Jornalismo

Sinmed emite nota sobre estado de calamidade na saúde

O Sindicato dos Médicos (Sinmed) emitiu uma nota pública agora a tarde dando sua versão acerca do decreto do estado de calamidade na saúde pública anunciado ontem pela governadora Rosalba Ciarlini.

Confira a nota na íntegra

Nota pública

O Sindicato dos Médicos do RN acompanha atentamente os acontecimentos. O estado de calamidade é um fato provocado por sucessivos governos, inclusive o atual, que não priorizaram a saúde.

O sucateamento da máquina pública segue invariavelmente um roteiro que ao fim apresenta como solução mágica as terceirizações, privatizações e a vilanização da figura dos trabalhadores, mais intensamente a do médico.

Esperamos que a decisão do governo de decretar calamidade não venha a esfriar a investigação da terceirização do Hospital da Mulher, em Mossoró, nem as sucessivas manifestações de entidades para que o governo assuma a gestão de suas unidades, dispensando a intermediação de terceiros.

Temos a expectativa de que a medida não sirva para aprofundar mais ainda a deterioração do sistema, contestado em todo Brasil, de destruição da rede pública e favorecimento a privatizações.

Os sinais emitidos pelo governo são os mesmos de sempre, fala em ponto eletrônico, numa manobra para responsabilizar o médico por escalas incompletas, não fala em suspender o contrato com a Associação Marca, caracterizando pela calamidade a situação emergencial e, pior, sinaliza a entrega da área do estádio Juvenal Lamartine à especulação imobiliária, em troca da construção de um hospital na zona norte, em parceria público privada.

Na visão do Sinmed esse não é um caminho para resgatar o serviço público, senão para destruí-lo de vez.

Não nos furtaremos a colaborar em políticas que fortaleçam o serviço público e o direito constitucional de atendimento a saúde que a população tem, mas não nos comprometeremos com medidas que afrontem a lei, mesmo frente a uma decretação de calamidade, crônica na verdade, cujos poderes e instrumentos sejam utilizados para políticas destruidoras do próprio sistema que tenta proteger.

Geraldo Ferreira Filho
Presidente do Sindicato dos Médicos do RN

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Política

Governadora decreta estado de calamidade na saúde

A governadora Rosalba Ciarlini acabou de anunciar, durante uma coletiva à imprensa, que decretou estado de calamidade no Rio Grande do Norte para dar mais celeridade ao plano de enfrentamento de serviços de urgência e emergência, na tentativa de melhorar o atendimento na rede pública.

As ações do programa de reforma, restauração, ampliação e aparelhamento dos hospitais estaduais são de médio e longo prazo, o que mostra uma preocupação com um plano de governo na área da saúde. Para a sua execução, a governadora anunciou investimentos na ordem de R$ 25 milhões.

A ideia, se realmente tiver como objetivo, a melhoria dos serviços públicos de saúde é boa. Se os objetivos forem alcançados, melhor ainda. Mas foi necessário passar 18 meses para a governadora descobrir que a saúde estava ruim? Os problemas mostrados todos os dias na imprensa, a dificuldade para encontrar um novo secretário e a crise que atinge praticamente todas as unidades de saúde já não eram suficientes? Já se passou 18 meses e a governadora ainda não mostrou pra que veio. O que já era ruim nos governos Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza conseguiu ser destruído na gestão de Rosalba.

Nunca é demais lembrar que Rosalba é médica.

Opinião dos leitores

  1. Bruno, não esqueçer também que nestes 18 meses o governo do RN reteu recursos para a saúde, diminuiu o orçamento da saúde em 2012. Pq será?! Incompetência! Dinheiro? Tem! Agora aonde está?! Pq essa calamidade?! Para terceirizar e não abrir licitações?! Esse governo vai acabar pior do que o de Micarla. Pobre RN…

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Social

Vivaldo pede urgência no combate aos efeitos da seca no Seridó

Pressa nas providências para solucionar os problemas da seca no Seridó. É isso o que pretende o deputado Vivaldo Costa que solicitou hoje do governo do Estado o início da construção das adutoras do distrito de Lajinhas e das comunidades Palma e Barra da Espingarda, todos no município de Caicó.

“Não adianta mais abastecer essas comunidades com água de rio. É preciso celeridade nas providências para o início das obras. O agropecuarista precisa de pressa para resolver essa questão da falta de água. E esse momento é propício”, afirmou.

De acordo com Vivaldo, já faz 10 anos que os moradores dessas áreas esperam a construção das adutoras, trazendo água das barragens Armando Ribeiro Gonçalves, Carnaúba e Passagem das Traíras.

O deputado solicitou ainda um reforço na estrutura hídrica de Caicó, que segundo ele é boa, mas precisa de equipamentos para os poços tubulares e recuperação dos açudes que arrobaram no inverno do ano passado.

“Tudo isso precisa pressa, porque a seca está destruindo a agropecuária da região, concluiu.

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