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Justiça da Itália condena capitão do Costa Concordia a 11 anos de prisão

A Justiça da Itália condenou nesta quarta-feira (11) o capitão Francesco Schettino a 16 anos de prisão pelo naufrágio do navio Costa Concordia.

A condenação é inferior à pena de 26 anos solicitada pela promotoria.

A defesa pode recorrer da decisão da corte e, por isso, a prisão de Schettino pode levar tempo.

Schettino foi acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), provocar um naufrágio e abandonar o navio.

A embarcação naufragou na costa da Itália em janeiro de 2012, deixando 32 mortos.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Caro Bruno! Deveria constar na manchete 16 ANOS. Você conseguindo diminuir assim a pena do cara em 5 anos, amanhã logo cedo vai chover de ligação mensaleiro pilantra, corrupto, ladrão e safado e ladrão do Petrolão querendo lhe contratar como advogado.

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FOTO: Capitão do Costa Concordia – quem diria – dá palestra sobre gestão de pânico

schettino-costa-concordia-20120118-size-598O nome de Francesco Schettino, o antigo capitão do transântlantico Costa Concordia, normalmente não é associado com competência ou organização. Ainda assim, um professor de uma universidade italiana resolveu chamá-lo para ministrar uma palestra sobre “gestão de pânico e crise”. Parece uma piada, só que o convite a Schettino, que atualmente responde criminalmente pelo naufrágio da embarcação e a morte de 32 pessoas, provocou ultraje na Itália.

Segundo a imprensa italiana, a palestra de duas horas ocorreu em julho, e foi destinada a estudantes do curso de mestrado em ciências criminológicas da Universidade La Sapienza, de Roma, a terceira maior da Europa em número de alunos. “Fui convidado como especialista e ilustrei aos estudantes como lidar com situação de controle de pânico. Eu sei como se deve comportar em casos do tipo, e como é preciso lidar com tripulantes de nacionalidades diferentes”, disse Schettino ao jornal La Nazione.

Schettino nega ter sido responsável pelo acidente envolvendo o Costa Concordia e ter abandonado a embarcação enquanto centenas de passageiros ainda estavam a bordo, apesar da imensa quantidade de evidências que apontam o contrário. Sua conduta no acidente, em 2012, lhe valeu o apelido de “capitão covarde” por parte do público e da imprensa. Logo que a notícia foi divulgada nesta quarta-feira, o reitor da universidade, Luigi Frati, apressou-se em condenar a escolha do capitão como palestrante. Segundo ele, o convite partiu de um professor chamado Vincenzo Mastronardi, que foi imediatemante afastado. “É uma escolha indigna e inoportuna convidar uma pessoa em julgamento por crimes tão graves para uma aula em uma comunidade educacional”, declarou.

A ministra da Educação da Itália, Stefania Giannini, considerou a história toda “desconcertante”. Um grupo de senadores emitiu uma nota afirmando que a palestra “ofende a memória das vitímas e a imagem da Itália aos olhos do mundo”. “É um insulto apontar que ele tenha qualquer capacidade de gestão de pânico”. “Schettino ensinando sobre gestão de pânico? É como se La Sapienza tivesse chamado o Drácula para dar um curso sobre anemia”, ironizou o chefe da agência de Proteção Civil da Itália, Franco Gabrielli.

O professor Mastronardi negou que a palestra fizesse parte do curso e alegou que ela foi restrita a especialistas. À agência italiana AGI, ele afirmou que os advogados de Schettino entraram em contato com a universidade pedindo que ele pudesse participar para garantir o equilíbrio na reconstrução do caso. “Ele sabia que especialistas iam falar sobre o naufrágio e ficou com medo que as versões deles poderiam prejudicar sua defesa. Eu subestimei as consequências, mas não há dúvidas de que, do ponto de vista científico, ter a visão de alguém que participou do trágico evento foi definitivamente interessante” (Continue lendo o texto)

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