Eles são cerca de 30% menores, têm a casca mais grossa e a cor da gema mais escura – de um alaranjado forte, em comparação com o amarelo claro dos ovos de granja. “São apenas diferenças superficiais: em termos nutricionais ambos são idênticos”, afirma o melhorista genético Vicente José Maria Savino, da Escola Superior Agrícola Luiz de Queiroz (ESALQ), em Piracicaba, São Paulo.
Essas características indicam simplesmente que a galinha não foi estimulada a botar mais ovos do que o normal e que houve mais tempo para a formação deles – ao contrário das aves de granja, que, confinadas em ambientes iluminados 24 horas por dia, são artificialmente induzidas a produzir mais ovos. A verdadeira diferença está, portanto, na galinha. A caipira é criada solta – por isso, fica menos gorda e tem acesso a uma alimentação mais variada (de besouros, larvas e minhocas a frutas, verduras, capim e grãos de milho), enquanto a de granja só come ração.
Tudo isso faz com que as galinhas caipiras ponham cerca de 80 ovos por ano e seus frangos atinjam o ponto de corte aos 60 dias de vida, enquanto as de granja põem em torno de 300 ovos por ano e seus frangos estão prontos para serem abatidos com apenas 45 dias.
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