Polícia

Elo entre ex-vereador Cristiano Girão e Lessa pode elucidar caso Marielle

Foto: Guilherme Cunha/Alerj

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou neste fim de semana o ex-vereador Cristiano Girão pela morte de um rival. Girão, que é apontado como chefe da milícia da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio, teria contratado Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, para executar o ex-policial André Henrique da Silva Souza e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira. Os crimes ocorreram em junho de 2014 por uma disputa de controle da Gardênia.

O vínculo entre o ex-vereador e Lessa chamaram a atenção do MP, que acredita ser esta uma peça fundamental para descobrir os mandantes do caso Marielle. A afirmação é da força-tarefa responsável pelo caso. Durante as investigações, os promotores encontraram uma busca de Ronnie Lessa na internet sobre o homicídio de 2014. Para a equipe, o miliciano queria saber o que o inquérito teria descoberto até então.

O MP também encontrou muitas semelhanças entre a morte do policial e da parlamentar: tiros disparados por uma arma automática e com o veículo em movimento.

Girão foi um dos investigados na CPI das Milícias e chegou a ser preso. Ele nega envolvimento na morte de Marielle Franco. Ronnie Lessa está preso acusado de ser o autor dos disparos.

Band News FM

Opinião dos leitores

  1. Está começando a ficar perigoso para muita gente. Tanto para quem é investigado, como para quem está investigando. As promotoras já correram quando viram o que não esperavam ver. Ou será que botaram pra correr para que não mostrem o que não se deve ver???? Esse terreno do Vivendas Da Barra Pesada é muito perigoso.

  2. Ainda isso!?!?! E o Adelio quando vai “elucidar”??? Celular dos advogados e do próprio criminoso quando vao autorizar perícia pela PF ? E o acesso dele na Câmara, quem autorizou e quem clonou? Quem era ? Palhaçada

    1. O erro dos governos militares foi não ter sumido com Luladrao..

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Polícia

Caso Marielle: milicianos presos na Intocáveis se filiaram ao PSOL no dia em que Lessa começou a pesquisar Marcelo Freixo

Laerte, preso, é tido pelo MP e pela polícia como um dos braços armados da milícia de Rio das Pedras Foto: Reprodução

A Polícia Civil descobriu que dois membros da milícia de Rio das Pedras, que possuía ligação estreita com o Escritório do Crime — quadrilha de matadores de aluguel que atua com base na Zona Oeste do Rio —, se filiaram ao PSOL, partido da vereadora Marielle Franco, cerca de um ano antes de o crime ter sido cometido, conforme antecipado nesta segunda-feira pela revista Veja. Além disso, o cadastro de filiação dos dois data exatamente do dia em que o policial reformado Ronnie Lessa começou a fazer buscas na internet pelo nome de Marcelo Freixo, hoje deputado federal, uma das figuras mais atuantes do partido. Lessa está preso desde o ano passado, acusado de ter atirado contra Marielle e Anderson Gomes, seu motorista.

Um dos filiados é Laerte Silva de Lima, de 35 anos, preso desde o ano passado na primeira etapa da Operação Os Intocáveis. A outra filiada é a mulher dele, Erileide Barbosa da Rocha, que foi detida na segunda fase da ação, também em 2019. Antes de ser investigado e preso, apontado como “um dos braços armados da milícia” na Intocáveis, Laerte já possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo.

Não há fatos concretos que, até este momento, liguem Laerte ou a miilícia de Rio das Pedras a Lessa e ao crime contra Marielle. No entanto, uma coincidência chamou atenção, segundo fontes ouvidas pela reportagem. No dia 17 de abril de 2017, o PM reformado fez pesquisas com os termos ligando o nome de Marcelo Freixo ao Estado Islâmico. Depois, enviou um e-mail para si mesmo, onde fez críticas ao político do PSOL e ao próprio partido:

Após a prisão de Lessa e Élcio Vieira de Queiroz — apontado como o motorista do Cobalt prata de placa clonada usado na empreitada —, e principalmente desde a descoberta de que o Escritório do Crime estava por trás da execução do empresário Marcelo Diotti, emboscada feita no estacionamento de um restaurante na Barra da Tijuca, no mesmo dia da morte de Marielle, 14 de março de 2018, policiais e promotores descartaram a possibilidade de envolvimento dos pistoleiros no assassinato da vereadora, apesar de a investigação aprofundada contra o bando ter seguido em frente, como um desdobramento. Ao GLOBO, o delegado Moysés Santanna, que comanda as investigações na Delegacia de Homicídios da Capital, reforçou que, pelo menos por parte dele, o fato novo não reacende a possibilidade de envolvimento, tanto do grupo de milicianos, quanto da quadrilha de matadores de aluguel, na morte da parlamentar.

— Não há indícios de que eles (Laerte e Erileide) eram do Escritório do Crime. Foram presos na Intocáveis, mas por integrarem uma organização criminosa que atuava em Rio das Pedras. Nada, nada de Escritório do Crime — reforçou o delegado.

A presidente do PSOL Carioca, Isabel Lessa, afirma que o partido foi procurado pela Polícia Civil, mas que achou melhor não tomar nenhuma medida para não atrapalhar as investigações.

— Achamos melhor não tomar nenhuma medida no sentido da desfiliação para que isso não causasse nenhum alarde ou qualquer movimentação que pudesse prejudicar o rumo das investigações. No entanto, é necessário esclarecer que segundo informações da polícia essas pessoas não são vinculadas ao Escritório do Crime, mas sim à milícia. Portanto, não está confirmado nenhum tipo de envolvimento com a execução da Marielle — disse.

Isabel lembrou ainda que, nesta terça-feira, o crime contra Marielle Franco completa mil dias. Por fim, admitiu que o fato de investigados por envolvimento com a milícia conseguirem fazer parte do partido é algo “desconcertante”, e que a sigla “não tem controle absoluto” sobre a base de filiados.

— Amanhã (hoje, terça-feira), chegamos à marca dos mil dias do atentado político que assassinou a Marielle e o Anderson Gomes e até hoje não temos a finalização das investigações, que correm em sigilo. Então, é muito importante que a gente tenha muito cuidado ao tratar desse assunto, mas não alarmar a sociedade ou militância do PSOL com informações equivocadas. De fato, é uma notícia que nos incomoda bastante porque nós, como partido político comprometido ao longo da nossa história ao combate desses grupos paramilitares, para nós é muito desconcertante esse tipo de gente estar filiada ou vinculada ao PSOL. No entanto, pelo levantamento que nós fizemos, eles nunca tiveram qualquer vínculo com o partido, nunca participaram de qualquer atividade com o PSOL. A gente preza muito pelos nossos limites políticos, ideológicos, a gente tenta ao máximo fazer um processo de filiação ao PSOL que passe por um processo de debate político dos nossos programas, mas a gente não tem controle absoluto sobre a nossa base de filiados.

