O médico sanitarista Alexandre Chieppe, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, tranquilizou nesta segunda-feira (3) os foliões que pretendem brincar o carnaval nos mais de 500 blocos que desfilarão pela capital fluminense este ano, em relação a riscos de contaminação pelo coronavírus.
Segundo Chieppe, não há riscos no carnaval a não ser aqueles já conhecidos no Brasil. Beber com moderação e usar camisinha são alguns dos cuidados que devem ser tomados nesse período de festa. “O coronavírus hoje não é um risco em termos de transmissão para as pessoas, uma vez que não tem nenhuma evidência de que ele esteja no Brasil”, assegurou Chiepp
“É importante deixar claro que até este momento não há evidência de circulação do coronavírus em nenhum país que não seja a China. Os casos que nós temos importados, inclusive em outros países, são casos de pessoas que adquiriram a infecção na China”, afirmou o sanitarista.
Medidas preventivas
Alexandre Chieppe disse que as medidas preventivas que vêm sendo sugeridas à população pelos órgãos dos governos federal, estadual e municipal de saúde servem para diversas outras doenças de transmissão respiratória, inclusive o sarampo.
Uma das recomendações é que, quando a pessoa for espirrar, deve cobrir o nariz e a boca com a mão para não colocar eventuais micro-organismos no ambiente; outra dica é evitar, sempre que possível, locais fechados com aglomerações e pouco ventilados. “E a lavagem regular das mãos e eventual utilização de álcool gel são medidas que têm comprovadamente eficácia na prevenção de transmissão das doenças respiratórias”.
O Brasil tem, até o momento, 16 casos suspeitos de coronavírus. Chieppe afirmou que no estado do Rio de Janeiro não há nenhum caso suspeito em investigação. Elecrescentou que não há também recomendação nenhuma de máscara neste momento, no país.
O coronavírus é um vírus de transmissão respiratória, de pessoa a pessoa, explicou Chieppe. “Uma pessoa infectada pode passar o vírus para outra por meio de secreção e pelas vias respiratórias em contato com a mucosa dessa pessoa. Boca e olhos são as principais portas de entrada”. Lembrou ainda que o contato com superfícies contaminadas é um fator de risco.
Na China continental, a luta para conter a propagação da epidemia de coronavírus continua. Autoridades de saúde da China afirmam que o vírus já tirou a vida de 361 pessoas, ultrapassando oficialmente o número de mortes causadas pela epidemia de Sars em 2003 no país.
Ainda segundo as autoridades, mais de 17 mil pessoas já foram infectadas apenas na China continental.
Para lidar com o crescente número de infecções, foi construído em um período de poucos dias um novo hospital em Wuhan, cidade que é o epicentro do surto. O hospital foi entregue a uma equipe médica do exército chinês no domingo. No entanto, o país ainda enfrenta uma escassez de médicos e instalações médicas na região.
Ao mesmo tempo, a segurança foi intensificada nas cidades em toda a China, especialmente em locais com aglomerações de pessoas como estações de metrô e entrada de prédios. A temperatura corporal das pessoas está sendo medida como uma forma de proteção.
O número de casos no resto do mundo chegou a 179, com o Japão confirmando 20 casos no país. Infecções já foram confirmadas em 26 países e regiões ao todo. As Filipinas reportaram a primeira morte em decorrência do vírus fora da China continental.
EUA podem ajudar China no combate ao coronavírus
Os Estados Unidos ofereceram enviar especialistas médicos e de saúde pública para a China a fim de ajudar a combater a crise sanitária causada pela epidemia de coronavírus no país.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, falou no programa de TV da emissora CBS neste domingo (2) que “os chineses certamente se tornaram mais transparentes do que em crises passadas, e realmente apreciamos esta conduta.”
Ele afirmou que seu país ofereceu enviar médicos americanos e especialistas em saúde pública para a China.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou, no sábado, que está preparado para acomodar 1 mil pessoas que podem precisar passar por quarentena ao chegar do exterior, devido ao novo coronavírus. E acrescentou que bases militares americanas e locais de treinamento, na Califórnia e no Colorado, estão disponíveis.
Casos confirmados de infecção por coronavírus pelo mundo. — Foto: Arte/G1
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que o Brasil tem 12 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV. Nenhum caso foi confirmado.
Seis estados estão com pacientes em investigação médica: Ceará (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7).
Caso em Minas Gerais
O balanço que considerava os dados de até 12h desta sexta incluiu um caso em Minas Gerais, estado que apareceu na lista do Ministério. Com ele, o total de casos chegava a 13. Entretanto, durante a apresentação, realizada a partir das 16h, o secretário-executivo da pasta anunciou que após a inclusão do caso na lista foi recebida a confirmação de que o paciente deu negativo para coronavírus.
O ministério informou que as amostras de casos suspeitos serão analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Em breve, também pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Emergência de saúde pública
Nessa quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 22 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.
“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Infecções mais rápidas
Os casos do 2019-nCoV estão se espalhando mais rápido, mas matam menos do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARs-CoV, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do que o H1N1, vírus que levou a uma pandemia em 2009 e que continua fazendo vítimas.
Desde o primeiro alerta de coronavírus, em 31 de dezembro, até esta sexta-feira, o coronavírus já havia matado 213 pessoas na China e infectado 9.720 – taxa estimada de letalidade de 2,19%, segundo autoridades chinesas. Isso significa que, a cada 100 pessoas doentes, 2 morrem. Os dados são estimados porque o número total de infecções ainda é desconhecido.
Já a Sars levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As duas infecções são causadas por vírus da família “coronavírus”, e recebem este nome porque têm formato de coroa.
Se comparados a outro vírus que causa doença respiratória, como o H1N1, o número de pessoas que morrem é maior do que o registrado pelo coronavírus. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.
