O mundo já tem um ano certo para testemunhar o estrago causado pelas mudanças climáticas. A partir de 2047, a maior parte do planeta terá uma temperatura média superior à registrada em qualquer outro período entre 1860 e 2005. O impacto do aquecimento global em florestas e recifes de corais reduzirá a oferta de água e alimentos, além de comprometer a biodiversidade e a sobrevivência de diversas espécies.
Os trópicos serão a primeira região do planeta a arcar com as consequências das mudanças climáticas. Rio e São Paulo, por exemplo, verão o termômetro registrar um aumento de aproximadamente 2 graus Celsius até o meio do século. O cálculo, publicado hoje na revista “Nature”, é de uma pesquisa da Universidade do Havaí.
— Pense no evento mais quente e traumático que você já experimentou. Ele, no futuro, será um fenômeno normal — explicou Camilo Mora, autor principal do estudo. — Vemos, hoje, cada vez mais notícias sobre pessoas que morrem devido a ondas de calor. Não tenho dúvidas de que este número vai crescer.
Em entrevista ao GLOBO, Mora avaliou que o aumento dos eventos extremos é “inevitável”.
— Quando deixamos um ecossistema, como a floresta tropical, exposto às mudanças climáticas, haverá uma menor oferta da comida e da água que precisamos. A redução da produção agrícola e da pesca são exemplos de como a sociedade não pode fazer vista grossa para os eventos climáticos — explicou.
O calendário do caos, porém, ainda pode ser alterado. De acordo com a pesquisa, as temperaturas recordes podem ser atrasadas em 20 ou 25 anos se houver um esforço global para controlar as emissões.
Parece pouco, mas, neste período, o homem poderia desenvolver uma tecnologia que ajudaria sua adaptação às mudanças climáticas.
— A realidade é: não importa o que façamos, vamos sofrer com os eventos extremos, como o aumento da temperatura. Mas isso não é desculpa para cruzar os braços — alertou Mora. — Teremos que passar por um teste, a adaptação a um novo ambiente. Vale a pena discutir como podemos ganhar tempo até desenvolvermos um meio para que esta transformação seja menos traumática.
A equipe de Mora usou a projeção de sete variáveis climáticas, como índices de precipitação, evaporação, transpiração e a temperatura da superfície do mar, assim como 39 modelos do sistema da Terra. A partir daí, os pesquisadores averiguaram qual seria a temperatura em mais de 10 mil regiões do planeta até o fim do século.
No Rio, atualmente, a temperatura média anual é 23,5 graus Celsius. Em 2050, será 26 graus. Em São Paulo, passará dos atuais 22 para 24,5 graus Celsius.
Na apresentação das projeções, Mora descreveu os estudos sobre o clima como uma “junção entre a ciência, o público e a economia. Por isso, não é de se estranhar que qualquer nova descoberta provoque grande interesse do público, mas também seja altamente politizada. O grau em que essas descobertas podem gerar mudanças positivas é frequentemente afetado por ataques à credibilidade da ciência”.
Outros cientistas não envolvidos com a nova pesquisa concordam que a redução das emissões teria um maior efeito a longo prazo, diminuindo o risco de que o clima alcance em breve um ponto em que o desencadeamento das mudanças climáticas torne-as catastróficas. Para eles, o estudo de Mora é uma forma mais didática de apresentar ao público algumas conclusões que já eram debatidas pela comunidade científica.
— Se continuarmos com o atual padrão de emissões de CO2, vamos empurrar os ecossistemas para condições climáticas que eles não apresentam há milhões de anos — alertou Ken Caldeira, climatologista do Instituto Carnegie para a Ciência, da Universidade de Stanford.
O apagão em todo o Nordeste causou transtornos à capital potiguar, desde o meio da tarde até o início da noite. Apesar da energia restabelecida na maioria da cidade, em alguns pontos, até 18h30, continuaram sob a escuridão, especialmente, em trechos da Avenida Prudente de Morais, Alexandrino de Alencar, Afonso Pena.
Em bairros como Candelária, Lagoa Nova, Tirol e Petrópolis, parte das residências estavam com a energia sob normalidade, contudo, vários relatos de internautas indicaram ausência da luz ou quedas constantes.
Às 15h03 desta quarta-feira (28), uma interrupção no fornecimento de energia atingiu cidades de sete estados da Região Nordeste.
Na capital potiguar, o caos foi geral. Semáforos sem funcionamentos, engarrafamentos quilométricos e milhares de pessoas nas paradas de ônibus, aguardando pelos ônibus presos no trânsito.
A ausência de amarelinhos nas vias públicas também chamou a atenção, tornando as ruas da capital terra de ninguém e os motoristas usando e abusando de infrações.
