Sâmara foi amigo de Lula por mais de duas décadas, entre os anos 1980 e 2000. Foto: Reprodução/Record TV
O Ministério Público de São Paulo deverá ouvir nos próximos dias o fazendeiro Valter Sâmara, ex-amigo de Lula que afirma ter entregue ao ex-presidente uma gravação com pistas sobre o assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André e coordenador do então candidato à presidência da República nas eleições de 2002.
Os áudios revelariam detalhes de um suposto esquema de corrupção na prefeitura da cidade da Grande São Paulo e os promotores paulistas acreditam que as revelações podem abrir novas linhas de investigação. Por isso, correm contra o tempo, pois o crime, ocorrido em janeiro de 2002, está prestes a prescrever.
As gravações conteriam uma conversa entre o ex-ministro Gilberto Carvalho e Miriam Belchior, que foi casada com Celso Daniel, com orientações sobre como ela deveria se comportar no período de luto e supostos repasses de propina, chamados de “pacotinhos”. Ambos eram secretários da administração petista em Santo André na época do sequestro e assassinato de Celso Daniel.
O fazendeiro Valter Sâmara, que foi amigo pessoal de Lula por cerca de 25 anos, entre as décadas de 1980 e 2000, disse que levou o material — recebido por ele meses depois da morte de Celso Daniel — para Lula, mas o ex-presidente teria classificado a gravação como uma montagem.
“Nessa fita, o Gilberto Carvalho falava com a Miriam. Eu escutei a fita. Fui falar com o Lula. Ele disse que isso aí é montagem. Eu discordei dele, mas não quis questionar. [Disse a Lula] Estou mostrando para te prevenir”.
Sâmara teria se oferecido como colaborador da Lava Jato. À revista Crusóe, diz que entrou em contato com os procuradores por meio de seu advogado e que iria contar fatos ocorridos em duas décadas. Entre eles, o assassinato. Porém, um mês após o contato, homens armados invadiram a loja de roupas da família e a residência da irmã do fazendeiro.
“Queriam um documento, a fita do PT. Foram lá com esse objetivo. Foram em cinco pessoas para bater nele. Mas, eu não tinha mais essa fita. Eu deixei com o Lula. A conversa era dando conselhos para ela [Miriam], como deveria se comportar, andar. E sobre os pacotinhos que tinham lá. Para ele ir buscar”.
O fazendeiro disse que não fez cópias da gravação e também não sabe o motivo da tentativa criminosa de recuperar a fita somente em 2018. “Eu gostaria de saber o por quê. Porque não vieram falar comigo? E eu não tenho essa fita”, reafirmou Sâmara.
Outro lado
O ex-ministro Gilberto Carvalho diz que desafia o fazendeiro Valter Sâmara a submeter a fita a uma perícia e que os chamados pacotinhos, como seria definida a propina, são uma invenção do fazendeiro.
A assessoria do ex-presidente Lula informou que ele não vai comentar o que qualificou de fofoca. Miriam Belchior diz que a referida conversa com o ex-ministro nunca existiu.
justiça não está nem aí com Celso Daniel coisa alguma, se o perseguido não fosse o Lula eles teria arquivado tudo isso, assim como o caso wlisis Guimarães e pc Farias, isso aí é mais uma farsa, só agora quase dezoito anos esse velho fala isso?
Omi fique calado, vc sabe que o nove dedos é maior criminoso do nosso país, e não se incomoda de eliminar qualquer prova contra os crimes que ele e seu grupo cometeu, e se essa prova for gente denunciando, ai é que o fela é perigoso mesmo. O LULADRAO é perigoso preso, imagina solto.
Eu li a matéria achando que ele tinha esta fita…mas ele "disse"que entregou a Lula……haaa meus amigos….e mesmo assim, se está com esta material…pq veio entregar agora? Ninguém fez esta pergunta?
Sera que ele foi esperto em guardar uma copia dessa fita?
Já eliminaram 11 testemunhas desse crime horrendo, e esse agora, vai ser o próximo eliminado. Esses petralhas são os bandidos mais perigosos do país. Dos onze que mataram, a maioria eram comparsas
É verdade
Essa cambada é capaz de tudo.
