Política

Presidente do PT sobre Marina Silva e Eduardo Campos: "Misturar tapioca e açaí pode causar indigestão"

2013-662255605-2012102977075.jpg_20131109O presidente nacional do PT, Rui Falcão, promete levar à cerimônia de abertura do 14º Encontro Nacional do partido, nesta sexta-feira, em São Paulo, uma reação dura contra os adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial – Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). A maior ofensiva será contra Campos, ex-governador de Pernambuco e que já foi um aliado do PT.

Falcão vai acusá-lo de não ter “ideias próprias” e de sempre ter andado “a reboque” do programa de desenvolvimento petista. Ele defenderá que chegou a hora de “desmascarar os que prometem uma nova política, mas comprometidos com figuras do passado” e usará uma metáfora, ao melhor estilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também estará no evento, para fazer um alerta:

“Cuidado! Porque misturar tapioca com açaí, às vezes, pode causar indigestão”, diz trecho do discurso que Rui fará à noite e que foi divulgado à imprensa nesta tarde.

A tapioca é uma referência ao nordestino Campos e o açaí, fruta típica da Região Norte, é uma referência à ex-senadora e pré-candidata a vice na chapa de Campos, Marina Silva.

Contra o PSDB de Aécio, Falcão dirá que “mudar não é retroceder” e que é necessário tomar cuidado com aqueles que deixaram ao país uma “herança maldita”. Também vai explorar medidas “impopulares” defendidas pelos tucanos nesta pré-campanha, como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei do salário-mínimo.

“Que eles, como costumam fazer, não venham depois desdizer o que disseram – nem tenham medo de manter na campanha suas desatinadas propostas”, segue o discurso do líder petista.

Para reagir ao movimento “Volta, Lula”, Falcão começará seu pronunciamento reafirmando a candidatura da presidente Dilma Rousseff.

“O encontro é, sobretudo, o momento de formalizarmos solenemente a indicação da companheira Dilma Rousseff como nossa pré-candidata à Presidência da República”, diz o discurso.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Isso é preconceito as regiões mais pobres do país? Poderia fazer qualquer outro comentário, até pessoal, mas falar da comida em tom irônico, mas parece crítica de cunho geral. Fica a pergunta. E não se venha apontar exemplo de outros integrantes que o partido prestigie, isso não responderia. A indagação repousa no regionalismo que a comida representa.

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Política

Na TV, Campos e Marina se apresentam como ‘filhos da esperança’

Isadora Peron e Ana Fernandes – Radar Político Estadão

Ex-ministros do governo Lula, Eduardo Campos e Marina Silva se apresentaram, nesta quinta-feira, 27, ao Brasil como os “filhos da esperança” durante o programa do PSB em rede nacional de rádio e TV. Como previsto, o pré-candidato à Presidência da República da legenda, o governador de Pernambuco buscou unir sua imagem à da ex-senadora, que teve mais de 20 milhões de votos na eleição presidencial passada e deve ser anunciada vice da chapa em abril.

A peça apostou em um formato em que Campos e Marina ficaram sentados frente a frente, em um ambiente montado como uma sala de estar. Os dois completaram as ideias e frases um do outro ao longo do programa, que durou dez minutos.

Desde o início, ficou clara a estratégia de ligar os dois, numa tentativa de transferir a intenção de voto de Marina para Campos. Hoje, ele aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Dilma e do senador tucano Aécio Neves.

“Marina, você sabe que você e eu somos filhos da esperança” – foi a primeira frase de Campos, na abertura, e repetida no início do bate-papo entre eles.

O programa alinhou as histórias pessoais, de Marina no Acre e de Campos em Pernambuco, e buscou aproximar os discursos que podem parecer antagônicos: o dela pela sustentabilidade e o dele pelo desenvolvimentismo.

O pessebista reverenciou a provável futura companheira de chapa, destacando que ela recebeu mais de 20 milhões de votos na última eleição presidencial e abrindo espaço para ela falar da sua legenda Rede Sustentabilidade.

Outro ponto central do programa partidário foi trazer críticas diretas ao governo Dilma Rousseff.Sem fazer críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos disseram que Dilma Rousseff não fez o que se esperava dela à frente do governo. A dupla faz críticas à política econômica adotada desde 2011 e à forma de Dilma governar.

Campos afirmou que o País “vinha melhorando” desde o governo Itamar Franco, que o governo Lula “cuidou de preservar” os avanços econômicos, mas que “de 2011 para cá, começamos a ver as coisas não darem certo”.

“Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos, e ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil, e não desmanchar o que estava feito”, disse Campos.

“Governante que não ouve, dá as costas para o povo”, complementou Marina em uma alusão direta ao perfil centralizador de Dilma e às críticas de pouco diálogo da presidente com políticos e com o mercado.

Campos afirma que ela é a responsável pela desvalorização da Petrobrás.”Eu que vi em 2010 a presidente Dilma dizer que ia defender a Petrobrás, que seu adversário ia privatizar a Petrobrás, e ver três anos depois ver a Petrobrás valer metade do que valia”, afirmou Campos.

Um tema caro à ex-ministra do Meio Ambiente também teve espaço na propaganda: a necessidade de se investir em meios de produção de energia renováveis. No vídeo, Campos afirma que é um contrassenso importar óleo diesel para abastecer as termoelétricas, quando poderia haver investimentos em energia eólica e solar. Marina, por sua vez, lembra que o País tem “uma das maiores áreas de insolação do mundo”.

Campos termina o vídeo usando uma metáfora futebolística para convocar o cidadão brasileiro a “entrar em campo” e ajudar a fazer um “Brasil campeão”. “O povo brasileiro já sabe o que quer. Quer mudar. Ainda não sabe que estamos juntos para ajudar nessa mudança”, disse.

Opinião dos leitores

  1. O PT falou em mudança por 20 anos em cima do palanque político.
    E o fez até agora? NADA!
    Ou melhor, olhar o retrovisor e culpar quem está fora do "poder" a mais de 12 anos.
    Então se é para ficar no mesmo lugar e agora com PROVAS DE CORRUPÇÃO na PETROBRAS, vamos MUDAR DE NOVO!!!
    Um dia acertamos!!!

  2. Se a ideia é mudar alguma coisa, eles não representam isso. Dentro desta ideia temos PSOL, PSTU e PCO.

  3. Senhores, assisti o programa e foi de muito bom gosto.
    Linguagem simples que o povão entende.
    Sem factoides, sem ataques, sem politicagem, sem promessas mirabolantes, enfim, muito satisfatório. Deve vir mais por aí e tem gente que deve botar o bigode de molho, parece que esses aprenderam a falar a língua que só o PT sabia.

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