Diversos

Cientistas apontam a melhor forma de “apagar” uma lembrança do cérebro

NO ROMANCE DE JOEL E CLEMENTINE, MEMÓRIAS APAGADAS SÃO REALIDADE (FOTO: REPRODUÇÃO / UNIVERSAL PICTURES)

É comum tentarmos deixar lembranças ruins para lá. Porém, de acordo com um novo estudo conduzido por neurocientistas do Texas, nos Estados Unidos, para esquecer uma memória, nós deveríamos justamente nos concentrarmos nela.

A pesquisa foi publicada no jornal JNeurosci. Segundo os autores dela, o ato de esquecer uma lembrança aumenta o esforço e envolvimento do cérebro com a ideia. “Um nível moderado de atividade cerebral é fundamental para esse mecanismo de esquecimento”, explica a psicóloga Tracy Wang, da Universidade do Texas, em entrevista ao portal Science Alert.

Em pesquisas anteriores, os cientistas se concentraram em analisar a atividade cerebral no córtex pré-frontal e no hipocampo, que concentra a memória do cérebro. No novo estudo, os pesquisadores decidiram observar uma outra parte do cérebro: o córtex temporal ventral.

25 adultos jovens e saudáveis foram convidados para um experimento. Nele, os participantes foram instruídos a observar rostos e cenas que lhes foram mostrados, e, depois, lembrar ou esquecer deles.

Durante o trabalho, a atividade cerebral de cada participante foi monitorada com máquinas de ressonância magnética funcional. Após observarem a atividade no córtex temporal, os cientistas notaram que o ato de tentar esquecer algo usa mais “poder cerebral” do que o ato de tentar lembrar de uma memória.

“As imagens seguidas por uma instrução de esquecimento provocaram níveis mais altos de processamento no córtex temporal ventral em comparação àquelas seguidas por uma instrução de recordação”, escreveram os autores no artigo.

Galileu

 

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Saúde

Cientistas apontam 2º paciente com HIV curado após transplante

Foto: Thinkstock

Cientistas consideram que um londrino, que está em remissão do HIV há um ano e meio, é o segundo paciente no mundo com o vírus a ser curado, 12 anos depois do primeiro, segundo veículos de imprensa dos Estados Unidos.

Divulgado na segunda-feira (4) pela revista britânica Nature, o caso é “prematuro demais” para se declarar oficialmente curado, mas os especialistas falam abertamente de “cura” em entrevistas, após um ano e meio sem tomar medicamentos anti-HIV, segundo o jornal The New York Times.

O HIV do “Paciente de Londres”, que permanece em anonimato, começou sua remissão como consequência de um transplante de medula óssea cujo objetivo era tratar o câncer que também sofria.

O caso é quase idêntico ao de Timothy Brown, conhecido nos meios médicos como “Paciente de Berlim”, que em 2007 foi o primeiro paciente declarado curado do HIV.

Nos dois casos, as cédulas ósseas que receberam vieram de doadores com um gene CCR5 disfuncional. Outros pacientes de HIV que receberam transplantes de cédulas com o gene CCR5 funcional, tiveram melhora e ficaram meses sem medicação, mas o vírus retornou.

A cura desse segundo paciente seria de vital importância, já que o “Paciente de Berlim” deixaria de ser mais um caso isolado.

“Ninguém duvidava da veracidade sobre o ‘Paciente de Berlim’, mas era um só paciente. E qual das muitas coisas que foram feitas contribuíram para a aparente cura? Não estava claro que se pudesse repetir”, disse ao jornal The Washington Post, o chefe do setor de doenças infecciosas do Hospital Brigham and Women’s, de Boston, Daniel Kuritzkes.

Embora seja improvável que os transplantes de medula óssea sejam estabelecidos como tratamento para o HIV por causa do risco que carregam, células imunes semelhantes poderiam ser usadas, dizem os especialistas.

“Isso motivará as pessoas de que a cura não é um sonho. É alcançável”, disse ao NYT a médica Annemarie Wensing, virologista do Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.

Em declarações ao jornal nova-iorquino, o “Paciente de Londres” considerou “surreal” e “arrasador” que um apenas transplante tenha lhe curado do câncer e HIV.

“Sinto-me responsável por ajudar os médicos a entender como isso aconteceu para que eles possam desenvolver a ciência”, afirmou. “Eu nunca pensei que haveria uma cura durante a minha vida”, acrescentou.

EFE

 

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