Judiciário

Mudança no STF vai consolidar “poder” de Bolsonaro

O ministro Celso de Mello deixa o Supremo no ano que vem. Foto: Carlos Moura/SCO/STF – 7.11.2019

Anote aí: no dia primeiro de novembro de 2020 Bolsonaro, finalmente, vai assumir de fato o comando da nação. Depois de quase intermináveis 30 anos de bons e maus serviços prestados ao país, o decano Celso de Mello, vai ser obrigado a abandonar uma das 11 cadeiras supremas do STF. Assim, o 5 a 6 de hoje pode virar o 6 a 5 de um Brasil renovado, mais apropriado aos gritos das ruas.

Os tempos andam estranhos, como gosta de reforçar o ministro Marco Aurélio de Mello, e nestes tempos estranhos o STF tem tido um protagonismo absurdo em relação ao Executivo e ao Legislativo, para desespero do cidadão comum que achou que o seu voto poderia rachar a velha ordem.

As últimas decisões do Supremo mostraram que isso não será tarefa fácil. Bolsonaro, no entanto tem duas oportunidades de ouro para fazer valer as ideias e propostas que o levaram ao Palácio do Planalto. Além de Celso de Mello, ele também vai escolher o sucessor de Marco Aurélio em 12 de julho de 2021. O placar pode, então, virar um confortável 7 a 4 para os que reclamam por um Brasil menos corrupto.

Ah! Mas o Senado precisa aprovar os indicados. Ok. Só que os senadores sempre chancelam os nomes escolhidos. O máximo que pode acontecer é algum deles passar pelo constrangimento de tropeçar no saber jurídico, como aconteceu com Rosa Weber, massacrada pelo ex-senador Demóstenes Torres.

Erra quem vê o cenário atual como uma corrida de 100 metros. Está mais para uma maratona. Nos próximos dias e semanas muita espuma ainda será produzida no quintal petista. Passado o assanhamento pela soltura de Lula, a caneta vai continuar com Bolsonaro, e cabe aqui um lembrete importante: se reeleito, ele ainda poderá nomear os sucessores de Lewandowski (11 de maio de 2023) e Rosa Weber (02 de outubro de 2023).

Domingos Fraga – R7

Opinião dos leitores

  1. É um tremendo absurdo que o Presidente da República, seja ele quem for, tenha o poder de indicar membros do STF.

  2. O Bozo é passageiro o povo vai tirá-lo. Assim como tirou outro s. O STF. Não é partido político.

  3. "Assim, o 5 a 6 de hoje pode virar o 6 a 5 de um Brasil renovado, mais apropriado aos gritos das ruas".
    Pensei que eles tinham que cumprir a Constituição e não os 'gritos da rua'…

  4. BG
    Esse BENGALEIRO prolixo, esta fazendo muito mal ao País, precisa sair o quanto antes, além de outros tipo lewandosk e Gilmar Mendes

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