Finanças

Campanha de Dilma vai à cadeia com Santana

JoaoSantanaLoPoliti3A ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro contra o marqueteiro João Santana faz cintilar nos autos da Lava Jato uma pérola encontrada pelos investigadores no celular de Marcelo Odebrecht, preso em junho de 2015. Em mensagem endereçada a um executivo de sua empreiteira, Odebrecht anotou: “Dizer do risco cta [conta] suíça chegar na campanha dela.”

O “risco” insinuado no texto de Odebrecht é óbvio: parte dos serviços de marketing prestados à campanha de Dilma Rousseff pode ter sido liquidada com dinheiro roubado da Petrobras. Mais: os recursos de origem espúria foram enviados ilegalmente para o estrangeiro. Essa combinação de fatores como que arrasta para o centro do palco a Justiça Eleitoral.

A força-tarefa da Lava Jato informa que não investiga crimes eleitorais. Ocupa-se de delitos como corrupção e lavagem de dinheiro. Nesse contexto, João Santana desce à fogueira em posição análoga à de João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro petista. Ou seja: recebeu verba roubada da Petrobras por conta dos vínculos com o PT. O que fazia Santana para o partido? Campanhas eleitorais, entre elas a presidencial.

Correm no Tribunal Superior Eleitoral processos que, em algum momento, podem resultar na perda dos mandatos de Dilma e do vice Michel Temer. Hipótese que levaria à convocação de novas eleições. Numa das ações alega-se que a chapa presidencial deve ser cassada porque foi eleita em campanha bancada com verba suja. Os ministros do TSE farão papel de idiotas se não examinarem o tema a sério.

De acordo com os investigadores, a Operação Acarajé, como foi batizada essa nova fase da Lava Jato, está escorada numa fartura de provas documentais. Em meio aos papéis, há uma carta da mulher e sócia de João Santana, Mônica Moura, cuja prisão também foi determinada por Moro. A missiva foi endereçada a Zwi Skornicki, apontado como operador de petropropinas.

Na carta, a mulher de Santana indica duas contas bancárias. Uma aberta em Nova York. Outra, em Londres. A Polícia Federal informa que ambas estão associadas a uma terceira conta, mantida na Suíça. Junto com as contas, Mônica enviou cópia de um contrato celebrado anteriormente com offshore vinculada à Odebrecht. Deveria ser usado como modelo para as remessas do operador Zwi.

Guiando-se pelos indícios, a turma da Lava Jato identificou repasses milionários ao casal da marquetagem. Com a ajuda da Receita Federal, farejou-se até a aquisição por João Santana de um apartamento de luxo em São Paulo com verba entesourada no exterior. Sérgio Moro já determionou o bloqueio do imóvel. Servirá para ressarcir o Estado em caso de eventual condenação.

Numa entrevista que concedeu em 2013, nas pegadas do ronco do asfalto, o mago do marketing do PT disse que “os protestos não podiam ser em relação a Dilma.” Nessa tentativa de interpretar a voz das ruas, Santana disse que madame estava a salvo da revolta porque seria “honesta”, teria “comando” e estaria “gerindo bem” o governo.

Nessa mesma conversa, conduzida pelo repórter Luiz Maklouf Carvalho, João Santana sapecou: “A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo.”

A vitória de Dilma foi apertada. Sem vocação para antropófagos, os “anões” Aécio Neves e Marina Silva aliaram-se no segundo turno. E o tucano bateu com o bico na trave. Dilma prevaleceu graças ao enredo ficcional que Santana criou na propaganda eleitoral. Junto com as urnas, abriram-se as barragens da fábula. Escorreram indicadores tóxicos: inflação, estagnação, desemprego e mais corrupção. Muita corrupção.

Já está claro que o discurso de João Santana —ela “é honesta”, “tem comando” e “está gerindo bem”— virou pó. A honestidade de Dilma, responsável legal pelas arcas de sua campanha, está sub judice no TSE. Seu comando revelou-se inexistente. E sua capacidade gerencial é do tamanho da cabeça de um alfinete. Resta saber o que será feito do mandato de Dilma. A campanha vitoriosa de 2014 receberá voz de prisão junto com o marqueteiro João Santana.

Josias de Souza, UOL

Opinião dos leitores

  1. Dizer o q? Depois de uma análise perfeita da atual situação da Pte Dilma….e do seu ilusionista….

  2. Eu não consigo entender ,COLLOR DE MELO roubou uma ELBA e caiu do governo federal ,o PT ROUBOU MILHÕES E AINDA NÃO CAIU!!!!!

