O cheque falsificado no valor de R$ 49,3 milhões Fotos: Divulgação
Foi a partir do uso de luz ultravioleta que a Delegacia de Defraudações e Falsificações do Ceará (DDF-CE) confirmou a tentativa de golpe com um cheque falso de R$ 49,3 milhões em uma agência bancária no Bairro de Fátima, em Fortaleza. De acordo com o delegado Carlos Teófilo, o papel refletiu a luz UV – em um cheque verdadeiro, ela teria sido absorvida.
“A primeira coisa que vimos foi o papel, que não era o papel de segurança tradicional, que age de forma específica conforme a tecnologia UV. Mas ainda parecia muito bem feito, tinha até as ranhuras de quando a folha do cheque é destacada do bloco. Eles pecaram no papel apenas, que mais parecia uma folha de ofício um pouco mais grossa”, explicou o delegado Carlos Teófilo, responsável pelas investigações.
De acordo com Teófilo, dois homens e uma mulher foram presos em flagrante quando tentaram compensar o cheque falsificado em um banco na última terça-feira (22).Nenhum deles tinha antecedentes criminais. O alto valor – transações financeiras desse montante geralmente são feitas através de transferências – fez o gerente suspeitar do trio e acionar a Polícia Civil.
“O que parece é que eles iriam cometer um crime só e pronto, estariam com a vida garantida para sempre. Temos registsros de conversas deles com outras pessoas, combinando preço de jatinho, falando em aposentadoria e coisas do tipo”, contou o delegado.
Além do papel, foi possível identificar a clonagem do cheque por conta da assinatura falsa do gerente executivo de uma agência de São Paulo, que teria aprovado o depósito do valor. O carimbo, no entanto, seria na verdade da tesoureira do banco e os estelionatários não perceberam.
Histórico
Dois dos presos, que são pai e filha, já haviam conversado com funcionários do banco do Bairro de Fátima há duas semanas. Eles tentavam aplicar um golpe através de um contrato falso, no valor de R$1 milhão.
Segundo os depoimentos prestados, a dupla contou que a empresa deles prestaria serviços em Fortaleza para uma firma de Góias, que assinava o cheque milionário. Os golpistas apresentaram inclusive uma carteira de identidade da dona da empresa e um contrato social falsos.
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