EUA, China e Singapura relatam casos de infecções prolongadas; presença do vírus não significa, necessariamente, que a pessoa continue contagiosa; por precaução, Wuhan dobra período de isolamento de infectados
Se você for infectado pelo novo coronavírus, deve se isolar por 14 dias, até que ele desapareça do seu organismo e você deixe de representar um risco às outras pessoas. Essa tem sido a recomendação das autoridades de saúde. Mas um conjunto de casos registrados em quatro países, e pelo menos três estudos científicos, indicam que nem sempre esse período é suficiente para que o SARS-CoV-2 seja totalmente eliminado.
O maior desses trabalhos, feito por cientistas chineses e publicado no jornal científico Lancet, acompanhou 171 pacientes de Covid-19, dos quais 53 morreram no hospital e 118 tiveram alta. Em média, o vírus permaneceu no organismo dos pacientes por 20 dias a partir do diagnóstico, mas também houve ciclos bem mais longos: uma das pessoas monitoradas pelos pesquisadores carregou o SARS-CoV-2 por 37 dias.
Isso confirma casos como o do executivo Charles Pignal, que foi internado com Covid-19 no Centro Nacional de Doenças Infecciosas de Singapura – e testou positivo para o vírus durante 39 dias. Ele deixou de apresentar sintomas já nos primeiros dias de internação, mas o SARS-CoV-2 permaneceu em seu organismo por mais cinco semanas.
Um segundo estudo, também publicado no Lancet, confirmou essa possibilidade: 30% dos pacientes apresentaram carga viral por mais de 20 dias, e um deles só se livrou do coronavírus 25 dias após o diagnóstico. São casos parecidos com o do americano Carl Goldman, que estava no cruzeiro Diamond Express, onde dezenas de passageiros foram infectados, e levou 29 dias para eliminar o coronavírus do organismo.
A agência de notícias Reuters obteve relatos, com médicos chineses, de pacientes que continuam a testar positivo por 50, 60 e até 70 dias após o diagnóstico. A Reuters também teve acesso a um centro de quarentena em Wuhan, onde portadores do SARS-CoV-2 estão sendo mantidos por no mínimo 28 dias – o dobro do período de isolamento adotado pela maioria dos países. As pessoas só podem sair depois de cumprir esse período e dar resultado negativo em dois testes consecutivos.
Essa cautela tem sido tomada porque, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, muitos pacientes continuam a carregar o vírus. Num estudo realizado por cientistas chineses e publicado no jornal da American Thoracic Society, metade dos indivíduos com casos leves de Covid-19 manteve carga viral por até 8 dias após o fim da doença.
Isso não significa, necessariamente, que o vírus esteja presente em quantidade suficiente para infectar outras pessoas. Os testes utilizados são do tipo PCR (reação em cadeia da polimerase), que detecta vírus vivos mas também pode pegar fragmentos virais, que não têm capacidade infecciosa. Também não foi determinada, até o momento, qual a quantidade mínima de cópias do vírus necessárias para causar infecção.
O presidente Jair Bolsonaro atravessou a Praça dos Três Poderes em Brasília a pé nesta quinta-feira (7) para se dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Acompanhado de ministros e um grupo de empresários, Bolsonaro se reuniu com o presidente do tribunal, Dias Toffoli, e fez um apelo para que as medidas restritivas nos estados sejam amenizadas.
Ida do presidente ao tribunal não estava prevista na agenda. Em reunião com Toffoli, Bolsonaro disse que assinou decreto para ampliar serviços considerados essenciais. No encontro, Toffoli disse que ações devem ser coordenadas entre União, estados e municípios.
O ministro da economia é o mais eficiente do governo e cauteloso com relacão a saúde. Basta ver seu comportamento, pois tomou as medidas necessárias para minimizar os impactos sociais apesar da crise, como também não reverbera as atitudes insanas do presidente em insistir nesse discurso acéfalo de que tem que flexibilizar, ora, se as medidas estão cada vez mais restritivas o grande motor é o presidente, pois ele como formador de opinião que é, incentiva cada vez mais o descumprimento das medidas de distanciamento, então o ministro que é o apoio do mercado, age com muita com responsabilidade, mas não abandona o barco.
A Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus no Rio Grande do Norte nesta quinta-feira(07). Com o registro de 95novos infectados, o número total de casos confirmados é de 1739. No boletim anterior eram 1644.
O número de óbitos chega a 76, com quatroconfirmações a mais que as registradas no boletim dessa quarta-feira(06). Vinte estão sob investigação.
Os casos suspeitos são 5.704, enquantoontem este número era de 5.503.
Casos descartados somam 5.125 descartados. Recuperados são 662. Internados são 246.
Diante do número crescente de Infectados e de Mortos, e só vemos muito blá blá blá e Faz de Conta, onde Fiscalizar com Rigor não faz parte do Interesse de nenhuma autoridade do Estado e Municípios, até porque parece que Não Sabem o que é Essencial e o que Não É, por isso a Preocupação em Salvar VIDAS é só Discurso de palanque. Lembrem-se FISCALIZAR com RIGOR ainda é o Melhor REMÉDIO.
BG, desmascare logo a farca da governadora e sua turma de incompetentes que estão levando o RN para o buraco. Ontem o sub-secretario de saúde disse que o estado tem 45% de ocupação, porém um senhor, em São Gonçalo, está precisando de um leito de UTI e não há vagas. É terrívelmente preocupante o que esses incompetentes estão fazendo com nosso estado. Por falta de leito já morreu uma senhora no oeste potiguar.