    1. Milhões? Isso foi superado a muito tempo, estamos na casa dos BILHÕES!!
      A blindagem criada pelo PT e torno dos seus, estando a 13 anos no poder, leva a tal situação.
      O PT trabalhou desde a primeira hora para tornar seus líderes seguros de qualquer acusação, mas a coisa saiu do controle, desde o dia que Dirceu foi formalmente acusado por Roberto Jeferson.
      Mesmo assim eles apostaram na impunidade e diversificaram seus esquemas, apresentados no mensalão. aloprados e petrolão. Falta apurar muito mais coisas como os fundos de pensão.

    2. Joca tem muita gente pendurada no mesmo galho da Dilma,por isso ela balança mas não cai,já o Collor (arrogante como sempre) quis bater de frente com o Congresso…. se ferrou!!!!

    3. O PT ainda não caiu! porquê não há um nome de vergonha, uma liderança política de respeito para que o povo vá para as ruas e peça a saída da presidente e do seu vice. Tirar Dilma, para que Temer assuma ou, depois, o atual presidente da câmara e posteriormente o do senado e, por último o pior de todos os cenários deixar que o PSDB assuma com uma nova eleição. Que é que estamos assistindo a todo momento em todos os cenários midiáticos. Não é regredirmos 100 anos e sim 500 anos. Para o PT deixar o governo, só falta isso caros amigos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Em decisão inédita, TSE abre investigação de campanha de Dilma

dilma-preocupada2O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu nesta terça-feira (6), por 5 votos a 2, abrir uma ação para investigar a campanha que elegeu a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

É a primeira vez que a corte abre uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime) contra um presidente empossado.

A decisão foi tomada após o PSDB, autor da ação, recorrer ao plenário do TSE contra o arquivamento do caso pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, no início do ano.

Votaram nesta noite os ministros Luciana Lóssio e Dias Toffoli, presidente da Corte.

Ao enunciar seu voto, Lóssio defendeu a reunião das três ações contra a campanha de Dilma que tramitam no TSE em um único processo. Segundo a ministra, o julgamento em separado poderia levar à demora na resolução definitiva dos questionamentos judiciais, o que tornaria o Poder Judiciário “um verdadeiro terceiro turno eleitoral”, afirmou a ministra.

A ministra afirmou que notícias veiculadas na imprensa não sustentam por si só a abertura da ação. Um dos argumentos do PSDB para pedir a investigação é a suspeita de que o esquema investigado pela Operação Lava Jato tenha financiado a campanha petista.

“O responsável pelo ajuizamento da Aime (ação) deve ocupar-se de subsidiar o processo com lastro probatório. Se notícia midiática impressiona, deve diligenciar no sentido de trazer aos autos, ou ao menos indicar o caminho para acesso aos elementos de prova, que amparam as notícias veiculadas em jornais, revistas, blogs, etc”, disse.

“Por sua vez ao julgador cabe analisar objetivamente os fatos, à luz do que efetivamente consta no processo. Lembrando que notícias de fatos, não são provas de fato”, afirmou a ministra.

O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, não leu seu voto e disse apenas que seguia a divergência aberta pelo ministro Gilmar Mendes.

Julgamento retomado

O julgamento havia sido interrompido em 25 de agosto, após pedido de vistas da ministra Luciana Lóssio, quando já havia maioria para a abertura da ação.

Quatro dos sete ministros já haviam votado favoravelmente pela reabertura do caso. Votaram pelo prosseguimento da ação os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha (que já deixou a corte), Luiz Fux e Henrique Neves. A ministra Maria Thereza decidiu novamente pelo arquivamento.

A ação foi movida pelo PSDB, principal partido de oposição. A legenda afirma que houve abuso de poder econômico e político na campanha que reelegeu Dilma em 2014, e aponta como exemplo o uso de pronunciamentos oficiais da presidente em rede nacional.

O PSDB também afirma na ação que as doações oficiais recebidas pela campanha petista tiveram origem em recursos de propina ligada a contratos da Petrobras, caso investigado pela operação Lava Jato da Polícia Federal.

O advogado Flávio Caetano, que atuou na campanha de Dilma em 2014 e a representa no tribunal, afirma que o TSE deliberou apenas sobre a abertura da ação, e não sobre o mérito das acusações. Caetano nega a existência de irregularidades e afirma que a ação é juridicamente “frágil” e não contém provas.

“Vale destacar que a campanha presidencial de 2014 ocorreu dentro da mais absoluta normalidade, com a presidenta Dilma sendo reeleita com o voto de 54,5 milhões de brasileiras e brasileiros”, disse. “As contas da campanha foram aprovadas por unanimidade no TSE. Estender esse julgamento só serve à oposição e só atende aos interesses de quem busca fazer uso político do Poder Judiciário”, afirmou o advogado.