Muitas pessoas ainda reclamaram dos geradores pouco eficientes em alguns estabelecimentos comerciais de peso.
O que está acontecendo nessa Prefeitura de Natal??? Ninguém ver os amarelinhos nas ruas quando se precisa. As ruas continuam muito escuras (mesmo quando tem energia). Os buracos só são tapados nos corredores, as demais ruas estão uma peneira. E o mais preocupante é que a imprensa tá toda calada, e o Ministério Público não se manifesta. Tadinho de nós!!!
Agora quando é p multar aqui na afonso pena, em frente a promater, aparece amarelinho de todo jeito; ai no dia que precisa p fazer realmente alguma coisa útil p população n aparece um!!
Nada detém o caos em que se transformou a saúde pública no RN. O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN) encaminhou ofício, nesta segunda-feira (24), à governadora Rosalba Ciarlini, à Secretaria Estadual de Saúde, ao Conselho Regional de Medicina e à direção do Hospital Walfredo Gurgel informando e solicitando providências quanto a situação de absoluto caos e violação de direitos humanos no maior hospital público do estado.
Neste momento, das sete salas do centro cirúrgico do HWG, apenas uma está em condição de funcionamento para atender os três milhões de cidadãos do Rio Grande do Norte. As outras salas estão ocupadas, por falta de vaga em UTI, com cinco pacientes em situação gravíssima nos respiradores e aparelhos de anestesia, e sem médico acompanhante. Os anestesiologistas estão dando cobertura a estes pacientes quando sua função é a execução dos procedimentos anestésicos para cirurgias, que não tem condições de serem realizadas pela falta de salas. Há risco de morte tanto para os pacientes que estão em sala aguardando vaga em UTI, quanto aos os que estão aguardando sala para cirurgia.
Os profissionais vinculados à Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte decidiram, em assembleia, por não aceitar a proposta da Secretaria Municipal de Saúde. Deste modo, continuam em greve. A categoria suspendeu as atividades desde a quarta (12), em razão dos atrasos nos pagamentos dos plantões e cirurgias.
A assembleia foi realizada na noite de ontem, 13, por volta das 19h30, no auditório da Associação Médica do RN. Além de não aceitarem a proposta do município, lançaram uma contraproposta. Querem que os meses de junho e julho sejam pagos imediatamente e que o pagamento de agosto seja agendado para o dia 15 de outubro.
De acordo com a categoria, mesmo com a parcela paga recentemente, a Prefeitura de Natal ainda deve um valor superior a R$ 4 milhões para a Cooperativa dos Médicos.
E a paralisação nas unidades básicas refletiu diretamente na piora do caos instalado no Walfredo Gurgel, que é custeado pelo Governo do Estado. A informação é de que tem médico pedindo pra sair de lá.
O Sindicato da Polícia Civil e Servidores da Segurança Pública (Sinpol) tomou medidas no início da tarde desta terça-feira (7) diante dos últimos acontecimentos e decisões na esfera presidiária, que afetam diretamente as delegacias, e, portanto, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
Além de ter protocolado ofícios solicitando reuniões de urgência com a procuradora-geral de Justiça Adjunta, Maria Auxiliadora de Souza Alcântara, e com o juiz da 12ª Vara de Execuções, Henrique Baltazar, responsável pela decisão de interditar Alcaçuz, a entidade emitiu Nota à Opinião Pública dizendo não ao retorno de presos às delegacias e afirmando: “O caos do sistema penitenciário está estabelecido”.
Veja na íntegra:
Polícia Civil diz não ao retorno de presos às delegacias
Sinpol enfrentará decisão ilegal da Sejuc Caos do sistema penitenciário está estabelecido
“Delegacia não é presídio ou cadeia pública, e o policial é para investigar”. Foi com essa fala que o presidente do SINPOL/RN anunciou o posicionamento da categoria face à decisão que impedirá o recebimento de presos nas unidades prisionais do Estado. Para Djair Oliveira, o Governo, em especial a SEJUC, tem que assumir tal responsabilidade, já que ela é estabelecida por Lei.
O SINPOL lembra a SEJUC que a decisão do Dr. Henrique Baltazar não pode respingar na Polícia Civil, vez que existe decisão maior e já ratificada pelo TJRN, STJ e STF (Ação Civil Pública Nº 001.06.026377-7 que foi movida pelo MPRN), a qual já transitou em julgado, na qual decidiu que “policial civil do RN não deve mais custodiar presos de justiça”.
Na ocasião, o SINPOL/RN ratifica o posicionamento da Delegacia Geral, vez que, o Dr. Fábio Rogério, garante em entrevistas na imprensa que não aceitará que policiais civis sejam vigias de presos, citando que: “Eles (referindo-se aos integrantes da SEJUC) têm que assumir a responsabilidade pelos presos. Não vou admitir este desvio de função dos policiais civis.”
