Judiciário

PT e PSOL vão recorrer contra decreto sobre posse de armas

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O PT e o PSOL vão contestar o decreto assinado neta terça-feira (15) por Jair Bolsonaro, que facilita a posse de armas para os brasileiros. Paulo Pimenta, deputado federal e líder do PT na Câmara Federal, informou que o partido vai ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal.

O deputado também declarou que apresentará uma proposta de Decreto Legislativo para “sustar os efeitos” da medida do governo.

Já a bancada do PSOL vai apresentar Projeto de Decreto Legislativo (PDC) para sustar os pontos que flexibilizam o Estatuto do Desarmamento.

Além disso, o PSOL vai protocolar Requerimento endereçado ao Ministro da Justiça, solicitando informações e dados que justificaram a edição do decreto.

“O PT é frontalmente contrário a esse decreto. Vamos ao Judiciário para entrar com uma Adin. Também vamos propor um Decreto Legislativo porque acreditamos que a medida extrapola os limites da competência do Executivo, estipulados pela lei. O decreto das armas invade a competência do Poder Legislativo”, acrescentou Pimenta.

O líder do PT destacou que, com a autorização de portar armas no ambiente de trabalho, a violência aumentará. “Tem um artigo do decreto que autoriza a compra e posse de armas em estabelecimento comercial. O cidadão poderá ter arma no local de trabalho, desde que ele seja o proprietário. O taxista e o motorista de Uber têm nos carros os seus locais de trabalho. Então, imagina vocês que tem filho jovem, que sai para se divertir. Como você vai se sentir em saber que ele pode pegar um Uber e o motorista vai estar armado?”, critica o deputado.

Índices de violência – (Nota PSOL)

O decreto publicado pelo governo Bolsonaro contribuirá para o aumento da quantidade de armas de fogo em circulação no nosso país, ignorando todos os dados que demonstram que a medida aumentará os índices de violência, diz nota do PSOL.

Outro aspecto levantado por especialistas, de acordo com o comunicado, é a possibilidade de acidentes envolvendo crianças e adolescentes, os homicídios por motivos fúteis e por conflitos interpessoais e familiares variados.

O decreto presidencial assinado hoje é uma falsa solução para os problemas da violência no Brasil e não avança em medidas necessárias para fortalecer o controle e fiscalização de armas e munições, acrescenta a nota.

O PSOL na Câmara reafirma seu compromisso com o enfrentamento à epidemia de violência que acomete o Brasil. Isso exige, na contramão do decreto de Bolsonaro e Sérgio Moro, o fortalecimento do controle de armas e munições, para combater o tráfico de armas e ampliar a capacidade de investigação de crimes perpetrados, completou.

Revista Fórum, com informações da Agência PT de Notícias e do site do PSOL

Opinião dos leitores

  1. Sempre defendendo bandidos e mau caráter. país armado as pessoas respeitam mais as outras, não sabem o que pode vir caso desrespeitem o próximo.

    1. Você deve ser muito respeitável mesmo, precisa de uma arma pra garantir respeito.

  2. BG
    Esses CANALHAS não servem nem pra estrumo, deixaram a população a MERCÊ dos BANDIDOS e ficam fazendo pantim. Tenham vergonha na cara.

  3. Justo eles serem contra ….até porque LADRAO TEM QUE ESTAR ARMADO ,os reais ladroes esses sim estão armados ou na cadeia ..como o PTralha luladrao

  4. PArtidos que nao representam o que a maioria da populacao ja pediu no referendo e o PT fez ao contrario. nessa eleicao novamente foi pedido, e estao usando de interpretacoes equivocadas e sem fundamentos em numeros. Vivem numa utopia, fora da realidade… 63 mil mortes por ano… bandidos de metralhadoras nas ruas.. populacao sem defesa.. o decreto nao obriga ninguem a ter direito de defesa, apenas oferece opcao a quem desejar por conta e risco.

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Diversos

Vários artistas de Cuba são detidos antes de protesto contra decreto que censura cultura

Tania Bruguera protestou contra decreto de governo de Cuba no Facebook Foto: Reprodução/Facebook

Vários artistas foram detidos em Havana ao tentarem organizar um protesto contra um novo decreto que, segundo eles, arrisca restringir a criatividade e aumentar a censura da cultura em Cuba. Tania Bruguera, a mais conhecida do grupo, foi pega por agentes ao sair de casa pela manhã de segunda-feira. Segundo a mãe da especialista em performances, Argelia Fernández, a detenção ocorreu antes de a filha ir ao Ministério da Cultura do país, local marcado para a manifestação.

Publicado em julho, o texto proíbe artistas, sejam eles músicos ou pintores, de “oferecer os seus serviços” em espaços públicos, incluindo casas de espetáculo privadas, sem autorização governamental. Tania, que já havia sido detida no passado por criticar publicamente o governo socialista, foi liberada na noite de segunda-feira, segundo Fernández. A artista decidiu ir direto para o ministério em protesto contra a detenção de colegas.