UOL

Opinião dos leitores

  1. PALAVRAS DE JOAQUIM BARBOSA:
    Potencial candidato à presidência da República em 2018, o ex-ministro Joaquim Barbosa, que presidiu o Supremo Tribunal Federal, disparou contra os tucanos; "contra o presidente de uma das Casas do Congresso há acusações de crimes graves, mas ele é apoiadíssimo pelo PSDB!", afirmou, referindo-se ao apoio do líder da bancada tucana, Carlos Sampaio (PSDB-SP), ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); Barbosa também fez uma crítica velada ao senador Aécio Neves (PSDB-MG); "nossa economia está aos frangalhos, mas eles só pensam numa coisa: no dinheiro das empresas"; o presidente do PSDB tem defendido que as doações empresariais, banidas pelo STF, sejam mantidas.

  2. Que assem a batata! "Essa senhora"(como disse Kall) já está fazendo hora extra… Varrendo ela, podiam aproveitar e levar junto o presidente do congresso e da câmara!

  3. A AGU tem feito um belíssimo papel de Advogado do Diabo! O apego desesperado pelo poder é a imagem desse governo corrupto e inescrupuloso,comandado por esta senhora demente que a cada dia parece pactuar com o mal pra não deixar o Planalto.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Campanha de Dilma contrata boca de urna do Vox Populi

O Instituto Vox Populi registrou nesta terça-feira, 21, uma pesquisa de boca de urna sobre a corrida presidencial. Contratado pela campanha de Dilma Rousseff, o levantamento vai ouvir 6.800 pessoas em 26 de outubro, dia da votação.

A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número 01223/2014, tem margem de erro de 1,2 ponto porcentual e nível de confiança de 95%. Com a proibição de divulgação dos resultados antes das 20h de domingo, quando que termina a votação no Acre, o Ibope decidiu não fazer pesquisa nacional de boca de urna. O Datafolha já não havia feito esse tipo de levantamento no primeiro turno.

Até domingo, pelo menos seis pesquisas nacionais devem ser divulgadas. Em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo e a Rede Globo, o Ibope divulga um levantamento nesta quinta-feira, 23, às 18h. O instituto vai ouvir 3.010 eleitores e o número do registro é BR-01168/2014. O Ibope também divulgará um levantamento no sábado, véspera da eleição. O registro é BR-01195/2014.

O Datafolha também vai a campo nesta quinta-feira e deve divulgar pesquisa no fim do dia. A previsão é de 9.978 eleitores entrevistados. O número de protocolo é BR-01162/2014. O instituto, assim como o Ibope, também divulgará uma pesquisa no sábado, sob o registro BR-01210/2014.

Além da pesquisa de boca de urna contratada pela campanha de Dilma, o Vox Populi tem outra pesquisa a ser feita e divulgada no sábado, com 2000 eleitores. Esta foi contratada pela Rede Record e registrada sob o número BR-01185/2014.

O TSE recebeu ainda o registro de sondagem a ser feita pelo Instituto Sensus, com coleta prevista entre terça e sexta-feira. Com 2 mil entrevistas, a pesquisa deve ser divulgada pela revista IstoÉ, a partir de sexta. O protocolo é BR-01166/2014.

Ontem, o instituto MDA registrou um levantamento encomendado pela Confederação Nacional do Transporte. A pesquisa será feita nos dias 23 e 24 de outubro, próximas quinta e sexta-feira. A divulgação está prevista para o sábado, véspera da votação. O instituto vai ouvir 2002 eleitores e o levantamento foi registrado sob o número 01199/2014.

O Ibope divulga ainda levantamentos nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá Rondônia, Roraima, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. O que vejo muito claro é uma minoria querendo ganhar dinheiro fácil através da compra da consciência do povo menos dotado de inteligência, por meio da mídia venal.
    Vejo inclusive assalariados sendo levados ao engano. Mal sabem eles o arroxo salarial que os esperam.
    A falta de argumentos do PSDB é tão grande que eles tentam desqualificar o adversário através de termos pejorativos como "petralhas". A desqualificação do adversário é o último meio a ser usado por desonestos quando não se tem mais argumentos.
    Além de tudo não admitem que o seu partido é muito pior que o PT, já que não deixam sequer investigar os casos de corrupção.

  2. Depois do Ibope, Datafolha e CNT, temos mais um instituto de pesquisa devidamente abastecido pelo PT. É o domínio das pesquisas por um único partido. Depois vão discursar falando que são proletariados. Me engana que eu gosto. Só no Brasil mesmo!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Campanha de Dilma muda comando após delação de corrupção bilionária

2014090738793Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Em meio ao impacto negativo provocado pela delação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que acusou políticos petistas e da base aliada de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da estatal, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu alterar o comando de sua campanha à reeleição. O ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) assume a partir de hoje a coordenação geral da campanha. A função vinha sendo dividida entre o presidente do PT, Rui Falcão, e Giles Azevedo, que foi chefe de gabinete de Dilma.

