Geral

Descoberta mostra o que pode acontecer após a morte do sol

Foto: Adam Makarenko / W. M. Keck Observatory

A descoberta de um planeta distante – semelhante a Júpiter – orbitando uma estrela morta, revela o que pode acontecer em nosso sistema solar quando o Sol morrer em cerca de 5 bilhões de anos, de acordo com uma nova pesquisa.

Esta dupla incomum foi descoberta a 6.500 anos-luz de distância, perto do centro de nossa galáxia, a Via Láctea. O emparelhamento é inesperado porque este exoplaneta gigante, gasoso com uma massa semelhante à de Júpiter, está orbitando uma anã branca.

Uma anã branca é o que resta depois que uma estrela, semelhante ao Sol, se transforma em gigante e vermelha durante a evolução da estrela.

Os gigantes vermelhos queimam seu combustível de hidrogênio e se expandem, consumindo todos os planetas próximos ao seu caminho. Depois que a estrela perde sua atmosfera, tudo o que resta é o núcleo colapsado – a anã branca. Esse remanescente, geralmente do tamanho da Terra, continua a esfriar por bilhões de anos.

Encontrar um planeta intacto orbitando uma anã branca levanta questões sobre como ele sobreviveu à evolução da estrela para uma anã branca.

Ao observar o sistema, os pesquisadores foram capazes de determinar que o planeta e a estrela se formaram na mesma época e que o planeta sobreviveu à morte da estrela. O planeta está a cerca de 2,8 UA da estrela. Uma UA, ou unidade astronômica, é a distância entre a Terra e o Sol, ou 148 milhões de quilômetros.

Anteriormente, os cientistas acreditavam que os planetas gigantes gasosos precisavam estar muito mais distantes para sobreviver à morte de uma estrela semelhante ao sol.

As descobertas de um novo estudo, publicado nesta quarta-feira (13) na revista Nature, mostram que os planetas podem sobreviver a esta fase incrivelmente violenta da evolução estelar e apoiar a teoria de que mais da metade das anãs brancas provavelmente têm planetas semelhantes orbitando-as.

“Esta evidência confirma que os planetas orbitando a uma distância grande podem continuar a existir após a morte de sua estrela”, disse Joshua Blackman, principal autor do estudo e pesquisador de pós-doutorado em astronomia na Universidade da Tasmânia, na Austrália.

“Dado que este sistema é análogo ao nosso próprio sistema solar, isso sugere que Júpiter e Saturno podem sobreviver à fase gigante vermelha do Sol, quando ele fica sem combustível nuclear e se autodestrói.”

Para ler a matéria na íntegra acesse AQUI.

Opinião dos leitores

  1. Não era melhor descobrir uma fórmula ( não é práticas assistêncialistas objetivando se perpetuarem no poder não) pra diminuírem as desigualdades econômicas e sociais entre pessoas e nações? É muita desfaçatez!

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Mundo

Nobel de economia vai para pesquisas sobre mercado de trabalho

Foto: © Divulgação / Prêmio Nobel 

Os economistas David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens ganharam o prêmio Nobel de Economia de 2021 nesta segunda-feira (11) por serem os pioneiros em “experimentos naturais” para mostrar os impactos econômicos do mundo real em áreas do setor de fast-food dos EUA à migração da Cuba da era Castro.

Ao contrário da medicina ou de outras ciências, os economistas não podem conduzir estudos clínicos rígidamente controlados. Em vez disso, os experimentos naturais usam situações da vida real para estudar os impactos no mundo, uma abordagem que se espalhou para outras ciências sociais.

“A pesquisa deles melhorou substancialmente nossa capacidade de responder às principais questões causais, o que foi de grande benefício para a sociedade”, disse Peter Fredriksson, presidente do Comitê do Prêmio de Ciências Econômicas.

Os prêmios Nobel de Economia anteriores foram dominados por instituições dos EUA e esse prêmio não foi uma exceção. Nascido no Canadá, Card atualmente trabalha na Universidade da Califórnia, Berkeley; Angrist, atua no Massachusetts Institute of Technology (MIT); e Imbens, nascido na Holanda, é pesquisador da Universidade de Stanford.

O prêmio é de 10 milhões de coroas suecas (R$ 6,32 milhões). David Card receberá a metade e a outra metade será dividida entre Joshua Angrist e Guido Imbens.

Para ler a notícia na íntegra acesse AQUI.

Opinião dos leitores

    1. Ou então para algum expert, que ficava falando, a economia a gente vê depois….kkkkkkkkk

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Mundo

Nobel de Química vai a cientistas que criaram ferramenta para construção molecular

Foto: Nobel Prize/Divulgação

A Academia Real das Ciências da Suécia anunciou nesta quarta-feira (6) os vencedores do Prêmio Nobel 2021 em Química. A dupla Benjamin List e David WC MacMillan levou o prêmio “pelo desenvolvimento de organocatálise assimétrica”, que consiste em uma ferramenta que capaz de atuar na construção molecular.

“Construir moléculas é uma arte difícil. Benjamin List e David MacMillan recebem o Prêmio Nobel de Química 2021 pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta precisa para a construção molecular: a organocatálise. Isso teve um grande impacto na pesquisa farmacêutica e tornou a química mais verde”, disse a Academia ao anunciar os vencedores.

Os cientistas laureados nesta manhã dividirão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 6,3 milhões na cotação atual. O alemão List, de 53 anos, é pesquisador vinculado ao Instituto Max-Planck, na Alemanha, e o britânico MacMillan, 53, atua na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Além do prêmio em dinheiro, eles receberão também uma medalha, com a face de Alfred Nobel, um diploma e um documento que atesta o valor do prêmio. As medalhas do Prêmio Nobel são feitas à mão em ouro reciclado de 18 quilates.

Segundo a Academia e o Comitê do Nobel, que analisaram a criação da ferramenta, trata-se de algo “engenhoso e novo”. A ferramenta tem sido usada na pesquisa de novos produtos farmacêuticos, além de tornar a Química mais verde.

De acordo com os membros do Nobel, a organocatálise se desenvolveu a uma velocidade surpreendente. “Os pesquisadores agora podem construir de forma mais eficiente qualquer coisa, desde novos produtos farmacêuticos até moléculas que podem capturar luz em células solares.”

CNN Brasil

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Mundo

Nobel de Física vai para três cientistas que estudam sistemas complexos

Foto: Reprodução/Twitter

O Prêmio Nobel de Física de 2021 foi dividido entre três cientistas que estudam sistemas complexos. Uma metade do prêmio foi concedida ao japonês Syukuro Manabe e ao alemão Klaus Hasselmann que, segundo a instituição, “estabeleceram a base de nosso conhecimento sobre o clima da Terra e como a humanidade o influencia”. A outra metade ficou com o italiano Giorgio Parisi por suas contribuições revolucionárias à teoria de materiais desordenados e processos aleatórios.