Isabel Lessa concluiu, afirmando que, agora, serão buscadas medidas para que Laerte e Erileide sejam desvinculados do PSOL.

— A gente não tem como controlar exatamente todo mundo que se filia ao PSOL, apesar dos critérios políticos que a gente tem e que a gente vem reforçando ao longo dos últimos anos. E agora que isso veio a público estamos tomando todas as medidas cabíveis para que essas pessoas sejam desvinculadas ao PSOL, o que a gente ainda não tinha feito por cuidado e respeito às investigações.

‘Braço armado da milícia’

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco-MPRJ) e da Delegacia de Homicídios, Laerte era tido como um braço armado da milícia de Rio das Pedras. Mais do que isso, era um dos responsáveis pelo recolhimento e repasse à quadrilha das taxas cobradas a moradores e comerciantes, assim como agia também no ramo da agiotagem. Sua mulher, Erileide, o ajudava a tocar os negócios ilícitos e com a contabilidade.

Num áudio interceptado pelos investigadores com autorização da Justiça, numa ligação feita por Laerte a outro membro da milicia, no dia 10 de outubro de 2018, ele relata ter acabado de atirar contra dois indivíduos de moto, apenas por não conhecê-los, por estar escuro no local e por eles estarem de capacete. Em várias outras conversas, ele aparece tratando dos negócios ilegais do grupo paramilitar, como cobrança de taxas.

O Globo

 

Opinião dos leitores

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Polícia

Operação que mira “Escritório do Crime” é desdobramento do caso Marielle

Até o momento, duas pessoas foram presas: Leonardo Gouvêa da Silva (conhecido como “MAD”) e Leandro Gouvêa da Silva (“Tonhão”). Foto: Reprodução

Equipes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Rio de Janeiro (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), deflagaram, na manhã desta terça-feira (30), a Operação Tânatos. Os agentes cumprem 20 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão relacionados à investigação sobre o “escritório do crime”. A operação de hoje é um desdobramento das investigações que apuram o assassinato da veredora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes.

Até o momento, duas pessoas foram presas: Leonardo Gouvêa da Silva (conhecido como “MAD”), na Vila Valqueire, na Zona Oeste da cidade, e Leandro Gouvêa da Silva (“Tonhão”), no bairro de Quintino, Zona Norte. Os policiais estão nos bairros do Leblon e Barra da Tijuca e na favela Jorge Tuco, na Zona Norte da capital fluminense.

A operação mira chefes do “escritório do crime”, uma milícia formada por assassinos de aluguel que atua na Zona Oeste da cidade e que teria envolvimento com o assassinato de Marielle e Anderson, executados em março de 2018.

Ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMRJ) e da Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI/MJSP).

A operação desta terça é resultado de três denúncias apresentadas pelo Gaeco/MPRJ, que descrevem os crimes cometidos pelo “Escritório do Crime”, o qual tinha ligação com Adriano Magalhães da Nóbrega (“Capitão Adriano”). Ele foi denunciado na Operação Intocáveis, em janeiro de 2019, e teve prisão decretada. Acabou morto por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do RJ no dia 9 de fevereiro de 2020, durante uma operação que visava capturá-lo.

Em uma das denúncias apresentadas, afirma-se que o grupo criminoso emprega uso ostensivo de armas de fogo de grosso calibre. A agressividade e destreza nas ações finais revelam um padrão de execução. Fortemente armados e com trajes que impedem identificação visual, como balaclava e roupas camufladas, os atiradores desembarcam do veículo e seguem até o alvo, executando-o sem chances de defesa.

De acordo com o MPRJ, a organização possui estrutura ordenada e voltada principalmente para o planejamento e execução de homicídios encomendados mediante pagamento em dinheiro ou outra vantagem. Leonardo Gouvêa ocupa cargo de chefia e é encarregado da negociação, planejamento, operacionalização e coordenação quanto à divisão de tarefas. Já Leandro Gouvêa, irmão e homem de confiança de Leonardo, atua como motorista do grupo e é responsável pelo levantamento, vigilância e monitoramento das vítimas.

Operação Submersus 2

No dia 10 de junho, a polícia do RJ prendeu mais um suspeito de participação no crime durante a Operação Submersus 2, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços da capital fluminense.

O sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, mais conhecido como Suel, foi preso num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde a polícia também apreendeu uma BMW X6 avaliada em mais de R$ 170 mil. Seu salário na corporação é de cerca de R$ 6 mil por mês.

Ele é suspeito de ter ajudado a esconder armas dos acusados, entre elas, a que foi usada na emboscada contra a vereadora e o motorista dela. O militar já era investigado por agentes da Divisão de Homicídios da Capital e do Gaeco.

O nome de Maxwell apareceu nas investigações após a prisão de Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 suspeito de ser o homem que atirou na vereadora e no motorista Anderson Gomes, segundo denúncia do Ministério Público. Já o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, preso na mesma época, é suspeito de ter dirigido o Cobalt prata usado na emboscada contra Marielle.

A operação desta terça é resultado de três denúncias apresentadas pelo Gaeco/MPRJ, que descrevem os crimes cometidos pelo “Escritório do Crime”, o qual tinha ligação com Adriano Magalhães da Nóbrega (“Capitão Adriano”). Ele foi denunciado na Operação Intocáveis, em janeiro de 2019, e teve prisão decretada. Acabou morto por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do RJ no dia 9 de fevereiro de 2020, durante uma operação que visava capturá-lo.

Em uma das denúncias apresentadas, afirma-se que o grupo criminoso emprega uso ostensivo de armas de fogo de grosso calibre. A agressividade e destreza nas ações finais revelam um padrão de execução. Fortemente armados e com trajes que impedem identificação visual, como balaclava e roupas camufladas, os atiradores desembarcam do veículo e seguem até o alvo, executando-o sem chances de defesa.

De acordo com o MPRJ, a organização possui estrutura ordenada e voltada principalmente para o planejamento e execução de homicídios encomendados mediante pagamento em dinheiro ou outra vantagem. Leonardo Gouvêa ocupa cargo de chefia e é encarregado da negociação, planejamento, operacionalização e coordenação quanto à divisão de tarefas. Já Leandro Gouvêa, irmão e homem de confiança de Leonardo, atua como motorista do grupo e é responsável pelo levantamento, vigilância e monitoramento das vítimas.