Recomendações
Os especialistas recomendam a “etiqueta respiratória” para evitar a transmissão: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros e sempre lavar as mãos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os serviços de saúde adotem protocolos de prevenção antes, durante e depois da chegada do paciente, com desinfecção e ventilação de ambientes.
Para quem trabalha em pontos de entrada no país, como aeroportos e fronteiras, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas.
Caso haja algum caso suspeito em aviões, navios e outros meios de transporte, é recomendado usar máscara cirúrgica, avental, óculos de proteção e luvas. A inspeção de bagagens deve ser feita com máscara cirúrgica e luvas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nessa quinta-feira, 30, emergência de saúde pública de interesse internacional devido aos novos casos de coronavírus (2019 n-CoV). Na China, onde ele surgiu, já foram registradas 213 mortes e o número não para de crescer, assim como o índice de infectados, que já chega a quase 10 mil em 21 países. Mais de 40 milhões de pessoas estão com restrições de isolamento, numa tentativa dos governos de frear a epidemia que já chegou a outros 18 países, inclusive o Brasil.
O Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira, 29, nove casos suspeitos no país, inclusive um no município de Sobral, no Ceará. Segundo a Secretaria de Saúde daquele estado, o paciente passou 90 dias na China e retornou ao Brasil apresentando sintomas compatíveis com o protocolo da suspeita. Atualmente está em isolamento respiratório para evitar a transmissão, mas seu quadro é estável.
Os outros casos suspeitos foram identificados em São Paulo (3), Santa Catarina (2), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1) e Paraná (1). O potiguar Rodrigo Duarte, 28 anos, mora em Wuhan, epicentro da epidemia, há quatro anos, assim como outros 59 brasileiros, mas não há nenhuma suspeita de infecção entre eles, até o momento.
Segundo a diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN), a médica Selma Jerônimo, a preocupação internacional é com a facilidade da disseminação desse vírus em virtude de sua transmissão respiratória. “Dados recentes, coletados por pesquisadores chineses, mostraram que pessoas podem transmitir o vírus sem apresentar sintomas”, alerta. Essa informação reforça a necessidade de contenções e planejamento das estruturas de saúde dos países.
Selma Jerônimo alerta para importância do planejamento local, para que o Estado esteja preparado caso o coronavírus seja confirmado no Brasil (Foto: Cícero Oliveira)
Selma explica que a UFRN tem uma função importante de ficar atenta a problemas novos, como esse, de forma a colaborar com os gestores em estratégias que consigam minimizar os potenciais efeitos caso a situação se concretize. “Nossa preocupação é alertar sobre a necessidade de estabelecer mecanismos que assegurem o tratamento necessário para as pessoas, no caso do vírus chegar por aqui”, completou.
O governo do estado divulgou uma Nota Técnica com as medidas de precaução e orientações a respeito do novo coronavírus, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Equipes da saúde estadual, com apoio da UFRN, elaboraram um Protocolo Clínico para Manejo de Pacientes com 2019-nCOV para ajudar as equipes e unidades de saúde a agirem, caso o vírus chegue ao RN.
O hospital de referência do Estado para esse atendimento é o Giselda Trigueiro, atualmente dirigido pelo médico infectologista André Prudente, professor do Departamento de Infectologia da UFRN. Ele, assim como o próprio Departamento de Infectologia da UFRN, participou diretamente da elaboração desse protocolo.
O documento, que também segue padrões internacionais, traz, didaticamente, orientações para a classificação de casos, critérios de internação, medidas de prevenção e controle no ambiente hospitalar. Ainda explica sobre coleta de amostras para exames, além de medidas terapêuticas que podem ser adotadas pelas equipes de saúde.
Na possibilidade de aparecer algum caso, o hospital recebe os pacientes, faz a coleta das amostras através das vias aéreas – similar como é feito com a Influenza –, e as envia para o Laboratório Central de Saúde Pública do RN (Lacen). De lá, essas amostras são encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, ou para algum dos outros dois laboratórios de referência nacional: Oswaldo Cruz (RJ) e Adolfo Lutz (SP), que estão equipados para realizar o isolamento do vírus. Na China, esse tipo de exame demora seis dias, no Brasil estima-se o mesmo tempo.
André Prudente alerta que a situação é séria e requer preparação, mas disse também estar preocupado com a lotação do Hospital Giselda Trigueiro por outras doenças. “A gente tem epidemias de HIV e tuberculose, que são duas doenças que só internam neste hospital, e há uma possibilidade de epidemia de dengue já anunciada pelo Ministério da Saúde. Então, isso preocupa. O pensamento agora é criar vagas e abrir leitos para receber possível população acometida pelo coronavírus”.
Por isso, a professora Selma Jerônimo chama atenção para que todos os hospitais, públicos e privados, se preparem. “Precisamos de um esforço de todos os profissionais da saúde”. Como não existe uma vacina ainda contra esse novo coronavírus, o tratamento é, basicamente, de suporte. Ou seja, a pessoa pode piorar porque a pressão baixa, tem sangramentos ou dificuldade de respirar. O suporte atua no combate dessas manifestações.
A principal preocupação em relação ao coronavírus, segundo André Prudente, é que se trata de um novo vírus. “Quando sabemos todo o comportamento do vírus e da doença é mais fácil fazer um programa de prevenção, educação e tratamento. Como é novo, estamos nos baseando nos outros coronavírus que tivemos no passado, mas não necessariamente significa o mesmo mecanismo de transmissão, e isso dificulta bastante. Como não se sabe muito bem ainda a forma de se transmitir, a maneira de se prevenir fica prejudicada”, acrescenta.