O SINPOL lembra que atualmente o Governo do Estado devolveu R$ 47 milhões ao Governo Federal, por não ter apresentado um programa de reforma, ampliação e construções de novas unidades prisionais, demonstrando, pois, a generalização da incompetência, bem como demonstra a falta de vontade política para resolver o problema ora em questão.
Contudo lembramos a você, companheiro, que a mobilização é, na maioria das vezes, a arma eficaz para a manutenção da democracia, a qual vem “apanhando” (e muito) de governos incompetentes que, às vezes, não tão alicerçadas na verdadeira justiça.
A palavra agora está com o Governo do Estado, na ocasião em que se faz o seguinte questionamento: onde ficarão os presos de justiça a partir de amanhã? Porque nas delegacias de policia civil, eles não ficarão.
Reportagem da Tribuna mostra a situação que chegou o atendimento que a População vem tendo nos postos de Saúde de Natal. É um coisa de você ficar louco e perguntar como conseguem que cheguem a um ponto desses. Segue reportagem,
Há quase um mês, as Unidades Básicas de Saúde estão desconectadas da Central de Marcação de Consultas devido corte no acesso à internet. Ou seja, apesar de prestar o atendimento básico, os Postos não têm mais a capacidade de encaminhar o paciente para realizar um exame nem marcar consulta com um especialista.
Alex Régis
Segundo funcionária de uma Unidade de Saúde, que não quis ser identificada, a população está ciente das condições de trabalho: “Estamos explicando a situação e, infelizmente, contra a nossa vontade, passamos a adotar o procedimento do ‘tv’ (‘te vira’) quando alguém precisa de um exame ou um atendimento mais complexo”, lamentou a servidora. “O que podemos fazer é informar onde ele pode conseguir fazer um raio x, por exemplo. Passamos o endereço e em alguns casos, quando a pessoa é carente, até ajudamos no dinheiro da passagem”. A servidora informou que não há previsão para o sistema voltar a funcionar ainda em 2012.
As reclamações dos servidores dentro das Unidades de Saúde são recorrentes, da mesma forma que o pedido para preservar a identidade: “Todo mundo sabe dos problemas, mas ninguém fala abertamente com medo de perseguição. Eu mesmo não quero confusão pro meu lado”, disse funcionária lotada em Unidade na zona Oeste de Natal. Vale registrar que o fornecimento de água potável e gás de cozinha foi interrompido, segundo a servidora, há mais de três meses: “também estamos sem distribuição de leite para crianças e as linhas telefônicas estão cortadas”. Popularmente conhecidas como Postos de Saúde, as Unidades são o primeiro contato da pulação com o atendimento básico preventivo e deveriam ser capazes de minimizar a superlotação de hospitais e prontos socorros – um dos mecanismos para isso seria o Programa de Saúde Familiar (PSF).
MEDICAMENTOS
“Está quase tudo parando”, disse Miquelani Cavalcanti, dona de casa e mãe de dois filhos. Ela afirma que “está difícil encontrar remédios, e quando o atendimento é para pediatra encaminham logo para o (Hospital Infantil) Sandra Celeste. Sem falar que tenho que ir muitas vezes até conseguir uma ficha para atendimento”.
REALMENTE ESTA UM CASO DE CALAMIDADE. VOÇE NAO TEM MAIS A QUEM RECORRER. O MINISTERIO PUBLICO FAZ VISTA GROSSA . NAO TEM INTERNET PARA MARCAÇAO DE CONSULTA. OS ALUGUEIS DOS IMOVEIS ESTAO A MAIS DE 10 MESES SEM PAGAREM. COMO E O CASO DOS PSF. PANATIS. O DA GUARITA 11 MESES. FELIPE CAMARAO . QUEM PERDEU A ESPERANÇA JA TOMOU OS IMOVEIS. TODOS EM ESTADO DEPLORAVEL. ENQUANTO ISSO OS VERIADORES DE NATAL .COM QUE CARA VAO TER MORAL. PARA PEDIREM O SEU VOTO.
Uma portaria da Secretaria Nacional de Defesa Civil, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (25) reconheceu o estado de calamidade pública em Natal, decretado pela prefeita Micarla de Sousa no dia 13 deste mês. O Governo federal reconheceu o problema causado pela “erosão marinha”.
Na segunda-feira (23), a prefeita entregou, em Brasília, relatório produzido pela Defesa Civil sobre a situação de Ponta Negra, que sofreu danos materiais, humanos e ambientais devido à erosão marítima. Com o relatório em mãos, solicitou a liberação de R$ 4 milhões para as obras.