Operação Submersus 2

No dia 10 de junho, a polícia do RJ prendeu mais um suspeito de participação no crime durante a Operação Submersus 2, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços da capital fluminense.

O sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, mais conhecido como Suel, foi preso num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde a polícia também apreendeu uma BMW X6 avaliada em mais de R$ 170 mil. Seu salário na corporação é de cerca de R$ 6 mil por mês.

Ele é suspeito de ter ajudado a esconder armas dos acusados, entre elas, a que foi usada na emboscada contra a vereadora e o motorista dela. O militar já era investigado por agentes da Divisão de Homicídios da Capital e do Gaeco.

O nome de Maxwell apareceu nas investigações após a prisão de Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 suspeito de ser o homem que atirou na vereadora e no motorista Anderson Gomes, segundo denúncia do Ministério Público. Já o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, preso na mesma época, é suspeito de ter dirigido o Cobalt prata usado na emboscada contra Marielle.

CNN Brasil

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Polícia

Bolsonaro, sobre caso Marielle: “Outras acusações virão, armações, vocês sabem de quem”

Reprodução do YouTube/SBT

Jair Bolsonaro voltou a falar nesta sexta-feira sobre o caso Marielle Franco.

Dirigindo-se a apoiadores que o esperavam na porta do Palácio da Alvorada, ele disse: “No caso Marielle, outras acusações virão, armações, vocês sabem de quem”.

E completou: “Mas a gente tem um compromisso: mudar o destino do Brasil.”

No fim de outubro, Bolsonaro acusou o governador do Rio, Wilson Witzel, de manipular as investigações sobre o assassinato de Marielle para tentar vincular o presidente ao caso.

O Antagonista

Opinião dos leitores

    1. Exatamente, devido ao aparelhamento estatal essa investigação sofreu enorme maquiagem e os nomes dos mandantes ainda vão ser revelados, onde tudo indica que será gente graúda do Rio de Janeiro.

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Judiciário

Aras vê ‘novos fatos” e indica a federalização da investigação do caso Marielle

Foto: Gabriel de Paiva | Agência O Globo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a federalização da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que hoje é conduzido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

— Com os fatos novos, recomenda-se a federalização, porque o ambiente do Rio de Janeiro está cada dia mais confuso. — disse Aras à coluna. Para ele, tais acontecimentos “legitimam” o pedido de sua antecessora, Raquel Dodge.

Os fatos mencionados pelo PGR são a citação do nome do presidente Jair Bolsonaro na investigação pelo porteiro de seu condomínio, na Barra da Tijuca — que depois voltou atrás no que disse — e uma representação movida pelo jornalista Luis Nassif contra o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), por ameaça. A ação foi enviada por Aras ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e acolhida pela corte.

O PGR disse que “se havia dúvida quando sobre a federalização, esses fatos novos a recomendam”.

Como revelou a coluna, ontem o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, e outros integrantes do Ministério Público do Estado se reuniram com magistrados que integram a Terceira Seção do STJ na tentativa de barrar a federalização e manter a investigação no Rio. É nessa Seção que o caso será julgado.

Hoje, tanto integrantes do MP do Rio quanto ministros do STJ avaliam que a ação deve ser analisada no ano que vem, já que o caso não foi pautado e restam poucas seções em 2019. Até o momento, a PGR ainda não apresentou seu parecer na ação. Segundo Aras, a manifestação será assinada pela subprocuradora Lindora Maria Araújo, que cuida das ações da PGR no STJ.

Se o STJ optar pela federalização, o caso sai da Polícia Civil do Rio e passa a ser conduzido pela Polícia Federal.

Bela Megale – O Globo

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Polícia

CASO MARIELLE: Ouvido pela PF, porteiro não confirma versão que citava Bolsonaro e corrige depoimento, destaca O Globo

Foto: Domingos Peixoto | Agência O Globo

O porteiro do condomínio Vivendas da Barra em depoimento dado nessa terça-feira(19) à PF corrigiu sua versão inicial dada em dois depoimentos anteriores à Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Nos dias 7 e 9 de outubro, o porteiro do condomínio onde Jair Bolsonaro tem casa disse ter ouvido uma autorização do “seu Jair” para que um dos acusados da morte de Marielle Franco entrasse no Vivendas da Barra.

Nessa terça-feira(19), o porteiro não confirmou a versão inicial dada por ele próprio.

Bolsonaro, ressalte-se, estava em Brasília, na Câmara, no dia 14 de março do ano passado, data em que ocorreu o fato narrado pelo porteiro.

A PF não conseguiu ainda descobrir se o porteiro se confundiu ou se foi pressionado a citar “seu Jair” em seus depoimentos anteriores — e, se houve pressão, de quem partiu.

Lauro Jardim – O Globo

Opinião dos leitores

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Judiciário

Petistas questionam uma das promotoras do caso Marielle em foto com camiseta da campanha de Bolsonaro

Reprodução: via O Antagonista

Uma das promotoras do Ministério Público do Rio que investigam o assassinato da vereadora Marielle Franco tem publicações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. Ela também já postou foto com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), conhecido por quebrar uma placa com o nome da vereadora.

Carmen Eliza Bastos de Carvalho participou nessa quarta-feira, 30, da coletiva de imprensa na qual o MP afirmou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra mentiu ao relacionar Bolsonaro com Elcio Vieira de Queiroz, um dos réus presos por envolvimento no crime.

No dia da posse de Bolsonaro, em janeiro deste ano, a promotora escreveu que “há anos” não se sentia tão emocionada. Antes, ao celebrar a vitória do então presidente eleito, comemorou que o Brasil teria se livrado do “cativeiro esquerdopata”. “Patriotismo. Assim que se constrói uma NAÇÃO! União em prol do Brasil! Família, moral, honestidade, vitória do bem!”

Na foto com Amorim, a promotora aparece com a Medalha Tiradentes pendurada no pescoço. Ela foi agraciada com a maior honraria do Legislativo fluminense em setembro deste ano, por iniciativa do deputado Delegado Carlos Augusto (PSD). “Sempre tive certeza de que a minha árdua tarefa de vida seria o combate aos criminosos, que acabam com a paz no Rio de Janeiro”, disse Carmen na ocasião.

Com informações de O Antagonista e Estadão

Opinião dos leitores

  1. oxe , será que nem um promotor votou em haddad ? que lezeira as coisas desse povo alucinado por um partido.