Como a doença se manifesta
Conforme o Protocolo apresentado pelo Estado, os sinais e sintomas mais comuns provocados pelo novo coronavírus são febre, tosse, dor na garganta, congestão nasal, dor de cabeça, mal-estar e dores musculares. Imunossuprimidos, idosos e crianças podem apresentar quadro atípico que pode evoluir para infecção do trato respiratório inferior e pneumonia grave.
O infectologista André Prudente explica que o coronavírus provoca uma doença que pode acometer qualquer sistema do corpo humano: nervoso, respiratório ou cardiovascular. Os casos respiratórios são mais comuns em relação aos casos agravados até agora, evoluindo com febre e outros sintomas. “Importante destacar que pelo menos os primeiros casos na China lembram casos de dengue, ou seja, quando a febre passa é que os sintomas pioram. Se não for tratado pode levar a óbito”, alerta.
O Protocolo do estado prevê internação se houver qualquer complicação. Os casos não complicados devem ser orientados a permanecerem em domicílio até que os sintomas passem. Os cuidados gerais são idênticos ao de qualquer doença de transmissão aérea: higienização das mãos e dos locais frequentemente tocados, evitar contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios e cobrir boca e nariz ao tossir. Os casos de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (Sepse), choque séptico e síndrome da angústia respiratória aguda devem ser manejados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
A experiência da China mostra que a grande maioria dos casos são leves, com aparecimento de febre, tosse e dor de cabeça. Nos casos graves, onde a letalidade está em torno de 3% (de cada 100, três estão indo a óbito), as pessoas precisam de cuidados intensivos, ventilação mecânica e suporte de UTI. “Neste estágio os pacientes devem ser mantidos em precaução de contato (isolamento) até que fiquem bem e deixem de transmitir. Deve-se evitar visitas e a equipe de saúde precisa estar equipada adequadamente”, esclarece André Prudente.
André Prudente participou da construção do protocolo com orientações para manejo de pacientes infectados pelo coronavírus (Foto: Anastácia Vaz)
De acordo com o médico, nesse momento em que o vírus ainda não chegou aqui, a população precisa estar atenta e seguir as recomendações oficiais, indicadas na Nota Técnica e Protocolo divulgados pelo estado. Embora a preocupação em relação ao novo coronavírus seja importante, o Ministério da Saúde e profissionais da área pedem à população para não entrar em pânico e, principalmente, não se descuidar de outras doenças como a tuberculose e a dengue, por exemplo, que também são preocupantes.
Disseminação
O decreto de emergência da OMS serve de alerta para o problema que está se tornando esse novo coronavírus. Precavidos, gestores e profissionais de saúde do mundo todo estão se preparando para lidar com mais uma doença. Selma Jerônimo acha essa preocupação importante numa época em que existem viagens internacionais com bastante frequência.
André Prudente concorda com ela. “Mesmo que não tenha um grande fluxo da China para o RN, mas existe da China para outros Países e do RN para outros países. Como ainda não se sabe a maneira exata do contágio, fica difícil estimar um risco. Sabemos da possibilidade de ela chegar, então, temos de nos precaver”.
O infectologista Kleber Luz, Professor do Departamento de Infectologia da UFRN e Pesquisador do IMT, e representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no RN, lembra que o RN é um estado de economia turística e a chegada desse vírus pode provocar grande prejuízo também para a economia local. “Se começar a circular no Brasil e depois chegar ao RN, o impacto é menor, mas se começar por aqui, será muito negativo para o turismo, do ponto de vista econômico” acrescentou.
Haja manipulação!
O verdadeiro "vírus" que acomete de morte os nativos da taba de Poti são os corredores infectos do Walfredo Gurgel, do João Machado, do Tarcísio Maia, do Dioclécio Marques e congêneres.
E o Ministério Público, conivente, finge nada ter a ver com isso.
Ciclo do novo coronavírus – transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (30) que os casos do novo coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 18 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.
“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Até o momento, a OMS havia usado a denominação “emergência de saúde pública de interesse internacional” apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus (2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e ainda atinge a República democrática do Congo desde 2018.
Na semana passada, nos dias 22 e 23 de janeiro, a comissão especial passou dois dias em discussão e acabou decidindo que “ainda era cedo” para declarar emergência. Com a alta contínua no número de casos, o órgão de saúde ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) elevou a avaliação de risco de “moderado” para “elevado” cinco dias depois das reuniões.
Raio X do novo coronavírus — Foto: Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1
Nome oficial
A OMS também divulgou o nome oficial da doença causada pelo novo coronavírus: “Doença Respiratória de 2019-nCoV”. Até então, são 7.818 casos confirmados pelo mundo, sendo 7.736 na China. São 170 mortes devido à infecção.
Mais cedo, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram que o país registrou o primeiro caso de transmissão interna do novo coronavírus.
De acordo com o CDC, trata-se de uma pessoa que conviveu com uma mulher de Chicago que tinha viajado para Wuhan, na província de Hubei, na China. A maioria das mortes e pessoas infectadas está nesta região, epicentro do surto. O caso registrado nos EUA não é o primeiro do tipo no mundo.
Posição do Brasil
O secretátio de Vigilância em Saúde do Brasil, Wanderson de Oliveira , disse que o protocolo no Brasil não deverá mudar após a declaração de emergência da OMS e que o Ministério da Saúde já está com um planejamento de contingência. A informação foi divulgada em entrevista coletiva em Brasília.
“Só quando tivermos um primeiro caso confirmado é que declararemos emergência de saúde pública no Brasil. Junto à OMS nós verificamos e analisamos as condutas, se temos que mudar ou adaptar de acordo com a OMS”, disse Oliveira.
O Brasil continua com 9 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV e em seis estados. De acordo com a pasta, houve 43 notificações ao todo, e nenhum caso provável ou confirmado. Os dados são referentes ao período de 18 a 30 de janeiro de 2020.
