Um terremoto de magnitude 5,9 atingiu a região na fronteira entre os estados de Nevada e Califórnia, nos Estados Unidos, na tarde desta quinta-feira (8) segundo o Serviço de Geologia dos EUA (USGS, na sigla em inglês).
O epicentro foi a 32 km Sul-Sudoeste de Smith Valley, em Nevada, ainda de acordo com o USGS, a uma profundidade de 9,8 quilômetros.
O tremor foi o mais forte de uma série de pequenos abalos sentidos na região nesta quinta, e aconteceu às 15h49 (19h49 em Brasília).
Um terremoto de magnitude 5,8 atingiu a costa leste dos Estados Unidos nesta quarta-feira (24). De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o tremor aconteceu por volta das 10:40 da manhã (14:40 em Brasília), com o epicentro próximo à cidade de Lone Pine, a 300 km de Los Angeles.
O abalo sísmico foi registrado a uma profundidade de 6 km e foi sentido nas cidades de Fresno e Bakersfield, no centro do Estado. O tremor da Califórnia aconteceu apenas um dia depois do forte terremoto de magnitude 7,4 que atingiu a costa sul do México e deixou ao menos seis mortos no estado de Oaxaca.
Não há relatos imediatos de feridos ou de maiores danos.
O epicentro do terremoto está a cerca de 20 km a sudeste da cidade de Lone Pine, no condado de Inyo e, de acordo com o USGS a cidade com pouco mais de 1,8 mil habitantes, sentiu tremores “muito fortes”.
Segundo o jornal “Los Angeles Times”, a mesma região passou por um terremoto de magnitude 4,6 há dois dias e o tremor menos forte agora é considerado um “foreshock”, ou abalo que antecede um terremoto ainda maior.
Tremor no México
Um forte terremoto de magnitude 7,4 atingiu a costa sul do México na terça-feira (23), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O número de mortos pelo terremoto que atingiu a região sul de Oaxaca no México chegou a seis, segundo uma atualização defesa civil mexicana nesta quarta.
O abalo chegou a ser sentido no centro da capital do país, a Cidade do México, que está a centenas de quilômetros de distância do epicentro. O tremor chegou a fazer soar os alertas de autoridades para a possibilidade de tsunami na costa do Pacífico, mas os alarmes foram retirados.
Inicialmente, o USGS tinha informado uma magnitude de 7,7 que foi revisada. Ainda assim, tremores deste tipo provocam estragos e, segundo o Serviço Geológico dos EUA, a proximidade deste tremor com a superfície amplifica seus efeitos.
A Disney anunciou nesta quinta-feira (12) o fechamento de todos os complexos turísticos da marca nos Estados Unidos — a Disneyland, na Califórnia, e o Walt Disney World, na Flórida. A medida tomada para conter o novo coronavírus vale a partir deste domingo e vai durar até o fim de março.
Além dos parques, a Disney suspendeu todas as novas partidas do cruzeiro Disney Cruise Line a partir deste sábado.
Fora dos Estados Unidos, a marca também fechou a Disneyland Paris Resort, na região metropolitana da capital da França. Parques em Xangai e Hong Kong já estavam fechados desde o início da crise do novo coronavírus.
HAROLD WINSTON, O BAMF, DEIXOU O BRASIL AOS 18 ANOS PARA VIAGEM DE UMA SEMANA EM AMSTERDÃ E NÃO VOLTOU MAIS (FOTO: MALACHI BANALES/ DIVULGAÇÃO)
Proibido no Brasil e seis vezes mais caro que o ouro. O cristal de poucos centímetros, levemente amarelado, quase transparente, é exposto em lojas especializadas em maconha da Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, como uma joia.
Cada grama do extrato ultraconcentrado de maconha produzido pelo brasileiro Harold Winston, mais conhecido como Bamf, de 34 anos, pode custar até US$ 250 — o equivalente a cerca de R$ 1.000. A porção é suficiente para fazer dois cigarros — misturando com tabaco ou ervas – ou usar até cinco vezes num bong — purificador, geralmente feito de vidro, utilizado para fumar maconha.
Harold deixou o Brasil em 2003, há 16 anos, atraído pelo desejo de trabalhar com cannabis. Antes de deixar o país, ele tinha plantado 400 pés de maconha no quintal da casa onde vivia com a família em Belo Horizonte. A mãe dele descobriu, destruiu o plantio e pagou ao filho uma viagem para ele passar uma semana em Amsterdã, na Holanda. Ele nem chegou a pegar o voo de volta e, desde então, só visitou a terra natal em festas de fim de ano.