Um sistema complexo de vital importância para a humanidade é o clima da Terra. Syukuro Manabe demonstrou como o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera leva ao aumento da temperatura na superfície da Terra. Na década de 1960, ele liderou o desenvolvimento de modelos físicos do clima da Terra e foi a primeira pessoa a explorar a interação entre o balanço de radiação e o transporte vertical de massas de ar. Seu trabalho lançou as bases para o desenvolvimento dos modelos climáticos atuais.

Cerca de dez anos depois, Klaus Hasselmann criou um modelo que liga o tempo e o clima. Isso explica por que os modelos climáticos podem ser confiáveis, apesar do tempo ser mutável e caótico. Ele também desenvolveu métodos para identificar sinais específicos que os fenômenos naturais e as atividades humanas imprimem no clima. Seus métodos têm sido usados ara provar que o aumento da temperatura na atmosfera é devido às emissões humanas de dióxido de carbono.

Por volta de 1980, Giorgio Parisi descobriu padrões ocultos em materiais complexos desordenados. Suas descobertas estão entre as contribuições mais importantes para a teoria dos sistemas complexos. A partir de seus estudos, é possível entender e descrever muitos materiais e fenômenos diferentes e aparentemente inteiramente aleatórios, não apenas na física, mas também em outras áreas muito diferentes, como matemática, biologia, neurociência e aprendizado de máquina.

O prestigioso prêmio vem com uma medalha de ouro e 10 milhões de coroas suecas (mais de R$ 6,1 milhões). Metade do valor será dividida entre Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann e a outra metade ficará com Giorgio Parisi. O prêmio em dinheiro vem de uma herança deixada pelo criador do prêmio, o inventor sueco Alfred Nobel, que morreu em 1895.

Com informações de Tribuna do Norte.

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Saúde

Nobel de Medicina 2021 vai para David Julius e Ardem Patapoutian por descobertas sobre temperatura e toque

Ilustração: Niklas Elmehed

A Academia Real das Ciências da Suécia anunciou nesta segunda-feira (4) que David Julius e Ardem Patapoutian são os ganhadores do Prêmio Nobel 2021 em Medicina. Eles ganharam o prêmio por suas descobertas sobre receptores de temperatura e toque.

“Nossa capacidade de sentir o calor, o frio e o toque é essencial para a sobrevivência e sustenta nossa interação com o mundo ao nosso redor. Em nossa vida diária, consideramos essas sensações naturais, mas como os impulsos nervosos são iniciados para que a temperatura e a pressão possam ser percebidas? Esta questão foi resolvida pelos ganhadores do Prêmio Nobel deste ano”, explicou a Academia ao anunciar os laureados.

Julius tem 65 anos e nasceu em Nova York – atualmente, ele é professor da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Nascido no Líbano, Patapoutian, de 53 anos, é professor do Howard Hughes Medical Institute, em La Jolla, na Califórnia.

A Academia detalhou como os premiados chegaram aos resultados de seus estudos. “David Julius utilizou a capsaicina, um composto pungente da pimenta malagueta que induz uma sensação de queimação, para identificar um sensor nas terminações nervosas da pele que responde ao calor.”

Já Patapoutian usou células sensíveis à pressão para descobrir “uma nova classe de sensores que respondem a estímulos mecânicos na pele e órgãos internos.”

Thomas Perlmann, secretário da Assembleia do Nobel, disse durante a cerimônia que a descoberta “revela os segredos da natureza”.

“[A descoberta] explica, em nível molecular, como esses estímulos são convertidos em sinais nervosos. É uma descoberta importante e profunda.”

A Academia classificou estas descobertas como “revolucionárias” e afirmou que os estudos levaram a “atividades de pesquisa intensas, levando a um rápido aumento em nossa compreensão de como nosso sistema nervoso sente o calor, o frio e os estímulos mecânicos.”

“Os laureados identificaram elos essenciais que faltavam em nossa compreensão da complexa interação entre nossos sentidos e o meio ambiente.”

Prêmio Nobel 2021

A láurea de Medicina é a primeira a ser anunciada todos os anos. Ao longo desta semana, os prêmios nas categorias de Física, Química, Literatura e Paz serão anunciados.

A láurea de Economia será revelada na próxima segunda-feira (11).

CNN Brasil

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Saúde

Cientistas criam vacina em adesivo mais eficaz que injeção e autoaplicável


Foto: Reprodução/University of North Carolina at Chapel Hill

Cientistas da Universidade de Stanford e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos Estados Unidos, criaram uma vacina em formato de adesivo, impressa em 3D, que demonstrou oferecer maior proteção que a vacina aplicada por meio de injeção.

A inovação é composta por microagulhas impressas em 3D alinhadas em um adesivo de polímero e apenas o tempo suficiente para alcançar a pele para aplicar a vacina.

O estudo foi realizado em animais e publicado pela equipe de cientistas no Proceedings of the National Academy of Sciences. Os resultados mostraram que a resposta imune resultante do adesivo vacinal foi 10 vezes maior do que uma vacina aplicada em um músculo do braço com uma picada de agulha.

O “truque”, segundo os cientistas, é aplicar o adesivo da vacina diretamente na pele, que está cheia de células do sistema imunológico que as vacinas visam.

“Ao desenvolver esta tecnologia, esperamos estabelecer a base para um desenvolvimento global ainda mais rápido de vacinas, em doses mais baixas, de uma maneira sem dor e sem ansiedade”, disse em comunicado o principal autor do estudo e empresário em tecnologia de impressão 3D Joseph M. DeSimone, professor de medicina translacional e engenharia química na Universidade de Stanford e professor emérito da UNC-Chapel Hill.

No comunicado em que divulgaram os resultados ao público, os pesquisadores lembram que a pandemia do novo coronavírus mostrou a importância da vacinação feita em momento oportuno, mas, ao mesmo tempo, destacou obstáculos logísticos, como ter que se dirigir a um posto de imunização, necessidade de geladeira ou freezer para armazenamento, manipulação dos frascos por profissionais treinados e, por fim, injeção no braço.

“Enquanto isso, os adesivos de vacina, que incorporam microagulhas revestidas de vacina que se dissolvem na pele, podem ser enviados para qualquer lugar do mundo sem manuseio especial e as próprias pessoas podem aplicar o adesivo. Além disso, a facilidade de uso de um adesivo vacinal pode levar a taxas de vacinação mais altas”, destacaram os cientistas.