Coronavírus no Brasil:
9 casos suspeitos
43 notificações
0 caso provável e 0 confirmado
6 descartados – chegaram a ser uma suspeita, mas a investigação descartou o vírus
28 excluídos – não apresentaram os requisitos para serem enquadrados como suspeita
Os casos suspeitos foram registrados em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (2), São Paulo (3), Paraná (1) e Ceará (1).
No balanço anterior, divulgado nesta quarta-feira (29), a pasta também havia citado nove casos suspeitos em seis estados. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, explicou que o fato de o número ter se mantido não significa que se trate dos mesmos registros informados na véspera.
A doença "ressurge" do nada, as bolsas de valores caem vertiginosamente em todo o mundo, de forma "repentina" inventam a vacina salvadora, por sorte, muita sorte, quem inventa a mesma é alguém dos States(povo nascido de bunda pra lua, esse!), as ações da bolsas começam a subir, os lucros da indústria farmacêutica extrapolam o esperado, o presidente 'Quack Satrump' ganha credibilidade e vira sinônimo de salvação para o mundo.
Até a próxima "epidemia", tchau!
O carnaval está chegando e com ele milhares de turistas do mundo todo.Como vai ser o controle?É viável viajar?As multidões na Barra em Salvador?E em Ipanema e Copacabana?
Mensagem replicada no WhatsApp atribui foto de performance artística em Frankfurt, há seis anos, como um registro de corpos empilhados de vítimas do coronavírus na China Foto: Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde identificou, através de seus canais nas redes sociais, diversas fake news propagadas sobre o novo coronavírus, que já deixou 170 mortos na China e mais de 7.711 infectados em todo o mundo. Entre os boatos replicados na internet, está a recomendação do consumo de chá de erva doce e sucos de acerola e laranja para se proteger da doença, que ainda não chegou ao Brasil, pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo a mensagem distribuída em grupos de WhatsApp, a erva teria a mesma substância que o medicamento Tamiflu e, por isso, deveria ser consumida duas vezes ao dia, sempre após as refeições, “como se fosse café”. A pasta desmentiu que o chá contenha fosfato de oseltamivir, princípio ativo do remédio.
Outro texto reproduzido nos aplicativos de mensagens acusa o governo brasileiro de “esconder os números” da “epidemia que está ocorrendo aqui e no mundo”. Segundo o boato, oito cidades do Brasil estariam sob quarentena, a exemplo da província de Hubei, na China, e 41 pessoas já teriam morrido em decorrência do novo coronavírus. Os infectados estariam na casa dos 600 e outros 40 mil pacientes estariam sob suspeitas.
Conforme divulgado na última quarta-feira pelo próprio Ministério da Saúde, o Brasil tem apenas nove casos suspeitos e nenhuma infecção confirmada. Portanto, não há nenhum registro de morte, tampouco de municípios em quarentena. As vítimas são monitoradas a todo o momento e estão isoladas em hospitais.
Uma foto de uma performance artística representando 528 vítimas do campo de concentração nazista Katzbach, em Frankfurt, no ano de 2014, acabou compartilhada na internet como um registro de corpos empilhados em uma rua chinesa, o que indicaria um cenário muito pior do que o divulgado pelo governo de Pequim.
Um quarto rumor relaciona a epidemia ao consumo de sopas de morcego na China. Embora haja suspeita de que o vírus tenha sido transmitido pelo consumo de animais selvagens, não há comprovação científica de que morcegos sejam de fato o hospedeiro natural. Outras espécies ainda estão sendo investigadas e as fotos reproduzidas no WhatsApp, segundo o boatos.org, foram publicadas por uma influenciadora digital há quatro anos.
Nem mesmo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) escapou das fake news. Uma mensagem apócrifa afirma que pesquisadores da instituição confirmaram a capacidade de dano neurológico do coronavírus. Entre os efeitos deletérios estariam a perda de memória, confusão mental, dificuldade motora e até coma. Como lembrou o Ministério da Saúde em seu site, o novo vírus sequer foi isolado no Brasil e não há indícios de que ele cause prejuízos ao cérebro.
Cerca de 6 mil pessoas estão retidas a bordo de um cruzeiro italiano enquanto dois passageiros chineses são testados por suspeita de coronavírus, disse um porta-voz da empresa Costa Cruzeiros nesta quinta-feira (30).
O casal chinês chegou à Itália em 25 de janeiro e, no mesmo dia, embarcou no navio Costa Smeralda, no porto de Savona. Em seguida, os dois passageiros se sentiram mal, apresentando febre e dificuldades respiratórias.
O cruzeiro já havia visitado Marselha, na França, e os portos espanhóis de Barcelona e Palma de Mallorca nesta semana antes de atracar em Civitavecchia, a norte de Roma, nesta quinta-feira.
Ninguém tem permissão para desembarcar do navio enquanto exames médicos são feitos para avaliar se o casal é portador do coronavírus, disse um porta-voz da companhia marítima.
Ele acrescentou que a situação pode demorar “algumas horas” antes de ser esclarecida.
Nesta quinta-feira, alguns países começaram a isolar milhares de cidadãos que deixaram a cidade chinesa de Wuhan, uma medida para impedir a propagação do vírus, que já matou 170 pessoas na China.
João Maria ganhou o troféu. Um cara querer ficar num navio com 7000 pessoas e um vírus mortal tem que ganhar esse troféu.
João Maria, doidinho, diga isso não kkkk Riva, acho que ele nunca fez um cruzeiro por isso tá dizendo isso. Pois eu não quero mais nem de graça no mais luxuoso que exista avalie com um vírus mortal nessa "ilha" comigo ?, viva a liberdade ?!!!