    1. O judiciário brasileiro quase na sua totalidade, são petistas…

  2. Kkkkk
    Quer dizer que é proibido vestir a camisa do seu candidato???
    Promotor pode, não é proibido.
    Se fosse a do condenado, esse Papa angu aplaudia.
    A roda girou senador, os tempos são outros.

  3. PROMOTORIA ESTADUAL DO RJ E PGR A SERVIÇO DE MILICIANOS, MAS NÃO ADIANTA, A VERDADE HAVERÁ DE PREVALECER.
    ESSA PROMOTORA DEVERIA SER PUNIDA !!!
    VAI VENDO ……

    1. A verdade já prevaleceu! E tem prevalecido sempre! Por falar nisso, por que ninguém mais falou no depoimento de Marcos Valério sobre o mandante da morte de Celso Daniel??

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Judiciário

Após MP revelar “mentira”, Aras agora manda investigar depoimento de porteiro no caso Marielle

Foto: Sérgio Lima/Poder 360

Augusto Aras rejeitou investigar o suposto envolvimento de Jair Bolsonaro no caso Marielle.

Em depoimento à Polícia Civil do Rio, o porteiro do condomínio onde mora o presidente disse que um dos suspeitos de matar a vereadora pediu para ir à casa dele, no dia do crime.

O procurador-geral entendeu que não há fundamento nas menções ao presidente, entregues a ele pelo MP estadual do Rio de Janeiro.

Aras pediu ao Ministério Público Federal no Rio que investigue possíveis irregularidades no depoimento do porteiro do condomínio à Polícia Civil.

Veja mais – Caso Marielle: MP diz que porteiro pode ser processado por falso testemunho

Veja mais – Caso Marielle: chefe do MP revela que porteiro mentiu sobre ida de suspeito a casa de Bolsonaro

Ontem, o Jornal Nacional revelou que Élcio Queiroz, que dirigia o carro de onde teriam partido tiros contra Marielle, foi ao condomínio para encontrar-se com Ronnie Lessa, o atirador.

Em dois depoimentos, o porteiro afirmou que Élcio disse que iria à casa de Bolsonaro. O porteiro, então, teria ligado para a casa do então deputado e falado com “seu Jair”.

Bolsonaro estava em Brasília, na Câmara. Hoje, Carlos Bolsonaro mostrou registros do condomínio mostrando que não houve ligação da portaria para a casa do presidente.

Ao pedir a Aras uma investigação sobre o depoimento, Sergio Moro apontou “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República”.

O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. BG
    Por uma questão de justiça vc e sua equipe deveria fazer o programa de amanhã na 98 só com pedidos de desculpas ao Bolsonaro, pra compensar o que vcs falaram hj.

    1. Você tem probleminhas, tá difícil entender o que é escrito pelo BG (só os editoriais ou algum ou outro comentário) e pelos outros jornais. Tente interpretar melhor os textos.

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Judiciário

Caso Marielle: chefe do MP revela que porteiro mentiu sobre ida de suspeito a casa de Bolsonaro

Nome do presidente Jair Bolsonaro foi envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Isac Nóbrega/ PR/ Divulgação / Mídia Ninja/Reprodução)

A procuradora do Ministério Público Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), confirmou que o porteiro que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora Marielle Franco mentiu em depoimento à Polícia Civil. De acordo com Simone, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente é Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos.

Mais cedo, um investigador relatou a suspeita da mentira à VEJA. Foram prestados dois depoimentos. No primeiro, relatou que ligou para casa de Bolsonaro. No segundo, confrontado com o áudio de sua conversa, manteve a versão, mas deixou dúvidas nos investigações em relação a veracidade das informações prestadas.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Existe o áudio gravado do dia da ação dos milicianos, no sistema do condomínio onde, por mera coincidência, mora o presidente e, se aqui fosse um lugar sério, essa gravação chegaria ao MP, mas vai desaparecer, assim, igual ao Queiroz.

  2. Logo irá ser elucidada uma ligação desse caso com o Adélio…Merda grande vem por aí…Já q não conseguem matar o presidente, querem incrimina-lo a todo custo…A bandidagem q comandava esse pais não descança…Imprensa envolvida tb, quer derruba-lo em troca de promessa de verbas…

  3. BG
    Personalidade e caráter não é para qualquer um, essa rede boba tem que ser fechada. CNN Brasil já.

  4. Agora, cabe saber quem induziu o porteiro a mentir. Talvez, assim, cheguem ao mandante de Adélio Bispo, também.?

  5. Agora não diga que mentiu pra ver o que ia acontecer…ele não é doido não…ainda assim deve levar um corretivo dos irmãos metralhas!

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Polícia

Caso Marielle: Denúncia anônima faz polícia continuar investigando vereador Marcello Siciliano como mandante do crime; segundo testemunha, encomenda teria custado R$200 mil

O vereador Marcello Siciliano Foto: Carolina Heringer / Agência O Globo

O vereador Marcello Siciliano (PHS) continuará sendo investigado pela polícia como possível mandante do assassinato de Marielle Franco. O nome dele foi citado como a pessoa que encomendou o crime por R$ 200 mil na mesma denúncia anônima que acusou Ronnie Lessa de ser o executor. A revelação consta da investigação da Delegacia de Homicídios (DH), que partiu desse testemunho para chegar a Lessa. O vereador já havia sido atrelado ao assassinato no ano passado, a partir de uma delação de uma testemunha que, no mês passado, admitiu ter mentido no seu depoimento.

Ontem, o delegado responsável pelo caso, Giniton Lages, disse que o parlamentar não estava descartado, mas não havia anunciado sua menção na nova denúncia. Procurado, Siciliano nega sua participação e diz se tratar de uma “operação de vingança”.

Na coletiva dessa terça, tanto a DH quanto o Ministério Público do Rio afirmaram que ainda não é possível afirmar quem foi o mandante do crime, e que essa questão será o foco da segunda fase do inquérito. O delegado Giniton, inclusive, disse que nenhuma linha estava afastada.

No dia 15 de outubro de 2018, a DH recebeu uma denúncia anônima informando que o ex-policial conhecido como Lessa, apelidado de “Perneta”, seria o autor do assassinato de Marielle. O denunciante disse que o executor, um “ex-caveira”, teria saído do restaurante Tamboril, no Quebra-Mar rumo ao local do atentato, e que fora encomendado por R$200 mil para a empreitada criminosa. Posteriormente, a investigação chegou ao nome do ex-policial Ronie Lessa, e que o apelido seria em função da exposão ocorrida em 2009, no carro em que ele dirigia, que terminou por amputar sua perna.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Não estou entendendo, os PeTistas não tinham resolvido tudo e achado o mandante?
    O mandante não seria o vizinho de condomínio de uma dos acusados?