UOL

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Saúde

Aval da ciência amplia musicoterapia no tratamento do Alzheimer, autismo e até hipertensão

Foto: Pixabay

Uma complicação na hora do parto levou o recém-nascido Andrei a um quadro de paralisia parcial no cérebro e a uma internação de 41 dias. Cinco anos mais tarde, veio o diagnóstico de transtorno do espectro autista. Uma terapia intensa com musicoterapia, no entanto, o fez vencer obstáculos praticamente intransponíveis em outras condições. Andrei se desenvolveu e conquistou autonomia.

A mãe, Hélida Gmeiner, considera a musicoterapia um divisor de águas no desenvolvimento da criança, que participa de sessões da técnica desde bebê. Segundo ela, o filho é um jovem comunicativo, carismático e que tem paixão pela música. Fã de Raul Seixas, Andrei também aprendeu a se expressar por meio de paródias musicais e de batuques pelo corpo.

— Ele se expandiu, ampliou o interesse pela música e a comunicação conosco. É uma experiência maravilhosa — relata — A musicoterapia foi o que permitiu que as portas do desenvolvimento dele enquanto pessoa fossem abertas.

O caso é um exemplo do potencial da música com objetivo terapêutico. Há tempos essa relação com o bem-estar e a saúde é corroborada pela ciência, remontando, inclusive, aos tempos da Segunda Guerra Mundial, quando músicos amadores e profissionais eram contratados por hospitais para tocarem para veteranos com sequelas físicas e emocionais causadas pelos conflitos. Mas nunca foi tão difundida como agora.

Aceita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2017, por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), esse tipo de terapia não faz parte dos procedimentos permitidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão federal responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. O trabalho de inclusão do procedimento tem sido elaborado pela União Brasileira das Associações de Musicoterapia (Ubam).

— Começamos o pedido de inclusão com os pacientes com transtorno do espectro autista, já que há mais leis que garantem o atendimento da terapia para eles — explica a presidente da Ubam, Marly Chagas, professora adjunta da graduação em musicoterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ao ouvirmos uma canção, diversas áreas do cérebro são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo. Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos, por exemplo, são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros . Por meio de outros sons, o profissional lida com habilidades, como os movimentos corporais, a memória e o raciocínio.

O efeito mais contundente é estimular complexos processos cognitivos, comportamentais e motores no cérebro. A música é aliada no tratamento das mais diversas condições, como Alzheimer, Parkinson, sequelas de AVC e o próprio autismo.

— Nos últimos anos, houve um extremo avanço de pesquisas nas áreas de comportamento humano e neurociência relevantes para o funcionamento cerebral — diz o médico Marco Orsini, professsor da Universidade de Vassouras e especialista em mapeamento do cérebro.

Estudos revelaram ainda que o poder terapêutico dos sons, músicas e ruídos não se limita ao cérebro e condições clínicas. A prática pode facilitar desde a inserção social de pessoas marginalizadas, como também o fortalecimento de laços familiares, a criatividade e a expressão corporal de crianças em fase de aprendizado, além de atuar no acolhimento e recuperação de pessoas fragilizadas emocionalmente.

—Existem outras capacidades da música a serem observadas, incluindo o estabelecimento de relacionamentos sociais, como o ato de se aproximar, de se tornar pertencente — aponta Marly.

O ato de ouvir música para relaxar ou ter um boa noite de sono é comum para muitas pessoas. Novos trabalhos mostram que determinadas composições podem, inclusive, ser capazes de reduzir a pressão arterial e a frequência cardíaca.

Mozart contra epilepsia

A música mais perfeita para surtir efeitos benéficos é aquele que dá prazer. Mas uma pesquisa publicada na Scientific Reports relacionou uma composição específica de Mozart ao tratamento de pessoas epilépticas. Trata-se da sonata para dois pianos em ré maior K448.

Segundo o estudo, a música demonstrou ter um efeito tranquilizante nos 16 pacientes hospitalizados e observados. A expectativa e o fator de surpresa, acreditam os pesquisadores, podem ser fundamentais na criação de respostas emocionais positivas, causando alterações significativas em partes do cérebro associadas à emoção.

Um outro estudo, da organização britânica Mindlab, mostrou que a música “Weighless”, do grupo Marconi Union, é capaz de reduzir em até 65% as reações fisiológicas de estresse. A composição foi criada a partir da colaboração entre os músicos e terapeutas.

Os pesquisadores foram além e montaram uma playlist adaptada para o controle de episódios de ansiedade. As músicas foram eleitas a partir de uma análise das atividades cerebrais. Segundo a pesquisa, as dez músicas mais calmantes do mundo incluem Adele e Coldplay.

O Globo

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Diversos

Ciência avança para compreender como estender a longevidade para até 200 anos com qualidade de vida

Foto: Xavier Arnau/Getty Images

A vida eterna é um desejo irrefreável do ser humano. Há 2 000 anos, o imperador Qin Shi Huang, o primeiro da dinastia Qin, na China, tentou alcançar a imortalidade ao ingerir pílulas de mercúrio. Ironicamente, morreu envenenado. No século XVI, o conquistador espanhol Juan Ponce de León navegou pelos novos mundos em sucessivas expedições que buscavam a fonte da juventude. Como se sabe, ele não a encontrou. Em pleno século XXI, a ânsia para ludibriar a finitude não diminuiu. Agora, contudo, ela conta com poderosa aliada: a ciência. A busca por formas de retardar o envelhecimento representa um dos movimentos mais fascinantes da medicina. A diferença é que, ainda que estejamos longe de combater por completo os efeitos inevitáveis do relógio biológico, nunca estivemos tão perto. “A primeira pessoa a viver até 200 anos já nasceu”, assegura o pesquisador Sergey Young, autor do livro recém-lançado The Science and Technology of Growing Young (ainda sem tradução para o português), que em poucas semanas já entrou para a lista dos mais vendidos nos Estados Unidos.

Aos 49 anos (aparenta bem menos), Young — sobrenome adotado ao emigrar da Rússia para os Estados Unidos — diz ter como missão mostrar que é possível estender para patamares extraordinários a expectativa de vida de até 1 bilhão de pessoas. Ele vai além. A longevidade não seria somente um fim em si, mas estaria acompanhada do que realmente interessa: a possibilidade de humanos centenários desfrutarem a plenitude da existência. Não faria sentido, diz este gestor de recursos obcecado por pesquisas, estudos e fórmulas matemáticas que retratem de alguma maneira o prolongamento biológico, viver muito, mas mal, e ultrapassar os 100 anos sem se sentir saudável. Em sua recente obra, que levou três anos para ser concluída, Young aponta os notáveis avanços que permitiriam aos humanos chegar aos dois séculos de vida (veja o quadro). Não há no livro nenhuma informação bombástica ou fórmula milagrosa. O trabalho dele se propõe, e de forma bem-sucedida, a reunir as principais tecnologias da ciência e da medicina nesse campo.