Cientistas norte-americanos trabalham para desenvolver a vacina que poderá barrar o coronavírus que, até o momento, já infectou quase 8 mil pessoas em vários países e matou quase duas centenas de pessoas. Se tudo correr bem, dentro de poucos meses a vacina poderá começar a ser testada.
O laboratório da farmacêutica Inovio, na cidade de San Diego, na Califórnia, é neste momento um dos locais onde a vacina está sendo desenvolvida. Os cientistas da Inovio esperam ter o produto pronto para ser testado em humanos no início do verão e já lhe deram um nome: “INO-4800”.
O fato de as autoridades chinesas terem sido rápidas ao divulgar o código genético do vírus ajudou os cientistas a determinar a origem, as mutações que pode sofrer à medida que o surto se desenvolve e a perceber a melhor forma de proteger a população mundial do contágio.
“Assim que a China forneceu a sequência do DNA do vírus, conseguimos colocá-lo na tecnologia dos nossos computadores e desenvolver o protótipo de uma vacina em apenas três horas”, explicou à BBC Kate Broderick, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Inovio.
Caso os testes iniciais sejam bem-sucedidos, serão feitos testes em maior escala, principalmente na China, o que pode ocorrer até o fim deste ano. Se a cronologia prevista pela Inovio se confirmar, esta será a vacina desenvolvida e testada mais rapidamente em um cenário de surto.
Da última vez que um vírus semelhante surgiu, em 2002 – a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) -, a China demorou a partilhar informações com o mundo e, por isso, a epidemia já estava perto do fim quando uma vacina foi desenvolvida.
Como funciona a vacina contra o coronavírus
A equipe responsável pelo desenvolvimento da vacina utiliza uma nova tecnologia de DNA e trabalha com uma empresa de biotecnologia de Pequim.
“As nossas vacinas são inovadoras pois utilizam as sequências de DNA do vírus para atingir partes específicas do agente patogênico”, organismo capaz de produzir doenças infecciosas aos seus hospedeiros, explicou a responsável pela empresa norte-americana.
“Depois, utilizamos as células do próprio paciente como uma fábrica para a vacina, fortalecendo os mecanismos de resposta naturais do corpo”.
O trabalho desse e de outros laboratórios é financiado pela Coligação para Inovações de Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla original), uma organização não governamental que apoia o desenvolvimento de vacinas que previnam surtos.
“A nossa missão é garantir que os surtos não sejam uma ameaça para a humanidade”, explicou Melanie Saville, uma das diretoras da organização, que foi criada depois do surto de ébola na África Ocidental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das entidades que participam da procura global por uma vacina que combata o coronavírus, diz que não existem garantias de que qualquer um dos projetos em desenvolvimento seja suficientemente seguro e eficaz para que possa vir a ser utilizado.
“Os especialistas vão considerar vários critérios, incluindo a segurança da vacina, as respostas imunológicas e a disponibilidade dos laboratórios para fabricarem doses suficientes no tempo necessário”, explicou a OMS.
Agência Brasil, com RTP, emissora pública de televisão de Portugal
Considerando o cenário de perigo iminente diante da atual situação epidemiológica do novo coronavírus na China e a confirmação da disseminação da doença em outros países, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), lançou uma nota técnica para fortalecer as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS).
O objetivo é alertar os profissionais de saúde quanto a possíveis casos sintomatológicos de doença respiratória que tenham histórico de viagem para as áreas de transmissão nos últimos 14 dias e que atendam à definição de caso suspeito do novo coronavírus.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo – como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Os principais sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios: tosse, febre e dispneia (dificuldades ao respirar). Não existe tratamento especifico para infecções causadas por coronavírus humano. Dependendo do caso algumas medidas podem ser adotadas para alivio dos sintomas, como uso de medicamento para dor e febre. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar ou descartar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
A Sesap orienta aos profissionais de saúde que todo caso suspeito deverá ficar mantido em isolamento respiratório e deve ser notificado de forma imediata pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/RN).
As precauções recomendadas para o público em geral são:
Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de 20 segundos, ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
Evitar contato próximo com pessoas doentes;
Ficar em casa quando estiver doente;
Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel descartável, jogando-o no lixo após uso;
Manter os ambientes bem ventilados;
Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência;
Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou garrafas);
Evitar aglomeração de pessoas;
Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
Evitar viagens à China e países com transmissão local do vírus, neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta terça-feira (28) que o governo acompanha a situação de uma família brasileira que está nas Filipinas com suspeita de ter contraído o coronavírus e que não há orientação do governo para a retirada de brasileiros das regiões afetadas pelo vírus.
Antes de ir para as Filipinas, a família de três pessoas (pai, mãe e uma criança de 10 anos) passou por Wuhan, na China. A criança de 10 anos tem suspeita de contaminação e está em isolamento. Já os pais da menina estão isolados como medida de precaução.
“A gente fica monitorando com atenção o caso dessa família. Quando a gente tem uma situação como essa a pessoa tem que ficar onde ela está. Não é orientada a remoção, mesmo porque você não tem um tratamento especifico definido para esse vírus. O mesmo tratamento que é aplicado na China vai ser feito no Brasil”, disse o ministro durante entrevista coletiva para tratar das medidas adotadas pelo governo para evitar a entrada do vírus no país.
Durante a entrevista, Mandetta confirmou a suspeita de um caso de contaminação por coronavírus em Minas Gerais. Com isso, o governo elevou o nível de atenção para o vírus que passou de 1 – nível de alerta – para 2, de perigo iminente.
Brasileiros no exterior
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que não há orientação do governo para a retirada de brasileiros que vivem na China. Por meio de nota, a pasta disse que a embaixada brasileira em Pequim está acompanhando a situação dos brasileiros que vivem na China. De acordo com o Itamaraty, o governo chinês mantém comunicação constante com os representantes diplomáticos e consulares e, até o momento, não considera a hipótese de organizar a retirada de estrangeiros das áreas já em situação de isolamento.
