Polícia

Comissão de Saúde vai entregar ao Governador relatório sobre concursados da PM

Em pronunciamento na tarde desta quinta-feira (2) o deputado Álvaro Dias (PMDB), que preside a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, disse que ainda esta tarde, às 16h, vai à governadoria entregar documento ao governador Robinson Faria (PSD) sugerindo que seja considerado nulo o exame psicológico no concurso da Polícia Militar.

O documento tem por base o relatório do psiquiatra Ricardo Silva Oliveira que avaliou os 824 aprovados no concurso, tendo considerado todos aptos para o ingresso na Polícia Militar.

“Em seu parecer final, o psiquiatra Ricardo Silva afirma, categoricamente que na entrevista psiquiátrica todos os candidatos foram considerados aptos, exceto alguns poucos, cerca de 28, que foram considerados aptos, com ressalva, por manifestarem indícios de alteração de comportamento e ou personalidade, que podem sugerir a existência de transtorno mental ou vulnerabilidade aumentada a algum transtorno mental”, afirmou Álvaro.

Ele acrescenta que Ricardo Silva afirma que mesmo com as ressalvas das entrevistas psiquiátricas desses candidatos, por se tratar de indício, não era possível considerá-los inaptos, no momento da avaliação.

“Isso conflita com o relatório feito pela Comissão de Saúde da Polícia, que excluiu quase 80% dos aprovados no concurso. Agora temos um documento que informa que todos foram aprovados nos exames psiquiátricos. Agora temos esse documento afirmando que estão aptos a assumir os postos na Policia Militar”, concluiu Álvaro Dias.

Apartes

O deputado Albert Dickson (PROS), integrante da Comissão de Saúde, defende que os candidatos reprovados no psicoteste sejam automaticamente considerados aptos caso o governador decida anular os resultados do exame psicológico.

“Creio que a parte técnica esteja resolvida por meio desse relatório. Queremos agora que o governador tome uma decisão administrativa. Conforme acreditávamos, o relatório atesta que o teste psiquiátrico é diferente do teste psicológico, que por sua vez não estava previsto no edital original”, declarou Albert.

O deputado Getúlio Rêgo (DEM), que também faz parte da Comissão, parabenizou o trabalho realizado pelo grupo e reiterou o pedido ao governador Robinson Faria. “Chegou o momento do Governo tomar as providencias burocráticas necessárias para dar a esses jovens a oportunidade de reforçar os quadros da segurança pública do Estado e devolver a segurança à população”, disse o parlamentar.

O líder do Governo na Casa Legislativa, Fernando Mineiro (PT), declarou que “esse é o documento que precisava chegar para anular a reprovação dos candidatos e fazer valer a convocação dos concursados. A partir de agora a Procuradoria pode tomar as providências cabíveis”.

Os deputados José Dias (PSD), Souza (PHS), Márcia Maia (PSB), Gustavo Carvalho (PROS) e Carlos Augusto Maia (PTdoB) também elogiaram o trabalho promovido pela Comissão de Saúde e manifestaram apoio à matéria.

ALRN

Opinião dos leitores

  1. Quando a política sobrepoe até o bom senso , o resultado é previsível . O que os deputados irão fazer é um absurdo para o estado e para a sociedade . Quem viver verá .

  2. Por isso não avançamos, tudo converge para um viés político, de reprovados para aprovados, irresponsabilidade absurda, de nada irão somar para sociedade em menos de 10 anos estarão vários destes aposentados por algum motivo de saúde engordando a conta da previdência…

  3. Botar essa ruma de reprovados, e depois aprovados sabe-se lá como, mas sabe-se a partir de que interesses: políticos.

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Polêmica

SUPLENTES INAPTOS: Comissão de Saúde da ALRN sugere que exame psicotécnico do concurso da PM seja nulo

CCLH_KAWAAMs4wvA Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, por decisão unânime dos seus membros, encaminhou na tarde desta quinta-feira (9) ofício ao Comandante da Polícia Militar, coronel Ângelo de Azevedo Dantas, sugerindo que seja determinada a nulidade dos exames psicotécnicos, que consideraram inaptos cerca de 80% dos participantes da última etapa para incorporação no cargo de soldado da Polícia Militar.

“A preocupação maior hoje da sociedade do Rio Grande do Norte é com a segurança pública. Além de ser tido um equívoco desclassificar de forma exagerada 489 candidatos em exames psicológicos, que não estavam incluídos no edital do concurso, a Polícia Militar está necessitando aumentar o seu efetivo”, afirmou o presidente da Comissão de Saúde, deputado Álvaro Dias (PMDB), que assina o documento.

A Comissão solicita ainda a republicação do edital 0005/2015, com a reabertura do prazo recursal a partir da expedição dos respectivos laudos com a fundamentação do Código Internacional de Doenças (CID), garantindo-se o princípio da recorribilidade.

Antes da elaboração do documento, a Comissão de Saúde, que além de Álvaro tem como membros os deputados médicos Getúlio Rego (DEM) e Albert Dickson (PROS), realizou uma reunião extraordinária no plenário da Assembleia Legislativa, contando com a participação do tenente coronel Silvério Monte, presidente da comissão médica do concurso da Polícia Militar.

O oficial da PM fez uma explanação sobre os procedimentos adotados no concurso e considerou “uma temeridade não realizar o teste psicológico que faz a avaliação sobre as condições necessárias para o exercício do cargo”.

Além dos integrantes da Comissão de Saúde, participaram da reunião o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB) e os deputados Ricardo Motta (PROS), Fernando Mineiro (PT), Cristiane Dantas (PCdoB), José Adécio (DEM), Galeno Torquato (PSD) e George Soares (PR) e todos eles, de forma unânime, manifestaram apoio aos concursados.

Com informações da ALRN

Opinião dos leitores

  1. Caros leitores .. antes de ficarem falando besteiras precisam entender o que foi feito e da forma que foi. Os Concursados tem o direito a transparência dos fatos, coisa que não esta havendo no certame.

  2. Já são normalmente despreparados com laudos psicológicos 100% imaginem com essa deficiência….

  3. Bando de frouxos, deputados irresponsáveis, e despreparados. O povo quer segurança nas ruas, esse tipo de segurança nao é o que queremos: perigosos. Deviam pedir relatorio pra ver quantos desses que entram apos reprovados cometeram surtos nos ultimos concursos. Tamanho erro e desmoralizaçao da atividade de psicologo. Meramente eleitoreiro e irresponsavel essa comissao de saude da AL: fajuta. Ridiculo! Deputado agora entende mais que uma junta medica.

  4. Os nobres Deputados vão assumir a responsabilidade de botar homens armados na rua com um laudo psicológico que desancoselha está ação???

    Depois não reclamem quando Policiais causarem problemas de comportamento!!!

  5. Sou totalmente favorável a convocação dos aprovados no concurso, mas querer quem um ato administrativo anule uma das etapas do concurso é demais, o Ministério Público como guardião da ordem jurídica no país não pode deixar isso passar em branco.

  6. Analisem, exaustivamente, esse tema. Não podemos correr o risco de mandar para a rua policiais que não estejam aptos ao exercício da função, principalmente no que tange ao emocional (psíquico). Esses senhores políticos, como todos sabemos, só pensam em votos, nunca aparecem para assumir a culpa, quando acontecem tragédias provocadas por seus atos eleitoreiros. Senhor Cmt. da PM-RN: CUIDADO!!!

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