“Tudo o que posso fazer é mostrar solidariedade”, escreveu Bruguera no Facebook ao posar para um foto com uma camisa de estampa: “Não ao Decreto 349”. “Se me detiverem, entrarei em greve de fome e sede.”

A artista foi detida novamente na noite do mesmo dia, segundo Iris Ruiz, atriz e coordenadora da campanha contra o decreto, um dos primeiros textos legislativos a serem assinados pelo sucessor de Raúl Castro no comando de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que assumiu o poder em abril.

“À noite Tania publicava esta mensagem. Pouco tempo depois, era presa por policiais a poucos passos do Ministério da Cultura de Cuba. Não sabemos onde (ela) se encontra. Começam a passar reportagens na televisão nacional a 72 horas de implantar como lei o Decreto 349 e, da mesma maneira, começam os atos difamatórios contra os artistas que discutem esse decreto. Seguem sem dialogar e seguem os artistas presos”, lê-se em publicação na rede social de Tania.

Fernández destacou à agência Reuters que não tem meios de localizar a filha porque seu celular parece ter sido bloqueado pela segurança estatal. Detenções breves são respostas padrão para protestos de rua de oposicionistas em um país que desaprova a dissidência pública e vê os dissidentes como mercenários movidos pelos Estados Unidos para subverter o governo.

O Decreto 349 deve entrar em vigor na sexta-feira. Com isso, manifestantes decidiram intensificar a campanha com protestos a semana toda nos degraus do Ministério da Cultura. O movimento inclui leituras de poesia e performances.

A lei atualiza um decreto anterior às reformas promovidas pelo ex-presidente Raúl Castro em 2010, que exigia autorização apenas para espaços geridos pelo Estado. Desde então, o governo tolerou que artistas apresentassem seus trabalhos de forma autônoma em espaços privados, como parte de uma reforma econômica, política e social mais ampla. A maior independência dos artistas cubanos, sustentada também por um acesso maior à internet e à liberdade para viajar, levou a um florescimento cultural. Estúdios musicais independentes e galerias de arte prosperaram.

Segundo a atriz Iris Ruiz, seu marido, o poeta Amaury Pacheco, e outro artista foram detidos ao chegarem juntos ao ministério na manhã de segunda-feira. Três outros colegas que também se encaminharam ao local, como o líder do movimento Luis Manuel Otero Alcantara, não foram localizados. A suspeita de Ruiz é de que tenham sido detidos. O celular de Otero Alcantara só dá desligado.

Embora poucos artistas cubanos tenham se mobilizado publicamente contra o decreto, o desconforto com a medida do governo é ampla na comunidade criativa da ilha e entre diplomatas de países ocidentais em Havana. A Anistia Internacional classificou o projeto como “perspectiva distópica” para a classe artística cubana.

A autonomia de artistas na era Raúl Castro também tornou mais difícil para o regime garantir que os criativos pagassem impostos — muitos não o fazem — e controlar o setor cultural. As autoridades de Cuba insistem que o decreto visa a prevenir evasão fiscal e circulação do que considerarem ser cultura de mau gosto. Para o governo, o debate sobre o decreto foi manipulado por contrarrevolucionários. Alguns expositores temem que não consigam obter aprovação estatal em razão das exigências burocráticas, o que pode impossibilitar o seu próprio meio de sustento. Outros estão convencidos de que serão silenciá-los.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Falou em Cuba os Minions ficam ouriçados, mas quando o Mico deles fala q vai acabar com o Minc, perseguir /eliminar esquerditas, os hipócritas aplaudem.
    Esse povo é pura contradição e mau caratismo.

  2. Cadê as viuvinhas do presidiário de nove dedos?? Não vejo uma postagem desses vagabundos nessa notocia.

  3. Deveriam ir morar nessa democracia: Chico Buarque, Caetano Veloso, José de Abreu e todos os outros artistas que apoiam o PT. É muito fácil bancar o esquerdista morando no Brasil e tendo todas as mordomias possíveis. Esquerda fajuta que apoia as ditaduras pelo mundo.

  4. E aí Chico Buarque, Caetano, Gil, Marieta severo, Tico? Se pedirem a devolução da lei Rouanet e censurar vocês? Cabeças de bagres!

  5. Isso aí era o que o PT queria trazer para o Brasil, trazido com os modelos da Venezuela, Colômbia, Cuba e outros países socialistas…. Os brasileiros merecem tal mordaça e privação de liberdade?

    1. Devem achar normal, se veio de Cuba tudo bem.
      Hipócritas!

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Polêmica

Oposição vai ao STF contra decreto que condiciona verba a manobra fiscal

A oposição decidiu recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o decreto da presidente Dilma Rousseff que condiciona o aumento da liberação de verba destinada a redutos políticos dos congressistas à aprovação da manobra fiscal que permite ao governo fechar suas contas neste ano.