“Recorde-se que qualquer evacuação demandará, além da autorização chinesa, cumprimento das normas internacionais sobre quarentena e permissão de sobrevoo e pouso de avião com pessoas provenientes de área que experimenta surto da doença”, diz a nota.
Viagens para a China
Durante a coletiva, o ministro da Saúde disse ainda que, após a Organização Mundia da Saúde (OMS) elevar de moderado para elevado o risco de contaminação pelo vírus, brasileiros só devem viajar para a China em caso de necessidade.
“Estamos recomendando que viagens à China sejam feitas apenas em caso de necessidade. A OMS desaconselha qualquer viagem nesse momento para o país”, disse Mandetta.
O ministro disse ainda que, com a decisão da OMS, o governo vai passar a tratar como casos suspeitos, os de pessoas que estiveram em toda a China nos últimos 14 dias e apresentarem sintomas respiratórios, como tosse ou dificuldade para respirar. Antes, a atenção recaía apenas às pessoas que estiveram na cidade de Wuhan, local com maior número de casos.
O ministro disse ainda que não há orientações específicas para o período de Carnaval. “Não temos nenhuma recomendação específica de comportamento, a não ser aquelas clássicas que usamos sempre: lavar as mãos, evitar compartilhamento de objetos, copos talheres para que se possa ter um risco menor, mas nada especifico para o Carnaval”, disse.
Aeroportos
Desde o fim de semana, os aeroportos brasileiros divulgam alerta da Anvisa sobre o coronavírus. A mensagem reforça procedimentos de higiene e diz que os passageiros que apresentarem sintomas relacionados ao vírus devem procurar um agente de saúde. O ministro disse que o governo também trabalha com a elaboração de material impresso em diferentes idiomas para orientar as pessoas que chegam no país sobre o que fazer para evitar contrair o vírus.
Hoje à tarde, integrantes da Anvisa se reúnem com representantes de companhias aéreas no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, para dar orientações sobre o coronavírus.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até ontem (27), foram confirmados 2.798 casos do novo coronavírus, batizado 2019-nCoV, em todo o mundo. A maior parte na China (2.761), incluindo a região administrativa de Hong Kong (8 casos confirmados), Macau (5) e Taipei (4).
Fora do território Chinês foram confirmados 37 casos. Destes, 36 apresentaram histórico de viagem à China, dos quais 34, estiveram na cidade de Wuhan ou algum vínculo com um caso já confirmado. Desse total, os Estados Unidos e a Tailândia registraram cinco casos cada; quatro casos foram registrados no Japão, Cingapura, Austrália, Malásia e a Coreia do Sul. A França registrou três casos, o Vietnam dois, e o Canadá e Nepal um caso cada.
Nesta terça, representantes do Ministério da Saúde vão participar de uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema. Na próxima semana, Mandetta disse que vai se reunir com os secretários estaduais de Saúde e os secretários de Saúde das capitais também para detalhar as ações tomadas pelo governo.
A suspeita de contaminação por coronavírus em uma jovem de 22 anos, em Minas Gerais, levou o Ministério da Saúde a subir o nível de alerta do país para “perigo iminente” nesta terça-feira.
O Centro de Operações de Emergência (COE), acionado pelo ministério desde o início da crise, classifica os riscos em três níveis, em linha com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O primeiro é o nível de alerta, porque havia casos acontecendo em outros países, mas a transmissão estava concentrada na China. O nível dois (“perigo iminente”) se inicia a partir da identificação de um caso suspeito que se enquadre na definição estabelecida pelo protocolo da OMS. Esse é o caso da paciente em Minas Gerais, que viajou à Wuhan, epicentro da crise na China.
A partir da confirmação de um caso da doença, o país entra no terceiro nível, e o governo declara emergência em saúde pública de importância nacional.
Coronavírus: O que se sabe até agora?
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a suspeita em Minas Gerais ainda está sendo analisada, e que não há evidência de que o coronavírus esteja circulando no Brasil, porque o caso mineiro não seria de transmissão no Brasil, mas sim na China.
— Temos hoje o caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan até 24 de janeiro de 2020. É um caso importado, ou seja, uma pessoa que veio dessa cidade. Ela apresentou sintomas compatíveis com a suspeita e o estado geral da paciente é bom. Não há evidência ainda que o vírus esteja circulando, ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados — afirmou.
A brasileira deixou a China de avião e fez uma escala em Paris e outra em Guarulhos (SP), antes de seguir para Belo Horizonte.
Segundo o ministro, uma análise comparativa do genoma do vírus permitirá saber, até sexta-feira (31), se a paciente foi contaminada pelo novo coronavírus.
Milhares de rumores, nenhuma confirmação
Mandetta afirmou que o ministério recebeu sete mil rumores sobre possíveis contaminados, dos quais 127 casos foram verificados mais profundamente e dez foram notificados para testes.
Desses dez, nove foram descartados e apenas o de Minas Gerais é tratado como suspeito. O resultado do exame que detecta se o caso é de coronavírus deve sair na próxima sexta-feira.
O ministro da Saúde afirmou, ainda, que os brasileiros devem evitar viagens à China:
— Estamos recomendando que viagens à China sejam feitas apenas em caso de necessidade. O Ministério da Saúde desaconselha qualquer viagem nesse momento para aquele país.
A definição de casos suspeitos mudou com a alteração da área de perigo feita pela OMS na segunda-feira (27).
Na mudança, a organização passou a tratar o assunto como um problema de toda a China, não só da província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
A partir disso, o Ministério da Saúde começou a classificar como suspeitos os casos de pessoas que tenham vindo de qualquer ponto da China nos últimos 14 dias e que apresentem sintomas.
