Diversos

Crédito encolhe e inadimplência sobe em janeiro, afirma Banco Central

Com baixa oferta e baixa demanda, o estoque de crédito encolheu 0,6% em janeiro em relação a dezembro, segundo o Banco Central. No acumulado em 12 meses, o ritmo de crescimento caiu de 6,7% para 6,2% nos últimos dois meses. Descontada a inflação, o crédito encolheu cerca de 4% em relação a janeiro do ano passado.

A continuidade na piora no mercado de crédito, que o governo tenta estimular por meio de uma pacote anunciado em janeiro, reflete, por exemplo, o aumento das taxas de juros e da inadimplência.

A taxa média ao consumo passou de 63,7% para 66,1% ao ano em apenas um mês. A inadimplência para pessoas físicas subiu pelo quarto mês seguido, para 5,4%, no crédito sem subsídios. Um ano antes, estava em 4,4%.

Nessas linhas de crédito, que incluem cheque especial, crédito pessoal e consignado, o crescimento nos últimos 12 meses foi de 2,3%, sem considerar a inflação de quase 11% no período.

Para as empresas, o crédito cresceu 7,7% nas linhas com juros subsidiados, nas quais se destaca o BNDES, e 4,4% nas linhas com taxas definidas livremente pelo mercado. A inadimplência das pessoas jurídicas subiu de 2% para 2,7% nos últimos 12 meses.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Os únicos a ganharem com esta bagunça econômica, são os bancos. Às vezes acho que quem controla tudo, o grande PAI, é o banqueiro.

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Economia

Crédito encolhe, e inadimplência e juros sobem em outubro, diz BC

O estoque de crédito concedido pelo sistema financeiro a famílias e empresas encolheu 0,1% em outubro e alcançou em 12 meses expansão de 8,1%.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central mostram ainda aumento da inadimplência e das taxas médias de juros para todos tipos de clientes.

A taxa média de juros no crédito ao consumo para as famílias alcançou 64,8% ao ano no mês passado. O número é novo recorde para a série iniciada em março de 2011. Há um ano, estava em 50,6% ao ano.

A inadimplência encerrou o mês em 5,8%, acima do piso de 5,2% alcançado em março deste ano. Nesse segmento, o estoque cresceu 0,1% no mês e 3,3% em 12 meses.

Entre as principais linhas, a taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito caiu de 414% ao ano em setembro para 406% em outubro. Um ano antes, a taxa estava em 320% ao ano. Essa é a linha mais caras entre as principais modalidades de crédito para o consumo.

A taxa média do cheque especial subiu e fechou o mês passado em 278% ao ano, segundo o BC. Esse é o maior valor desde junho de 1995, quando estava em 284% ao ano.

A alta dos juros nestas modalidades acompanha o comportamento geral das taxas bancárias, que subiram com o aumento da taxa básica (Selic) promovido pelo BC desde o ano passado e dos juros de mercado nos últimos meses. Por serem linhas de maior risco, no entanto, a alta de juros do rotativo e do cheque são maiores.

A menor demanda por crédito e as restrições colocadas pelo sistema financeiro também ajudaram a derrubar a liberação de novos empréstimos. A média diária de concessões recuou 2,7% no crédito livre e 11,3% no subsidiado, considerando tanto empresas como consumidores.

Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque de crédito alcançou o pico de 55,1% em setembro de 2015, segundo dados revisados pelo BC, e está agora em 54,7% (R$ 3,16 trilhão).

EMPRESAS

O crédito para empresas recuou 0,9% nas modalidades com taxas de mercado e 0,2% nos empréstimos com subsídios. Nos dois casos, o BC cita a influência do câmbio sobre o crédito com recursos em moeda estrangeira.

A inadimplência da pessoa jurídica subiu nos últimos 12 meses de 3,6% para 4,3%, no crédito livre, e de 0,5% para 0,8% no direcionado.

A taxa média de juros passou de 24,3% para 30,2% ao ano no primeiro caso. Nos empréstimos com subsídios, subiu de 7,6% para 11,1% ao ano, influenciada pelo aumento das taxas do BNDES (banco estatal de desenvolvimento).

Folha Press

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