Será que esse senhor e seus parentes próximos estavam praticando o isolamento social ? ? Infelizmente a realidade para a maioria do nosso povo é aprender praticando o contrário do que é recomendado ! ! Ninguém foi ou está sendo enganado , principalmente pelos Governadores e Prefeitos que desde o início da pandemia, falaram que o sistema de saúde não suportaria a demanda de atendimento, sem a colaboração da sociedade no cumprimento das normas de isolamento social ! !
A quantidade de leitos ocupados é em âmbito regional. Em cada região há uma disponibilidade de leitos e suas respectivas ocupações. A região Oeste está com praticamente todos os leitos ocupados, assim como em Natal, local em que há uma demanda superior a 70% dos leitos. Também informo que não é só leito de UTI, eles são divididos por categoria, idosos, gestantes, cardíacos etc. Então, não é só ter leito disponível, tem que ver se eles se enquadram na UTI disponível, se houver. Informações passadas pelo responsável da saúde hoje ao meio dia, basta procurar as informações corretamente e não vê o geral.
E quando foi que os leitos estiveram vagos? Colapso a gente já vive faz tempo, tem muito robô aí escrevendo coisas parecidas.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, voltou a fazer, nessa quarta-feira (6), duras críticas à China, culpando-a pelas mortes de centenas de milhares de pessoas por coronavírus e exigindo novamente que compartilhe informações sobre o surto.
“Eles sabiam. A China poderia ter evitado as mortes de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. A China poderia ter poupado o mundo de sofrer um mal-estar econômico global”, afirmou Pompeo em entrevista coletiva no Departamento de Estado.
“A China ainda se recusa a compartilhar as informações necessárias para manter as pessoas seguras”.
A covid-19 matou mais de 255 mil pessoas em todo o mundo, incluindo mais de 70 mil nos Estados Unidos (EUA), o país mais afetado pela doença, de acordo com estatísticas oficiais.
O vírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan em dezembro. A maioria dos especialistas acredita que ele se originou em um mercado de venda de animais silvestres e passou de animais para pessoas, mas Pompeo disse que há evidências significativas de que veio de um laboratório.
Críticos do presidente Donald Trump dentro dos EUA, incluindo alguns ex-funcionários, acadêmicos e colunistas, têm afirmado que, embora a China tenha muito a responder sobre suas ações nos primeiros dias do surto, o governo norte-americano está tentando desviar a atenção do que eles veem como uma resposta lenta do país.
Em evento na Casa Branca, Trump, que busca a reeleição em novembro, classificou o surto como o pior “ataque” que o país já sofreu e culpou a China por não impedi-lo.
“Isso é pior que Pearl Harbor. Isso é pior que o World Trade Center”, disse Trump. “E nunca deveria ter acontecido. Poderia ter sido parado na fonte. Poderia ter sido parado na China. Deveria ter sido parado exatamente na fonte, e não foi.”
Pompeo rebateu sugestões de que ele e outros membros do governo Trump tenham emitido declarações conflitantes sobre as origens exatas do novo coronavírus.
No domingo (3), Pompeo disse que havia “uma quantidade significativa de evidências” de que o vírus surgiu no Instituto de Virologia de Wuhan, sendo que na quinta-feira anterior (30) tinha afirmado que não se sabia se veio do laboratório, do mercado de animais silvestres ou de outro lugar.
Ontem, o secretário afirmou que os Estados Unidos não tinham certeza, mas que havia evidências significativas de que surgiu do laboratório.
“Cada uma dessas afirmações é totalmente consistente”, declarou. “Estamos todos tentando descobrir a resposta certa. Estamos todos tentando esclarecer.”
O Instituto de Virologia de Wuhan, apoiado pelo Estado chinês, afirma que o vírus não se originou no local.
Lá é diferente, o governo chinês dará uma explicação, aqui qualquer borrabotas chinês exige desculpas e as midiaslixo e boa parte da população apoiam o borrabotas.
Jorge Jesus ao lado do médico Marcio Tannure — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
O Flamengo divulgou na noite desta quarta que após a realização de testes em 293 pessoas do clube, 38 testaram positivo para o novo coronavírus. Três são jogadores do time profissional. Os nomes não foram revelados.
O clube informou que as 38 pessoas infectadas pela Covid-19 são “positivos assintomáticos”, e que 11 (sendo dois atletas) já haviam tido contato com o vírus previamente, sem sintomas, e se encontram com anticorpos IGG positivos.
Os testes em detalhes:
Três jogadores
Dois jogadores que tiveram contato com o vírus e têm anticorpos IGG positivos
Seis funcionários do grupo de apoio
Dois funcionários de empresas terceirizadas
25 familiares ou pessoas que trabalham em residências de funcionários e jogadores
Jogadores e funcionários que tiveram exame positivo entrarão em quarentena e terão supervisão do clube. Quando os testes derem negativos, serão reintegrados ao trabalho.
Na última segunda-feira, Jorginho, massagista do clube há 40 anos, morreu vítima do coronavírus. Ele tinha 68 anos.
No dia 16 de março, o Flamengo anunciou que o exame do técnico Jorge Jesus deu resultado “positivo fraco ou inconclusivo”, porque o primeiro exame acusou a presença do vírus, o que não ocorreu na contraprova. Por isso, o treinador fez um terceiro exame, que deu resultado negativo no dia 18 de março. Naquela ocasião, os jogadores também foram testados e deram negativo.
Confira o comunicado do clube:
“Flamengo recebe resultados dos exames da COVID-19 no Departamento de Futebol
Clube testou 293 pessoas, entre todos os colaboradores da área e empregados e familiares próximos de jogadores e funcionários
O Clube de Regatas do Flamengo, de forma a garantir a maior segurança de seus atletas, comissão técnica e funcionários do Departamento de Futebol, realizou uma ampla mobilização para efetuar testes do novo coronavírus, que causa a COVID-19.