O ministério definiu três situações de casos suspeitos. O primeiro é quando a pessoa sente febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade de respirar, e esteve na China nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.
Na segunda situação, a pessoa apresenta os mesmos sintomas, mas teve contato próximo de um caso suspeito nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.
Na terceira situação, a pessoa também apresenta os sintomas e teve contato com um caso confirmado de coronavírus nos últimos 14 dias.
Laboratórios de referência
O laboratório de referência nacional para o caso de vírus respiratório é o da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. É ele que dá a palavra final no processo de identificação do vírus.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Wanderson Kleber de Oliveira, explica que isso acontece porque ainda não há uma padronização dos procedimentos.
— Lá (na Fiocruz) tem todo o equipamento e padronização. Nessas situações que nós não conhecemos direito, em que os testes não estão tão bem padronizados, os casos precisam ser validados pelo laboratório de referência nacional.
Segundo Oliveira, todos os estados do país têm laboratórios centrais que são capacitados e receberam orientação para tratar dessa situação. A Fundação Ezequiel Dias, em Minas Gerais, e o Instituto Evandro Chagas, no Pará, por exemplo, são referências regionais para os exames.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que “não seria oportuno” trazer para o Brasil a família de brasileiros que está internada nas Filipinas, com suspeita de terem contraído o coronavírus.
Segundo adiantou a colunista Bela Megale, Bolsonaro voltou da visita oficial à Índia bastante preocupado com a situação e, além de conversar com Mandetta, deverá se reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para avaliar se há necessidade de promover ações em aeroportos internacionais.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou nesta terça-feira (28) o primeiro caso suspeito de coronavírus investigado no Brasil. A paciente se enquadra nas definições da OMS (Organização Mundial da Saúde), pois esteve recentemente na cidade de Wuhan, na China, epicentro da epidemia.
Temos um caso suspeito em Minas Gerais de uma paciente que foi para Wuhan. O estado da paciente é bom, ela está em isolamento e estamos monitorando”, afirmou, em entrevista coletiva.
Na semana passada, o Ministério da Saúde chegou a informar que ao menos cinco governos estaduais notificaram a pasta sobre viajantes que apresentaram sintomas gripais — e que poderiam ser casos suspeitos —, mas todos foram descartados, justamente por não terem visitado a região de Wuhan e não terem contato com alguém infectado pelo novo coronavírus.
Se confirmado, o caso da brasileira será o primeiro do novo coronavírus na América do Sul.
Aquecimento global é mais uma mentira que faz parte da "nova esquerda" mundial, baseada em bandeiras como ecologia, globalismo (diferente de globalização), direitos humanos, diversidades, liberalismo nos costumes, etc. O mundo sempre passou por mudanças climáticas desde o primórdios dos tempos.
O Cientista, Ceará-Mundão, junto com o sabe tudo do Bento, não perdem uma oportunidade de ficar calado.
Eles acreditam que estão corretos e os doutores e cientistas estão errados.
Há cientistas para todos os gostos. Já li e ouvi comentários de vários deles dizendo exatamente o que expus acima: as mudanças climáticas são cíclicas e independem das ações humanas. Por outra, já presenciamos muita canalhice dessa turma que diz defender o meio ambiente. Gente que, inclusive, não abre mão de NENHUMA das benesses do mundo moderno. Estamos fartos dessa lenga lenga hipócrita e mentirosa.
Lamento que alguns preferem sair por aí repetindo os discursos que lhes são repassados por seus "senhores", verdadeiros papagaios da esquerdalha.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar como “elevado” o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus. O novo status, divulgado nesta segunda-feira (27), é uma correção na avaliação feita anteriormente pela própria OMS. A organização esclareceu que, por um “erro de formulação”, havia apontado o risco como moderado.
Até o começo da tarde desta segunda, os dados oficiais apontavam 81 mortes e mais de 2,7 mil pacientes infectados. Pela primeira vez, uma morte foi registrada em Pequim.
Em seu relatório sobre a situação, a OMS indica que sua “avaliação de risco (…) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”.
Em relatórios anteriores, o órgão das Nações Unidas apontou que o risco global era “moderado”. “Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos”, explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.
Na quinta-feira (23), a OMS considerou “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional”.
“Ainda não é uma emergência de saúde global, mas pode vir a ser” – Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS.
A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e a República Democrática do Congo desde 2018.
Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.
Desde os primeiros casos em dezembro, casos de pessoas infectadas foram registradas na Ásia, na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.
Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.
A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.
Não me causará nenhuma surpresa se chineses e russos usarem a desculpa de que o coronavírus foi desenvolvido em laboratórios dos EUA para sabotar a ascensão econômica da China comunista.
Um especialista japonês afirmou que será difícil controlar infecções e prevenir a disseminação do novo coronavírus, ligado a um surto de pneumonia na China.
O professor Mitsuo Kaku da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, diz que infecções podem ocorrer mesmo quando as pessoas não apresentam sintomas. Ele alerta que o número de pacientes infectados também pode aumentar no Japão.
Kaku diz que o número de casos na China aumenta apesar das restrições de mobilidade em grande escala determinadas para a cidade de Wuhan, o epicentro do surto, e em outras localidades no país.
Afirmou também que autoridades chinesas parecem ter uma crescente noção de urgência em relação aos casos, pois pessoas infectadas com o vírus provavelmente continuam a disseminá-lo mesmo durante o período de incubação.
Kaku disse que a nova linhagem do vírus é diferente dos que causaram as epidemias de síndromes respiratórias agudas SARS e MERS. Acredita-se que, na ausência de sintomas como tosse e coriza, pacientes acometidos pela SARS ou MERS não teriam infectado outras pessoas.
