Bandeira do Canadá: questão da imigração é assunto de economia e, não, de segurança nacional (Chris Jackson/Getty Images)
No Canadá a questão da imigração é tratada e planejada dentro da esfera econômica, e não na política ou de segurança nacional. “O país tomou a decisão de manter há muitos anos um processo de imigração aberto porque ajuda na economia do país”, diz o consultor especialista em imigração Ed Santos, co-fundador da Canadá Intercâmbio.
O Canadá recebe imigrantes em três classes: refugiados – que quem é concedido asilo – reunião familiar para unir cônjuges, pais e filhos e a categoria economia. É nessa classe que profissionais brasileiros podem usar para tentar visto de trabalho e posteriormente pedido de residência permanente no país.
“A perspectiva do Canadá é aumentar os níveis anuais de imigração para 340 mil até 2020 e reduzir o processo que demora hoje, 24 meses, para um ano apenas. Em torno de 80% do crescimento populacional é resultado da imigração”, diz Santos.
A necessidade de profissionais é urgente. Conforme relatório de novembro de 2018, da Statistics Canada (IBGE canadense) 430 mil vagas de empregos estavam disponíveis e não foram preenchidas.
O índice de desemprego no país de 5,6 %, o mais baixo desde 40 anos. O envelhecimento da população e a queda na taxa e fertilidade têm agravado o problema ao a ano.
Mesmo com perspectivas promissoras para quem deseja seguir carreira internacional no país, brasileiros não está conseguindo surfar na onda gigantesca de oportunidades.
Mais de 286 mil imigrantes receberam autorização de residência permanente em 2017 por meio da categoria classe econômica e 39% deles se estabeleceram fora dos três destinos mais buscados pelos brasileiros: Toronto, Vancouver e Montreal. Outros 164 mil profissionais chegaram ao Canadá no mesmo ano e, destes, apenas 1.284 eram brasileiros.
“O brasileiro está descobrindo as oportunidades mais velho, os jovens não estão percebendo a oportunidade”, diz Santos. Idade, nível de conhecimento do idioma, boa formação acadêmicia e experiência profissionais robusta são os requisitos para conseguir boas oportunidades de emprego no Canadá.
Como aproveitar as oportunidades no Canadá
O domínio do idioma inglês ou francês é o grande desafio dos candidatos (escrita, conversação e leitura) para conseguir emprego. Para quem tem a fluência no idioma o primeiro passo para conquistar as oportunidades de trabalho é verificar se a profissão é regulamentada no país.
Algumas áreas de de atuação necessitam de licença profissional no país. É o caso de médicos, engenheiros, professores, advogados, contadores, enfermeiros, farmacêuticos, eletricistas, arquitetos, entre outros.
Caso seja necessário tirar licença, é necessário fazer exames que exigem algumas horas de formação complementar. No site Working In Canada é possível encontrar detalhes das exigências de formação.
Quem precisar validar o diploma terá que entrar em contato com o órgão regulador de sua área de atuação na província onde pretende residir.
“Se você é enfermeira e quer se estabelecer em Vancouver, por exemplo, terá que entrar em contato com o Colégio de Enfermeiros da B.C.. Agora se é professor e quer se fixar em Ontário, deverá se comunicar com o Ontario College of Teachers”, diz Santos.
Profissionais como administradores, gerentes de negócios ou de recursos humanos ou trabalhadores semiqualificados não precisam fazer a relicenciamento de diploma. Mas Santos alerta que nem escolas renomadas no Brasil terão, a piori, prestígio entre os empregadores canadenses. Ele indica que os interessados visitem o site de Serviços de Educação Mundial
As áreas com mais emprego
As áreas de construção civil, finanças, recursos humanos, comunicação, engenharia, arquitetura, transporte, marketing, saúde, administração pública, tecnologia da informação, artes, agricultura são as mais promissoras no Canadá.
Mas a região do país tem influência na demanda por profissionais. Na província de Quebéc, por exemplo, as áreas de tecnologia, usinagem e enfermagem têm mais empregos e frequentemente o governo do Québec faz missões de recrutamento em outros países, inclusiva o Brasil, para atrair profissionais. Para esta região, o grande desafio é o domínio do idioma francês, principal língua falada na província.
O sistema de imigração também é diferente para quem quer se estabelecer em Quebéc e não segue as mesmas regras do processo federal. Para mais informações espeíficas para a imigração para região francófona é possível visitar o site Quebec Em tête
Confira as principais profissões acordo com a região do país e a atividade:
Automobilística: Ontário
Finanças: Toronto
Tecnologia: Columbia Britânica, Quebec, New Brunswick
Agricultura: Prairies, Manitoba, Ontário
Fazendas de Leite: Saskatchewan
Manufaturas: Ontário
Governo: Ottawa e capitais provinciais
Óleo e Gás: Alberta, Saskatchewan
Hotelaria e Turismo: Ontário, Colúmbia Britânica
Artes e Cultura: Montreal e Toronto
Jornalismo: Ontário
Saúde Pública: Todas as regiões
Indústria Madeireira: Colúmbia Britânica
Mineração: Colúmbia Britânica, Manitoba, Labrador e Newfoundland, Northwest Territories e Yukon
Evento dá o caminho das pedras para quem quer estudar ou morar no Canadá
A cidade de São Paulo recebe no sábado, 23, a EXPOCANADÁ. A feira é gratuita e tem objetivo de conectar instituições e ensino e interessados em estudar e trabalhar no país. No site do evento é possível fazer a inscrição.
Também vão recebei a feira, as cidades de Ribeirão Preto (SP) –19 de março -, João Pessoa (PB) – 21 de março – , Belo Horizonte (MG) – 25 de março -São Luís (MA)- 27 de março – , Campinas (SP) – 29 de março – e Uberlândia (MG)- 1º de abril – também vão receber o evento. Todos os endereços estão disponíveis no site da EXPOCANADÁ
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