Foto: Reprodução/Veja

As descobertas biomédicas, em especial as que estão ligadas à genética, são consideradas a principal maneira de aumentar substancialmente a longevidade. Tome-se como exemplo a terapia CAR T-Cell. De maneira simplificada, ela consiste na transferência dos genes de uma molécula para outra. Para ficar mais claro: um paciente com câncer poderia ter suas células de defesa reprogramadas. Depois de modificadas, elas são capazes de destruir alguns tipos de tumores. O inovador tratamento já está disponível na Europa e nos Estados Unidos, e provavelmente logo será adotado em escala global, evitando que milhares de vidas sejam perdidas.

A medicina regenerativa é outro fator que certamente elevará o tempo e a qualidade de vida dos humanos. Nessa área, há façanhas que até pouco tempo atrás pareciam obra de ficção científica. Recentemente, médicos britânicos deram enorme passo para curar uma forma comum de doença ocular associada à idade. Ao usar células-tronco, eles restauraram a visão de pacientes com degeneração macular. Ainda mais fantástico é o desenvolvimento de órgãos artificiais. A chamada bioimpressão em 3D permitirá, por exemplo, a produção de tecidos hepáticos em laboratório, e não é difícil imaginar o impacto que a inovação causará no prolongamento da vida. Apenas nos Estados Unidos, dezessete pessoas morrem por dia à espera de um transplante.

O livro de Young também aponta os principais entraves para viver mais. Entre eles, a ausência de uma abordagem mais preventiva do que reativa e, claro, os hábitos ruins de boa parte da população. “As doenças ligadas ao envelhecimento podem ser controladas por políticas públicas direcionadas a quatro fatores de risco: má alimentação, falta de atividade física, consumo excessivo de álcool e tabagismo”, afirma o gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil. Apesar do papel irrefutável dos bons hábitos para expandir a duração da vida, prevenção e monitoramento são, em essência, o nome do jogo. “O diagnóstico precoce é o grande segredo”, reforça Carlos André Freitas dos Santos, coordenador do Programa de Envelhecimento Ativo da Unifesp. “Nós ainda tendemos a cuidar do problema apenas depois que ele aparece.”

Os debates acerca do limite da duração da vida humana são fascinantes. A maioria esmagadora dos seres humanos está geneticamente programada para morrer antes dos 100 anos, e até pouco tempo atrás isso parecia imutável. Um estudo recente publicado na revista Nature Communications indica que podemos viver, no máximo, até 150 anos — o humano mais próximo da marca hoje é a francesa Jeanne Calment, que chegou aos 122. Outra corrente, da qual Young faz parte, sugere que é incerto o limite da longevidade, e que certamente ela se estenderá muito. Um breve passeio pela história da humanidade permite certo otimismo. Na Renascença, quem vivia até os 30 anos podia se dar por satisfeito. A melhora do saneamento básico, o desenvolvimento de remédios e vacinas, o maior cuidado com a alimentação e a prática de atividades físicas fizeram a expectativa de vida mais do que dobrar em quatro séculos, chegando, na média, perto dos 70 anos atualmente. O número de centenários no mundo também aumenta sem parar: passou de 95 000, em 1990, para mais de 450 000, hoje em dia.

O único consenso entre os especialistas é que a longevidade precisa estar conectada à qualidade de vida. No clássico da literatura As Viagens de Gulliver, escrito em 1726 pelo irlandês Jonathan Swift, os struldbrugs, como são chamados os humanos imortais, são isolados do reino para viver em um lugar amargo e sombrio. Aos 90 anos, eles esquecem o nome dos amigos. Aos 200, não conseguem sequer reconhecer a língua do próprio país. São imortais biológicos, mas morreram para o convívio social. Quem gostaria de viver uma experiência triste como essa?

O caminho às avessas foi percorrido por Benjamin Button, personagem de um conto de F. Scott Fitzgerald interpretado no cinema por Brad Pitt. Button nasce velho e morre jovem, mas nem o relógio ao contrário foi capaz de aplacar a sua angústia. Agora, a destreza científica parece encontrar um caminho promissor — ser muito velho e saudável ao mesmo tempo. Isso, claro, é formidável. Talvez o humano que viverá 200 anos esteja por aí. Quem sabe seja você.

Veja

Opinião dos leitores

  1. “A primeira pessoa a viver até 200 anos já nasceu”,

    Escuto isso desde pequeno, já nasceu, se brincar já morreu e nada. Medicina evolui a passos curtos. Bote aí mais uns 1000 anos antes de alguém conseguir viver 200 anos

  2. Quando os homens pensarem que são Deuses, o fim da humanidade será inevitável, sendo muito otimista, o planeta terra não terá mais doque 50 anos pela frente.

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Política

VÍDEO: Em CPI, Osmar Terra rejeita ser negacionista, critica isolamento e diz que “política infectou a ciência”

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que presta depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (22), rejeitou o rótulo de negacionista e disse ser favorável à vacinação para reduzir os efeitos da pandemia de coronavírus. O parlamentar declarou, porém, ser contrário às medidas de isolamento social e afirmou que a “imunidade de rebanho” pode ser positiva para contribuir para o término da pandemia no Brasil.

“Quem se infectou não se infecta de novo”, declarou Terra. Segundo ele, a chance de reinfecção pelo coronavírus é pequena. O deputado, que foi também ministro da Cidadania do governo de Jair Bolsonaro, comparou a infecção pelo vírus com as vacinas – que, em alguns casos, são produzidas com base em vírus inativos. Segundo ele, a possibilidade de imunização chega a ser superior quando há um contágio mais disseminado entre a população.

Osmar Terra, entretanto, declarou ser favorável à vacinação. “Se existisse vacina desde o início ninguém estava discutindo nada”, disse. Sua ressalva à imunização por meio das vacinas é por conta de uma suposta lentidão da vacinação em seus efeitos de escala global.

O deputado também endossou o discurso de Bolsonaro sobre a responsabilidade de estados e municípios na adoção de medidas de restrição, ao dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo federal não tem possibilidade de gerenciar medidas de restrição de circulação. Para Terra, ações como o lockdown, mal implantadas, estão entre as responsáveis pelo número de mortes do Brasil.