O professor alerta que quem possui doenças crônicas pode ficar gravemente doente se for infectado pelo novo vírus. Ele insiste que as pessoas não encarem o vírus de forma branda, pois trata-se de uma nova linhagem que nunca antes havia infectado seres humanos.
Kaku diz que médicos especialistas têm dificuldade em diagnosticar pacientes que apresentam apenas sintomas leves. E pede que as pessoas evitem tocar o nariz, a boca e os olhos para minimizar o contágio.
Repatriação
Firmas japonesas estão se preparando para trazer de volta ao Japão seus funcionários e familiares lotados em Wuhan, a cidade chinesa no epicentro do surto de coronavírus.
A Organização de Comércio Exterior do Japão diz que cerca de 160 empresas do país operam na cidade e outras localidades nos arredores.
Metade das firmas são parte da indústria automotiva, incluindo a fabricante Honda. Executivos da empresa planejam repatriar funcionários e familiares, afirmando que vão trazer cerca de 30 pessoas de volta ao país.
A varejista Aeon também possui 12 funcionários japoneses em uma empresa do mesmo grupo, baseada em Wuhan. Foi comunicado que a firma deve trazer todos de volta, com exceção dos que ocupam cargos essenciais para a operação de cinco supermercados na cidade.
A fabricante de pneus Bridgestone também conta com dois funcionários japoneses na região chinesa afetada pelo surto. Foi informado que um deles já voltou para o Japão e o outro espera retornar em um voo fretado.
Um estudo conduzido por cientistas chineses e publicado no Jornal de Virologia Médica levanta suspeita de que o surto de coronavírus no país asiático possa ter relação com uma iguaria local: a sopa de morcego.
“Os resultados obtidos em nossas análises sugerem que o 2019‐nCoV [nome oficial do novo vírus] parece ser um vírus recombinante entre o coronavírus de morcego e um coronavírus de origem desconhecida”, afirmam os autores.
O novo coronavírus já infectou cerca de 600 pessoas desde o fim de dezembro, sendo que 17 delas morreram. Os principais sintomas são febre e problemas respiratórios, incluindo pneumonia.
Imediatamente, pessoas se manifestaram nas redes sociais afirmando que em Wuhan, cidade onde o surto iniciou, a sopa de morcegos silvestres é um prato comum.
Graphic ⚠️ #ChinaPneumonia — “Bat Soup” on ?? diners’ desk.#Wildlife animals hv ALWAYS been “delicacies” in #China, some even claim they can improve health & sex performance.
— @Dystopia – #HongKong is NOT China (@Dystopia992) January 22, 2020
Sabe-se que os coronavírus são transmitidos de animais para humanos e, posteriormente, a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa.
O local onde os primeiros casos foram relatados foi um mercado de frutos do mar e de animais vivos em Wuhan.
Imediatamente, o espaço foi interditado e desinfetado por autoridades sanitárias, o que não impediu que o número de pessoas infectadas continuasse a aumentar.
Um estudo anterior, de 2017, publicado no China Science Bulletin, ressaltava que “os morcegos estão conectados ao crescente número de vírus emergentes e re-emergentes que podem quebrar a barreira das espécies e se espalhar para a população humana”.
“Os coronavírus são um dos vírus mais comuns descobertos em morcegos, que foram considerados a fonte natural de coronavírus recentes suscetíveis a humanos, como SARS-CoV e MERS-CoV.”
A SARS (síndrome respiratória aguda grave), surgida na China em 2002, e a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), com origem na Arábia Saudita, em 2012, tiveram surtos parecidos com o atual.
A primeira registrou cerca de 8.000 infectados, com algo em torno de 800 mortes. A segunda teve 2.200 casos e 790 óbitos.
O aumento no número de pessoas infectadas e mortas pelo coronavírus na China faz com que a cotação do petróleo no mercado caia nesta quinta-feira. O barril do tipo Brent é negociado com queda de 2,93%, a US$ 61,36. Esta é a menor cotação em sete semanas.
Os analistas indicam que o receio de que a demanda chinesa seja reduzida por conta da doença explica a queda no preço das commodities no mercado.
— A leitura é que a queda do Brent está atrelada ao espalhamento do coronavírus na China. O mercado teme que esta nova ameaça possa comprometer a demanda por processos que dependem de fluxos internacionais, o que pode, diretamente, impactar a demanda por derivados de petróleo já no curto prazo — indica Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
Nesta quarta, o Goldman Sachs publicou um relatório no qual projeta que o vírus respiratório, que se originou na cidade chinesa de Wuhan, poderia causar uma queda da demanda global de 260 mil barris por dia em 2020. A menor demanda, estimou o banco, levaria a cotação do petróleo a cair em US$ 2,90 o barril.
“Embora uma resposta de oferta da Opep possa limitar o impacto fundamental de um choque da demanda, a incerteza inicial sobre o escopo potencial da epidemia pode levar a uma onda de vendas maior do que os fundamentos sugerem”, avaliaram Damien Courvalin e Callum Bruce, analistas do Goldman.
O impacto real na demanda global de petróleo dependerá da rapidez com que o coronavírus se espalhar para outras regiões e do nível de contágio, segundo analistas. Uma resposta rápida e agressiva das autoridades chinesas também pode diminuir a incerteza e o impacto negativo na economia.
— No atual momento, cria-se uma atmosfera de tensão no exterior sobre uma possível diminuição da demanda chinesa, o que afeta diretamente as commodities — diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset. — O feriado do Ano Novo Lunar já é neste fim de semana, e estradas e regiões estão fechadas. Isso pode diminuir o consumo interno e refletir no mundo como um todo.
Na véspera, o barril do Brent fechou os negócios cotado a US$ 63,21.
MUITO BOM O CONSELHO DESTE SANITARISTA, MAS ELE MESMO NÃO VAI NEM SAIR DE CASA, OS OUTROS QUE SE F****
Voce esta certo