A portaria assinada por Humberto Viana, secretário Nacional da Defesa Civil, entra em vigor a partir de hoje e permite que o governo acesse um fundo de recursos federais destinado às situações emergenciais e calamitosas, controlado pela Caixa Econômica Federal. Porém, ainda será necessária a análise sobre o projeto para que os recursos sejam repassados pelo Governo Federal ao Município.
Através do Twitter, o secretário de Defesa Social e coordenador da Defesa Civil de Natal, Carlos Paiva, demonstrou otimismo com relação à liberação da verba. O auxiliar da prefeita Micarla de Sousa disse que vai a Brasília ainda nesta semana para acompanhar a análise do processo para que a verba seja repassada.
“Agora o processo segue para o setor de análise. Esta semana ainda irei a Brasília para darmos os próximos passos rumo à liberação de recursos para, aí sim, iniciarmos a reconstrução do calçadão de Ponta Negra”, explicou o secretário.
Com a crise na saúde pública e a greve dos médicos, que já dura 80 dias no Rio Grande do Norte, os pacientes que necessitam de atendimento de emergência estão sofrendo com a demora nos hospitais de Natal.
Relatos colhidos pelo UOL apontam que a demora para receber o primeiro atendimento chega a 24 horas no hospital Walfredo Gurgel, maior emergência do Estado. Além disso, os pacientes são obrigados a ficarem internados em macas de hospitais pelos corredores por conta da falta de leitos. Há problemas de superlotação também nos hospitais pediátricos e maternidades, com registro de mortes de mães e bebês.
A dona de casa Terezinha Bezerra Costa, 51, contou que passou 24 horas sentada em uma das cadeiras da recepção do Walfredo Gurgel, quando finalmente foi transferida para uma das macas no corredor do hospital. Na noite do último dia 12, Costa reclamou à reportagem da demora na assistência médica. “Passei a noite gemendo de dor, com esse braço inflamado devido às várias fístulas e abcessos. Estou com febre e apenas uma enfermeira passou por aqui para dar uma olhada, mas os médicos passam e não param para me atender.”
Segundo relato do médico anestesista Madson Vidal, duas gestantes morreram em junho em busca de vagas em maternidades durante o trabalho de parto. “Imagine essas famílias pobres, que se preparam com enxoval, berço e tudo mais, e no final de tudo recebem, em vez de um bebê, dois caixões em casa. Isso é desumano”, disse.
Vidal também afirmou que a superlotação nas maternidades está obrigando gestantes a darem a luz em locais inadequados. O médico publicou uma foto, pelo Twitter, mostrando uma gestante deitada em duas cadeiras por falta de leito. A imagem teria sido captada no último dia 16. “Quem aqui suportaria ou aceitaria ver a sua esposa humilhada e maltratada desta forma para dar a luz um filho seu? Dói muito”, escreveu o médico.
Para tentar ajudar os pacientes, ele e um grupo de pessoas em Natal criaram a Amico (Amigos do Coração da Criança), uma instituição fundada para ajudar crianças cardiopatas que não têm condições financeiras de se manter após se submeterem a cirurgias cardíacas. “São médicos, promotores de Justiça, advogados e outros profissionais que se sentem desconfortáveis com a situação das crianças cardiopatas carentes e resolveram ajudar porque sempre operávamos uma criança, numa cirurgia complicada, mas bem sucedida, e depois sabíamos da notícia de que aquele paciente havia morrido de desnutrição, de falta de assistência básica em casa por ser pobre.”
Segundo o médico, a falta de atendimento em maternidades da capital gerou superlotação também na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC). “Existe uma boa estrutura para atender as mães no local, dentro da capacidade que eles suportam. Como eles atendem mais que a capacidade, porque a rede é deficiente, há a superlotação e os problemas.”
O UOL visitou o local no último dia 13, mas não conseguiu ter acesso às dependências da unidade. Porém, a acompanhante de uma mãe contou que ela foi obrigada a dar à luz em uma cadeira, no último dia 10.
“E não foi porque chegamos em cima da hora do parto: ela já esperava desde a manhã por uma vaga numa enfermaria ou sala de parto para ter o menino, mas não conseguiu. Graças a Deus eles estão bem, pois se dependessem do atendimento daqui estavam mortos”, disse a mulher, que pediu anonimato.
Segundo a acompanhante, mãe e filho ainda estavam internados porque o bebê “engoliu um pouco de líquido [amniótico] e ficou em observação”. “Nesses dois dias que estou aqui, observei que não foi só ela quem pariu em cima de uma cadeira. Outras mulheres –acho que umas quatro ou cinco– também ficaram na mesma situação constrangedora, com todo mundo olhando os nascimentos dos nenéns.”