Obedecem cegamente ao seu líder
Se o cachaça disser vão fazer um 69 num jumento eles nem discutem vão correndo executar a ordem dada.
A reportagem de capa da nova edição da Crusoé revela uma outra história sobre o crime que assombra o PT há quase duas décadas: a morte de Celso Daniel.
“Uma fita com pistas sobre o assassinato. Um pedido de Lula e um amigo para esquecer o assunto. Uma invasão de bandidos em busca de provas contra petistas.”
Sempre me pergunto: alguém leu O CHEFE, do Ivo Patarra ? Alguém leu o O ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES ? De Romeu Tuma Jr. ? Por que será que esses dois não foram processados por calúnia ? Por que será que todas aquelas denúncias ficaram por isso mesmo ? EU NUNCA DISSE ISSO.
Essa quadrilha de PTralhas atua a muito tempo e esse foi so um dos crimes cometido por esse bando. LULADRAO está envolvido em tudo de ruim em nosso país nós últimos trinta anos. O canalha tem que voltar o mais rápido para cadeia.
Por favor esqueça isso, melhor saber sobre a rachadinha de Flávio, que todos o poderes legislativos municipais, estaduais e congresso praticam, e até outros poderes
Foi morto por não aceitar entrar no esquema de corrupção proposto por luladrao.
ELE VOLTOU – No depoimento, que também foi gravado em vídeo, Valério reproduz o diálogo que teve com Ronan Maria Pinto, em que ele teria dito que apontaria Lula como o “cabeça da morte de Celso Daniel” (./.)
No fim da década de 90, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza começou a construir uma carreira que transformaria radicalmente sua vida e a de muitos políticos brasileiros nas duas décadas seguintes. Ele aprimorou um método que permitia a governantes desviar recursos públicos para alimentar caixas eleitorais sem deixar rastros muito visíveis. Ao assumir a Presidência da República, em 2003, o PT assumiu a patente do esquema. Propina, pagamentos e recebimentos ilegais, gastos secretos e até despesas pessoais do ex-presidente Lula — tudo passava pela mão e pelo caixa do empresário. Durante anos, o partido subornou parlamentares no Congresso com dinheiro subtraído do Banco do Brasil, o que deu origem ao escândalo que ficou conhecido como mensalão e levou catorze figurões para a cadeia, incluindo o próprio Marcos Valério. Desde então, o empresário é um espectro que, a cada aparição, provoca calafrios nos petistas. Em 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) já o condenara como operador do mensalão, Valério emitiu os primeiros sinais de que estaria disposto a contar segredos que podiam comprometer gente graúda do partido em crimes muito mais graves. Prometia revelar, por exemplo, o suposto envolvimento de Lula com a morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André, executado a tiros depois de um misterioso sequestro, em 2002.
AVALISTA – Lula foi informado sobre o pagamento ao chantagista (Ricardo Stuckert/PT)
Na época, as autoridades desconfiaram que a história era uma manobra diversionista. Mesmo depois, o empresário pouco acrescentou ao que já se sabia sobre o caso. Recentemente, no entanto, Valério resolveu contar tudo o que viu, ouviu e fez durante uma ação deflagrada para blindar Lula e o PT das investigações sobre o assassinato de Celso Daniel. Em um depoimento ao Ministério Público de São Paulo, prestado no Departamento de Investigação de Homicídios de Minas Gerais, a que VEJA teve acesso, o operador do mensalão declarou que Lula e outros petistas graduados foram chantageados por um empresário de Santo André que ameaçava implicá-los na morte de Celso Daniel. Mais: disse ter ouvido desse empresário que o ex-presidente foi o mandante do assassinato. Até hoje, a morte do prefeito é vista como um crime comum, sem motivação política, conforme conclusão da Polícia Civil. Apesar disso, o promotor Roberto Wider Filho, por considerar graves as informações colhidas, encaminhou o depoimento de Valério ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, que o anexou a uma investigação sigilosa que está em curso.
CRIME POLÍTICO – Celso Daniel foi morto como queima de arquivo, em 2002 (Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo)
No depoimento ao MP, também gravado em vídeo, Valério repetiu uma história que contou em 2018 ao então juiz Sergio Moro, envolvendo na trama praticamente todo o alto-comando petista — só que agora com mais detalhes e com Lula como personagem fundamental. A história começa, segundo ele, em 2003, quando Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, convocou-o para uma reunião no Palácio do Planalto. No encontro, o anfitrião afirmou que o empresário Ronan Maria Pinto, que participava de um esquema de cobrança de propina na prefeitura de Santo André, ameaçava envolver a cúpula do Planalto no caso da morte de Celso Daniel. “Marcos, nós estamos com um problema. O Ronan está nos chantageando, a mim, ao presidente Lula e ao ministro José Dirceu, e preciso que você resolva”, teria dito Carvalho. “Ele precisa de um recurso, e eu quero que você procure o Silvio Pereira (ex-secretário-geral do PT)”, acrescentou. Valério conta que, antes de deixar o Palácio, tentou levantar mais informações sobre a história com o então ministro José Dirceu. “Zé, seguinte: o Gilberto está me pedindo para eu procurar o Silvio Pereira para resolver um problema do Ronan Maria Pinto. Disse que é uma chantagem”, narra Valério no depoimento. A resposta do então chefe da Casa Civil teria sido curta e grossa: “Vá e resolva”.
Valério compreendeu que “resolver” significava comprar o silêncio do chantagista. No depoimento, ele relata que procurou o petista João Paulo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, a quem uma de suas agências de publicidade prestava serviços. Cunha, mais tarde condenado no mensalão, orientou-o a procurar o deputado Professor Luizinho, que tinha sido vereador em Santo André e, portanto, conhecia bem o problema. Segundo o empresário, Luizinho lhe confidenciou que Celso Daniel topou pagar com recursos da prefeitura a caravana de Lula pelo país, antes da eleição presidencial de 2002, mas não teria concordado em entregar a administração à ação de quadrilhas e àqueles que visavam ao enriquecimento pessoal. “Uma coisa era o Celso bancar as despesas do partido, da direção do partido e do próprio presidente. Outra era envolver a prefeitura em casos que beiravam a ação de gângster”, teria afirmado o deputado, conforme a versão de Valério. Seguindo a orientação recebida de Gilberto Carvalho, Valério procurou Silvio Pereira (secretário-geral do PT) e perguntou se o assunto era mesmo grave e se realmente envolvia Lula, Zé Dirceu e Gilberto. Resposta: “Ele falou assim: ‘Esse assunto é mais sério do que você imagina’.”. Pereira pediu então a Valério que se encontrasse com o chantagista.
A reunião, segundo Valério, ocorreu num hotel em São Paulo. “Eu já avisei a quem eu devia avisar, Marcos, eu não vou pagar o preço sozinho”, teria sido a ameaça de Ronan. O então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, preso no mensalão e no petrolão, também estava no encontro. “Se não resolver o assunto, eu já senti, esse homem vai explodir de vez, vai explodir o presidente, o Gilberto e o José Dirceu”, disse Valério a Delúbio depois da reunião. O empresário e o tesoureiro discutiram a melhor forma de arrumar o dinheiro para pagar a chantagem. Deu-se, então, o encontro do mensalão com o petrolão. O petista Ivan Guimarães, que à época era presidente do Banco Popular do Brasil, lembrou os colegas de partido de que fundos de pensão mantinham aplicações milionárias no Banco Schahin. Era a hora de pedir uma retribuição. O banco aceitou fazer um “empréstimo” de 12 milhões de reais em troca de um contrato de operação com a Petrobras, no valor de 1,6 bilhão de reais. O promotor Roberto Wider quis saber de Valério se ele conversou com Lula sobre esse episódio. O empresário disse que sim. “Eu virei para o presidente e falei assim: ‘Resolvi, presidente’. Ele falou assim: ‘Ótimo, graças a Deus’.”. Mas não foi apenas isso. Valério contou ao promotor que Ronan Maria Pinto, quando exigiu dinheiro para ficar calado, declarou que não ia “pagar o pato” sozinho e que iria citar o presidente Lula como “mandante da morte” do prefeito de Santo André. Nas palavras de Valério, Ronan ia “apontá-lo como cabeça da morte de Celso Daniel”.
Na história recente da política brasileira, ninguém exerceu o papel de operador com tamanho protagonismo como o empresário Marcos Valério. Dono de agências de publicidade, Valério começou a atuar em esquemas de desvio de recursos públicos no governo de Eduardo Azeredo (PSDB), em Minas Gerais. Petistas mineiros conheciam muito bem os bons serviços prestados por ele aos rivais tucanos. Por isso, tão logo Lula assumiu a Presidência da República, abriram-se as portas do governo federal ao empresário. Rapidamente, Valério se tornou o homem do dinheiro sujo do PT e, nessa condição, cumpriu de missões prosaicas a estratégicas. Ele conta que se reunia com o então presidente ao menos uma vez por mês. Palpitava até sobre a indicação de ministros. A compra de apoio parlamentar era realizada às sombras, numa engenhosa operação financeira que envolvia bancos, dirigentes de partidos e dezenas de políticos — tudo na surdina. O empresário só assumiu o centro do tablado depois de VEJA revelar, em 2005, que o PTB operava um esquema de cobrança de propina nos Correios. Sentindo-se pressionado, Roberto Jefferson, o mandachuva do partido, reagiu delatando o mensalão e apresentando ao país o “carequinha” que operava os cofres clandestinos do PT. O resto da história é conhecido. O STF reconheceu a existência do esquema de suborno ao Congresso, considerou-o uma tentativa do PT de se perpetuar no poder e condenou os mensaleiros à cadeia. Lula, apesar de ser o beneficiado principal do esquema, nem sequer foi processado.
Por causa disso, Valério sempre pairou como um fantasma sobre o PT e seus dirigentes. No auge das investigações sobre o mensalão, ele próprio tentou chantagear o partido dizendo que se não recebesse uma bolada implicaria o então presidente da República no caso. Anos mais tarde, uma reportagem de VEJA revelou que a chantagem surtiu efeito, e o dinheiro foi depositado numa conta dele no exterior por um empreiteiro amigo. Durante a CPI dos Correios, Valério de fato poupou Lula. Ele só testemunhou contra o ex-presidente quando já estava condenado pelo Supremo. No depoimento ao MP, Valério disse que não aceitou pagar ao chantagista Ronan Maria Pinto do próprio bolso, como queriam os petistas, mas admitiu ter participado do desenho da transação realizada para levantar os recursos. De onde eles vieram? Do petrolão, o sucessor do mensalão.
As investigações da Operação Lava-Jato já confirmaram metade da história narrada por Marcos Valério. Para quitar a extorsão, o Banco Schahin “emprestou” o dinheiro para o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, que pagou ao chantagista. O banco já admitiu à Justiça a triangulação com o PT. Ronan Maria Pinto já foi condenado pelo juiz Sergio Moro por crime de corrupção e está preso. Valério revelou mais um dado intrigante. Segundo ele, dos 12 milhões de reais “emprestados” pelo banco, 6 milhões foram para Ronan e a outra parte foi entregue ao petista Jacó Bittar, amigo de Lula e ex-conselheiro da Petrobras. Jacó também é pai de Fernando Bittar, que consta como um dos donos do famoso sítio de Atibaia, que Lula frequentava quando deixou a Presidência. As empreiteiras envolvidas no petrolão realizaram obras no sítio à pedido do ex-presidente, o que lhe rendeu uma condenação de doze anos e onze meses de prisão. No interrogatório, o promotor encarregado do caso perguntou a Marcos Valério se havia alguma relação entre o dinheiro transferido a Bittar e a compra do sítio. Valério respondeu simplesmente que “tudo se relaciona”. O promotor também perguntou sobre as relações financeiras do empresário com o governo e com o ex-presidente Lula:
“— O caixa que o senhor administrava era dinheiro de corrupção?”
“— Caixa dois e dinheiros paralelos de corrupção, propina e tudo.”
“— Do Governo Federal?”
“— Sim, do Governo Federal.”
“— Na Presidência de Lula?”
“— Na Presidência do presidente Lula.”
“— Pagamentos para quem?”
“— Para deputados, para ministros, despesas pessoais do presidente, todo tipo de despesa do Partido dos Trabalhadores”.
Condenado a mais de cinquenta anos de cadeia, Valério começou a cumprir pena em regime fechado em 2013. Em setembro passado, progrediu para o regime semiaberto, o que lhe dá o direito de sair da cadeia durante o dia para trabalhar. O cumprimento de suas penas nunca ocorreu sem sobressaltos. Ele já foi torturado num presídio e teve os dentes quebrados. Em 2008, quando esteve preso em decorrência de um processo aberto para investigar compra de prestígio, Valério foi surrado por colegas de cela que, segundo ele, estariam a serviço de petistas. Essa crença se sustenta numa conversa que o empresário teve, anos antes, com Paulo Okamotto, amigo e braço-direito de Lula. “Marcos, uma turma do partido acha que nós devíamos fazer com você o que foi feito com o prefeito Celso Daniel. Mas eu não, eu acho que nós devemos manter esse diálogo com você. Então, tenha juízo”, teria lhe dito Okamotto. “Eu não sou o Celso Daniel não. Eu fiz vários DVDs, Paulo, e, se me acontecer qualquer coisa, esses DVDs vão para a imprensa”, rebateu o empresário, segundo seu próprio relato.
Até hoje, o assassinato de Celso Daniel é alvo de múltiplas teorias. A polícia concluiu que o crime foi comum. Já o Ministério Público sempre suspeitou de motivação política, principalmente diante das evidências de que havia um esquema de cobrança de propina de empresas de transporte público em Santo André, que teria irrigado o caixa do PT. Se Valério estiver dizendo a verdade — e é isso que as novas investigações se propõem a descobrir —, a morte do prefeito teria o objetivo de esconder que a prefeitura de Santo André funcionava como uma gazua do PT para financiar não só as campanhas políticas mas a boa vida de seus dirigentes, incluindo Lula. A morte de Celso Daniel, portanto, poderia ter sido realmente uma queima de arquivo. Irmãos do prefeito assassinado concordam com essa tese e sempre defenderam a ideia de que a possível participação de petistas no crime deveria ser apurada. O novo depoimento, embora não traga uma prova concreta, colocou mais fogo numa velha história.
Quando o Celso Daniel deu várias entrevistas a época na antiga TVS/SBT ao programa AQUI AGORA juntamente com o irmãos dele acusando o PT de transformar a prefeitura em questão em um tipo de QG para chegar ao poder a qualquer preço, ninguém deu ouvidos, ninguém se ligou no que poderia acontecer. Eu era pequeno, um rapazinho muito novo militante do PSB em Natal, e lembro-me bem que, numa reunião da JSB comentei. "ESSE CARA FALA TANTO, QUE PODERÁ SER VITIMA DELE MESMO. ELE É CORAJOSO DEMAIS EM FALAR DOS ESQUEMAS DO SEU PARTIDO. SE TUDO O QUE ELE ESTA FALANDO FOR VERDADE, VAI MELAR OS PLANOS DO LULA E AI VAI FEDER ESSA HISTÓRIA". Dito e feito. Mataram o cara e o seu irmão a época em várias entrevistas já dizia o nome do Lula como mandante. E agora sem o AQUI AGORA quem vai acompanhar este desfecho de verdade como fez o SBT?
No título diz "LULA MANDOU". No conteúdo, é um tal de falei com fulano com ciclano, que disseram: "Resolva o problema". Resolva é bem amplo. Entre pagar a chantagem, e mandar matar, tem diferença. Depois, nem o esquema foi provado. Pra mim parece FANFIC, do próprio M. Valério.
Matéria da Veja com entrevista do Valério acusando Lula de ser mandante da morte do Celso Daniel é baseada na seguinte frase: "Valério disse ter ouvido de um empresário que o ex-presidente foi o mandante do assassinato". Todo dia um Palocci diferente.
Jair Bolsonaro comparou Adélio Bispo de Oliveira a Celso Daniel:
“A defesa de Adélio fez a opção de passá-lo por maluco, mas ele tem a chance de falar agora (até com ele mesmo ou alguém da sua família do presidente).
E ainda:
“Estou dando uma chance porque ele está condenado, então tem que ser rápido porque o caso Celso Daniel foi muito rápido, foram nove vítimas executadas por queima de arquivo no processo todo.”
Porquê nenhum petralha indaga sobre a morte de Celso Daniel? É porquê sabem quem matou? Sabe-se que usaram o mesmo método da guerrilha, qualquer vacilo, queima o arquivo, seja quem for
O processo sobre a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel completa nesta quinta-feira dois anos parado no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma liminar concedida no dia 4 de dezembro de 2012 pelo ministro Marco Aurélio Mello determinou a suspensão do júri do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, apontado pelo Ministério Público como mandante do crime.
Sombra, que está solto, é o único dos sete réus do assassinato, ocorrido em 20 de janeiro de 2002, que ainda não foi julgado. Os outros seis, acusados de terem executado o sequestro seguido da morte do ex-prefeito, foram condenados e cumprem penas de prisão entre 18 e 24 anos.
De acordo com o juiz Antonio Hristov, da 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra, responsável pelo caso, o julgamento do empresário deveria acontecer em março de 2013. A defesa de Sombra entrou no STF com um habeas corpus alegando que não teve o direto de questionar dois dos outros réus em depoimentos à Justiça. Marco Aurélio Mello concedeu a liminar (decisão provisória) para suspender o processo, mas o mérito do habeas corpus ainda não foi julgado. Em abril de 2013, a Procuradoria Geral da República (PGR) deu parecer pela não procedência do pedido da defesa de Sombra.
No mês passado, o juiz Hristov encaminhou ao STF um pedido do Ministério Público para que fosse autorizada a continuidade do processo, já que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já rejeitou os argumentos do advogado do empresário sobre a impossibilidade de acompanhar os depoimentos dos outros réus.
– Depois que ocorrer a liberação do STF, o julgamento pode ser realizado num prazo de até seis meses – disse Hristov.
O promotor Lafaiate Pires, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do ABC do Ministério Público, lamenta a demora do julgamento do crime, que completa 13 anos no mês que vem, e reconhece que a situação cria uma sensação de impunidade.
– A defesa se vale do que está previsto em lei para postergar o julgamento. Infelizmente, essa demora acaba gerando essa sensação (de impunidade) – afirmou o promotor.
A investigação do Ministério Público apontou que a morte de Celso Daniel foi encomendada porque o prefeito teria decidido acabar com um esquema de cobrança de propina na prefeitura de Santo André liderado por Sombra. O prefeito foi encontrado morto com oito tiros numa estrada rural de Juquitida, na região metropolitana de São Paulo. Ele havia sido sequestrado dois dias antes na Zona Sul da capital paulista, quando voltava de um jantar com Sombra, de quem era amigo. O empresário dirigia uma Pajero blindada e o prefeito estava no banco do passageiro.
Ainda segundo a apuração do MP, para manter o esquema de corrupção, o empresário decidiu mandar matar o amigo e simulou um sequestro para disfarçar. Com o objetivo de colocar o plano em prática, Sombra contratou Dionísio de Aquino Severo, resgatado de helicóptero de um presídio em Guarulhos um dia antes do sequestro do prefeito, para organizar a ação e contatar os demais integrantes da quadrilha. Dionísio foi morto dias depois de ser preso, em abril de 2002, antes de dar o seu depoimento sobre o caso.
Além dele, outras seis pessoas que tiveram algum tipo de vínculo com a morte de Celso Daniel morreram, depois do crime. Sérgio “Orelha”, que abrigou Severo em sua casa nos dias subsequentes à morte de Daniel, foi metralhado em sua casa em novembro de 2002. Outra morte é a do investigador de polícia Otávio Mercier. A quebra do sigilo telefônico revelou ligações do celular do policial para Severo na véspera do sequestro. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Redua foi assassinado com dois tiros. Ele foi o primeiro a identificar o corpo de Daniel. O garçom do restaurante Rubayat Antonio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito no jantar junto com Sombra no dia 18 de janeiro de 2002, horas antes do sequestro, morreu, em fevereiro de 2003. Ele foi perseguido por dois homens quando dirigia uma moto na Zona Leste da capital paulista, levou um chute, perdeu o controle e colidiu com um poste. Nada foi roubado. A única testemunha que declarou à polícia ter assistido à morte do garçom, Paulo Henrique Brito, foi assassinada, 20 dias depois, com um tiro nas costas. O médico legista Carlos Alberto Delmonte Printes, que constatou indícios de tortura ao examinar o corpo de Daniel, se suicidou com ingestão de medicamentos em 2006.
A tese do Ministério Público de crime de mando foi colocada à prova no julgamentos dos seis réus já condenados até agora e aceita pelos jurados. Antes da acusação contra Sombra apresentada em 2003, o Ministério Público havia feita uma outra denúncia, baseada na investigação da Polícia Civil, em que o caso era tratado como crime comum. O prefeito teria sido pego, por acaso, pela quadrilha. O empresário não havia sido denunciado dessa vez.
Depois de investigações do Ministério Público, foi feito aditamento da denúncia com a acusação contra Sombra, em 2003. O empresário teve a prisão decretada e ficou na cadeia entre dezembro de 2003 e julho de 2004, quando conseguiu um habeas corpus no STF.
Um outro habeas corpus apresentado em 2004 pela defesa de Sombra no STF questiona o poder de investigação do Ministério Público e não foi julgado até hoje. O ministro Ricardo Lewandwski pediu vistas em dezembro de 2012 e ainda não devolveu o processo ao plenário.
Procurado, o Supremo não se manifestou sobre a demora para o julgamento dos dois habeas corpus apresentados pela defesa de Sombra. O empresário, que nega participação na morte do prefeito, responde ainda outras ações criminais por causa dos suposto esquema de propina em Santo André.
Sinceramente essa máfia do PT é digna de fazer inveja a Pablo Escobar o maior traficante de drogas de todos os tempos. Quando se fala em organização criminosa, não poderia existir um adjetivo mais apropriado. Agora o que nos entristece é ver o STF andando a passos de tartaruga para colocar esse criminoso na cadeia.
Entre o fim de janeiro e meados de março de 2002, investigadores da Polícia Federal encarregados de esclarecer o assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, gravaram muitas horas de conversas telefônicas entre cinco protagonistas da história muito mal contada: Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, suposto mandante do crime, Ivone Santana, viúva da vítima, Klinger Luiz de Oliveira, secretário de Serviços Municipais de Santo André, Gilberto Carvalho, secretário de Governo, e Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado-geral do PT. Todos sabiam da existência da fábrica de dinheiro sujo instalada na prefeitura para financiar campanhas do partido.
As 42 fitas resultantes da escuta foram encaminhadas ao juiz João Carlos da Rocha Mattos. Em março de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, Rocha Mattos alegou que as gravações haviam sido feitas sem autorização judicial e ordenou que fossem destruídas. Em outubro de 2005, condenado à prisão por venda de sentenças, o juiz revelou a VEJA (confira a reportagem na seção Vale Reprise) que os diálogos mais comprometedores envolviam Gilberto Carvalho, secretário-particular de Lula entre janeiro de 2003 e dezembro de 2010 e hoje secretário-geral da Presidência da República. “Ele comandava todas as conversas, dava orientações de como as pessoas deviam proceder. E mostrava preocupação com as buscas da polícia no apartamento de Celso Daniel”.
Em abril de 2011, depois de ter cumprido pena por venda de sentenças, Rocha Mattos reiterou a acusação em escala ampliada. “A apuração do caso do Celso começou no governo FHC”, afirmou. “A pedido do PT, a PF entrou no caso. Mas, quando o Lula assumiu, a PF virou, obviamente. Daí, ela, a PF, adulterou as fitas, eu não sei quem fez isso lá. A PF apagou as fitas, tem trechos com conversas não transcritas. O que eles fizeram foi abafar o caso, porque era muito desgastante, mais que o mensalão. O que aconteceu foi que o dinheiro das companhias de ônibus, arrecadados para o PT, não estava chegando integralmente a Celso Daniel. Quando ele descobriu isso, a situação dele ficou muito difícil. Agentes da PF manipularam as fitas de Celso Daniel. A PF fez um filtro nas fitas para tirar o que talvez fosse mais grave envolvendo Gilberto Carvalho”.