Entre os dias 30 de abril e 3 de maio, foram realizados 293 testes alcançando, além de 100% de todos estes colaboradores, muitos familiares próximos dos jogadores.
Estes exames na totalidade do elenco e nos colaboradores estão em linha com as melhores práticas recomendadas pela OMS, superando inclusive o que acontece em países de maior sucesso no combate à pandemia.
Os resultados dos exames saíram nesta terça-feira (6), sendo:
1. Das 293 pessoas testadas, 38 testaram positivo, mesmo sem sintomas, sendo os chamados “positivos assintomáticos”. Foram detectadas 11 pessoas que já tinham tido o contato com o vírus previamente, sem sintomas, e já se encontravam com anticorpos IGG positivos.
2. Dos 38 que mostraram reação ao vírus, tivemos seis funcionários do grupo de apoio do Flamengo, dois funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços regulares para o clube, 25 familiares ou pessoas que trabalham em residências de funcionários e jogadores e três atletas do elenco principal; outros dois jogadores apresentaram anticorpos IGG positivos.
Para os que testaram positivo, todos assintomáticos, as providências serão isolamento e quarentena, acompanhamento diário com questionários sobre sinais vitais e evolução, além de novas dosagens seriadas dos pacientes e contactantes até a resolução dos casos.
Os atletas que tiveram familiares ou funcionários com testes positivos entrarão em quarentena, com acompanhamento diário com questionários sobre sinais da doença e novas testagens. Em caso de novos testes negativos, serão integrados ao trabalho em prazo seguro ou, em caso de testagem positiva, seguirão, a partir de então, o padrão de conduta dos que já testaram positivo.
Por fim, o Flamengo reafirma que está trabalhando em total sintonia com as autoridades governamentais de forma a, com toda a responsabilidade e segurança, colaborar com o importante retorno às atividades do futebol no menor prazo possível.”
O Brasil é o 37º em casos de mortes por milhão de habitantes com 40 pessoas o 1º lugar está com a Bélgica com 692.
Na média mundial consta 34 mortes por milhão de habitantes. O Brasil está em 6º na quantidade por maior número de mortos.
A média mundial de mortos está em 34 por milhão.
O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, Kato Katsunobu, deve aprovar, amanhã (7), o antiviral remdesivir para o tratamento do coronavírus.
Ele disse que pretende autorizar o medicamento, caso um painel consultivo o aprove.
O remdesivir foi desenvolvido pela Gilead Sciences, com sede nos Estados Unidos, para o tratamento de pacientes com ebola.
O governo japonês, por sua vez, deu início a procedimentos para acelerar a aprovação do antiviral como um possível tratamento para pacientes de coronavírus, após o lado americano ter aprovado seu uso emergencial na última sexta-feira.
O ministro da Saúde afirmou que a empresa farmacêutica ainda não informou a respeito da quantidade de remdesivir que pode ser fornecida ao Japão.
Ele disse que quer assegurar a maior quantidade possível do medicamento e disponibilizá-lo o quanto antes.
A Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus no Rio Grande do Norte nesta quarta-feira(06). Com o registro de 108novos infectados, o número total de casos confirmados é de 1644. No boletim anterior eram 1536.
O número de óbitos chega a 72, com quatroconfirmações a mais que as registradas no boletim dessa terça-feira(05).
Os casos suspeitos são 5.503, enquantoontem este número era de 5.138. Casos descartados somam 4.943.
A quantidade de recuperados do coronavírus agora soma 662.
Prestem atenção pessoal, o número de óbtos tá subindo e o governo relaxando cada vez mais as restrições. Próxima semana, tá chegando aos cem e a curva é ascendente. Ou o governo infelizmente aperta agora ou a coisa vai ficar pior daqui pra junho. Início de abril era um ou dois óbtos por dia, agora já estamos em quatro ou mais. Acho que a população tá na hora de deixar de tanta irresponsabilidade.
O preço que o Brasil pagará por ter sido atingido pela pandemia do coronavírus com uma dívida pública muito alta será um aumento temporário de impostos, segundo Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do Banco Central.
“Começamos nessa crise como um ponto totalmente fora da curva”, diz ele, em referência ao endividamento do país que, por critérios do FMI (Fundo Monetário Internacional), já beira 90% do PIB (Produto Interno Bruto), contra uma média de 53% do PIB dos países emergentes.
Para Mesquita, há consenso sobre a necessidade de o governo realizar gastos emergenciais para responder à dupla crise, na saúde e na economia. Mas eles resultarão em uma dívida ainda mais alta: “A gente vai ter que pagar por isso. O Brasil vai ter que pagar essa conta”, afirma.
O economista ressalta que a situação brasileira é agravada ainda pela turbulência política:
“Essa incerteza reduziu a confiança sobre a manutenção dos rumos da política econômica”.
Isso terá reflexos que tendem a se estender após a crise, quando o Brasil poderá ficar de fora do radar de investidores em busca de ativos com boa remuneração.
“O Brasil pode não se beneficiar dessa onda, se a gente continuar em um processo de alta instabilidade política e se existirem dúvidas sobre a política fiscal”, diz.
Segundo ele, é importante que, passada a crise neste ano, o governo retome o compromisso com o controle de gastos. Isso, no entanto, não será suficiente para garantir a capacidade de pagamento da dívida pública, que precisará ser financiada com o aumento da já elevada carga tributária, equivalente a 33,2% do PIB em 2019.
Mesquita destaca que, embora essa discussão não seja apropriada para este momento, no segundo semestre ou no início de 2021, ela será inevitável.
“Teremos que distribuir o custo dessa crise de uma forma socialmente justa, tanto quanto possível”, diz o economista.
