Polícia

Transferência de Mução para presídio é cancelada devido ameaças de presos

Dentro da cadeia, há lei. E uma das mais severas diz respeito aos crimes sexuais, especialmente, se as vítimas são crianças. Por isso,  foi cancelada a transferência do humorista Rodrigo Vieira Emereciano, de 35 anos, conhecido como Mução, da sede da Polícia Federal de Pernambuco para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), também localizado em Recife. O radialista foi preso por suspeita de envolvimento em uma rede de divulgação de pornografia infantil na internet.

De acordo com o site do jornal Diário de Pernambuco, os presos teriam ameaçado a vida do radialista, que foi preso pela PF na operação DirtyNet, em Fortaleza, no Ceará, nesta quinta-feira (28). De acordo com a delegada da Polícia Federal que preside o caso,  Kilma Caminha, os detentos do local não toleram envolvidos no tipo de crime que Mução é acusado e costumam ser violentos com quem cumpre pena por pedofilia.

Também de acordo com o Diário de Pernambuco, os presos já estariam aguardando a chegada de Mução para realizar ações de violência contra o acusado. Por esse motivo, a Polícia Federal preferiu impedir a transferência para o Cotel e ainda avalia para onde encaminhará o suspeito, que continua prestando depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Recife, onde chegou às 9h30.

O humorista está acompanhado de um advogado recifense e continua negando qualquer participação no caso, além de afirma desconhecer os fatos alegados pela delegada da Polícia Federal.

Pornografia infantil
A operação, denominada DirtyNet (Rede Suja), teve apoio do Ministério Público Federal e da Interpol e prendeu 32 suspeitos em nove Estados brasileiros. As prisões foram realizadas no Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2).

A operação DirtyNet foi desencadeada na manhã desta quinta (28) com o objetivo de desarticular a quadrilha. A PF estava monitorando redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet há seis meses e detectou trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes.

Integrantes de um mesmo grupo e valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, os suspeitos trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.

Além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.

Com informações do IBahia

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