Economia

EFEITO CORONAVÍRUS: Dólar turismo chegou a ser vendido a R$ 5 nas casas de câmbio

Foto: Visual Hunt

O dólar turismo acompanhou a tendência de alta do comercial nesta quinta-feira. A moeda americana chegou a ser vendida a R$ 5 nesta manhã, no pagamento em cartão de crédito nas casas de câmbio, uma alta de R$ 1,8% em relação ao dia anterior. Já o euro atingiu R$ 5,50 nas compras feitas em cartão. Para compras em espécie, o dólar já era negociado a R$ 4,82 e o euro, a R$ 5,29.

O levantamento foi feito em casas de câmbio localizadas no Rio de Janeiro. O dólar mais barato era cotado a R$ 4,64, já incluindo o valor do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é de 1,1% para compras em dinheiro. No cartão, o imposto é de 6,8%.

Na véspera, o dólar era vendido entre R$ 4,59 e R$ 4,67 em espécie nas mesmas casas de câmbio. No cartão, era vendido entre R$ 4,88 e R$ 4,91.

Na DG Corretora, a moeda americana em espécie era comercializada nesta quinta-feira a R$ 4,7 e o euro a R$ 5,17. Com o pagamento em cartão, os valores eram de R$ 5 e R$ 5,50, respectivamente.

Na Confidence Corretora, o dólar em espécie era vendido a R$ 4,82; já no cartão, era negociado a R$ 4,99. A divisa europeia saía por R$ 5,29 em espécie e R$ 5,47 com pagamento em cartão.

Segundo o professor associado do departamento de Economia da PUC-RJ, Walter Novaes, a expansão do coronavírus, com o primeiro caso confirmado no Brasil, tem relação direta com a alta da cotação e queda da Bolsa:

– Um grande país afetado pelo vírus, como a China, tem repercuções diretas e indiretas para os demais países. Dólar sobe no Brasil e cotações na bolsa caem refletindo expectativas de perdas no comércio internacional e na produção nacional, que podem se agravar ainda mais se a perspectiva de pandemia se confirmar – disse.

Já a Europa Câmbio vendia o dólar em espécie a R$ 4,65 e o euro a R$ 5,10. Com a modalidade de pagamento em cartão, a divisa americana era vendida a R$ 4,94 e a europeia a R$ 5,43. Segundo a casa, o movimento teve uma queda de 15%, pois os clientes estão esperando para realizar suas transações. O gerente de câmbio da rede, Paulo Pereira, disse que um dos métodos mais utilizados é o parcelamento em 12 vezes no cartão de crédito. De acordo com ele, a depender do montante das transações, existe a possibilidade de negociação individual com os clientes.

A Casa Câmbio vendia o dólar em espécie a R$ 4,68 e o euro a R$ 5,14. Já na compra com o cartão, e em apenas uma parcela, a divisa americana saía por R$ 4,84 e o euro, a R$ 5,35.

A 4 Cantos Turismo comercializava o dólar em espécie a R$4,64 e o euro a R$ 5,08; nos cartões, a compra saía por R$ 4,90 e R$ 5,37, respectivamente. De acordo com a casa, a procura pela compra das moedas caiu em virtude da alta.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Lembram que antes tudo era culpa da Dilma e do PT. Agora a desculpa para o desastre desse desgoverno é o Coronavírus. Na Verdade é o CoronaBozo e CoronaGuedes.

  2. Muito bem!

    Tem que ser assim.

    Em governo de direita o pobre não pode ir pra Disney. No máximo interior do estado.

    Pobre que votou em Bozo tem que se lascar

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Economia

Casas de câmbio já vendem dólar a R$ 3

Se o dólar comercial, na terça-feira, 10, fechou o dia a R$ 2 8310, para o consumidor, em casas de câmbio, o dólar turismo já beirava ou mesmo ultrapassava a marca dos R$ 3. A alta da moeda americana já começa a preocupar quem planeja ou está com viagem marcada para o exterior.

Na Cotação Corretora, ontem o dólar americano em espécie era vendido a R$ 3,04, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A moeda no cartão pré-pago, com taxa de IOF maior, era comercializada a R$ 3,19. Na Confidence Corretora, o dólar em espécie também era vendido a R$ 3,04, e o produto no cartão pré-pago, a R$ 3,20. Na Sol Corretora, o dólar em dinheiro saía um pouco abaixo da marca dos R$ 3, a R$ 2,96. Já no cartão pré-pago, a cotação era de R$ 3,15.

O preço salgado do dólar turismo já gera preocupações nos viajantes. Para Alexandre Fialho, diretor da Cotação Corretora, por causa do cenário de incertezas e da volatilidade do câmbio, a melhor opção é comprar quantias aos poucos. “Os viajantes já estão programando sua saída com antecedência, então também precisam programar e parcelar a compra da moeda”, diz. “Comprando uma certa quantia por mês, ele terá uma média do preço – pode não ter o melhor, mas dificilmente terá o pior. É quase impossível acertar o menor preço. Se nem os especialistas sabem ao certo para onde vai o dólar, imagina o viajante”, diz.

Em relação ao tipo de produto, ele recomenda que o viajante tenha sempre uma quantia no cartão pré-pago, mesmo com a incidência maior do IOF, pela comodidade e pela segurança. “Se houver qualquer imprevisto, ele pode fazer uma recarga a distância.” Em dezembro de 2013, o governo elevou de 0,38% para 6,38% o IOF para gastos no exterior com cartões de débito e pré-pagos, cheque de viagem e saques em moeda estrangeira.

Mauro Calil, especialista de investimentos do banco Ourinvest, acredita que o viajante deve juntar dinheiro e comprar a quantia que necessita o mais rápido possível, por causa da tendência de alta do dólar. “Ele deve chegar a R$ 3, o problema é quando. Acredito que no meio do ano, entre junho e agosto”, diz.

Investimento

A alta do moeda também desperta o interesse de investidores que querem saber se vale a pena comprar dólar como aplicação financeira. Para quem não vai viajar, Calil não aconselha o investimento em câmbio, pelo alto risco da operação. “Dólar ou valoriza ou desvaloriza. Não rende juros, nem aluguel, nem dividendos”, afirma. “Para aplicação em poucas quantidades, é melhor optar pela renda fixa, com 5% de rendimento em 5 meses a risco zero, do que 8% ou 10% de ganho no mesmo período com um risco muito mais elevado.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: Estadão Conteúdo

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