O quanto a recente instabilidade política agrava nossa situação econômica em meio à pandemia?
Incerteza é sempre ruim para a confiança e, portanto, para decisões de investimentos. Toda essa volatilidade política não só dificulta a resposta à crise no curto prazo, mas atua contra uma eventual retomada da economia. A incerteza que o mercado teve na semana passada, ainda não totalmente eliminada, reduziu a confiança na manutenção dos rumos da política econômica e isso só veio atrapalhar.
Como isso atrapalha?
Causa elevação do risco-país, contribui para a depreciação da moeda, além do que justificariam os fundamentos da economia, o que pode, lá na frente, gerar riscos inflacionários. Contribui para a elevação das taxas de juros mais longas, atuando contra uma eventual recuperação da economia.
Qual já tem sido o impacto da pandemia sobre a economia real no Brasil?
A gente aqui no Itaú tem um indicador próprio de atividade econômica em frequência diária, com base no que a gente consegue enxergar, como o consumo de energia elétrica. Esse indicador mostrou uma queda muito abrupta nos primeiros 10 dias do distanciamento social, entre 15 a 25 de março, aproximadamente.
E, depois, ele começou a se recuperar. Então, grosso modo, considerando um nível 100 como ponto de partida pré-crise, ele caiu para algo como 55 e, agora, está próximo a 65, 70.
Para a gente se recuperar mais, precisaremos ter o início do relaxamento das medidas do distanciamento social o que, por sua vez, requer que a gente passe do pior momento da curva da pandemia.
Essa melhora que vocês observaram no índice não é inconsistente com o isolamento social que deveria estar sendo feito?
Acho que tem dois fatores aí. Em parte, algum impacto das políticas de transferência de renda que o governo fez, sustentando a atividade, mas também um certo relaxamento espontâneo das medidas de distanciamento social. O pior cenário é um relaxamento das medidas, de forma prematura, que te force voltar a adotá-las.
Qual é sua avaliação da gestão da crise no Brasil?
Não sou especialista em saúde. Do ponto de vista da economia, a gente está tendo uma resposta fiscal intensa, equivalente a algo entre 5% e 6,5% do PIB, muito maior do que em crises anteriores.
É uma resposta suficiente?
Era a resposta possível para um país que já entrou na crise altamente endividado. Uma lição que fica dessa pandemia é que, eventualmente, quando a gente tiver períodos de crescimento, de bonança, temos que trabalhar para constituir reservas locais. Temos as reservas internacionais lá no Banco Central, mas precisamos de reservas fiscais robustas para poder lidar com esse tipo de contingência.
Não tendo, paciência, teremos um aumento grande de endividamento. Ninguém vai insistir na persistência do ajuste fiscal, ao longo de 2020, em uma crise tão severa quanto esta. O mercado está, absolutamente, consciente disso. Os economistas todos, independente do viés ideológico, concordam. No entanto, é preciso reconhecer que já tínhamos uma situação de endividamento elevado.
Como nossa dívida se compara a de outros países emergentes?
Pelos critérios do FMI, a dívida dos emergentes com qualidade de crédito melhor é de 20% do PIB. Se considerarmos todos os emergentes, a média é 53% do PIB e a dívida brasileira já é quase 90% do PIB. Ou seja, já começamos nessa crise como um ponto totalmente fora da curva. A gente vai ter que pagar por isso. O Brasil vai ter que pagar essa conta.
Como?
É inevitável que, no futuro, a gente tenha um certo aumento da carga tributária, ainda que, idealmente, temporário. A gente estava discutindo uma reforma tributária de forma muito voltada ao crescimento, ao aumento da eficiência da economia, à redução do custo envolvido no pagamento de impostos.
Mas, agora, teremos que distribuir o custo dessa crise, de uma forma socialmente justa, tanto quanto possível. A sociedade tem que ter maturidade, e acho que terá, para lidar com isso.
Então, a discussão da reforma tributária terá um componente adicional sobre aumento temporário de impostos, para colocar a dívida de volta em uma trajetória sustentável, em um horizonte razoável. Mas esse é um debate para o pós-crise.
Como aumentar a carga tributária em um país como o Brasil, onde ela já é tão alta?
Concordo que a carga é elevada. No entanto, a dívida também é, e está ficando mais elevada ainda. O gasto público é pago por impostos. Ou impostos hoje, ou impostos no futuro. Ou impostos explícitos, ou impostos disfarçados, entre os quais, o mais conhecido nosso é a inflação.
Vamos ter que continuar, lá na frente, não agora, com a agenda de austeridade, de controle de gastos, mas não conseguimos fazer tudo só do lado do gasto. Então, a carga tributária vai ter que aumentar e ser distribuída de forma mais razoável.
Por exemplo, chegou-se a discutir muito a cobrança de imposto sobre fundos exclusivos. Temos que revisitar o tratamento tributário em vários setores, várias atividades, a questão da “pejotização” também pode ser discutida. Há pessoas que fazem a mesma atividade, mas uma, como pessoa física, paga muito mais impostos do que a outra, como PJ (pessoa jurídica). Então, isso tudo terá que ser discutido, mas não agora. No pós-crise, imagino que no segundo semestre ou no início do ano que vem.
Como tem sido a busca das empresas pelas linhas de crédito emergenciais?
Houve um aumento grande da demanda por crédito por parte das empresas maiores. Entre as de porte pequeno e médio, a gente tem notado uma relutância em pegar linha para financiar a folha de pagamentos, porque eles não sabem se vão conseguir manter a mão-de-obra do mesmo tamanho.
Esse ponto talvez precise ser revisto?
