O pré-candiato a prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, está no topo. As últimas 22 pesquisas o apontam como líder absoluto nas intenções de voto, mas isso é um sinal de aceitação ou é apenas mais uma prova de rejeição de Micarla de Sousa?
É bem provável que Carlo Eduardo esteja sendo visto apenas como o opositor direto da atual prefeita, assim como Micarla obteve o voto contra ele a quatro anos atrás, vale lembrar que Micarla tem atualmente um índice de rejeição próximo dos 90%.
Carlos Eduardo nos últimos quatro anos em que ficou a frente da Prefeitura – de 2005 a 2008 – passou longe de ser um gestor exemplar. Longe mesmo.
Uma dos principais legados de sua gestão é o Parque da Cidade, que tem projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, e foi inaugurado inacabado em junho de 2008. Hoje, a obra que custou mais de 20 milhões, é considerado o caso mais emblemático de descaso com dinheiro público dentre cinco obras investigadas pelo Ministério Público Federal. E das várias caixas de medicamentos vencidos na Secretaria Municipal de Saúde, alguém esqueceu?
Mas agora, como todas as falhas de sua administração estão sendo julgadas na Câmara Municipal de Natal (CMN), sob a possibilidade dele não poder sequer ser candidato ao próximo pleito. Ele recua e tenta se fazer de vítima. Mesmo tendo suas contas aprovadas com ressalvas pelo TCE, em entrevista coletiva ontem o pré-candidato pelo PDT chegou a se dizer alvo de um complô “politiqueiro e arbitrário” na CMN.
E somente agora ele questiona a falta de respeito com a Casa. “Essas pessoas não têm medidas. Elas estão pensando que estão onde para tratar a Câmara dessa forma?”. Essa declaração pede uma pergunta bastante pertinente: Quando foi mesmo que Carlos Eduardo respeitou a Câmara Municipal?
A verdade é que ele nunca soube o que era tratar bem os vereadores. É de conhecimento de todos que durante toda sua gestão, os vereadores mendigavam para conseguir sentar com o prefeito. E não faz muito tempo que ele deu toda a prova de seu respeito pelos parlametares. Em abril passado chamou Enildo Alves e Fernando Lucena de “falsários e mentirosos” e afirmou que alguns vereadores “valem tanto quanto um palito de fósforo queimado”.
O problema é que Enildo Alves questiona as ilegalidades cometidas pelo prefeito Carlos Eduardo, apontando para três mil atos administrativos, realizados nos últimos 180 dias do último ano de gestão, que oneraram a folha de pessoal. Isso é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, o vereador recorda a venda da conta única do município ao Banco do Brasil, no final de 2008.
Só por meio desta transação feita nos últimos momento de seu governo é que Carlos Eduardo conseguiu pagar os mais de 20 mil servidores municipais. Decisão do Supremo Tribunal Federal, conseguida por meio de ajuda política, liberou no dia 27 de dezembro de 2008 os R$ 40 milhões do contrato firmado entre prefeitura do Natal e Banco do Brasil.
A decisão foi tomada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. O magistrado seguiu o parecer do procurador-geral da República, Antônio Fernando, e deferiu o pedido para suspender a decisão liminar proferida pelo Juízo da 4ª Vara Federal da Fazenda Pública da Comarca de Natal, mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
Não vou aqui nem transcorrer pelo absurdo cometido pelo ex-prefeito do saque no fundo previdênciario dos servidores municipais porque Carlos Eduardo, apesar de Alves é um “coitado”!!!
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