Nesse período, Harold viveu cinco anos na Holanda, ganhou 10 prêmios em competições de maconha nos Estados Unidos e se tornou uma das maiores referências do mundo canábico.
No Brasil, o plantio, a venda ou a doação de maconha são considerados tráfico de drogas, crime punido com penas de 5 a 15 anos de prisão, além de multas. Usar a erva é considerada apenas uma contravenção. Nesses casos, o usuário deve prestar serviços à comunidade e fazer um curso sobre os danos causados pelo uso de drogas.
O advogado Ricardo Nemer, da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Reforma) diz que muitas vezes a distinção entre usuário e traficante, feita principalmente pela Polícia Civil, é incerta e pode resultar em punições injustas.
“Depende do ‘achismo’ do delegado. Não há regra do que é pequena ou grande quantidade. Isso causa uma grande insegurança jurídica e enquadra diversos usuários como traficantes. Um exemplo são as pessoas que cultivam maconha para fazer extratos (como os produzidos por Bamf) e precisam de muitas plantas”, explica o advogado.
Mas o que há de tão especial na maconha concentrada?
“Você dá uma simples puxada e é como se você tivesse fumado uns dez baseados inteiros”, diz Fernando Badaui, de 43 anos, vocalista da banda CPM22. “Não tem nenhuma impureza. É como degustar um bom vinho. Quando você fuma uma maconha comum, tem o papel, folhas, galhos e tudo mais junto, fora a sujeira. Aquilo que o Bamf faz é o puro extrato de THC, o princípio ativo que causa a brisa. Eu já experimentei maconha em diversos países que visitei e digo que essa está entre as melhores do mundo.”
FERNANDO BADAUI (À ESQ.), VOCALISTA DA BANDA CPM22, VISITOU DIVERSAS VEZES O BRASILEIRO HAROLD WINSTON, NA CALIFÓRNIA (FOTO: FERNANDO BADAUI/ ARQUIVO PESSOAL)
Badaui é conhecido por ser um combativo ativista nas redes sociais pela liberação da maconha. No Instagram, por exemplo, ele faz constantes publicações para defender a descriminalização do uso e a regulamentação do plantio da erva no Brasil. Ele conta ter conversado com o skatista Bob Burnquist, outro assíduo defensor da cannabis.
“Falei pro Bob que a gente está junto nessa. A imagem dele é muito importante para mostrar que um atleta de elite pode usar maconha”, afirmou Badaui em entrevista à BBC News Brasil.
O brasileiro Harold diz que Badaui o visita duas vezes por ano na Califórnia e que já experimentou vários de seus produtos. “A gente virou amigo. Ele é um ativista que representa muito nossa luta e eu acho lindo todos esses caras de peso desmistificando o uso da maconha. Eles demonstram que podem fumar e serem grandes profissionais. A manifestação pública dessas pessoas é um dos caminhos para a legalização no Brasil”, afirmou.
‘Amor’ pela erva
Harold nasceu na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, mas seus pais avaliaram que não teriam condições de criá-lo. Aos três meses de idade, o bebê foi adotado por americanos que viviam em Belo Horizonte e o batizaram com o nome do avô americano.
“Eu sempre fui um moleque doido, talvez pelo fato de ser adotado. Fui expulso de todas as escolas por onde passei em Belo Horizonte”, conta o brasileiro. Ele diz que ter se tornado uma referência na produção de maconha na Califórnia é a realização de seu maior sonho.
Todo esse amor pela maconha, conta Bamf, começou assim que experimentou a erva pela primeira vez, aos 16 anos.
“O problema foi que eu gostei demais, irmão. Um dia depois de sentir aquela sensação, comprei 25 gramas (suficiente para produzir até cerca de 50 baseados). Foi doido. A partir daquele dia, eu queria ver coisas sobre maconha o dia todo, queria experimentar a melhor maconha do mundo e fiquei na caça daquilo. Naquele mesmo ano, descobri o haxixe e pirei de vez”, conta o brasileiro aos risos.
Na época, ele passou a ter acesso e consumir grandes quantidades de haxixe trazido do Paraguai. Mas ele conta que sentia desgosto por consumir algo sujo e de procedência desconhecida. Seu sonho passou a ser produzir seu próprio concentrado, de alta pureza.
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