Não sei, porque a preocupação do governo com o emprego é legítima e bastante grande. A restrição que existiu inicialmente à concessão de financiamento às pequenas empresas com pendência previdenciária inicialmente limitou a efetividade da medida, dado que 70% delas têm problemas. A revisão desse aspecto deve aumentar o impacto da medida.
Após a crise, como deverão ficar os fluxos de investimentos?
A gente está tendo mais uma rodada de expansão monetária global bastante intensa e isso vai levar a uma busca por retornos, por diversificação do investimento, que tende a beneficiar os mercados emergentes. Só que você tem que se ajudar também, não é? E, por se ajudar, me refiro a ter menos instabilidade política, apresentar números de crescimento melhores.
O Brasil não vai, necessariamente, se beneficiar dessa onda, como se beneficiou na saída de crises anteriores, se a gente continuar em um processo de alta instabilidade política e se existirem dúvidas sobre a política fiscal. Nós temos uma âncora institucional que é o teto de gastos, que dá aos investidores o conforto de “ok, a dívida é muito alta, mas, lá na frente, ela vai cair porque você vai ter um limite do crescimento do gasto”. Se a gente em algum momento se livrar do teto de gastos, vai perder essa âncora.
O setor privado teria interesse em fazer os investimentos que o Brasil precisa?
Acho que sim, porque existe uma demanda por infraestrutura muito grande. Se tivermos regras claras, um ambiente de licenciamento que faça sentido, menos oneroso, menos lento, você pode, sim, ter um aumento de investimento do setor privado, uma vez superada a pandemia.
Haverá espaço para retomar a discussão sobre outras reformas, além da tributária, após a pandemia?
É possível que o Congresso, no segundo semestre, já esteja de olho nas eleições para a sucessão dos presidentes Rodrigo Maia (Câmara dos Deputados) e David Alcolumbre (Senado). Então, a perspectiva de reformas adicionais ficou muito mais incerta. Adoraria poder dizer que a gente vai fazer desse limão uma limonada, mas tenho dúvidas se vamos conseguir.
RAIO-X Mário Mesquita, 54
Economista-chefe Itaú Unibanco. Foi sócio do Banco Brasil Plural, diretor de Política Econômica do Banco Central, economista-chefe do ABN Amro no Brasil e atuou também no FMI (Fundo Monetário Internacional). Tem doutorado em economia pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e mestrado em economia pela PUC do Rio
BG
Numa hora terrivel que estamos passando no mundo, vem um imbecil deste falar em aumentar impostos. Só pode ser um babaca, enquanto milhares de pessoas vão se juntar ais de 14 milhões de desempregados que já temos no Brasil esse Zé-mané vem com uma conversa extemporânea destas. É muita pequinês deste individuo. Precisamos é zerar os impostos por um bom tempo, para que possamos nos reerguer.
A maior desgraça q já se abateu sobre nosso país chama-se Bolsonaro.
Desde q ele foi eleito é só desgraça.
Não melhorou a vida de ninguém.
Só deu bom p bancos e agropecuarista exportador.
Esqueceu os militares das Forças Armada? Estão rindo à toa com os aumentos salariais!
Cidadão, esqueceu o que LULADRAO disse, vá lê. Disse assim, nunca aqui no Brasil banqueiro ganhou tanto dinheiro como no meu governo. Portanto, o roubo vem de muito tempo. A diferença, por enquanto, é que o governo atual não tá roubando para ele e para os seus, mas vai mudar logo logo com a entrada do centrão no governo. Já no governo de LULADRAO, foram trilhões. Agora só analisar.
Banqueiro é a imagem do DEMÔNIO! Esses caras são muito cruéis.
Aí ficam querendo aparecer dizendo que estão doando, fazendo propaganda na Globolixo caras e os clientes e a população que pague pora vai pra aquele canto bando de oportunistas
Çey. Um aumento da carga de impostos. Çey. E quem vai pagar.? Bancos que não serão. A Secretaria Especial da Receita Federal publicou instrução normativa nesta segunda-feira (27) reduzindo de 20% para 15% a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos, referente aos resultados do ano de 2019. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.942, DE 27 DE ABRIL DE 2020. Ja sei. Uma nova reforma trabalhista, ou uma nova reforma da Previdencia. Nao, melhor, congelamento de salarios dos servidores publicos. ou ainda, salario minimo sem aumento de ganho real. OU……sei lá. Mas bancos vão pagar nada a mais nao.
Esses banqueiros safados já nos assaltaram a vida inteira com as maiores taxas do mundo de juros, de cartão, e de tudo que for possível. Agora querem terminar de matar o povo brasileiro, canalhas, ladrões, assaltantes. Cartão 200%, 300 até mais 400% de juros. Isso é um bando de assaltantes de gravata. Tinha era que prender todos.
Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros independentes e voluntários aponta o Brasil como o novo epicentro de coronavírus no mundo. De acordo com o levantamento, até 4 de maio, o país tinha entre 1,3 milhão e 2 milhões de casos confirmados da doença, mais do que o registrado nos Estados Unidos, atual epicentro, com 1,2 milhão de casos, segundo o monitoramento da universidade americana Johns Hopkins.
O número apresentado no Portal Covid-19 foi calculado com base em modelos matemáticos que têm como base a Taxa de Letalidade da Coreia do Sul, um dos poucos países que tem conseguido realizar testes em massa – o que sugere que o índice seja mais próximo do real. A Taxa de Letalidade dos Casos é ainda ajustada a partir de um deslocamento temporal entre o registro de óbitos e a confirmação de casos. O estudo estima que o Brasil já tenha entre 10 mil e 12 mil mortos por coronavírus.