Veja vídeo abaixo:

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Parabéns aos governadores e prefeitos pela rápida distribuição das vacinas. Quem quiser transparêcia espere daqui a 100 anos quando abrirem a caixa preta de Pazuello

  2. Uma informação para os esquerdopatas, em abril/20 o STF determinou que os governadores e prefeitos teriam todo o.poder de controle da pandemia sem intervenção do governo federal que só ficou responsável para distribuição dos bilhões e insumos para aos estados.
    * Hospitais de campanha de milhões que não foram utilizados e desativados. Poderiam os governadores em em seus estados terem reformado os hospitais existentes.
    * Compra de respiradores em casa de vinho .
    * Respiradores emparedados.
    *Compras superfaturadas de insumos e medicamentos.
    *Desvio de dinheiro para pagar salários atrasados e despesas pendentes do estados e municípios.
    * Alguns médicos receitam tome dipirona volte para casa e só retorne se tiver falta de ar e sem forças para caminhar, lá verão que está com mais de 50% do pulmão contaminado. E aí sim, os medicamentos mesmo que a ciência não indique para o Covid-19 são eficazes.
    Nenhum esquerdopata fala destes graves problemas.

  3. Não existe o culpado pela morre de 500 mil pessoas, existem os culpados, os GENOCIDAS são o presidente, os governadores, os prefeitos os senadores, os deputados e vereadores, ainda os ministros e secretários. Porque? Nenhum quiz lançar um pacto social pelas vidas dos brasileiros, nesse pacto seria decidido medidas pra diminuir os infectados sem afetar tão danosamente a economia, que tipos de procedimentos seriam indicados para diminuir o efeito grave dos infectados, os primeiros tratamento, e os para casos graves. Tudo com uma consultoria de cientistas e especialista no assunto. Ao invés disso todos que fazem parte da política ficaram criando divergências desnessárias, pior com apoio dos prejudicados, a população de tontos, que politizaram tudo, todo esse dramático quadro aumentou sobremaneira os números de infectados e de mortos, além de destroçarem a economia. Portanto, deveríamos nessas eleições dá o troco a todos eles nas urnas, não elegendo esses que nos apunhalaram pelas costa, e vivem nas mordomias da presidência, do congresso, dos governos e das prefeituras. bando de assassinos.

  4. Cabra safado…era pra ser preso!
    Pilantra. Vagabundo.
    Por sua culpa milhares morreram…
    Verme escroto.

    1. Culpa dele não, culpa do Minto que segue negacionistas como o Terra e outros…

    2. Vai chegar ..a hora dele vai chegar ..
      No futuro será tratado pela história como Mengele…que fazia experiências com os judeus…

  5. Esse comunista arrependido deveria receber o nobel da ciência por ser tão inteligente assim e ser contra o isolamento social né!? Países como Alemanha, Reuno Unido, Israel, Itália, entre outros países com a ciência “tão atrasada” e que fizeram isolamento e até mesmo Lockdown deveriam se curvar à sapiência desse homem KKKKKK

    1. A argentina fez lockdown severo morreram quase quinhentas mil pessoas.

      Negacionista é quem não acredita em tratamento precoce, quer dizer, diz que não acredita, porque quando está acometido do COVID corre para hospital pedindo o tratamento precoce.
      BOLSONARO 2022

      CPI DO COVID NO RN.

    2. Gabriela em qual terraplana ou mundo paralelo vc vive? Na Argentina não morreram sequer 100 mil pessoas! Vc deve estar confundindo os dados: aqui no BRASIL morreram MAIS de 500 mil pessoas!!! E por cada 100 mil habitantes, o Brasil está em SEGUNDO em MAIS MORTES no planeta TERRA, perdendo apenas para o Peru, onde se usa muita ivermectina que não serve para NADA! O MINTO das rachadinhas fica prescrevendo cloroquina que não serve de NADA para covid! Só existe essa lorota de tratamento precoce em países como Cuba, Venezuela, Coreia, Peru (países esses citados como de vanguarda na saúde pelo ex ministro Pazuello) . No planeta Terra, no mundo civilizado, não há tratamento precoce! Mas diz aí , em qual terra plana vc mora?

    3. Deixa de mentir seu esquerdopata de m…! O Brasil não é o segundo em mortes por habitante! Gado comunista além de burro é mentiroso.

    4. Sidrom: O Brasil eh sim o segundo em mortes de covid por cem mil habitantes e também eh o segundo em mortes em termos absolutos mesmo sendo o quarto país em população! Deixe de comer tanto capim cloroquinado e vá pesquisar seu quadrúpede!

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Diversos

Marco histórico para a ciência potiguar: astrônomos da UFRN realizam missão observacional remota no ESO a partir de Natal

Telescópio do observatório do ESO, localizado em La Silla, no Chile. Foto: Divulgação

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) viverá um evento histórico no período de 15 a 24 deste mês de fevereiro a partir de uma missão observacional remota pioneira no European Southern Observatory (ESO) com o telescópio de 3,60m do observatório do ESO, localizado em La Silla, no deserto do Atacama, no Chile. Essa missão, que será conduzida pelos professores Izan de Castro Leão e Bruno Leonardo Canto Martins, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE), é parte de um ambicioso programa científico, iniciado em 2018, dedicado à busca por Exoplanetas orbitando estrelas que possuem cinturões de asteróides parecidos com aqueles existentes no nosso Sistema Solar.

A presença de cinturões de asteróides num sistema planetário é uma das condições fundamentais para a possível existência de atividade biológica em planetas do referido sistema, como acontece com o planeta Terra, no Sistema Solar. No nosso caso, existe um cinturão de asteróide localizado na região compreendida entre as órbitas de Marte e Júpiter, composto por bilhões de corpos sólidos de formato irregular com dimensões variando do tamanho de uma pedra a centenas de quilômetros de diâmetro, bem como por cometas. “Provavelmente a água da Terra pode ter vindo desses asteróides ou cometas que colidiram com nosso planeta ainda na sua fase de formação”, afirma o professor José Renan de Medeiros, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE).

Pesquisadores durante missão de testes com o Pente de Frequências Laser, no Observatório La Silla. Foto: Divulgação

Nesse programa científico, que conta também com a participação do professor Renan e de vários doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Física da UFRN, Izan e Bruno observaram sistematicamente uma amostra de 60 estrelas denominadas estrelas do tipo-solar por terem muitas propriedades físico-químicas similares àquelas do Sol.