No dia em que visitou o local, a reportagem tentou falar com o diretor da maternidade, Kléber Morais, mas foi informada que ele estaria viajando, sem prazo para retorno. O UOL também tentou falar com a diretora médica da unidade, Maria da Guia, mas foi informado que a obstetra não poderia atender porque estava ajudando nos partos que estavam sendo realizados no dia 13. Esta semana, a reportagem tentou novamente falar com o diretor da maternidade, mas foi informado que ele ainda estava viajando.
Demora na pediatria
No hospital pediátrico e maternidade Dr. José Bezerra, conhecido como hospital Santa Catarina, a demora no atendimento também é motivo de reclamação dos pacientes e acompanhantes. Na tarde do dia 12, mães que estavam à espera de atendimento pediátrico se mostraram revoltadas com a lentidão para entrar na fila de atendimento. Sueli Miranda, 35, era uma das dezenas de mães que estavam na fila da pediatria. Miranda relatou que esperou por duas horas na recepção do hospital para que as atendentes fizessem a ficha do filho dela, de um ano e dez meses.
“Elas só me chamaram porque viram que meu filho começou a vomitar. Tem de passar muito mal para ser atendido rápido. Só o trouxe porque já estava com quase 40ºC de febre. Ele dormiu durante tanta espera”, afirmou Miranda, destacando que já estava há uma hora e 40 minutos esperando atendimento.
Raiane Michele da Silva, 25, reclamou que a filha, com suspeita de pneumonia, teve de fazer o exame de raio-x em outro hospital. “Além da demora em fazer uma ficha, enfrentar a fila desse corredor, estou obrigada a esperar novamente para mostrar o exame ao médico. Chegamos perto de 12h e agora já são quase 16h e não resolvem nada?”, indagou.
A diretora médica do Santa Catarina, Lyenka Pinto, diz que a demora no atendimento ocorre por falta de profissionais para atender à alta demanda de pacientes. “Tem dia em que apenas um pediatra está de plantão. Na semana passada, uma médica passou mal porque não estava dando conta de tantos atendimentos e precisou suspender os trabalhos. Este mês a escala de médicos plantonistas de 24 e 12 horas só vai dar para chegar até o dia 25. Se não chegar reforço de novos pediatras, vamos chamar o sindicato para homologar a suspensão das atividades do hospital no setor de ambulatório”, explicou.
Investimentos
Segundo o “Plano de Enfrentamento dos Serviços e Urgência e Emergência do Rio Grande do Norte”, entre as principais medidas para enfrentar a crise na saúde estão a implantação de mais cem leitos, sendo 60 deles de imediato no Hospital Universitário. Outros 63 novos leitos de UTI devem ser criados em 180 dias.
Haverá também um investimento de R$ 12 milhões para reforma e compra de equipamentos para os quatro principais hospitais de referência da região metropolitana de Natal. O prazo de conclusão das obras é de 60 dias. O Estado também promete reabastecer as unidades de saúde, que sofrem com a falta de medicamentos e insumos, em até seis meses.
O repasse mensal aos hospitais da rede também terá um aporte de R$ 600 mil para tentar melhorar o atendimento. Uma força-tarefa está programada para tentar zerar a fila de cirurgias ortopédicas em 60 dias.
No dia em que foi decretada calamidade pública na saúde do Estado, em 4 de julho, o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Isaú Vilela, afirmou que o hospital Walfredo Gurgel tem capacidade para atender 288 pacientes por dia, mas estaria atendendo a uma média de 450 pessoas.
Segundo a governadora, Rosalba Ciarlini (DEM), praticamente todos os municípios do Estado têm gestão plena de recursos de saúde e devem fazer sua parte no processo. “O município recebe o recurso, mas não resolve as demandas e encaminha para os hospitais de outras redes. Acaba se pagando duas vezes para que a pessoa tenha o atendimento necessário”, afirmou.
Como já era esperado, começa o processo que pode representar grandes perdas para para o turismo. A grande mídia nacional já está mostrando o caos em que se encontra um dos maiores cartões postais do RN, a praia de Ponta Negra. E levando em consideração que hoje o turismo potiguar sobrevive do mercado nacional, essa divulgação pode trazer danos irreparáveis.
O poder público precisa agir o mais rápido possível.
Leia reportagem na íntegra:
O avanço do mar na orla de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de Natal (RN), derrubou nos últimos dias coqueiros e postes de eletricidade, rompeu tubulações de água e fez com que parte do calçadão desmoronasse.
A prefeitura decretou na semana passada estado de calamidade pública para ter direito a verbas federais e estuda chamar o Exército para atuar em obras de reconstrução.
O processo de erosão se acentuou neste ano e teve maior impacto no último dia 4, quando o aumento da maré provocou uma série de tombamentos, inclusive em trechos recém-reformados.