A entrada de Rossetto dilui o poder de Falcão, que integra o campo majoritário do PT, do qual faz parte também o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, também envolvido por Paulo Roberto Costa no suposto esquema de recebimento de propina da Petrobras. A entrada de Rossetto, além de mudar o comando político e estratégico da campanha, tenta demarcar melhor a distância de Dilma em relação a Vaccari.

A mudança não retira totalmente o poder de Falcão, porque, como presidente nacional do PT, ele tem a prerrogativa estatutária de integrar a coordenação de todas as campanhas. Mas seu poder agora será compartilhado com um petista de ala mais à esquerda do partido e mais próximo a Dilma. Rossetto não integra o campo majoritário do PT, ala à qual também pertence o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Quanto a Giles, apesar de ser um nome ligado à presidente, ele sempre teve uma atuação mais burocrática e menos política no governo e na campanha. As mudanças ocorrem num momento em que o ex-diretor da Petrobras denuncia o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, Vaccari e parlamentares da base governista de terem recebido propina de contratos da estatal.

Rossetto terá “autoridade” e “autonomia”

O crescimento de Marina Silva (PSB) e as denúncias envolvendo políticos da base aliada em meio a uma campanha que, há duas semanas, parecia consolidada em favor da reeleição levaram a presidente a destacar um auxiliar de sua extrema confiança e que parece ter mais habilidade para fazer um elo entre governo e campanha. Rossetto assume com “autoridade” e “autonomia” dados por Dilma para tomar decisões estratégicas a partir de agora.

A primeira delas será a de também manter a principal adversária, Marina Silva, na defensiva. Integrantes da coordenação da campanha petista dizem que Marina terá que responder pelo envolvimento de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, morto em um acidente aéreo no mês passado, no esquema de recebimento de propina delatado por Costa.

— Marina é do PSB. Era candidata a vice de Eduardo Campos. É sua herdeira política na disputa eleitoral. Não há como ela se descolar das denúncias — disse um auxiliar da presidente.

O comitê de Dilma provocará a adversária a defender Campos sempre que forem mencionadas as denúncias de Costa. A estratégia é de contra-ataque, respondendo na linha de que Marina não representa “a nova política” no momento em que pairam dúvidas sobre a conduta política de Campos.

Quanto ao tucano Aécio Neves, a avaliação entre os aliados de Dilma é que ele não terá mais tempo de se recuperar eleitoralmente, e que a polarização com Marina é irreversível. Os dirigentes petistas sabem que os ataques do PSDB serão intensos, mas esperam que eles tenham pouca ressonância. Por isso, a ideia é deixar Aécio em segundo plano, polarizando mesmo com Marina. Além de colar a pessebista em eventuais problemas de Campos, Dilma insistirá nas contradições da ex-ministra.

Novo coordenador avalia quadro com Dilma

Rossetto passou a tarde de ontem no Palácio da Alvorada com Dilma avaliando o quadro eleitoral e redefinindo os rumos da campanha. Caberá a ele representar Dilma na definição de estratégias para desconstruir Marina. Numa primeira análise, segundo integrantes da campanha, serão mais bem programadas as viagens e os eventos dos quais ela participará. A avaliação é que, como Dilma decide em cima da hora, os eventos acabam parecendo improvisados.

No começo da disputa eleitoral, a presidente sinalizou que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) assumiria função estratégica na campanha. Há algumas semanas, no entanto, Rossetto vinha sendo chamado por Dilma a opinar politicamente. As conversas vieram se acentuando nos últimos dias. Dilma e o ministro se conhecem há pelo menos 20 anos.

Rossetto foi “chefe” de Dilma quando era vice-governador do Rio Grande do Sul, e ela, secretária de Minas, Energia e Telecomunicações do estado. Ele foi um dos principais articuladores da saída de Dilma do PDT e de sua filiação ao PT. É um dos raros políticos que consegue ter autonomia e carta branca da presidente para trabalhar. Antes de voltar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, cargo que já ocupou no governo Lula, foi presidente da Petrobras Biocombustível.

— A campanha precisava de alguém com uma espécie de mandato de Dilma para resolver, decidir e analisar o quadro de forma mais estratégica — disse um auxiliar da presidente, sem mencionar as denúncias de Costa.

Desde o começo da disputa eleitoral se avolumam reclamações sobre desentendimentos internos e falta de comando na campanha.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *