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Chefe da NASA afirma que Plutão é um planeta e a polêmica volta à pauta

Plutão (à direita) e sua maior lua, Caronte (à esquerda). (Foto: NASA)

Plutão deixou de ser considerado um planeta em agosto de 2006, numa decisão histórica que rende discordâncias até hoje. O hoje chamado de planeta-anão ainda tem seus defensores e, pelo visto, Jim Bridenstine, atual administrador da NASA, é um deles: durante um evento, ele declarou que “Plutão é um planeta”.

Ele disse ainda que “você pode escrever que o administrador da NASA declarou Plutão como um planeta mais uma vez”, dizendo que está “comprometido” com isso. Só que quem define o que é um planeta (ou não) não é a NASA, papel que é da União Astronômica Internacional (IAU).

De acordo com as definições da IAU em 2006, que contou com votação de 424 astrônomos, para ser considerado um planeta, o objeto precisa:

Ser esférico;

Orbitar o Sol, mas não ser satélite de outro planeta;

Não compartilhar sua órbita com nenhum outro objeto significativo,

Ter “limpado” sua órbita graças à sua ação gravitacional

Por conta deste último item, Plutão acabou rebaixado para um planeta-anão, já que, ao seu redor, há um “mar” de outros objetos, pois sua gravidade, apesar de ser forte  o suficiente para garantir seu formato esférico, não é intensa o bastante para atrair esses objetos e, assim, limpar sua órbita. E caso Plutão volte à categoria de planetas, junto com ele outros 100 objetos também seriam “promovidos”. E, de fato, vários outros objetos foram categorizados como planeta-anão após o rebaixamento de Plutão, pois apresentam exatamente as mesmas características para sua classificação.

Antes disso, não havia definições oficiais para esses objetos, o que criou problemas à medida em que outros mundos foram descobertos. Foi o que aconteceu com a descoberta de Eris: Mike Brown e sua equipe, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, descobriram o objeto que parecia ser maior do que Plutão, e se Eris entraria então na categoria de planeta-anão, Plutão também deveria estar.

Então o “problema” envolvendo objetos mais ou menos com as mesmas características de Plutão foi resolvido com o rebaixamento do até então nono planeta do Sistema Solar. Contudo, nem todo mundo concorda: além de Bridenstine, Alan Stern, líder da missão New Horizons (justamente a que estudou Plutão de pertinho em 2015), chegou a escrever na época que “a definição da IAU não é apenas impraticável e inacessível, mas tão cientificamente falha e internamente contraditória que não pode ser fortemente defendida contra alegações de negligência científica”.

Plutão segue protagonista desta polêmica, especialmente porque a missão New Horizons mostrou que ele tem uma própria atmosfera, que é rica em nitrogênio e se estende por até 1.600 km acima da superfície. Além disso, ele tem compostos orgânicos, clima, paisagens rochosas, avalanches, luas a seu redor, e pode até mesmo ter oceanos líquidos abaixo de sua superfície.

Ainda, o argumento de que “Plutão não limpou sua órbita” acaba não sendo definitivo, já que outros planetas do Sistema Solar também não o fizeram. A própria Terra sem em sua órbita diversos objetos que rodeiam o planeta, coisa que acontece também em Júpiter. Recentemente, cientistas defenderam que um planeta deveria ser definido pela IAU como um objeto que se tornou grande o suficiente para se tornar uma esfera, o que elevaria à categoria de planeta os outros mais de 100 mundos que se encontram no mesmo caso de Plutão.

Ou seja: mesmo com o chefe da NASA apoiando a ideia de transformar Plutão novamente em um planeta de acordo com nossa classificação, a briga continua, com muitos argumentos válidos dos dois lados do ringue. Até então, a IAU não mostrou sinal de recuar em sua decisão de 2006, e os partidário de Plutão também não demonstram sinais de que aceitam chamá-lo de planeta-anão. Mas, caso Plutão seja elevado novamente de categoria, talvez tenhamos que nos preparar para aprender quem são os mais de 100 objetos que poderão se tornar, oficialmente, planetas do Sistema Solar junto com ele.

CanalTech, via Science Alert

 

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  1. Não precisa Joana. O nome da banda é, na verdade Plutão Já foi Planeta. O nome continuaria valido e correto, por mais q ele volte a ser considerado um planeta

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Chefe da NASA traz realidade do impacto de asteroides contra humanidade

@Fotolia/Vadimsadovski

O chefe da NASA, Jim Bridenstine, participou da Conferência de Defesa Planetária na segunda-feira (29 de abril), alertando que as pessoas devem estar prontas para uma grande ameaça de um asteroide que pode colidir com a Terra se o nosso planeta não estiver mais protegido.

O discurso do chefe da NASA sucede o anúncio da agência espacial de condução de simulação de impacto de asteroide para identificar aspectos críticos da resposta a desastres em caso de cataclismo.

“Temos de usar os nossos sistemas, usar as nossas capacidades para obter finalmente muito mais dados, e devemos fazer isso mais rapidamente. Sabemos que os dinossauros não tinham um programa espacial. Mas nós temos, e precisamos usá-lo”, afirmou Bridenstine.

Bridenstine continuou dizendo que normalmente a ideia de um objeto interestelar gigante esmagando a Terra é recebida como um “fator de risco”, mas as pessoas não devem ter essa falsa sensação de segurança imposta de alguma forma pelos filmes de Hollywood.

“Devemos ter certeza de que as pessoas entendam que isso não é sobre Hollywood, não é sobre filmes. Trata-se, em última instância, de proteger o único planeta que conhecemos agora capaz de hospedar vida e que é o planeta Terra”, acrescentou.

O chefe da NASA relembrou o meteoro de 20 metros que explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro de 2013, a 22.500 metros acima da superfície terrestre, que caiu com um enorme trovão, soprando janelas, danificando milhares de edifícios na área e ferindo cerca de 1.500 pessoas com vidro despedaçado em sua maioria.

“Esses eventos não são raros. Eles acontecem”, afirmou. Na semana passada, a NASA anunciou união com parceiros internacionais para realizar exercícios teóricos sobre como lidar com um asteroide hipotético que se move rumo ao planeta Terra.

“Esses exercícios têm realmente nos ajudado na comunidade de defesa planetária a compreender o que os nossos colegas do lado da gestão de catástrofes precisam saber. Esse exercício vai nos ajudar a desenvolver comunicações mais eficazes entre nós e os nossos governos”, afirmou Lindley Johnson, responsável pela Defesa Planetária da NASA.

Além disso, a NASA está se preparando para a sua primeira missão de redirecionamento de asteroides por naves espaciais, designada Teste de Redirecionamento Duplo de Asteroides (DART, na sigla em inglês), que está marcada para junho de 2021.

Sputnik

 

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