Na ação, o DEM vai argumentar que, ao estabelecer a vinculação entre a autorização do recurso e a votação no Congresso, a norma carrega um “desvio de finalidade”, uma vez que o decreto que deveria regulamentar uma lei está sendo usado para pressionar a aprovação de uma norma ainda inexistente.

LIBERAÇÃO DE VERBAS

Para tentar aprovar a manobra, o governo acenou aos congressistas a liberação de R$ 444 milhões para obras e investimentos em seus redutos eleitorais. A promessa da verba foi inserida em decreto assinado por Dilma na sexta (28) para desbloquear R$ 10,032 bilhões do Orçamento de 2014.

Publicado no “Diário Oficial da União”, o texto explicita que o pagamento só será autorizado se deputados e senadores aprovarem o projeto de lei que permite ao governo descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública em 2014, o chamado superavit primário. O decreto foi revelado nesta segunda-feira (1º) pela Folha de S.Paulo.

De janeiro a outubro, as contas públicas acumularam um deficit de R$ 11,6 bilhões.

‘ABUSOS’

“O STF não fechará os olhos pra esse abuso de direito que está sendo praticado pela presidente. Se o PLN 36 [manobra fiscal] tivesse sido aprovado e Dilma baixasse o decreto, serial algo questionável, mas dentro da lei. Agora baixar decreto sem existir lei, é no mínimo inconstitucional”, afirmou o líder da oposição no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (GO).

Para o congressista, o Planalto faz chantagem com o Legislativo. “É o balcão de negócios a todo vapor. Para o alto clero governista, Dilma distribui ministérios. Para o seu baixo clero, compra apoio por meio de emendas parlamentares. É de uma promiscuidade ímpar. Dilma dissolve e prostitui o Congresso Nacional. Não vamos aceitar esse mercado persa”, completou o oposicionista.

O Congresso se reúne nesta terça (2) para tentar novamente votar a matéria, o que só poderá ocorrer após a análise de dois vetos presidenciais a outros projetos. Nas últimas semanas, o Planalto tem enfrentado dificuldades impostas pelos próprios aliados para avançar o projeto.

APELO DE DILMA

Em reunião na noite desta segunda (1º) com os líderes dos partidos aliados, Dilma Rousseff também fez um apelo pessoal e disse, segundo relatos, que o fracasso da medida pode gerar desemprego, diminuição da renda, recessão e bloqueio de repasses a Estados e municípios.

A principal insatisfação da base é com o rumo da reforma ministerial. Há ameaça de rebelião nas bancadas do PMDB, do PP, do PR e do Pros.

Com a mudança no decreto, as emendas individuais, um dos principais capitais eleitorais dos políticos, somarão R$ 6,9 bilhões. Em fevereiro, elas tinham sido restritas a R$ 6,4 bilhões.

Os outros R$ 9,6 bilhões do texto serão destinados a investimentos e custeio em áreas como saúde e educação.

O ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) nega que o decreto seja instrumento de pressão sobre os aliados. Ele diz que as emendas foram inseridas porque neste ano o governo tem obrigação de liberar os recursos.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Cada vez mais esse país se mostra sem rumo e sem lei. Sempre os poderosos se dão bem nessa casa da mãe Joana. Gastam como quer ai depois dizem: vamos mudar a lei e pronto. Os políticos são um espelho da população. Enquanto o povo não mudar ficaremos nessa pindaiba e veremos essas poucas vergonhas por parte do governo.

  2. SERÁ QUE A POPULAÇÃO BRASILEIRA QUERIA TANTO ASSIM MUDAR?
    O último processo eleitoral brasileiro foi marcado pela continuidade. A maioria absoluta dos deputados federais e estaduais reelegeu-se. Metade dos senadores em fim de mandato alcançou o objetivo. Dos dezoito governadores que tentaram permanecer no cargo, onze conseguiram. Oitenta milhões de votantes endossaram a polarização entre PT e PSDB, rejeitando as candidaturas presidenciais alternativas. Cerca de 54 milhões optaram depois pela via situacionista, dando-lhe a quarta vitória seguida.
    Os resultados frustraram as expectativas de renovação acima das médias históricas e, principalmente, de uma derrota do governo federal. Isso aconteceu porque o ímpeto de mudança que teria dominado o país era mais um desejo dos comentaristas do que um diagnóstico preciso. Em outras palavras, a perspectiva de transformação do cenário político baseou-se na projeção de anseios setorizados e teve natureza essencialmente propagandística.
    QUEM REALMENTE DESEJA MUDAR AS BASES ECONÔMICAS E SOCIAIS DE UMA SOCIEDADE DIVIDIDA EM CLASSES E QUE A CONCENTRAÇÃO DE RENDA É CRUEL NO TOPO DA PIRÂMIDE (ESPECULADORES DA BOLSA E CAPITAL FINANCEIRO INTERNACIONAL)?

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