“O Brasil é hoje o principal foco da epidemia no mundo. O atraso dos resultados e a subnotificação nos levam a lidar com números muito distantes da realidade. Não estamos conseguindo gerenciar a pandemia. O que estamos fazendo é apenas lidar com os casos de internação, mas sem um cenário preditivo”, explica à Crescer o professor Domingos Alves, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), que integra a equipe do Portal Covid-19.
Oficialmente, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (4), o Brasil tem 107.780 casos de coronavírus e 7.321 mortes causadas pela doença. Ainda de acordo com o governo, 1.427 óbitos permanecem em investigação. O próprio ministério admite, porém, que apenas pacientes internados são testados para coronavírus no país. Os casos de assintomáticos ou pessoas com sintomas leves não são sujeitos à testagem e, portanto, não são notificados.
“A média mundialmente aceita de pacientes que precisam ser hospitalizados por Covid-19 gira em torno de 15%. Se temos hoje 107 mil casos notificados no boletim oficial, e sabemos que, por falta de testes, só estão sendo testadas pessoas internadas, não é difícil concluir que 85% das pessoas contaminadas com a Covid-19 não aparecem na estatística. Isso se levarmos em consideração apenas as falas do próprio governo. Sabemos, porém, que os números são ainda maiores”, explica Domingos Alves.
São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 32.187 casos e 2.654 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Já segundo o Portal Covid-19, o total real de casos varia entre 421,7 mil e 650,9 mil. O Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar no país, tem 11.721 casos e 1.065 óbitos registrados oficialmente. A estimativa, porém, aponta entre 152,3 mil e 244 mil casos da doença até 4 de maio.
“O que mais nos preocupa hoje é o número de casos ocorrendo nas cidades do interior, com uma infraestrutura muito menor do que a observada nas capitais. Isso pode fugir do controle dos gestores estaduais. O que as pessoas não estão levando em consideração é que o atraso de medidas mais rígidas, a falta de gestão da pandemia, representa vidas que poderiam estar sendo salvas”.
Isolamento e ‘lockdown’
O Brasil tem hoje uma taxa de distanciamento de 50%, muito abaixo da considerada ideal, em torno de 70%. Ainda assim, os números mostram que o isolamento praticado até aqui reduziu o número de mortes no país, que poderia ser ainda mais alarmante. “Estimamos que os números de óbitos seriam de 3 a 4 vezes maiores se não tivéssemos esse nível de isolamento”, explica Alves.
Na opinião do pesquisador, não é momento de flexibilizar a circulação de pessoas. Pelo contrário, estudiosos do Portal Covid-19 acreditam que, para evitar ainda mais mortes, o chamado “lockdown” – que impõe a restrição de circulação – deveria ser adotado quando a ocupação de leitos hospitalares nas capitais estiver em 70% – ou 60% no caso de cidades do interior, que têm menor infraestrutura de saúde. Em São Paulo, a taxa de ocupação de leitos já ultrapassa os 80%. No Rio, o índice já passa de 90%. Ainda assim, apenas 4 cidades brasileiras – todas no Maranhão – já adotaram o “lockdown”.
“Se formos rigorosos agora, talvez daqui um mês possamos tomar medidas de relaxamento como o que está ocorrendo em Portugal, Nova Zelândia e Alemanha. Se não o fizermos, estaremos cada vez mais parecidos com o cenário dos EUA e o Equador, com muitos mortos em casa por falta de atendimento.”
Uma pesquisa não pode usar o parâmetro de subnotificaçao para o Brasil e para o EUA ter dados exatos. Até pq se diz que o único país que testa em massa é a Coreia do Sul. Portanto se o Brasil tem cerca de 107 mil casos e o mais provável seria de 1,3 a 2 milhões entao o estados unidos que tem 1.2 milhão, deveria ter bem mais que o Brasil. E lá sim é o epicentro da doença. Vcs leitores tbm chegam a essa conclusão???
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS-Natal) apresenta balanço dos números dos casos com a Covid-19 até essa terça-feira (05/04). Dos 651 casos confirmados, 44 estão internados, 205 em quarenta domiciliar, 16 foram a óbito e 386 estão curados, ou seja, liberados da quarentena domiciliar.
“De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, um paciente sintomático deve permanecer em quarentena por 14 dias. Após esse período, o isolamento pode ser interrompido se não apresentar mais nenhum sintoma. Se o paciente permanecer sintomático, deve manter o isolamento até 72h após os sintomas desaparecerem”, esclarece Juliana Araújo, diretora do Departamento de Vigilância da SMS-Natal.
Brilhante o seu comentário.
Pra vc vê, a força da mídia. Esqueceram a criminalidade.
O sujeito perde a vida assassinados, de graça igual a uma rolinha e ninguém diz e não faz nada.
O governo anterior aqui do RN, pagou um preço caro, e por incrível que pareça, foi quem mais fez pra segurança do Estado.
Desesperada para proteger sua população e evitar as crescentes críticas internacionais de como lidou com o surto de coronavírus, a China reduziu a burocracia e ofereceu recursos a empresas farmacêuticas para encontrar uma vacina contra o vírus causador da Covid-19. Quatro empresas chinesas começaram testes em seres humanos, mais iniciativas do que as que estão em curso nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha juntos. A informação é do jornal americano “New York Times” (NYT).
No entanto, a indústria de vacinas chinesa passa por uma crise de confiança. Apenas dois anos atrás, foi descoberto que vacinas ineficazes haviam sido dadas principalmente a bebês, o que deixou pais chineses em fúria. Por isso, não bastam descobrir a vacina, mas reconquistar a confiança da população.
— Os chineses agora não têm confiança nas vacinas produzidas na China — disse Ray Yip, ex-chefe da Fundação Gates na China, ao New York Times. — Essa provavelmente será a maior dor de cabeça. Se eles não tiveram todos esses requisitos, as pessoas provavelmente vão buscar (a imunização) em outros locais.