José Aldenir/Divulgação
Avanço do mar na orla de Ponta Negra fez com que parte do calçadão desmoronasse
Os danos atingem 300 metros ao longo da praia -outros 180 metros foram prejudicados em fevereiro. A Secretaria Municipal de Turismo calcula em R$ 1,5 milhão o custo para as reparações.
A pedido do Ministério Público, a Justiça estadual determinou que a prefeitura isolasse um trecho da praia, na região onde ficam restaurantes, lojas e a maioria dos hotéis da cidade. Também nomeou dois peritos para estudar medidas emergenciais.
Nos últimos 15 dias, três quiosques tiveram de ser retirados, a escadaria de uma pousada foi danificada e o rompimento de um cano levou esgoto à areia da praia.
Em maio, a Folha noticiou que ao menos 120 praias do litoral brasileiro já tiveram trechos “engolidos” por causa do avanço do mar.
O fenômeno pode ser provocado pelo aumento do nível do mar e da intensidade das ondas, pelo afundamento da crosta terrestre e ainda pela construção de barragens em rios. (FELIPE LUCHETE)
O deputado federal Henrique Eduardo Alves está preparando uma reunião hoje a tarde para discutir soluções para o problema do calçadão de Ponta Negra e de toda a orla de Natal.
Estarão presentes autoridades federais, estaduais e municipais, incluindo representantes do Ministério do Turismo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
Como o próprio parlamentar anunciou via Twitter, “A solução não pode ser paliativa. Solução para Ponta Negra tem que ser estruturante e urbanística”.
O problema é que por mais que se tenha o empenho em busca de uma solução, Natal não terá como receber recursos pois se encontra fora do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur) e ainda inadimplente junto ao Governo Federal, ou seja, impossibilitado de receber recursos federais.
Resta saber se a reunião também vai definir algo a respeito dessa dívida. É aguardar o desfecho.
Mas isso é apenas uma das pontas desse imenso iceberg. De acordo com o hoteleiro Ruy Gaspar, que teve acesso aos dados da operadora de viagens CVC, no primeiro semestre de 2012, Natal teve uma queda de 6% na procura como destino turístico, enquanto Fortaleza (aqui do lado) teve um aumento de 21% no mesmo período!
Depois disso tudo, fica a reflexão: Qual foi a grande ação da atual gestão para desenvolver o turismo? Alguém sabe dizer? Eu não sei.
O Conselho Regional de Medicina entrou com uma ação civil pública contra o Governo do Estado na Justiça Federal por conta do caos do Hospital Walfredo Gurgel. Segundo o presidente do Cremern, Jeancarlo Fernandes, o processo é resultado da falta de solução para os problemas do hospital. “Antes tínhamos problemas pontuais em alguns setores e hoje nós temos a falência de muitos setores”, diz Jeancarlo Fernandes.
Na ação, o Cremern pede a reestruturação de vários setores, sob pena de multa pessoal de R$ 20 mil para a governadora Rosalba Ciarlini. Além disso, a ação solicita uma indenização por “dano moral coletivo” de R$ 1 milhão destinada ao Fundo de Saúde.
Ontem já foi determinado o bloqueio de R$ 25 mil da conta do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviáriosno Estado do Rio Grande do Norte (SINTRO/RN) por descumprimento da determinação do TRT. Mesmo assim, os motoristas e cobradores continuam zombando da justiça e da população.
Pelo terceiro dia seguido não há ônibus circulando em Natal. Mas desde o início da noite da última segunda-feira, 14, o desembargador José Rêgo Junior determinou o retorno de no mínimo 70% da frota de ônibus nos horários de pico (5h às 9h e 16h às 20h) e 50% nos demais horários a contar de ontem. Contudo, o desembargador já alertou. “Em permanecendo o movimento grevista, novas medidas judiciais serão tomadas, após a análise dos fatos conjunturais a partir desta quarta-feira”.
Já o procurador do trabalho, José Diniz Moraes, solicitou a prisão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Nastagnam Batista, e sua diretoria. Essa determinação, apesar de bastante correta, pode gerar novos problemas. “Eu não sei qual será a reação dos companheiros se eu for preso”, afirmou, deixando implícita, talvez, a possibilidade de quebradeira nas garagens.
E os relatos de caos continuam:
Confira algumas postagens do Blog Via Certa Natal:
07h25 Av.02 não está pansando nenhum ônibus urbano apenas alternativos e Trampolim da Vitória. vía @GeraldoBezerra_
07h23 Avenida São José x Bernardo Vieira lento no sentido centro.
07h23 Avenida Salgado Filho, com tráfego de lento a moderado no sentido Petrópolis.