Essas observações serão realizadas com o espectrômetro HARPS (High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher) instalado no telescópio de 3,60m de diâmetro do ESO, em La Silla, principal instrumento descobridor de planetas em operação. Nessas observações será utilizado também o Pente de Frequências Laser do ESO, que é um instrumento de calibração com a capacidade de aumentar significativamente a precisão do espectrômetro HARPS e, portanto, sua capacidade de detectar planetas.

Espectômetro HARPS. Foto: Divulgação

O referido Pente de Frequências Laser, primeiro dedicado à Astronomia Óptica, é resultado de uma colaboração internacional e foi construído por meio de um consórcio constituído pela UFRN, Instituto de Astrofísica de Canárias (Tenerife, Espanha), Instituto Max Planck de Óptica Quântica e o ESO.

Pente de Frequência Laser desenvolvido com participação da UFRN. Foto: Divulgação

A missão observacional remota será realizada a partir do laboratório de observações remotas do Núcleo de Astronomia Observacional e Instrumental da UFRN localizado no Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas (CCET). Tal laboratório é fruto de financiamentos recebidos da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG) da UFRN, através do programa PRINT/CAPES, da Pró-Reitoria de Pesquisas (Propesq) da UFRN e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Com UFRN

Opinião dos leitores

    1. Esquerda é ódio e agressividade.
      "Cientistas" seguidores de Fidel Castro, Che Guevara, Maduro e Lula.
      Não me refiro aos verdadeiros cientistas, mas aos esquerdistas que posam de cientistas.

  1. Parabéns a equipe de Cientistas da UFRN e em especial ao Professor Renan Medeiros motivo de orgulho para o RN.

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Saúde

Novo caso de doença próxima da varíola no Alasca intriga ciência

A e B: lesões da paciente em julho e agosto de 2015; C, D e E: imagens microscópicas do vírus — Foto: Oxford University

Autoridades do Estado americano do Alasca identificaram o segundo caso de uma doença causada por um novo vírus que pertence ao mesmo gênero daquele que causa a varíola – os Orthopoxvirus.

A origem da infecção ainda intriga pesquisadores e autoridades da área de saúde. Estima-se que ela seja transmitida por alguma espécie de roedor selvagem, mas não se sabe qual nem como.

O primeiro sintoma da paciente, diagnosticada em agosto, foi uma lesão acinzentada no braço esquerdo, cerca por um eritema (uma inflamação ruborizada da pele). Depois surgiram adenopatia (aumento dos gânglios linfáticos), dor no ombro, fadiga e febre noturna. A lesão praticamente se curou depois de seis semanas, e a área lesionada virou uma cicatriz.

A paciente não deixou o Estado nos últimos três anos, e nenhum de seus familiares próximos viajou para fora do país recentemente. Ninguém de sua família desenvolveu sintomas como ela. Não há evidências de que a doença passe de uma pessoa para outra.

A família tem dois gatos, que costumam capturar pequenos roedores no entorno da residência, mas a paciente disse não ter tido contato com nenhum desses animais mortos.

Seus filhos também costumam levar para casa carcaças de esquilos que caçam com arma de ar comprimido na região.

As autoridade de saúde também analisaram dezenas de objetos pessoais para saber se a transmissão pode ter ocorrido por contato com algo contaminado, mas nada foi encontrado.

A análise de mais de uma dezena de animais encontrados nas redondezas também não trouxe novas pistas.

Febre e fadiga

O primeiro caso dessa nova doença, batizada por virologistas de Alaskapox (alusão ao nome em inglês da varíola, Smallpox), foi descoberto em 2015.

Uma moradora da cidade de Fairbanks apareceu com uma pequena úlcera de bordas esbranquiçadas cercada por eritema, além de febre e fadiga. Foram seis meses até que a lesão chegasse ao fim.

Nenhuma das duas pacientes precisou ser hospitalizada.

Estima-se que existam diversas variações desconhecidas de poxvírus circulando entre mamíferos na América do Norte.

Não está clara ainda qual é a gravidade da doença.

Segundo pesquisadores, desde a erradicação da varíola humana (Variola virus), em 1977, foram descobertos diversos vírus do gênero Orthopoxvirus que causam infecções em humanos e animais domésticos.

A primeira vacina da história, aliás, foi desenvolvida pelo médico britânico Edward Jenner no fim do século 18 a partir do uso do vírus da varíola bovina (Cowpox virus) para gerar imunidade nas pessoas contra a varíola humana. Até ser erradicada, a varíola humana matou quase 300 milhões de pessoas no século 20, segundo estimativas.

De acordo com boletim divulgado pelo órgão de epidemiologia do Alasca, pelo que se conhece de outros poxvírus, a principal hipótese é que o Alaskapox virus circule entre uma ou mais espécies de mamíferos que vivem no interior do Estado, e que humanos são contaminados por essa zoonose apenas raramente.

Apesar da distância de cinco anos entre eles, os dois únicos casos da doença ocorreram em áreas com floresta entre o meio e o fim do verão, período do ano em que há um pico na população de mamíferos e em que os humanos passam mais tempo ao ar livre.

Por ora, segundo as autoridades, a avaliação é de que a doença tem impacto limitado na saúde pública, principalmente porque não há evidência de transmissão entre humanos.

Como a rota de transmissão não está clara, o órgão recomenda que as pessoas tomem os cuidados básicos adotados para qualquer tipo de animal selvagem: não os toque, não se aproxime, não os alimente e lave as mãos regularmente.

O alerta serve também para que médicos da região possam identificar eventuais casos da doença, e incrementem a pesquisa sobre a incidência, os fatores de risco e o espectro da doença.

Pessoas que tiverem lesões parecidas devem manter as feridas secas e cobertas e não compartilhar qualquer item com familiares até o diagnóstico completo.

G1, com BBC

Opinião dos leitores

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Saúde

Coronavírus pode ser vencido por sol forte em até 34 minutos


Foto: Cléber Mendes

Um novo estudo divulgado neste mês revela que o sol pode ser um grande aliado no combate ao covid-19. Segundo os cientistas responsáveis, a exposição aos raios solares do meio-dia pode matar o vírus que causa a doença em até 34 minutos.

A pesquisa, comandada por Jose-Luis Sagripanti e David Lytle e publicada em um jornal científico, mostrou que o sol forte é extremamente efetivo contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2) e consegue inativar até 90% da carga viral.

Por outro lado, eles ressaltaram que o inverno pode, sim, ser a fase de maior contágio do vírus , uma vez que ele consegue sobreviver por até um dia em temperaturas mais baixas, aumentando os riscos de transmissão.

Os cientistas apontaram ainda que as medidas de isolamento social , que mantiveram as pessoas dentro de casa em diversos países, pode ter causado mais prejuízos do que benefícios no combate à pandemia.

