A declaração da prefeita de Natal, Micarla de Sousa, de que não haverá aumento na tarifa de ônibus em Natal não terá influência na negociação para que o fim da greve dos rodoviários. É o que garante o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão. De acordo com ele, não é o momento de se discutir tarifa e, após a greve, ele acredita que o foco deve ser o debate sobre desoneração tributária às empresas.
Durante a negociação entre rodoviários e empresários, havia o temor de que um acordo para aumento salarial dos profissionais resultado em aumento no preço das passagens para os usuários. Porém, o Seturn garante que, apesar de haver a suposta dificuldade para equilibrar as contas, o reajuste salarial não está relacionado a um aumento nas tarifas.
“(Sem o aumento) Vai ficar difícil fazer o equilíbrio, não tenha dúvida. Mas uma coisa independe da outra. O sistema só tem um agente financiador que é o usuário. Devemos ter uma discussão sobre o caso, com a possibilidade de desoneração tributária às empresas”, argumentou Augusto Maranhão.
O empresário afirmou que a carga tributária cobrada às empresas faz com que haja a necessidade de ter tarifas altas. Ele acredita que há uma injustiça, principalmente, no valor do imposto Sobre Serviços (ISS) cobrado aos transportes coletivos.
“Como é que um hotel de uma rede internacional, localizado na Via Costeira, paga o mesmo percentual de ISS de uma empresa de ônibus, que serve às pessoas mais humildes da cidade? Não vejo Justiça nisso e acredito que seja necessária uma discussão sobre o caso”, disse.
Os rodoviários cobram, entre outras coisas, o reajuste salarial de 14,3%. Após mediação no TRT, o Seturn ofereceu 8% de aumento, proposta negada pela categoria. Caso ocorra o aumento na proposta por parte do Seturn, o valor não será repassado imediatamente no valor da tarifa.
Fonte: Tribuna do Norte
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