Além da urgência — já que o número oficial de mortes no mundo é de 247 mil pessoas, apesar de haver claros indícios de subnotificação —, a China quer evitar as acusações internacionais de que o negligenciamento de alertas precoces contra a doença tenha contribuído para a pandemia global. Por isso, diz o NYT, a vacina se tornou uma prioridade nacional. Um alto funcionário do governo asiátco disse ao jornal americano que uma vacina para uso emergencial pode estar pronta em setembro.
Pequim, avalia a reportagem, pode pressionar empresas e cientistas para alcançar objetivos nacionais. “Ao mesmo tempo, as empresas de vacinas da China estão acostumadas a um sistema político fechado que tem um histórico de encobrir escândalos de segurança e as protege da concorrência estrangeira. Poucos investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e não descobriram muitos produtos com impacto global”, explica o jornal.
Candidatas
As quatro pesquisas que já estão testando em humanos são de CanSino Biologics, Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, Sinovac Biotech e o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.
A primeira é uma farmacêutica de Tianjin, braço de ciências médicas do Exército de Libertação Popular. A candidata dela já foi testada em 508 pessoas e está na Fase 2. Um estudo da Universidade de Oxford na Fase 1, ou seja, em estágio inicial, foi administrado a um número de pessoas duas vezes maior. O Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, um braço do Sinopharm Group, que é estatal, também está na Fase 2. Já os estudos da Sinovac e do o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, que também pertence à Sinopharm, estão na Fase 1.
Alguns deles, no entanto, estão envolvidos em escândalos de corrupção. É o caso, por exemplo, do Instituto Wuhan. Em 2018, a empresa foi acusada de aplicar em milhões de bebês vacinas sem eficácia para doenças como difteria e tétano. A China multou a empresa em US$ 1,3 bilhão, puniu nove executivos e dezenas de funcionários foram demitidos. A empresa também foi condenada na Justiça por subornar chefes de centros locais de controle de doenças por comprarem seus produtos.
A Sinovac Biotech também sofre acusações. Segundo o NYT, investigações apontam que o gerente geral da Sinovac Biotech deu, entre 2002 e 2014, ao vice-diretor da China encarregado das avaliações de medicamentos quase US$ 50 mil para ajudar a empresa com as aprovações de medicamentos. Documentos apontam que o responsável pela operação é o atual executivo-chefe da empresa.
As empresas não responderam aos pedidos de reportagens feitos pelo New York Times.
Apesar dos escândalos, alguns procedimentos científicos foram apressados para se chegar mais rapidamente ao resultado. O país aprovou, por exemplo, que as empresas pudessem executar combinadas as duas primeiras fases, uma decisão questionada por vários cientistas chineses, que consideravam que os resultados de segurança da primeira fase deveriam ser avaliados antes do início da segunda fase.
— Entendo a expectativa ansiosa das pessoas por uma vacina — disse Ding Sheng, ao Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista.
Sheng é reitor da escola de farmácia da Universidade Tsinghua em Pequim. Segundo ele, empresas estavam “adotando métodos não convencionais” no estágio pré-clínico da pesquisa, executando tarefas como o processo de design e modelagem de animais ao mesmo tempo. Isso deveria, segundo Sheng, ser executado uma após a outra.
— Do ponto de vista científico, por mais ansiosos que sejam, não podemos baixar nossos padrões — defende.
A Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap) atualizou os números do coronavírus no Rio Grande do Norte nesta terça-feira(05). Com o registro de 115novos infectados, o número total de casos confirmados é de 1536. No boletim anterior eram 1421.
O número de óbitos chega a 68, com seisconfirmações a mais que as registradas no boletim dessa segunda-feira(04).
Os casos suspeitos são 5.138, enquantoontem este número era de 4.974. Casos descartados somam 4.702.
A quantidade de recuperados do coronavírus agora soma 478.
Dados do portal Covid-19 Brasil, que tem se destacado pelo acerto de suas projeções da pandemia de coronavírus, mostram que a doença no país está concentrada na faixa etária que vai de 20 a 49 anos, com números próximos de 500 mil casos. No município do Rio, 43% dos registros são de pessoas entre 30 e 49 anos.
E apesar de os óbitos seguirem uma tendência mundial – 85% dos mortos têm acima de 60 anos – o percentual de mortes observado entre brasileiros com menos de 50 anos tem sido maior do que o verificado em outros países da Europa e Estados Unidos.
A pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, foi a primeira a advertir, com veemência, ainda em março, que o país “rejuvenesceria” a doença, como resultado da combinação da pirâmide etária brasileira com o baixo grau de distanciamento social.
— Não estamos falando de casos leves ou assintomáticos. Nos referimos a pessoas que adoeceram com gravidade e engrossaram a triste estatística de casos confirmados. E casos confirmados em nosso país, sem testes e com altíssima subnotificação, são os mortos e os internados em hospitais com um quadro grave da Covid-19 —salienta Dalcolmo, que integra o comitê científico que assessora o governo do estado do Rio de Janeiro no combate ao novo coronavírus.
Foto: Editoria de Arte
A pneumologista se uniu ao especialista em análises numéricas Domingos Alves, do portal Covid-19 Brasil, para investigar e analisar o impacto da doença no Brasil. O portal reúne cientistas e estudantes de várias universidades brasileiras.
As análises levaram em conta dados oficiais do Ministério da Saúde, do Portal da Transparência do Registro Civil e do próprio portal Covid-19 Brasil, que faz estimativas dos casos subnotificados e projeções da evolução da pandemia. O especialista em informática biomédica Filipe Bernardi detalhou os dados por bairro da cidade do Rio.
