Foto: Giuliano Gomes/Folhapress
O delegado da Polícia Federal Felipe Hayashi, coordenador da Operação Research, afirmou que a fraude investigada pela força-tarefa na UFPR (Universidade Federal do Paraná) desviou R$ 7,5 milhões entre 2013 e 2016.
Nesta quarta-feira (15), PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União) cumpriram mandados de prisão, conduções coercitivas e ordens de busca e apreensão em três Estados. Dois servidores da UFPR e 27 supostos beneficiários do esquema foram presos.
Hayashi afirmou que os agentes estão “estarrecidos”.
— Nós estamos chocados com a grosseira fraude desvelada na presente data no âmbito da Universidade Federal do Paraná.
A operação foi batizada de Research (pesquisa, em inglês) em referência ao objeto da fraude, que eram as bolsas de pesquisa pagas pelo governo federal. Segundo as investigações, os criminosos desviavam recursos destinados a bolsas de estudo no Brasil e no exterior.
Os beneficiados, segundo a PF, eram “pessoas desprovidas de regular vínculo de professor, servidor ou aluno da Universidade Federal do Paraná”.
O delegado acrescentou que a fraude era coordenada por pessoas com cargos altos dentro da instituição.
— Nós detectamos que essa fraude decorre de instâncias que figuram em posição logo abaixo da reitoria. Foram elaborados simplórios processos de pagamento para concessão dessas bolsas. Inexiste processo administrativo apto a embasar o pagamento dessas bolsas de pesquisa. Foram elaboradas simplesmente notas de empenho e autorizações a partir da pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação da Reitoria.
A PF aponta ainda que as fraudes poderiam facilmente ser detectada por qualquer órgão de controle da universidade.
R7
Começo a imaginar os motivos da idolatria que existe dentro das Federais com o PT e seus membros superiores.