Agora fiquei com medo. Coreia do Norte, esta nos espionando. Corram para as montanhas e florestas.

  8. Diziam que Bolsonaro seria um ditador. Quantos votos Alexandre de Moraes e Toffoli tiveram na eleição ?

    1. QUEM OS NOMEOU TEVE 87% DE APROVAÇÃO AOS OITO ANOS DE GOVERNO PROGRESSISTA E PRÓ POVO POBRE…SÓ ISSO. E, AINDA ELEGEU DUAS VEZES A SUA SUCESSORA, QUE SOFREU UM GOLPE PARLAMENTAR ORQUESTRADO PELO INIMIGO NÚMERO UM DA AMÉRICA LATINA: O TIO SAM!

    1. Severino, melhor dizer as verdades que ele contou, se é que contou alguma.

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Diversos

A ‘epidemia de abandono’ dos animais de estimação no Brasil causada pela crise do coronavírus: do corte de gastos ao medo da “transmissão”

Foto: ONG CÃO SEM FOME/ DIVULGAÇÃO

Se a pandemia de coronavírus mudou a paisagem urbana das grandes cidades, deixando ruas de todo o país vazias, por outro aumentou o número de animais domésticos abandonados.

Seja pela crise, pelo medo de que cães e gatos transmitam o coronavírus ou pela mudança de vida causada pela pandemia, mais donos de animais de estimação estão se desfazendo dos seus outrora melhores amigos.

O cenário é confirmado por organizações não-governamentais, pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e até mesmo pela SaferNet Brasil, organização que monitora conteúdos que violam direitos na internet.

Diretor da ONG Cão Sem Dono, Vicente Define Neto relata à BBC News Brasil que desde o agravamento da pandemia no Brasil tem recebido cerca de 200 e-mails por dia. Em geral, de gente interessada em encontrar novos donos para seus pets. Segundo ele, é um aumento de 40% da procura anterior ao período.

“É um número absurdo”, comenta. “E como as ONGs estão todas lotadas, certamente são animais que acabarão sendo abandonados posteriormente.”

De acordo com ele, os motivos relatados por quem o procura são, quase sempre, relacionados ao novo coronavírus — ou a crise decorrente da pandemia. “Entre os fatores, estão a perda de emprego e gente que está indo morar de favor com algum parente e não tem como levar o animal.”

Fundadora da ONG Cão Sem Fome, Glaucia Lombardi diz à reportagem que tem deparado com cinco vezes mais casos de abandonos de cães do que o normal.

“Estamos vivendo uma situação extremamente complicada, complexa e que não tem prazo para se normalizar”, ressalta. Em alguns casos, é a devolução de um animal adotado anteriormente. E até mesmo cachorros de raça definida, que raramente apareciam nos abrigos, estão sendo deixados para trás por seus donos.

“O abandono de cães sempre foi o maior dos problemas que enfrentamos”, afirma ela. “Temos de conviver com o desafio de animais largados em praças, estradadas ou desovados nas portas de ONGs ou protetores.”

Cortes de gastos

Para Lombardi, o cenário parecia bom no começo da pandemia, quando as pessoas até procuraram adotar mais, “pensando em ter uma companhia” no período de isolamento.

“Então, vieram as péssimas notícias”, avalia. “Houve a trágica mentira disseminada de que os cães transmitiam a covid-19. Depois, os problemas econômicos e, da mesma forma como foram cortados gastos extras em todas as famílias, muitas também optaram por não ter mais seus animais de estimação.”

Há ainda o caso de animais de estimação cujos donos entraram na extensa lista de vítimas da covid-19. “Meu pai morreu e a gente não quer o cachorro…”, exemplifica ela. “Esse motivo foi o que mais cresceu em tempos de pandemia. Com o número de mortos aumentando, o número de animais de companhia que foram descartados pelos familiares dessas pessoas disparou.”

Procurado pela BBC News Brasil, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) afirma que “avalia de forma preocupante a situação do abandono de animais de estimação nesta fase de pandemia”.

A reportagem procurou a Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) de São Paulo, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, para confirmar a tendência.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a instituição informou que só recolhe animais abandonados em vias públicas quando estes representam risco para a saúde pública — e indicou que o trabalho é, na maior parte das vezes, realizado por ONGs.

“São considerados riscos para saúde pública: a suspeita de portar ou transmitir zoonoses de relevância, como a raiva ou esporotricose; animais agressivos com histórico de atacar ou morder pessoas; animais que tenham invadido instituições públicas, desde que se enquadrem nos riscos citados; animais em sofrimento nas vias públicas quando necessária a realização de indução de morte sem dor (eutanásia)”, esclarece a divisão, em nota.

Considerando essas atuações específicas da DVZ, o número de cães recolhidos de março a julho deste ano é inferior ao mesmo período do ano passado — 145 versus 216. Mas os dados deste mês podem indicar uma tendência de alta. Em julho de 2019 foram retirados pelo órgão 33 cachorros das ruas de São Paulo. Neste mês de julho, até o dia 27, o número já era de 57.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. TENHO TRÊS E ESTOU ALIMENTADO E CUIDANDO DE OUTRO AQUI NA MINHA RUA SE FOR PRA SAJETA EU MORRO DE FOME COM ELES ISSO TUDO É DESCULPA DE GENTE MAL, SEBOSA ESPÍRITO DE PORCO TOMARA Q A COVID LEVE MUITOS DESSES LIXO HUMANO

  2. Tenho cinco animais! Nunca abandonaria nenhum deles. Isso é de uma maldade sem tamanho. A pessoa que abandona ou maltrata um animal, não vale absolutamente NADA!

    1. Concordo em gênero, número e grau. Quando minha esposa estava grávida de meu primeiro filho tinha 7 gato. O terrorismo para me desfazer dele por causa de doenças e outras coisas foi tão grande que virei é disse: " você abandonaria um filho e me diga quál o animal que mais propaga doença no mundo ". Minha teoria se comprovou agora . Segundo a história Leonardo Da Vinci disse " o homem só vai evoluir quando um crime cometido a uma animal será um crime cometido contra a humanidade ". Triste humanóide que só retroage.

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