Polícia

Delegado é encontrado morto dentro da sede da Polícia Federal em Caxias do Sul

Foto: Reprodução/RBS TV/Sindpf-PR/Divulgação

O delegado Gastão Schefer Neto, de 48 anos, foi encontrado morto na sede da Polícia Federal (PF) de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (9). De acordo com a assessoria da PF, o caso está sendo tratado como suicídio.

A investigação sobre as circunstâncias do óbito ficará a cargo da própria instituição, já que o óbito ocorreu dentro de uma delegacia.

Natural do Paraná, Schefer estava trabalhando em Caxias do Sul desde o final de junho.

Em 2020, o delegado foi chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Dois anos antes, em 2018, Gastão Schefer Neto incitou uma confusão contra apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, de acordo com a Polícia Militar (PM) paranaense. O delegado teria empurrado e derrubado equipamentos de som de um acampamento, quando Lula estava preso na Superintendência da PF. Na época, tanto o agente quanto os apoiadores do ex-presidente chegaram a registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.

Gastão Schefer Neto concorreu ao cargo de deputado federal pelo Paraná duas vezes. Em 2018, pelo PSL, recebeu 4.670 votos. Já em 2014, pelo PR (hoje PL), o delegado conquistou 23.239 votos. Em ambas as ocasiões, não foi eleito.

Nas redes sociais, sindicatos de delegados e policiais federais do Rio Grande do Sul e do Paraná lamentaram a morte de Schefer.

Nota do Sindicato dos Policiais Federais do RS

“O SINPEF/RS comunica, com profundo pesar, o falecimento do DPF GASTÃO SCHEFER NETO, lotado na SR/PF/PR, durante missão na Delegacia de Caxias do Sul/RS. Ele foi empossado em 2002 na PF como Escrivão, com lotação em Caxias. Nossas condolências à família e aos amigos neste momento de dor.”

Nota do Sindicato dos Delegados da PF no PR

“Neste momento de dor, nos solidarizamos em oração para que Deus conforte o coração de sua família e amigos neste momento difícil.”

G1

Opinião dos leitores

  1. Os próprios agentes de segurança não têm condições psicológicas de portar uma arma. Imagine os civis que querem porte liberado?

    1. País desarmado vira baderna, ninguém respeita ninguém, nem o espaço do outro, muito menos mantém a palavra, e pessoas assim não fazem falta ao mundo porque viram obstáculo da boa convivência. Então tem que ser feito uma limpeza, depois da limpeza, vira uma nação harmônica e de fácil convivência.

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Diversos

Após 56 anos de casados, homem morre três horas depois da mulher no RS

Foto: Simone Frizzo Salvador/Arquivo Pessoal

Juntos há 56 anos, um casal de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, morreu com três horas de diferença na terça-feira (14).

Pouco depois do meio-dia, Roberto João Frizzo, de 80 anos, recebeu a notícia de que sua companheira de vida, Maria de Lourdes Frizzo, havia morrido. Cerca de 40 minutos depois de ser informado, ele também faleceu.

“Só ouviu, não falou nada. Fechou os olhos e foi se apagando”, disse a filha mais velha do casal, Simone Frizzo Salvador.

Ela morreu às 9h14, e ele partiu às 12h40. O casal deixa três filhas e quatro netos como símbolo da união. Os dois foram velados juntos, e durante a cerimônia tocaram músicas que Roberto gravou para Maria de Lourdes. O casal foi cremado.

“Eles irão juntos até o fim. Depois vamos combinar de jogar as cinzas dos dois em um lugar bem lindo, provavelmente no mar.”

Maria de Lourdes estava com 78 anos e há quase 20 convivia com a doença de Alzheimer. Roberto seguiu ao lado da esposa e por 15 anos cuidou dela, em casa.

Há alguns anos, atendendo um pedido das filhas, o marido aceitou deixar os cuidados da esposa com profissionais e ela foi internada em uma clínica.

Mesmo lutando contra um câncer de próstata com metástases pelo corpo, Roberto seguiu ao lado da mulher e a visitava toda semana.

“Ele queria que ela fosse antes, porque se sentia responsável por ela. Mas queria ir um minuto depois”, conta Simone.