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Polícia

Caso Marielle: Polícia Civil cumpre novos mandados de busca

Policiais carregam caixas apreendidas em endereço ligado a suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Policiais civis cumprem nesta quarta-feira(13) novos mandados de busca e apreensão relativos à investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, há um ano no centro do Rio. A ação envolve ainda o Ministério Público do estado.

O material apreendido está sendo encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso, e onde estão presos, desde a manhã de ontem (12), dois suspeitos dos homicídios: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.

Eles devem ser transferidos ainda hoje para unidades prisionais.

Prisões

O ex-sargento Ronnie Lessa foi preso na madrugada de ontem, quando se preparava para sair de casa em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte. Em conversa informal com integrantes da força-tarefa, ele contou que havia sido avisado sobre a operação.

A promotora Simone Sibílio disse que, até o momento, as investigações mostram que o crime pode ter sido motivado pela repulsa de Ronnie às causas que eram defendidas por Marielle, o que também é conhecido como crime de ódio.

Além dos dois suspeitos de matar Marielle e Anderson Gomes, um homem identificado como Alexandre Motta foi preso em flagrante na Operação Lume, deflagrada nesta terça-feira (12). Foram encontradas em sua casa caixas com grande quantidade de armamento, incluindo peças para montar 117 fuzis do tipo M-16.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Estão vendo senhores, a GISELLE é a imagem da esquerda, um ser completamento irresponsável, imoral, fanático, sem saber raciocinar. Uma criatura onde a lei só pode e deve ser aplicada contra os opositores. Olha a prova que a esquerda só sabe viver sob as ordens deles, nunca respeitam a lei. Tenta pensar um pouco Giselle, afinal as perguntas feitas são as reivindicações de vocês da esquerda fazem quando um bandido é preso.

  2. Agora o país gostaria de saber:

    1. A esquerda vai achar que esses criminosos, também são vítimas da sociedade? ou eles são criminosos mesmo por ter cometido crime contra um político da esquerda?

    2. As cadeias estão muito cheias para prendê-los e assim devem ficar soltos ou há espaço suficiente pra encarcerar os meliantes?

    3. O estatuto do desarmamento desarmou o bandido que cometeu o crime?

    4. A Prisão só deve ocorrer depois de transitado em julgado todo processo, aguardando todas as decisões em última instância ou já podemos enjaular os bandidos?

    5. Houve violência policial por ter levado os bandidos algemados?

    6. Indulto de Natal, saidinha de dia dos pais e demais regalias, vale pra esses dois ou eles têm que arder no fogo do inferno? Eles merecem flexibilização das penas, redução por bom comportamento? Nesse caso nada disso deve existir?

    7. Direitos humanos, vale pra esses dois? Eles poderão sair pra todos os velórios de parentes e familiares?
    8 – Quem matou Celso Daniel e quem foi o mandante?

    9 – Quem financiou Adélio e pagou seus advogados?

    Por fim, vale dar uma “apertadinha” neles, como sugeriu Haddad no caso do Whatsapp ou não pode encostar um dedo nos pobre coitados, vítimas da sociedade opressora?

    Enfim, seria bom conhecer esses posicionamentos por parte da Esquerda Brasileira.

    1. é o que homi!!!!! O único questionamento é, quem mandou matar???

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Judiciário

Caso Marielle: reviravolta começou com um depoimento prestado a uma procuradora do MPF no RN

O Blog do Dina destaca nesta terça-feira(12) como a reviravolta no caso Marielle começou com um depoimento prestado a uma procuradora do MPF no RN.

No dia 1º de novembro de 2018, o jornal O Globo se viu obrigado a antecipar em seu site uma reportagem que seria destaque na edição impressa do dia seguinte. Assinada pelos jornalistas Chico Otávio e Vera Araújo, a matéria jogava ao público a reviravolta no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, introduzindo, pela primeira vez, a suspeita da participação do ‘Escritório do Crime’, grupo de matadores de aluguel formado por milicianos.

Até então, os principais suspeitos pelo homicídio da vereadora, assassinada há um ano, em 13 de março de 2018, eram o vereador Marcelo Siciliano e o miliciano Orlando da Curicica.

Curicica, até meados do ano passado, estava preso no sistema prisional do Rio de Janeiro. As investigações identificaram que seu nome foi associado de maneira maledicente ao crime.

Por essa razão, na tarde de 1º de novembro, o ministro da Segurança, Raul Jungman convocou coletiva de imprensa para anunciar que a Polícia Federal iria entrar no caso pois descobriu fortes indícios de que a Polícia Civil do Rio de Janeiro conduzia o caso ignorando realmente quem estava por trás do assassinato.

Mossoró

Mas, apesar dessa reviravolta só ter vindo a público em novembro passado, ela começou em agosto, pelas mãos da procuradora da República Caroline Maciel, do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte.

Após o envolvimento no caso, Orlando da Curicica foi transferido para o presídio federal de Mossoró. Em solo potiguar, ele decidiu colaborar para provar sua inocência, e começou a entregar aos investigadores federais o caminho que poderia levar à resolução do caso, revelando o ‘Escritório do Crime’.

 

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Polícia

Caso Marielle: PF faz operação para cumprir mandados de busca e apreensão; objetivo é verificar suposta tentativa de dificultar as investigações

Marielle Franco e Anderson Gomes — Foto: Reprodução/JN

A Polícia Federal realiza uma operação, na manhã desta quinta-feira (21), para cumprir oito mandados de busca e apreensão relacionados aos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

De acordo com a PF, o objetivo é apurar suposta tentativa de obstruir a investigação do crime. No próximo dia 14, os assassinatos de Marielle e Anderson completam um ano.

As medidas foram autorizadas pela Justiça Estadual após serem submetidas ao Ministério Público do Rio de Janeiro.

A investigação sobre os autores do crime, os mandantes e a motivação está a cargo da Secretaria de Segurança do RJ. Coube à Polícia Federal a parte sobre obstrução nesse trabalho.

Semana passada, a Anistia Internacional denunciou problemas nas investigações e a falta de respostas dos agentes públicos no caso. “Onze meses depois, as investigações do caso Marielle Franco parecem que estão mergulhadas em um labirinto longe da solução”, destacou Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional.