Só escaparam da minuciosa queima de arquivo algumas cópias que registram diálogos desidratados dos trechos com alto teor explosivo. Ainda assim, o que se ouve escancara uma conspiração forjada para bloquear o avanço das investigações e enterrar o caso na vala dos crimes comuns. E revela a alma do bando de comparsas que, em vez de chocar-se com a execução brutal de Celso Daniel, só pensa em livrar da cadeia o companheiro Sombra ─ e livrar-se do abraço de afogado do suspeito decidido a afundar atirando. Confira os diálogos nos seis áudios:
Áudio 1: Luiz Eduardo Greenhalg diz a Gilberto Carvalho que é preciso evitar que João Francisco, um dos irmãos de Celso Daniel, “destile ressentimentos” no depoimento que se aproxima. “Pelo amor de Deus, isso é fundamental!”, inquieta-se Carvalho.
Áudio 2: Um interlocutor não identificado elogia Ivone Santana pela entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo e incentiva a viúva a repetir a performance no programa de Hebe Camargo. Alegre, a viúva informa que vai fazer o reconhecimento das roupas da vítima. Do outro lado da linha, a voz pergunta como estava vestido, afinal, “o cara”. O cara é o marido morto horas antes.
Áudio 3: À beira de um ataque de nervos, Sombra cobra de Klinger um imediata ação de resgate. Assustado com o noticiário da imprensa, exige que Gilberto Carvalho trate imediatamente de “armar alguma coisa”.
Áudio 4: Klinger diz a Sombra que Gilberto Carvalho está preocupado com o teor do iminente depoimento do companheiro acusado de ter ordenado a morte do prefeito. Sugere um encontro entre os três para combinar o que será dito. No fim da conversa, os parceiros comemoram a prisão de um suspeito.
Áudio 5: Gilberto Carvalho cumprimenta Ivone Santana pela boa performance em entrevistas e depoimentos. Carvalho acha que as declarações mudarão o rumo das investigações.
Áudio 6: A secretária de Klinger transmite a Gilberto Carvalho rumores segundo os quais a direção nacional do PT pretende manter distância do caso “para não respingar nada”. Carvalho nega e encerra o diálogo com uma observação ambígua: é nessas horas que se percebe quem são os verdadeiros amigos.
Em vez de exigir o esclarecimento da morte do amigo, Gilberto Carvalho resolveu matar as investigações no nascedouro. Por que agiu assim? Ele poderá responder também a essa pergunta na entrevista ao site de VEJA.
Em que paiz vivemos. salvo de Terremotos, tempestades, terrorismo, mas infestado de BANDIDOS DE COLARINHO BRANCO imune a todo tempo de bandidagem, só não vão escapar do Todo Poderoso, o único que sabe e pode todas as coisas, é a mão de Deus que vai bater o martelo das sentenças desses canalhas que vão arder nas profundesas do inferno.
justiça não está nem aí com Celso Daniel coisa alguma, se o perseguido não fosse o Lula eles teria arquivado tudo isso, assim como o caso wlisis Guimarães e pc Farias, isso aí é mais uma farsa, só agora quase dezoito anos esse velho fala isso?
Omi fique calado, vc sabe que o nove dedos é maior criminoso do nosso país, e não se incomoda de eliminar qualquer prova contra os crimes que ele e seu grupo cometeu, e se essa prova for gente denunciando, ai é que o fela é perigoso mesmo. O LULADRAO é perigoso preso, imagina solto.
Eu li a matéria achando que ele tinha esta fita…mas ele "disse"que entregou a Lula……haaa meus amigos….e mesmo assim, se está com esta material…pq veio entregar agora? Ninguém fez esta pergunta?
Sera que ele foi esperto em guardar uma copia dessa fita?
Já eliminaram 11 testemunhas desse crime horrendo, e esse agora, vai ser o próximo eliminado. Esses petralhas são os bandidos mais perigosos do país. Dos onze que mataram, a maioria eram comparsas
eita, se esse chegar vivo no MP finalmente vai ficar comprovado que lula mandou matar celso daniel!
Valter Samala precisa ter cuidado que isso é uma quadrilha de altíssima periculosidade.
É verdade
Essa cambada é capaz de tudo.
Obedecem cegamente ao seu líder
Se o cachaça disser vão fazer um 69 num jumento eles nem discutem vão correndo executar a ordem dada.