A história do casal enfrentou dificuldades logo no início. Quando se conheceram, Maria de Lourdes estava noiva de outra pessoa. Com ajuda do romantismo das serenatas, ele conquistou a amada.

“Conheceu [ela] em uma festa e se apaixonou. Ele fez uma aposta [com os amigos] de que iria conquistar ela e conseguiu fazer ela desmanchar o noivado. Ela morava com uma tia e [ele] fazia serenatas na frente do quartel”, conta.

Juntos, a música continuou fazendo parte da vida dos dois. Usando as canções para demonstrar seu amor, Roberto gravou três discos e um clipe para esposa.

“Nos reuníamos para cantar. Ele cantava “quiero cantarte mujer” e ela gostava. É uma história linda de amor. Muito triste o final, mas lindo”.

Com uma história de dedicação ao próximo, o casal trabalhava na Cruz Vermelha e participava de atividades na paróquia que eram membros. O velório dos dois foi embalado pelas músicas gravadas por Roberto.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Bonita história desse casamento. O segredo deles deve ter sido o respeito zelo e carinho com os quais cuidavam um do outro.

  2. Se eram Cristãos, a família devia depisitar as cinzas no cemitério, pois jogá-las no mar ou em outro lugar, é bonito em filme, mas mortal pra alma.

  3. Este casal praticou em vida o verdadeiro sentimento do amor, pois até na hora do epílogo de suas vidas foram correspondidos.

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Polícia

VÍDEO: Lutadora de jiu-jitsu imobiliza suspeito na rua após furto em loja em Caxias do Sul

Patrícia imobilizou homem ao ver ele sendo perseguido na rua em Caxias do Sul — Foto: Reprodução/RBS TV. (Confira vídeo em texto na íntegra aqui)

Uma lutadora profissional de jiu-jítsu imobilizou um homem que havia furtado caixas de bombom em uma loja em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, na última terça-feira (5). Patrícia Melo agiu ao ver o suspeito correndo na rua, sendo perseguido por algumas pessoas. Ela o segurou pelo pescoço até que policiais militares chegassem para atender a ocorrência. A ação foi gravada em vídeo (assista acima).

Além de lutadora, Patrícia trabalha como segurança. Ela conta como foi a reação.

“Assim que eu saí da porta do prédio, avistei esse cara correndo na minha direção. Em seguida vi que tinha alguns seguranças correndo atrás dele. Em principio eu tentei entender a situação, vi que estava acontecendo alguma confusão. Não soube entender na hora se era um roubo, alguma coisa assim, mas entendi que ele estava fazendo alguma coisa errada e precisava ser parado.”

A Brigada Militar foi até o local e prendeu o homem, identificado como Fernando Vieira Zimermann, 37 anos, morador de rua. Ele tinha outra passagem pela polícia por furto de bolacha.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o homem entrou na loja. Ele ficou pouco mais de quatro minutos dentro do estabelecimento. Pegou duas caixas de bombom, escondeu na sacola e saiu. Mas o alarme da loja tocou e funcionários correram atrás dele.

Os funcionários contam que, enquanto Fernando fugia pela calçada, fez ameaças e disse que voltaria para pegar quem estava perseguindo ele. Foi em uma esquina próxima que ele foi parado por Patrícia.

A Brigada Militar lembra que as pessoas não devem reagir a assaltos ou ações suspeitas. “Se não estiver preparado, não reaja. Tem que estar muito bem preparado, muito bem condicionado, treinado, seja na luta, na sua arte marcial ou no uso da arma de fogo”, diz o major Emerson Ubirajara.

Neste caso, autor do furto não estava armado. Ele foi levado para registro em uma delegacia. O G1 fez contato com a Polícia Civil, que informou que, no sistema, o homem consta como preso.

Elenir Bonetto, sócio-proprietário da loja, pede que a polícia tenha mais atenção a esse tipo de situação. “Por menor que seja o prejuízo é preciso combater esse tipo de crime.”

“É bem comum furtar e pegar produtos aqui para comer”, acrescenta o repositor Leonardo Stock, que trabalha na loja.

Lutadora segurou suspeito até a chegada da Brigada Militar após furto em Caxias do Sul — Foto: Reprodução/RBS TV

G1, via RBS TV

 

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