07h15 Av. Leão Veloso x Cel. Estevam lento no sentido centro.
07h00 Nas Rocas e bairros da região leste nenhum õnibus, apenas alternativos a cada 1 ou 2 horas!
06h58 Pontos de ônibus da avenida Tomáz Landim com excesso de passageiros por toda sua extensão.
06h58 Terminais da região norte da capital estão fechados.
06h57 Ônibus Trampolim da Vitória e alternativos rodam na região do shopping Cidade Jardim. . vía @ciadovaqueiro
06h49 rodovia BR-101 Sul, com ponto de espera na altura do semáforo do bairro Nova Parnamirim no sentido capital.
06h48 No Parque dos coqueiros até o momento nenhum ônibus em circulação! Apenas alternativos, no mesmo poucos! vía@Di_Bugiarto
06h45 Nova Natal e Gramoré estão sem ônibus. vía @Junior__RN
06h40 Terminal de Brasilia Teimosa está parado . vía@Surfistadenatal
06h38 Não está circulando nenhum ônibus no bairro Cidade Satelite. vía @Surfistadenatal
eu acho que todo trabalhador tem o direito de lutar por seu valor e direitos, eu apoio a greve, se fosse eu iria a luta também, cada motorista desse tem sua familia para sustentar, entao porque o sindicato num deixa logo de ser pão duro e paga logo o aumento .
Também acho que "zombar" não é o termo adequado…Não acredito que a justiça dê guarida a eventual pedido de prisão de nenhum dos membros do sindicato dos rodoviários, seria algo alarmante se isso viesse a acontecer…O povo tá acordando e não deve ceder a atitudes reacionárias…O Brasil deve ser um país melhor para todos….
Acredito que "zombar" não é o termo correto, mas "reivindicar" os direitos através da greve é um artifício que os rodoviários têm. Na verdade, quem realmente está prejudicando a população são os empresários, que não querem abrir mão do seus lucros absurdos, para dar um aumento a pais de famílias que trabalham insatisfeitos. Eu sou usuário de transportes públicos, estou sendo prejudicado pela greve, mas mesmo assim apoio os rodoviários, pois eles estão lutando com "pulsos fortes" pelos seus direitos. Parabéns à classe pela resistência!
Quem assistiu o Jornal Nacional viu. Já não era novidade para nenhum potiguar, mas o caos na saúde pública em Natal ganhou destaque no principal noticiário da televisão brasileira. Além da greve dos servidores estaduais, foi mostrado o abandono do Hospital Santa Catarina e o lixo que tomou contra do Walfredo Gurgel.
E além da queda, o coice. Depois que a matéria acabou, o apresentador do JN, Márcio Gomes, encerrou o assunto falando da resposta que o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, deu à reportagem JN. “Secretário de Saúde disse que não iria falar hoje porque é feriado”. Feriado?! Existe feriado para cuidar da saúde pública de um estado?!
Essa é a cidade que será sede da Copa do Mundo de 2014. Esse é o tipo de gestão que temos na cidade que será sede da Copa do Mundo de 2014. Fomos ridicularizados nacionalmente. Precisamos reagir!
Após grande repercussão no Twitter o Secretário Domicio Arruda, fez alguns posts no twitter, dando RT em posts de terceiros deixando a entender que o mico nacional seria uma vingança da Jornalista Michelle Rincon devido a um Mal-estar que aconteceu numa entrevista dada por ele no Bom Dia RN uns 2 meses atrás. Sinceramente vou esperar o dedicado Domicio dizer que não se negou falar ao JN. Segue posts de Domicio:
QUEM NÃO PERDOA, É A POPULAÇÃO DO RN, OS SARADOS E OS DOENTES, QUE ASSISTEM O QUADRO VERGONHOSO DA SAÚDE NO RN!!!
ISSO SIM É QUE É IMPERDOÁVEL!!!!!!!!!
SE NÃO TIVESSE OCORRENDO ESSE CAOS TOTAL NA SAÚDE DO RN, NÃO TERIA A NOTICIA DESSA CALAMIDADE PÚBLICA NA SAÚDE DO RN!!!
ENQUANTO ISSO, A VERBA PARA PUBLICIDADE DO GOVERNO DO RN, FOI TRIPLICADA…
A ROSA CERTAMENTE SERVIRÁ PARA OS VELÓRIOS DE MUITOS QUE ESTÃO DOENTES E SUCUMBIRÃO PELA FALTA DE ASSISTÊNCIA, E O PIOR É QUE MUITO DELES AJUDARAM A COLOCAR ESSA ROSA NO PODER!!!!
É TRISTE MAS É REAL!!!!!
