Saúde

Por coronavírus, Copacabana Palace fecha pela primeira vez em quase 100 anos

Foto: Fábio Motta/AE

Pela primeira vez em praticamente um século de existência, o Copacabana Palace está fechando suas portas a partir desta sexta-feira, 10, até pelo menos o fim de maio. O icônico hotel na Avenida Atlântica foi um dos últimos grandes símbolos da cidade do Rio de Janeiro a sucumbir à pandemia do novo coronavírus, depois de Corcovado, Pão de Açúcar e Maracanã, além de vários outros hotéis famosos.

Testemunha dos mais importantes momentos históricos dos últimos 97 anos, o hotel se manteve aberto e recebendo hóspedes durante a Revolução de 30, a Segunda Guerra Mundial, o suicídio de Getúlio Vargas, o Golpe Militar de 64, entre tantos outros momentos conturbados do País. Mas, diante da epidemia da covid-19 que golpeou fortemente o setor do turismo, foi necessário suspender as atividades.

Para a manutenção do prédio, da famosa piscina, dos três restaurantes e dos 239 quartos, uma equipe reduzida de funcionários seguirá trabalhando lá dentro. Até porque o Copacabana Palace conta com dois moradores permanentes, o cantor e compositor Jorge Ben Jor, e a diretora-geral do grupo Belmond no Brasil, Andrea Natal, responsável pela administração do hotel. Os últimos hóspedes temporários deixaram o Copa na última segunda-feira, quando uma grade foi colocada em torno de todo o prédio.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), pelo menos 60 hotéis já tinham interrompido suas atividades na cidade, entre eles o Fasano, em Ipanema, o Sheraton Grand Rio, no Leblon, o Windsor Copacabana, no Leme, e Grand Hyatt, na Barra da Tijuca. Em balanço divulgado na última segunda-feira, a ABIH informou que a oferta de quartos na cidade caiu de 54 mil para cerca de 20 mil.

A taxa de ocupação dos hotéis que se mantiveram abertos é inferior a 5% e consiste basicamente em profissionais de saúde que querem se manter longe da família, idosos que precisam de isolamento e profissionais que precisam passar pela cidade a trabalho. De acordo com a Organização Mundial de Turismo, o setor foi um dos mais atingidos pela epidemia. A projeção para todo o ano e de que o fluxo de turistas sofra uma queda de 30% – o que equivale a uma perda de US$ 300 bilhões a US$ 450 bilhões.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

    1. Kkkkkkk. Não tenho cacife Lara isso Silva . Bem que gostaria .

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Diversos

Liminar suspende mudança de nome do Copacabana Palace

Uma liminar da 9ª Vara de Fazenda do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a mudança do nome do Hotel Copacabana Palace para Belmond Copacabana Palace, que estava marcada para 10 de março. Publicada ontem (6), a decisão da juíza obriga a Orient Express, grupo dono do hotel, a manter o nome original até o fim da ação impetrada pelo empresário Omar Resende Peres Filho. Caso desrespeite a decisão, o grupo será multado em R$ 500 mil.

Ao deferir o pedido de liminar, a juíza Gisele Guida de Faria considerou que o nome do hotel faz parte dos bens imateriais protegidos pelo tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“Com efeito, não se trata apenas de tombamento do imóvel, mas sim, de todo o conjunto de bens materiais e características imateriais que integram o patrimônio histórico e cultural denominado e conhecido por Hotel Copacabana Palace. Nesse diapasão, a pretendida alteração do nome descaracterizará o patrimônio protegido, fazendo com que se percam os valores histórico, social e cultural que justificaram a intervenção estatal para a sua preservação”, escreveu.

A publicação intima o governo do estado e a prefeitura do Rio a se manifestarem. Ambos são réus no processo ao lado da Orient Express. O Iphan também foi intimado para dizer se tem interesse no processo.

Procurado na manhã de hoje (6), o grupo Orient Express informou que ainda não foi notificado e, por isso, prefere não se manifestar. A mudança de nome está mantida até que a empresa seja oficialmente comunicada e faz parte de uma campanha de marketing internacional promovida pela Orient Express, que vai incluir o nome Belmond em seus hotéis, safáris e cruzeiros fluviais.

Agência Brasil

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