“Pessoas saudáveis que fossem expostas aos raios solares receberiam cargas virais menores, o que seria mais eficiente para criar uma resposta de imunização na população”, aponta um trecho do estudo.

Tal análise confirma estudo realizados no passado sobre a Gripe Espanhola . Em 1918 e 1919, pesquisadores apontaram que os pacientes tratados em hospitais mais abertos e que eram expostos ao sol tinham mais chances de sobrevivência e recuperação.

O Dia – IG

Opinião dos leitores

  1. Sol de meio dia, você pode are não morrer covid, mas vai ter um câncer de pele, essa pesquisa sendo verdadeira os países de clima quente não teriam problema com o viros…..

  2. Na matéria fala de estudo publicado em um jornal científico sem citar a fonte, o nome do fornal é nem ao menos o título do estudo… Vindo desse blog do BG.. Só pode ser Porcaria e fake news.. Esse BG só atrapalha a sociedade com suas matérias sujas, mentirosas e enviesadas.

  3. Mas é assim que funciona as nossas carniceiras das midiaslixo, no verão, a vitamina d do sol não tinha influência, hoje que estamos no inverno meia hora basta para matar o vírus, todas torcem para o quanto pior melhor , verifiquem, quando o número de óbitos é baixo não informam, mas quando é o contrário eles tem orgasmos quando transmitem.

  4. Só não sei pq o RJ tem tantos casos então?! Por essa ideia, o vírus não deveria ter avançado pelo Brasil, inclusive nosso estado

    1. Porque os malas dos prefeito$ e governadore$, embasados pelo $TF ordenaram que o povo ficasse em casa.

  5. Será os governantes jumentos desse país irão ler ou dar um mínimo de atenção a essa pesquisa? Acho que não, pois o que interessa para eles é que o povo adoeça, pois só assim fica mais fácil meter as mãos nos recursos públicos em benefício próprio.

  6. Sol às 12h corpo produz muita vitamina D. 10.000ui a cada 20 minutos. Muito já se falou nos benefícios dessa vitamina. Barato repor!!!!

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Saúde

Ciência tenta buscar pessoas que funcionam como superdisseminadores de coronavírus

Foto: Getty Images/BBC

A chamada superdisseminação — que é quando pacientes transmitem infecções para um grande número de pessoas — ocorre em quase todos os surtos.

Na maioria das vezes não é culpa deles, mas eles acabam tendo um impacto significativo na disseminação das doenças.

Não poderia ser diferente com o atual surto de um novo coronavírus (batizado de covid-19), que começou em dezembro na cidade chinesa de Wuhan e matou até agora mais de mil pessoas e infectou outras 40 mil.

Um dos superdisseminadores foi identificado como sendo o britânico Steve Walsh, que esteve em Cingapura a trabalho e depois foi associado à infecção de quatro pessoas no Reino Unido, cinco na França e uma na Espanha.

O que é um superdisseminador?

O termo é um tanto quanto vago, e não tem uma definição científica consolidada.

Mas trata-se do caso de um paciente que infecta significativamente mais pessoas do que o normal.

Em média, cada pessoa infectada com o novo coronavírus o transmite para duas e até três pessoas.

Mas isso é apenas uma média: algumas pessoas não passarão o vírus para ninguém, e outras, para mais de uma dezena, por exemplo.

Quão grande pode ser um episódio de superdisseminação?

(mais…)

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Diversos

Como cumprir promessas de ano novo, segundo a ciência

(Classen Rafael / EyeEm/Getty Images)

Guardar dinheiro, fazer as pazes com a balança, ler mais livros, arrumar um novo emprego, começar a fazer exercício. Qualquer pessoa que se preze carrega uma lista de resoluções de ano novo na ponta da língua – segundo um levantamento divulgado pelo Google, 55% dos brasileiros buscavam na internet por alguma meta do tipo ao final de 2017.

O problema é que tirar a vontade de mudança do papel costuma ser mais complicado do que parece. Uma pesquisa mostrou que 88% das pessoas costuma abandonar o novo hábito já em fevereiro do ano seguinte. Outro estudo, feito na Universidade de Scranton, nos EUA, foi além, cravou que só 8% de fato conseguem levar à frente suas promessas. Isso faz com que certos desejos se repitam ano após ano, sem jamais deixar o rol de metas a cumprir.

Isso acontece porque costumamos superestimar nossa capacidade de mudança. Assim, acabamos traçando metas irreais. De tão comum, a coisa ganhou nome: “síndrome da falsa esperança”, como descreve uma dupla de pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, neste artigo científico. A boa notícia é que, além de apontar o dedo para a sua incapacidade de levantar o traseiro do sofá, a ciência também tem algumas dicas para aumentar suas chances de sucesso. Vamos a elas.

Uma coisa de cada vez

Sua lista de promessas tem mais de 10 itens? Vale a pena quebrar a cabeça para reduzi-la. Como cada meta demanda boa dose de tempo e energia para vingar, acumular muitas aspirações pode significar não fazer nada direito. Uma boa pedida é simplificar as coisas, focando em uma meta só – que seja específica, e, principalmente, razoável. O que nos leva ao item 2.

Não pense tão grande – pelo menos a princípio

É melhor colocar na cabeça: “Vou correr 10 quilômetros” do que simplesmente “Vou começar a correr”, é claro. Só que, ao mesmo tempo, vale o questionamento: “Consigo mesmo correr 10 quilômetros sem morrer no processo?”. Começar com treinos mais curtos e, com o tempo, ir apertando o passo, tende a facilitar as coisas – e dar a impressão de que você está progredindo.

Facilite a execução
Autor do livro Smart Change, Art Markman ressalta a importância de tornar novos hábitos mais fáceis de serem executados e, ao mesmo tempo, dificultar hábitos antigos. Quer começar a correr após o expediente? Deixe o tênis e a roupa de academia sempre na mochila. Deseja ser menos consumista? Evite gastar tanto tempo namorando aquela lojinha on-line ou passeando pelo shopping.

Conte aos outros

Contar a um amigo ou postar nas redes sociais sobre uma resolução de ano novo é como assumir um compromisso. Isso pode servir de motivação: ao ter uma recaída na dieta ou falhar em terminar a leitura programada para o mês, você pode pensar que estará decepcionando não só a si próprio – mas também, alguém que te apoia. Um tanto dramático, talvez. Mas funciona.