Ai,ai. Nessa corte eu não sei que é o mais bobo! Eu acho Domicio Arruda muito parecido com as coisas do Senador Suplicy. Só que tem o agravante de fazê-lo com o dinheiro e saúde públicos.
“Queremos oferecer à população um serviço de excelência nas Centrais do Cidadão”. A frase foi dita pelo atual titular da secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), Fábio Hollanda, durante a cerimônia de posse no cargo no dia 12 do mês passado. O desejo do secretário ainda não virou realidade. Pelo contrário. O atendimento nas unidades da capital do Estado está precário e alguns serviços estão suspensos. Funcionários estão sem receber gratificações e uma das unidades, a do Praia Shopping, está fechada há nove meses. A Sejuc promete a reinauguração em abril e anunciou que irá reformar as demais unidades.
Frankie Marcone
O cenário é parecido nas quatro Centrais em funcionamento na capital. Salas superlotadas, poucos funcionários atrás dos balcões e pessoas esperando atendimento em pé. O desconforto é nítido na expressão facial tanto de funcionários como dos cidadãos. A espera para resolver algum problema pode demorar o dia todo. Ontem de manhã, na Central do Cidadão localizada no Via Direta, a mais antiga, centenas de pessoas aguardavam sua vez. A maioria buscava atendimento no guichê do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN).
Segundo o gerente do local, Auricélio Marques, o problema acontece por causa do fechamento da unidade do Praia Shopping. “Antes, recebíamos no máximo duas mil pessoas por dia. Depois que a unidade do Praia Shopping fechou, esse número dobrou e a quantidade de funcionários e nosso espaço continuou o mesmo”, relatou. Auricélio informou ainda que a demora maior é para a realização de psicotestes. Ontem, só havia vaga para o dia 23 de março. A situação irrita quem necessita do serviço. É o caso da farmacêutica Kátia Cabral. Ela tentava renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) mas, devido à falta de vaga para realizar de exames, terá que voltar outro dia. “Essa é a segunda vez que venho aqui. Pelo jeito, terei que voltar mais umas duas vezes. A gente perde muito tempo com essa situação”, disse.
De acordo com Auricélio, apenas dois médicos realizam 150 exames oculares por dia. Além da falta de profissionais e a alta demanda, o sistema de dados do Detran/RN é instável e as “quedas do sistema” são frequentes. “É bem inconstante esse sistema. Não temos culpa, mas é normal que o sistema caia”, disse Auricélio. A reportagem procurou representantes do Detran/RN para comentarem o assunto, mas ninguém atendeu as ligações.
Na Central do Cidadão do Alecrim, mais problemas. Estes são visíveis antes mesmo do natalense entrar no prédio localizado na avenida Coronel Estevam. Do lado de fora, paredes mofadas e sujeira. Um aviso está fixado na porta: “Está suspensa a marcação de novos psicotestes nesta Central”. Dentro do prédio, paredes com infiltração, móveis velhos e poucos funcionários. Assim como a unidade do Via Direta, no Alecrim o cidadão precisa de paciência para aguardar o atendimento. O guichê do Sistema Nacional de Emprego (Sine) é um dos mais procurados. Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e Detran/RN também têm demanda alta. O gerente da unidade, Alcides Gurgel, também culpa o fechamento da Central do Cidadão do Praia Shopping pelo atendimento deficitário. “Como fechou lá, acabou aumentado a demanda daqui. A demora maior é no guichê do Itep e Sine”, disse.
Por volta de meio dia de ontem, o desempregado Luciano Lira aguardava atendimento no Sine. Ele contou que chegou ao local por volta das 8h30 e não fazia ideia de quando seria atendido. “Somos muito mal atendidos aqui. O problema começa na recepção. Os banheiros estão interditados e não tem nem água para beber. É um absurdo”, disse.
Perto dali, na Central do Cidadão do Centro, mais exemplos de falta de estrutura. A unidade localizada na avenida Rio Branco é uma das mais problemáticas. O elevador do local não funciona e a Consultoria Técnica de Vigilância Sanitária (Covisa) já interditou a unidade uma vez. Depois de uma pequena melhora, o local foi reaberto. Os banheiros estão interditados e os servidores se revezam na tarefa de limpar o espaço. “Se a gente não vestisse a camisa, estaria bem pior”, disse a servidora Marzira da Cunha.
Na zona Norte, a realidade é um pouco diferente das demais Centrais do Cidadão das zonas Sul e Leste. Com um amplo espaço disponível para atendimento e com uma demanda relativamente menor, o tempo dispensado em cada processo é mais curto. Mesmo assim, há reclamações e, assim como nas demais unidades, há agendamento para serviços do Detran/RN. “Os psicotestes estão sendo marcados para abril”, disse a gerente Marleide dos Santos.
São os mesmos que previram o fim do mundo em 2012?