DNA mostrou que mulher de 41 anos é filha do médico que fez inseminação. Foto: Pixabay
Um médico norte-americano do estado de Vermont está sendo processado por ter usado o próprio sêmen para fertilizar uma mulher na década de 1970, quando começaram a surgir as primeiras técnicas de inseminação artificial no país.
Segundo um processo que corre na Justiça Federal de Vermont, Barbara Gordon, 41, descobriu há dois meses que seu pai biológico era o médico John Coates III. Os pais dela não conheciam a identidade do doador.
De acordo com a imprensa local, Barbara tinha curiosidade sobre suas origens familiares e, por isso, submeteu uma amostra de seu DNA a sites de bancos de dados genéticos. O resultado mostrou que ela era descendente de Coates.
Quebra de contrato e negligência
Os pais de Barbara, Cheryl e Peter Rousseau, entraram com uma ação contra o médico e o hospital onde foi feita a inseminação, em 1977, por negligência, quebra de contrato e outras acusações.
“É tudo muito novo para eles. Eles não imaginavam que esse seria o resultado quando a filha decidiu pesquisar seu DNA”, explicou o advogado de Chery e Peter, Jerry O’Neill, em entrevista à emissora WCAX.
No processo, eles afirmam que Coates disse na época que o doador do esperma seria um estudante de Medicina, que teria pedido para não ser identificado e lembraria Peter Rousseau fisicamente. O médico nega as acusações.
Bancos de dados genéticos
Sites de armazenamento de dados genéticos têm se tornado cada vez mais comuns nos EUA. Somente no ano passado, pelo menos dois homens foram presos no país por crimes cometidos no passado, após amostras de DNA serem confrontadas com amostras em bancos de dados.
No fim de abril, a polícia da Califórnia prendeu o ‘assassino da Golden State’, que praticou dezenas de crimes durante mais de três décadas no estado.
Em junho, um homem que matou uma mulher na década de 1990 foi preso depois que uma amostra de material genético mostrou que ele estava na cena do crime.
R7
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