O que se sabe das investigações

As autoridades informam pouco sobre o crime, cuja apuração corre em sigilo. Do pouco que foi dito das investigações, destacam-se dois momentos:

A delação que acusou o vereador Marcello Siciliano e o miliciano Orlando Curicica – ambos negam.

A afirmação do secretário de Segurança, general Richard Nunes, de que Marielle foi morta por supostamente ameaçar grilagem de terras da milícia.

Antes, um resumo do dia do atentado e das investigações subsequentes.

O DIA 14 DE MARÇO

19h: Marielle chega à Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, Lapa, para mediar debate com jovens negras.

Um Chevrolet Cobalt com placa de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, para próximo ao local.

Quando Marielle chega, um homem sai do carro e fala ao celular.

21h: Marielle deixa a Casa das Pretas com uma assessora e Anderson. Pouco depois, um Cobalt também sai e segue o carro de Marielle.

No meio do trajeto, um segundo carro se junta ao Cobalt e persegue o veículo de Marielle.

21h30: na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, um dos veículos emparelha com o carro de Marielle e faz 13 disparos: 9 acertam a lataria e 4, o vidro.

Marielle e Anderson são baleados e morrem. A vereadora foi atingida por 4 tiros na cabeça. Anderson levou ao menos 3 tiros nas costas.

Assessora é atingida por estilhaços, levada a um hospital e liberada.

Criminosos fugiram sem levar nada.

O QUE FOI APURADO

Arma foi utilizada foi uma submetralhadora MP5 9 mm; tiros foram disparados a uma distância de 2 metros.

Munição pertencia a um lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A polícia recuperou 9 cápsulas no local do crime.

Ministro da Segurança, Jungmann diz que as balas foram roubadas na sede dos Correios na Paraíba, “anos atrás”.

Ministério da Segurança afirma que a agência dos Correios na Paraíba foi arrombada e assaltada em julho de 2017 e que no local foram encontradas cápsulas do mesmo lote de munição.

Lote é o mesmo de parte das balas utilizadas na maior chacina do Estado de São Paulo, em 2015, e também nos assassinatos de 5 pessoas em guerras de facções de traficantes em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Polícia acredita que assassinos observaram Marielle antes do crime porque sabiam exatamente a posição dela dentro do carro. Vereadora estava sentada no banco traseiro – algo que não costumava fazer – e o veículo tem vidros escurecidos.

Testemunhas: assessora de Marielle e uma segunda pessoa foram ouvidas sobre o caso.

Polícia reuniu imagens de câmeras de segurança. Cinco das 11 câmeras de trânsito da Prefeitura do Rio que estavam no trajeto de Marielle estavam desligadas.

A investigação ganhou um reforço de 5 promotores, a pedido do responsável pelo caso.

Vereador e ex-PM miliciano são citados por testemunha.

Dois homens são presos suspeitos de envolvimento no caso.

A DELAÇÃO

Quase dois meses após o crime, em maio, uma publicação do jornal O Globo deu indícios do que pode ter sido a articulação para matar Marielle. A reportagem mostrou que uma testemunha deu à polícia informações que implicaram no crime o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM e miliciano Orlando Curicica.

A testemunha – que integrava uma milícia na Zona Oeste do Rio e foi aliado de Orlando – contou à polícia ter testemunhado uma conversa entre Siciliano e o miliciano na qual os dois arquitetaram a morte da vereadora. A motivação para o crime, segundo a testemunha, seria a disputa por áreas de interesse na região de domínio de Orlando.

“Ela peitava o miliciano e o vereador. Os dois [o miliciano e Marielle] chegaram a travar uma briga por meio de associações de moradores da Cidade de Deus e da Vila Sapê. Ela tinha bastante personalidade. Peitava mesmo”, revelou a testemunha, de acordo com o jornal.

Tanto Siciliano quanto Orlando negam ter planejado a morte da vereadora. No mês seguinte à publicação de O Globo, o miliciano foi, a pedido da Segurança Pública do RJ, transferido para uma unidade prisional de segurança máxima.

Inclusive, os dois suspeitos presos em julho têm, segundo a polícia, estreita relação com a milícia de Curicica, chefiada por Orlando. Para investigadores da Delegacia de Homicídios, a dupla matou outros dois integrantes do grupo criminoso a mando do miliciano simplesmente porque havia a suspeita de um “golpe de estado” na quadrilha.

PONTOS DA DELAÇÃO

Testemunha diz que Marcello Siciliano (PHS) e Orlando de Curicica queriam Marielle morta.

Motivação seria avanço de ações comunitárias da vereadora na Zona Oeste.

Conversas sobre o crime teriam começado em junho de 2017.

Ex-aliado de Orlando citou, além de Siciliano e o miliciano, outras quatro pessoas.

Homem chamado “Thiago Macaco” teria levantado informações sobre Marielle.

A REAÇÃO DE ORLANDO

Orlando Curicica pediu para ser ouvido pelo Ministério Público Federal. Alegou que estava sendo pressionado pela polícia do Rio para assumir a autoria do assassinato de Marielle.

O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, ao que Orlando disse a dois procuradores federais no dia 22 de agosto.

No depoimento, Orlando de Curicica contou que o responsável pela Divisão de Homicídios, Giniton Lages, esteve no presídio de Bangu em maio. O delegado queria ouvi-lo confessar que matou Marielle a mando do Siciliano. Ele se referia ao vereador Marcelo siciliano, do PHS, e à delação que acusou ambos.

Orlando acusa a testemunha de ser um miliciano que se desentendeu com ele. Orlando disse ter respondido ao delegado Giniton Lages que não tinha envolvimento com o caso e que o delegado teria pedido então para ele acusar o vereador Marcelo Siciliano:

“Fala que o cara te procurou, pediu para você matar ela, você não quis, e o cara arrumou outra pessoa. Mas que o cara que pediu para matar ela”.

Orlando recusou e disse que foi ameaçado. Falaram que iam transferi-lo para um presídio federal e colocariam mais três ou quatro homicídios na conta dele.

Orlando acusa a testemunha de ser um miliciano que se desentendeu com ele. Orlando disse ter respondido ao delegado Giniton Lages que não tinha envolvimento com o caso e que o delegado teria pedido então para ele acusar o vereador Marcelo Siciliano:

“Fala que o cara te procurou, pediu para você matar ela, você não quis, e o cara arrumou outra pessoa. Mas que o cara que pediu para matar ela”.