— É fácil observar no boletim oficial do município o impacto da Covid-19 nas pessoas entre 30 e 49 anos, que representam 43% do total. A despeito do número de óbitos ser maior nas idades mais avançadas, existe um significativo percentual de jovens sendo internados — diz Alves, especialista em modelagem computacional e líder do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Ele observa que, de maneira geral, os óbitos no Brasil seguem a tendência mundial, de serem mais prevalentes em idades acima de 60 anos (85%).
Entretanto, o percentual de mortes observado no país para pessoas com menos de 50 anos tem sido maior do que o verificado em outros países, como Itália, Espanha e Estados Unidos. No Brasil, 7% dos mortos tinham entre 40 e 50 anos; e 3,9% entre 20 e 39 anos.
— O jovem tem mais defesas imunológicas. Por isso, morre menos, mas não quer dizer que não adoeça com gravidade. A situação está grave demais. Muita gente ainda não entendeu que o distanciamento social é a única maneira opção que temos para conter o coronavírus — diz Dalcolmo.
Ser jovem não é ser imune
Ser novo, não ter fatores de risco e praticar atividade física não garantem imunidade a ninguém. Por exemplo, um dos pacientes de Dalcolmo é uma moça de 21 anos, moradora da Zona Sul do Rio e de perfil atlético. Na semana passada, ela começou a sentir sintomas da Covid-19 e, dentre eles, a sensação de estar com a panturrilha “queimando”.
Um exame revelou trombos, uma das marcas da doença. Seu único possível fator de risco, diz a médica, era tomar pílula anticoncepcional.
A comparação entre a distribuição etária do boletim oficial e a do portal Covid-19 Brasil mostra uma diferença importante. O boletim registra as pessoas que foram testadas e, portanto, internadas (casos graves e críticos). Já o portal considera todos os infectados, incluindo assintomáticos e sintomáticos leves.
— Essa população, provavelmente em grande maioria de sintomáticos leves ou assintomáticos, é a lenha que alimenta o espalhamento da epidemia — diz Alves.
Margareth Dalcolmo salienta que a pirâmide etária não é tudo. O fator socioeconômico também pesa:
— Os jovens em maior risco não são os de classe média e alta, que podem se dar ao luxo do home office. São os de classes mais baixas, que precisam sair para trabalhar. Pessoas que não têm informação suficiente sobre a doença e que moram em comunidades com elevada circulação do coronavírus. A doença espelha nossa demografia e nossa disparidade social.
Cálculo cobre lacuna
O portal Covid-19 Brasil tem estimado o número de casos de pessoas infectadas no país por meio de modelagem reversa. Desta forma, contornam a ausência de dados, pois o Brasil segue sem testagem em massa.
O grupo emprega como base de cálculo o número de mortes notificadas. Embora as mortes também sejam subnotificadas, são um indicador mais consolidado do panorama nacional.
Os cientistas aplicam a taxa de letalidade da Coreia do Sul e ajustam os números à pirâmide etária do Brasil. O país asiático é usado como base porque tem dados consolidados sobre testagem desde os primeiros casos.
Domingos Alves diz que a metodologia usada está disponível no site do projeto Covid-19 Brasil.
Em meio a notícias de mortes pela Covid-19, um fio de esperança surge. Pesquisadores da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbor BioMed, divulgaram nesta segunda-feira, na Nature Communications, que identificaram um anticorpo totalmente humano capaz de impedir o coronavírus de contaminar células em culturas cultivadas. A descoberta pode ajudar na criação e um tratamento para combater a doença.
O otimismo é grande, mas o trabalho ainda precisa passar por testes em seres humanos para ter sua eficácia comprovada.
“Esse anticorpo neutralizante tem potencial para alterar o curso da infecção no hospedeiro infectado, apoiar a eliminação do vírus ou proteger um indivíduo não infectado que é exposto ao vírus”, afirmou Berend-Jan Bosch, líder da pesquisa, em comunicado.
De acorco com o estudo dos pesquisadores, a ação foca em anticorpos conhecidos por combaterem o Sars-CoV, causador da Sars, que surgiu na China em 2002. Os especialistas identificaram que um desses anticorpos também é capaz de neutralizar a infecção por Sars-CoV-2, causador da Covid-19, em culturas celulares.
Bosch observou que o anticorpo se liga a uma propriedade existente tanto no Sars-CoV quanto no Sars-CoV-2, o que explica sua capacidade de neutralizar os dois microrganismos: “Esse recurso de neutralização cruzada do anticorpo é muito interessante e sugere que ele pode ter potencial na mitigação de doenças causadas por coronavírus — potencialmente emergentes no futuro”.
O Brasil registrou nas últimas 24 horas, 263 mortes por covid-19, acumulando 7.288 óbitos em decorrência da doença, segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta segunda-feira (4).
O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus atingiu 105.222, com acréscimo de 4.075 novos registros de ontem para hoje.
Até sexta espero que não chegue a uns 14 mil mortos, esses 7 mil são dados confirmados fora as sub notificações. O inacreditável é que ainda tem gente perguntando quando que vai começar o pico como se fosse esperando uma chuva ou começar um show. Será que não entende que a bixiga do isolamento é justamente para não acontecer o pico. Querem fazer depois do pico o isolamento quando não se mais jeito?
"Brasileiro não tem ser estudo ele que precisa estudar".
“O isolamento é pra não chegar o pico”! Kkkkkkkkkkkkkkk achei que já tinha ouvido de tudo, mas essa foi muito boa! E o melhor é que manda o povo estudar! Kkkkkkk
Tá baixando o número de mortos depois que todo mundo foi pra rua. Incrível
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