Estabeleça pequenas “punições”

Rory Vaden, especialista em autodisciplina e autor do livro Take the Stairs: 7 Steps to Achieving True Success, maximiza a dica anterior ao propor algo curioso. Tenha na manga alguma punição para fazer sempre que vacilar no seu propósito. Pode ser dar um presente a alguém, passar por uma situação ridícula de propósito ou doar uma pequena quantia à caridade, por exemplo. Qualquer coisa que faça você pensar duas vezes antes de sair dos trilhos de novo.

Comemore o progresso

Estar atento às pequenas vitórias e se auto-recompensar após ter concluído uma etapa pode dar uma dose extra de motivação. É o que defende Chris Bailey, autor do livro New Year’s Resolutions Guidebook, A Life of Productivity. Conseguiu poupar mais dinheiro que o planejado para o mês? Pode ser uma boa fugir da rotina e sair para jantar em algum lugar diferente, por exemplo.

Permita-se tentar de novo

Vale lembrar, por fim, que tudo é uma questão de perspectiva. Não é como se, na virada de 2019 para 2020, algo mudasse e, num passe de mágica, você se tornasse a versão ideal de si próprio. Mas a troca de ano no calendário, de alguma maneira, nos motiva a fazer as coisas de forma diferente. A parte boa é que, por mais clichê que isso pareça, cada novo ciclo pode ser uma oportunidade para a mudança – ainda que ela dure apenas pelas primeiras semanas. Janeiro de 2021, afinal, é logo ali.

Super Interessante

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Diversos

MAIS ESSA: Como embrulhar seus presentes de Natal, de acordo com a ciência

Foto: Pixabay

A forma com que você embala seu presente de Natal influencia no quanto a pessoa que o receberá vai gostar dele. Isso é o que diz uma pesquisa recente publicada no periódico científico Society for Consumer Psychology.

“Quando recebemos um presente de um amigo, usamos o embrulho para sugerir o que o item será, o que gera expectativas”, disse Jessica Rixom, uma das pesquisadoras, em comunicado. “Se for bem embrulhado, definimos altas expectativas sobre o presente e é difícil que ele corresponda a essas expectativas.”

Cientistas realizaram três estudos diferentes. O primeiro foi feito com fãs do Miami Heat, clube de basquete norte-americano, que receberam uma camiseta do time ou uma caneca do Orlando Magic, equipe rival. Quando a embalagem estava mal feita, os voluntários não se decepcionaram tanto ao abrirem o presente e descobrirem que o presente era uma homenagem ao time rival.

Na segunda etapa, os pesquisadores utilizaram apenas imagens de um mesmo presente embalado de duas formas. Os resultados mostraram que as expectativas eram significativamente maiores para os itens bem embrulhados, se comparados aos que estavam embalados de qualquer jeito.

A terceira parte do teste consistiu testar o quanto o grau de amizade entre o presenteador e o presenteado influencia na importância da qualidade do embrulho. Após trocarem presentes entre si com amigos e estranhos, os especialistas perceberam que a qualidade da embalagem era mais importante para quem não tinha uma relação muito próxima.

Os cientistas acreditam que isso ocorre porque presentes bem embrulhados sugerem que quem o está dando veja o relacionamento com o presenteado de forma importante. Logo, isso aumenta as chances de quem está ganhando o objeto gostar do presente.

Por isso, Rixom sugere que você se empenhe na hora de embalar seus presentes —, mas só se você tiver comprado algo bacana. “Usar o embrulho para tornar um presente mais bacana pode causar o efeito contrário”, ela afirmou. “Por outro lado, pode ser sensato fazer um esforço extra presentear quem é apenas um conhecido.”

Galileu

 

Opinião dos leitores

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Diversos

Fim do mundo: as previsões da ciência para o evento

PINTURA DE JOHN MARTIN DESCREVENDO O APOCALIPSE (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)

Um dos temas que mais exercem fascínio sobre o homem é, provavelmente, o fim do mundo. Sobram explicações religiosas e científicas, e o único consenso parece ser de que ele vai acontecer em breve. Até agora ninguém acertou, é claro (e ainda bem), mas veja as previsões de cientistas para o fim do mundo:

2600

Duas semanas antes de morrer em março de 2018, aos 76 anos, o físico Stephen Hawking completou uma teoria com suas previsões para o fim do universo. Segundo ele, eventualmente tudo vai virar escuridão quando as estrelas ficarem sem energia. A Terra, porém, terá sido extinta muito antes disso, por volta de 2600, de acordo com outra teoria de Hawking. Em 2017, durante uma conferência em Pequim, ele afirmou que excesso de população e de consumo de energia vai transformar o planeta em uma grande bola de fogo daqui a poucos séculos.

2060

É a previsão feita por Isaac Newton em 1704, que usou uma série de cálculos para estipular que o mundo como conhecemos hoje deverá acabar por volta de 2060 (não antes, mas talvez um pouco depois). Mas em vez de estudar a fundo a previsão, ele usou como principal fontes profecias bíblicas.

2040

Um programa de computador desenvolvido no Massachusetts Institute of Technology (MIT) por Jay Forrester, um dos pioneiros da computação, previu que a civilização vai entrar em colapso daqui a mais ou menos duas décadas. Ele usou um modelo de sustentabilidade global para analisar o crescimento populacional e níveis de poluição até chegar ao ano do apocalipse. Veja um vídeo com uma explicação em inglês.

Dois minutos

Quer dizer, não literalmente, mas a ideia da do simbólico “Relógio do Juízo Final”, criado por cientistas da Universidade de Chicago em 1947, é mostrar o quão próximo estamos da destruição por uma guerra nuclear. No relógio, meia-noite representa o fim, e o tempo é adiantado ou atrasado conforme avanços feitos pela humanidade.

No início deste ano, após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, o relógio foi adiantado em 30 segundos, avançando para dois minutos para a meia-noite, o mais próximo que já esteve desde 1953, quando os EUA e a União Soviética testavam dispositivos termonucleares.

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Nós brasileiros, estamos livres desse tipo apocalipse, já temos o nosso particular e mais eficaz, lento e gradativo.

  2. A Inteligência profunda igual a um pires do eleitorado de BOLSOBARO me fascina. Sua sensatez e sabedoria de enxergar que coisas como está matéria fazem parte de um esquema Comunista para enganar a todos.
    A terra não é redonda, o céu não é azul vivemos dentro de uma redoma, os dinossauros NUNCA existirem e segundo a saliência de bolsonazi o problema de crianças prematuras no país é pq as mães não fazem tratamento dentário. Seu eleitorado e tão inteligente que se o mesmo disse que comer bosta e nutritivo muitos faram só pq o "mito" disse.

  3. Pra concretizar o fim do mundo, basta a maioria da população, próximo dia 07 digitar 13 e confirmar, aí não tem mais quem conserte, rsrsrsrs

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