Orlando recusou e disse que foi ameaçado. Falaram que iam transferi-lo para um presídio federal e colocariam mais três ou quatro homicídios na conta dele.

GRILAGEM COMO MOTIVAÇÃO

Em entrevista ao “Estado de S.Paulo” em dezembro, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, afirmou que a vereadora Marielle Franco foi morta por milicianos que viam nela uma ameaça a negócios de grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.

A fala de Nunes veio um dia após operação malsucedida para prender suspeitos de envolvimento no crime.

A ENTREVISTA

Nunes falou ao “Estadão” no dia 14 de dezembro.

“Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017, antes da intervenção”, disse Nunes ao “Estadão”.

“Ela estava lidando em determinada área do Rio controlada por milicianos, onde interesses econômicos de toda ordem são colocados em jogo”, prosseguiu. “O que leva ao assassinato da vereadora e do motorista é essa percepção de que ela colocaria em risco naquelas áreas os interesses desses grupos criminosos”, emendou.

“A milícia atua muito em cima da posse de terra e assim faz a exploração de todos os recursos. E há no Rio, na área oeste, na baixada de Jacarepaguá, problemas graves de loteamento, de ocupação de terras. Essas áreas são complicadas”, continuou Nunes.

Ainda segundo o secretário, Marielle vinha conscientizando moradores sobre a posse da terra. “Isso causou instabilidade e é por aí que nós estamos caminhando. Mais do que isso eu não posso dizer”, afirmou.

Com informações do G1

 

Opinião dos leitores

  1. A investigação de homicídio mais longa da história. Só acabará quando um bode expiatório surgir.

    1. Como a maioria dos brasileiros, povo pobre, sem cultura, sem educação, tem memória seletiva proposital. Esse caso Mariele vem sendo explorado e usado pela esquerda de forma imoral, enquanto os juízes e delegados assassinados de forma semelhante continuam sem saber quem foram os autores. Dois pesos para situações iguais.

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Polícia

Witzel diz que caso Marielle pode ser encerrado em breve

O governador Wilson Witzel participa de cerimônia no Comando-Geral da PM – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse nesta quinta-feira (3) que não vê sentido em mudar os responsáveis pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado. Segundo Witzel, o caso deve ser encerrado em breve.

“Pelo que o delegado me falou, em termos de colheita de prova, ele já está avançado. Então, não tem sentido mudar. Acredito que ele vai dar, sim, um encerramento a esse caso em breve”, disse o governador, que inaugurou os programas Tijuca Presente e Ipanema Presente, para reforçar a segurança nos dois bairros.

Mais uma vez, Witzel defendeu a reestruturação da Polícia Civil, afirmando que é preciso deslocar delegados para forças-tarefa concentradas em investigar homicídios e também para delegacias de locais como São Gonçalo e Baixada Fluminense.

Para o governador, essa reorganização vai aumentar a capacidade de investigação e reduzir a impunidade dos assassinos. “Matou, tem que ser preso logo em seguida. Não pode demorar muito para prender. Quem está matando tem que saber que não vai ter mais como se esconder. Com isso, vamos reduzir sensivelmente os homicídios aqui no Rio de Janeiro.”

Recuperação fiscal

Witzel voltou a defender a revisão do Regime de Recuperação Fiscal, para que não haja prejuízo aos serviços públicos do estado. O regime foi assinado entre o governo do Rio e a União para reequilibrar as contas do estado, mas prevê uma série de restrições ao governo fluminense. Witzel disse que já falou do assunto com o ministro da economia, Paulo Guedes, e que vai tratar do tema com ele a partir de fevereiro.

“Tem que ser um percentual em cima da receita para pagar a perder de vista, não tem jeito. A gente faz isso com empresa e não vai fazer com o estado? É preciso ter essa sensibilidade”, disse o governador, que também questionou o projeto de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). “Não adianta querer vender um patrimônio do estado que está gerando receita para pagar uma dívida, e deixar na mão da iniciativa privada, sem analisar o retorno disso para o estado”, afirmou o governador.

Entre as medidas que pretende tomar para cortar gastos está a entrega do prédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ), que é alugado. O órgão deve ser transferido para o prédio da Central do Brasil, o que pode resultar em uma economia anual de R$ 30 milhões.

Segurança presente

Depois de empossar o secretário estadual de Polícia Militar, Rogério Figueredo, na manhã desta quinta-feira, Witzel assistiu à abertura das operações Tijuca Presente, na Praça Saens Peña, e Ipanema Presente, na Praça Nossa Senhora da Paz. As operações reforçam o patrulhamento nos bairros, como já é feito no centro, na Lapa, no Aterro do Flamengo, no Méier, no Leblon e na Lagoa.

Ao todo, 50 agentes por dia vão ser empregados na Tijuca e mais 50 em Ipanema. O contingente inclui policiais militares da ativa, da reserva e agentes civis egressos das Forças Armadas. Aos jornalistas presentes na abertura das operações, Witzel disse que sua intenção é ampliar o programa a partir de cortes no orçamento.

Coordenador do Ipanema Presente, o capitão da Polícia Militar Jan van Creveld adiantou que a operação buscará prevenir crimes com uma presença ostensiva de agentes, aliando esse policiamento a um serviço de assistência social à população em situação de vulnerabilidade.

“Muitas pessoas em situação vulnerável, em um momento de desespero ou sob efeito de drogas, acabam cometendo delitos. Então, unir a questão de serviço social ao policiamento ostensivo ajuda muito a diminuição”, disse ele, que identifica o furto e o roubo como os crimes mais urgentes a serem combatidos em Ipanema.

O policiamento nas ruas internas do bairro, segundo Creveld, dará fôlego à Polícia Militar e à Guarda Municipal para atuar na segurança da Praia de Ipanema, uma das mais frequentadas da cidade.

De acordo com o presidente da Associação de Moradores e Amigos de Ipanema, Carlos Monjardim, uma pesquisa de opinião com 100 comerciantes apontou a expectativa de crescimento das vendas com o aumento do policiamento.

“O comércio de Ipanema e a região têm uma característica de shopping a céu aberto. Temos as principais grifes e lojas-âncora da cidade no perímetro da Rua Visconde de Pirajá. Então, a sensação de segurança e a efetivação do policiamento comunitário trazem uma maior tranquilidade”, disse Monjardim, ao lembrar que Ipanema é passagem obrigatória para os turistas que visitam a cidade.

Agência Brasil

 

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Polícia

Prisões em andamento no caso Marielle

Estão sendo cumpridos neste momento os primeiros mandados de prisão no caso Marielle Franco, informa a GloboNews.

