Política

Defesa da Precisa reúne documentos e aponta contradições de Luís Miranda sobre Covaxin

Foto: Vishal Bhatnagar/NurPhoto via Getty Images

A defesa da Precisa Medicamentos, que atuou na venda da Covaxin ao governo federal, reuniu novos materiais que apontam contradições do deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre os documentos que ele teria apresentado ao presidente Jair Bolsonaro como prova de irregularidades na contratação da vacina indiana.

Os advogados do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa, avaliam apresentar os novos elementos à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal no Distrito Federal, que abriram investigações sobre a aquisição da Covaxin.

A compra do imunizante produzido pela Bharat Biotech é um dos principais focos da CPI da Pandemia e o ponto central do inquérito instaurado no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar eventual crime de prevaricação pelo presidente.

No domingo (4), o deputado afirmou em vídeo em suas redes sociais que, no encontro que teria tido com Bolsonaro no dia 20 de março, o presidente não chegou a olhar os documentos apresentados por ele e pelo irmão, e pelo servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda. Segundo o parlamentar, Bolsonaro somente verificou matérias publicadas na imprensa sobre o grupo empresarial contratado pela pasta para o fornecimento da vacina.

A mudança no discurso de Luís Miranda acontece depois de o empresário Francisco Maximiano enviar, na semana passada, documentos e um vídeo à CPI da Pandemia, na qual acusa o deputado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito. Como antecipou a CNN, o dono da Precisa informou ao colegiado que os irmãos Miranda não teriam como ter levado a invoice a Bolsonaro em 20 de março, porque o documento só foi enviado ao Ministério da Saúde dois dias depois, em 22 de março.

“Eu não vou defender se a invoice estava ou não estava conosco quando levamos [os documentos] para o presidente. É desnecessário. Se alguém perguntar pra gente, a gente vai dizer assim: ‘Levamos os documentos que estavam na pasta’. Até porque o presidente não olhou nada disso. O presidente focou nas matérias que já falavam quem era esse grupo econômico”, afirmou Miranda, em referência a reportagens publicadas na imprensa sobre outras situações de supostas irregularidades envolvendo a Precisa e outra empresa de Maximiano, a Global Gestão em Saúde.

À CPI, Luís Miranda havia dito que ele e o irmão tinham levado a invoice ao presidente no dia 20 de março.

“Apresentamos pra ele [Bolsonaro] a LI [Licença de Importação], no caso, a LI, não, uma invoice, que até aquele momento era a invoice que queriam que assinasse”, afirmou o deputado no depoimento.

No vídeo publicado no domingo, Luís Miranda também apresenta uma versão que não foi passada aos senadores durante o depoimento. Depois que Francisco Maxiamo disse que nunca colocou o invoice dentro de um link dropbox, como havia dito o irmão do deputado, agora Luís Miranda diz que, na verdade, o documento foi colocado em pen drive no sábado, antes do encontro com Bolsonaro.

“Eles [a Precisa] encaminharam um pen-drive na manhã de sábado com todos os documentos. É o que eu fiquei sabendo, hein, Max?”, diz o deputado no vídeo, em referência a Maximiano, que também é chamado por Miranda de “mau caráter, mentiroso e sociopata”.

CNN Brasil

 

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Jornalismo

As constradições do Governo Rosalba

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte é mestre em contradições – para não usar a palavra que começa em MEN e termina em TIR. Em 18 de agosto, o Tribunal de Justiça determinou a convocação dos 509 policiais civis aprovados no concurso realizado de 2009. O prazo para a posse foi firmado em dia 22 do mesmo mês. Passados mais de trinta dias da determinação judicial, que se deixe claro, nada foi feito. Os concursados ficaram apenas com uma promessa vazia.

Enquanto isso, e de forma arbitrária, o secretário de segurança do Estado, Aldair Rocha, anunciou ontem que vai promover em 2012 um concurso público para 500 novos policiais militares.  O concurso é necessário, claro, mas fica a questão: por que os policiais civis, que até já passaram pelo curso de formação, ainda não estão trabalhando?

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. É o pior governo que já vi em toda a história do RN. A política de segurança pública é uma maquiagem barata, um governo que não investe em uma Polícia Investigativa, muitas cidades não tem Delegados e os que tem já estão cansados, pois não tem como levar esse estado nas costas.

  2. POLICIA CIVIL investiga os CORRUPTOS! 1 Ano sem investir em nada TEM MUITO TRABALHO p os novos POLICIAIS CIVIS no quesito USO DA VERBA PÚBLICA!

  3. O Governo vem fazendo uma política do "economiza" na Seg. Púb.

    Desvia funções dos policiais civis q sai mais barato, investigar custa bem mais caro, daí colocam eles pra cuidarem de presos (ajudando a falida Sejuc) e preenchendo malditos B.Os (qse sem custo algum).

    Vamos ficar de olhos abertos e mostrar a população a verdade.

  4. Esse GESgoverno de  Rosalba (feudo) dos Rosados é o pior governo nos ultimos 30 anos… mentiroso, arrogante, sem palavra e tange os servidores como se fossem meros animais…  sem o menor valor. As eleições tão chegando, te cuida Rosa.

  5. Vamos todos nós fazer greve também .. greve de pagar impostos .. ninguém paga nada por alguns meses .. aí eu quero ver político sair correndo pra tudo quanto é canto pra resolver os problemas, tendo em vista que o seu salário (será que podemos chamar de salário estes desvios todos ??) estará comprometido.

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