O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu nesta sexta-feira uma representação contra a campanha do “não” da Skol, após receber trinta denúncias de consumidores.
A abertura da representação acontece depois de a própria empresa ter decidido retirar a campanha, após criticas nas redes sociais por uma suposta alusão ao estupro.
Veiculada em pontos de ônibus, a campanha tinha a frase “Esqueci o ‘não’ em casa”. As críticas surgiram depois que a publicitária Pri Ferrari publicou no Facebook uma foto sua ao lado do poster com o complemento “e trouxe o nunca” pichado. A partir desse post, surgiu um movimento para estimular as pessoas a entrar com uma queixa no Conar.
Com a repercussão negativa, na quinta-feira o diretor de comunicação da Ambev, fabricante da cerveja Skol, Alexandre Loures, ligou para Ferrari para mostrar a intenção da campanha e ouvir as críticas.
Após a conversa, a empresa decidiu tirar a campanha do ar e substituí-la por uma campanha que fala de respeito no carnaval. “Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender ou passou pela nossa cabeça que pudesse haver esse entendimento. Mas temos que estar preparados para ouvir, dialogar e mudar o rumo se for preciso. Não podemos ignorar nenhuma voz da sociedade. Se 1% se sentir ofendido, temos que corrigir.”
A campanha do “não” foi substituída pelas frases “Não deu jogo. Tire o time de campo”; “Quando um não quer. O outro vai dançar”; “Tomou bota? Vai atrás do trio.”, seguidas da assinatura: “Neste carnaval, respeite”.
Folha Press
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