As prisões estão ocorrendo no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora.

O Antagonista

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Polícia

Caso Marielle: polícia prende um dos suspeitos de estar no carro de assassinos da vereadora

Alan de Morais Nogueira e Luis Cláudio Ferreira Barbosa foram presos nesta terça-feira – Divulgação/Polícia Civil

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) prendeu, na manhã desta terça-feira, um ex-PM acusado de ser um dos ocupantes do carro em que estavam os executores da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A prisão do policial militar reformado Alan de Morais Nogueira, conhecido como Cachorro Louco, aconteceu por causa de um outro caso. Além dele, também foi preso o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa. Os dois são suspeitos de integrar a quadrilha de milicianos chefiada pelo ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica.

Eles foram presos por serem acusados da autoria dos homicídios de um PM e um ex-PM no sítio de Orlando, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, em fevereiro do ano passado, a mando do chefe da quadrilha de milicianos. A informação sobre o envolvimento dos dois partiu do mesmo delator que apontou que o ex-PM Alan Nogueira estava no carro dos executores.

Os alvarás de prisão foram expedidos pela Vara Única de Guapimirim, inclusive o de Orlando _ preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte _ apontado como mandante do crime.

Com essas novas prisões, a estratégia dos investigadores é justamente a de desestruturar o bando de Orlando da Curicica e elucidar o crime contra a parlamentar. Preso, Alan passa a ser uma peça importante nessa quebra-cabeça que virou o caso Marielle. A expectativa da polícia é que, preso e com as informações do delator contra ele, ele ajude a elucidar o que aconteceu na noite do crime.

No depoimento do delator, revelado em maio pelo GLOBO, a testemunha disse ter ouvido uma conversa de Orlando com o vereador Marcello Siciliano (PHS), num restaurante, no Recreio, em junho do ano passado. Na conversa, o vereador teria falado alto: “Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando”. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: “Marielle, piranha do Freixo”. Depois, olhando para o ex-PM, disse: “Precisamos resolver isso logo”.

A testemunha-chave, que está sob proteção desde maio, havia revelado que Alan participou da execução de Marielle e Anderson, além da morte de um policial lotado, na época do crime, no 16º BPM (Olaria). Segundo o delator, o ex-PM chegou a trabalhar no quartel da Maré, comunidade onde a vereadora nasceu e manteve suas raízes até a morte. A dupla, segundo a testemunha, estava, com outros dois homens, no Cobalt prata usado na execução.

O delator contou à DH Capital que Orlando descobriu que José Ricardo e Severo pretendiam traí-lo. Os dois foram mortos a tiros. Um dos atiradores chegou a dizer: “Isto é o que acontece com traidor”. Os corpos foram colocados num veículo e trazidos para a capital. Chegando à Rua Jorge Coelho, em Brás de Pina, na Zona Norte, os acusados Alan e Luís Cláudio teriam ateado fogo no carro com as vítimas dentro, a fim de destruir vestígios e dificultar a identificação delas. O crime ocorreu no dia 25 de fevereiro do ano passado.

Severo aparece na lista de policiais militares mortos no ano passado. Até o depoimento do delator de Orlando, a polícia não tinha pistas sobre os homicídios de José Ricardo e Severo. Houve demora até na confirmação das identificações das vítimas, cujos corpos foram carbonizados, após serem mortos a tiros.

Depois que a testemunha passou os detalhes da execução, a DH da Capital conseguiu imagens das câmeras do pedágio da concessionária CRT, que administra a Rio-Teresópolis, que confirmaram a passagem do carro, quando ele saía de Guapimirim para Brás de Pina, no dia do assassinato.

OUTROS CRIMES DE QUE ORLANDO É SUSPEITO

Os outros dois homens que teriam participado do homicídio da parlamentar, de acordo com o delator, já teriam se envolvido, em junho de 2015, em outra execução com características semelhantes à de Marielle, também a mando de Orlando, de acordo com o Ministério Público do Rio. Segundo a denúncia, os dois mataram, com tiros na cabeça, um homem que alugou um terreno na área de influência de Orlando para instalação de um circo, sem autorização prévia do miliciano.

A conclusão do Ministério Público é de que, para estender seus domínios em Curicica, Recreio e algumas áreas das Vargens, na Zona Oeste, Orlando executou outros milicianos que estivessem em seu caminho, porque não aceitavam se subordinar a ele. A polícia agora investiga o rastro de homicídios nas regiões que poderiam ter Orlando como mandante. Para isso, o chefe da milícia costuma usar a mesma equipe para cometer os assassinatos, trocando apenas um ou dois integrantes.

Orlando é suspeito ainda de mandar matar o ex-presidente da escola de samba Parque da Curicica, Wagner Raphael de Souza. Em 7 de junho de 2015, às 19h, segundo um sobrevivente, dois homens do bando de Orlando desceram de um Kia Cerato branco e atacaram o carro em que o dirigente da escola viajava com uma outra pessoa no banco do carona.

Os tiros acertaram Wagner na cabeça, matando-o, e feriram a outra pessoa que estava ao lado dele. Na ação penal, o MP do Rio ressaltou que “o crime foi cometido de forma a impedir a defesa das vítimas, já que os disparos foram efetuados a pouca distância e contra suas cabeças”. O carona, que ficou ferido, afirmou em depoimento à polícia que Wagner “causava problemas” para Orlando, pois “sempre agiu sozinho, apoiando candidatos políticos independentes” e contrariando os interesses da milícia. “Mesmo sem pertencer à milícia, ele não baixava a cabeça para eles. Era uma pessoa muito forte na comunidade, o que o tornou um perigoso rival da facção criminosa”, contou o sobrevivente do ataque. Depois, ela mudou sua versão ao ser interrogada pelo MP, e passou a negar a participação de Orlando na execução.

Há pouco mais de um mês, Orlando foi transferido para a penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde ficará até pelo menos junho do ano que vem, de acordo com decisão tomada pela Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. O chefe da milícia de Curicica, Recreio e Vargens responde a cinco processos. Num deles, por posse de arma, quando foi preso em casa, num condomínio de classe média em Vargem Pequena, Orlando foi condenado a quatro anos de prisão.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. QUE ABSURDO!
    Não teve nenhum policial envolvido como queria uma emissora de tv e a turma dos direitos humanos?
    São morenos? Não são brancos para serem acusados de racismo?
    Derrubaram todas as teorias conspiratórias vendidas pela mídia e partidos de esquerda.
    Muito bom ver a verdade sendo revelada

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