Saúde

Terceira dose de CoronaVac multiplica proteção em até cinco vezes, mostram estudos

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Uma terceira dose de CoronaVac para quem já completou o esquema vacinal contra a Covid com o produto do laboratório chinês Sinovac é eficaz para aumentar a imunidade contra o coronavírus. A conclusão está em dois estudos divulgados pelo fabricante na terça-feira e comentados pelo Instituto Butantan, parceiro na produção do imunizante no Brasil, nesta quarta-feira.

As pesquisas foram feitas na China com dois grupos de voluntários, adultos e idosos, e com dois diferentes intervalos de aplicação da terceira dose. Os artigos estão publicados na plataforma medRxiv, em forma de pré-print, ou seja, ainda sem a revisão de outros cientistas.

Em um estudo, pessoas de 18 a 59 anos tomaram a dose adicional após seis meses da conclusão do esquema normal de vacinação (com duas doses).

— E mostrou o que nós já sabemos: que com duas doses existe uma imunização e, após seis meses, se se recebe uma dose adicional, a resposta é multiplicada de três a cinco vezes — disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, durante entrevista coletiva do governo estadual de São Paulo nesta quarta.

Já no outro estudo, foi avaliada a resposta em pessoas com mais de 60 anos. Nesse grupo, a aplicação da terceira dose foi feita mais tarde, oito meses depois do esquema de duas doses estar completo.

— A resposta foi até mais substancial: foi de cinco a sete vezes superior à resposta após as duas doses — contou ainda Covas.

Segundo o diretor do Butantan, a segurança de tomar uma terceira dose também foi acompanhada nos trabalhos, e os resultados não demonstraram que haja risco em nenhum dos grupos.

— Não houve mudança do perfil de segurança da vacina, que é a vacina, neste momento, mais segura entre todas que estão sendo utilizadas — afirmou.

Para Dimas Covas, as conclusões dos estudos não determinam que uma dose adicional seja necessária neste momento para quem tomou a CoronaVac. São úteis, porém, para “preparar uma revacinação”.

— São resultados que confirmam a efetividade de uma dose adicional. Isso não quer dizer que está sendo proposta uma dose adicional. Isso depende de outros fatores, inclusive com relação ao problema da circulação de variantes. São dois estudos importantes, dois primeiros estudos a serem divulgados. Existem outras vacinas que estão realizando o mesmo tipo de estudo, mas ainda não houve divulgação.

De acordo com Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado, a aplicação de doses adicionais já está sendo planejada para o ano que vem, como uma “prerrogativa” para todos os moradores de São Paulo, “independentemente do imunizante” que tenham tomado na campanha de 2021 contra a Covid. Para isso, ele diz, a equipe da pasta tem acompanhado os resultados dos estudos nesse sentido com todos os produtos.

No final de julho, o Ministério da Saúde anunciou que encomendou um estudo para avaliar uma dose adicional de vacina para aqueles que tomaram CoronaVac. O trabalho, em parceria com a Universidade de Oxford, deve ficar pronto em novembro. A pesquisa medirá os resultados de um reforço com a própria CoronaVac e também com outros imunizantes, da Janssen, da Pfizer e da AstraZeneca, segundo anunciado pelo governo federal.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O Uruguai está usando a terceira dose da Pfizer para quem tomou as 2 primeiras da coronavac. A verdade é que muitas pessoas já foram contaminadas ou morreram depois da segunda dose da vacina da coronavac.

    1. Já o Chile, vem usando Coronavac e o números só caem. Teve um surto a cerca de 3 meses, mas foi devido ao afrouxamento das medidas restritivas mas depois que essas medidas foram endurecidas, os casos voltaram a cair. Outro exemplo, são os profissionais de saúde, os casos de infecção diminuíram bastante.

  2. Estudos de quem? Dos seus fabricantes e vendedores, interessados em faturar com esse placebo? É sério isso? Melhor tomar chá de eucalipto com limão e alho ou então uma dose de cana com limão e mel-de-abelha.

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Política

Com desconforto por causa da bolsa de colostomia, Bolsonaro só saiu de casa cinco vezes desde que recebeu alta hospitalar

Desde que teve alta do hospital, diz a Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro saiu de casa apenas cinco vezes:

– No dia 7, para votar.

– Duas vezes para gravar o horário eleitoral.

– Para participar de um evento com parlamentares eleitos pelo PSL.

– Para visitar o Bope, nesta segunda-feira.

A reportagem prossegue dizendo que, “em parte, a decisão de permanecer em casa se deve à bolsa de colostomia instalada após o atentado, que provoca desconforto e dores quando sofre esbarrões (…).

Todos os deslocamentos após o atentado têm sido feitos sob forte esquema de segurança, com carros blindados, escolta da Polícia Federal e colete à prova de bala.”

Com informações de O Antagonista e Folha de São Paulo

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