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Procura por cursos de formação do Exército cresce 22,45% em três anos

EsPCEx é a escola mais concorrida do Exército. Flickr/ Exército Brasileiro

O número de inscrições para os cursos de formação do Exército cresceu 22,45% em três anos, segundo os dados enviados pela corporação com exclusividade ao R7. A estabilidade da carreira e a busca por propósito são características que impulsionaram o aumento.

Em 2016, 49.632 candidatos se inscreveram para uma das quatro escolas do Exército: EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), EsFCEx (Escola de Formação Complementar do Exército), EsSEx (Escola de Saúde do Exército) e IME (Instituto Militar de Engenharia) — conheça cada uma das escolas no quadro abaixo. Em 2018, foram 60.779 inscrições.

A EsPCEx é a escola mais concorrida da corporação e teve aumento de 35,8% na procura — de 29.771 inscrições, em 2016, para 40.443 em 2018. Também é a oportunidade com maior número de vagas, curso em que são aceitas 440 pessoas.

Em seguida, aparece a EsFCEx, com 11.619 inscrições, em 2016, e 12.208 em 2018 — crescimento de 5%. O número de vagas disponíveis caiu de 40 para 20.

A EsSEx registrou queda de 7% no número de inscrições, passando de 2.835, em 2016, para 2.643 em 2018. A escola conta, atualmente, com 106 vagas.

O IME, focado na formação de engenheiros, teve um aumento das inscrições entre 2016 (5.407) e 2017 (6.290), enquanto, em 2018, o número de candidatos caiu (5.485) e ficou mais próximo do patamar de 2016.

Segundo o Exército, o número de vagas para o IME varia de acordo com o ano, de acordo com as “necessidades institucionais, estabelecidas pelo Estado-Maior do Exército (EME)”. A instituição afirma que “tradicionalmente, os cursos oferecidos pelo IME são muito disputados, pois alcançam os melhores resultados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)”.

O diretor executivo da ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) Alexandre Slivnik afirma que o crescimento da procura é esperado, considerando o perfil dos jovens que entram no mercado de trabalho hoje em dia. Para ele, os mais novos querem trabalhar por propósito e não só por dinheiro.

“Cada profissional, hoje, principalmente os mais jovens, querem ser úteis para a empresa que eles representam. Eu vejo no Exército uma condição muito de propósito”, afirma.

Slivnik também defende que a estabilidade da profissão é um ponto que atrai novos integrantes aos cursos de formação do Exército. “Uma vez que a nossa economia é cíclica, que tem altos e baixos, os profissionais que têm uma carreira militar têm uma garantia de estabilidade muito maior do que uma empresa privada, por exemplo”.

O consultor de carreira do CPS (Cedaspy Professional School) Alexandre Araújo é militar da reserva e afirma que há mais procura pelos cursos do Exército devido à estabilidade, à divulgação e à insatisfação com a situação do país.

“Há a insatisfação da população com o nível de corrupção e o próprio Exército começa a fazer um trabalho de divulgação grande”, afirma.

Para a corporação, a possibilidade de seguir carreira militar impulsiona as inscrições. Ao passar no IME, o ingressante pode decidir se irá seguir este caminho ou a reserva. Caso escolha a segunda opção, são considerados militares ativos apenas no primeiro ano da graduação.

Neste momento, a carreira militar é um tema bastante discutido na sociedade, principalmente por causa dos avanços a respeito da reforma da Previdência para a categoria.

Diferença entre homens e mulheres

Em todos os cursos de formação do Exército, o número de candidaturas femininas é muito menor do que as masculinas. De 2016 a 2018, o Exército recebeu 152.720 inscrições para todas as escolas. Os homens representam 101.242 candidaturas (66,29%), enquanto as mulheres, 51.478 (33,71%).

A quantidade de inscritas vem crescendo ao longo dos anos. Houve 17.393 inscrições em 2016, número que evoluiu para 17.977, em 2017, e chegou a 20.455 em 2018. Em três anos, o crescimento da participação feminina nos concursos foi de 17,6%.

Slivnik diz que a diferença entre inscrições femininas e masculinas é justificada pela cultura brasileira. O aumento de mulheres nesses espaços é uma vitória, “porque estão ganhando um espaço muito importante até mesmo em situações onde o homem dominava no passado”.

Segundo Slivnik, a busca por igualdade de gêneros no Exército vai demorar um pouco, mas deve acontecer no longo prazo.

Araújo percebe que a corporação precisou se adaptar para aceitar cada vez mais mulheres nos postos de trabalho militares. “O exército aprendeu a lidar”, afirma.

O objetivo inicial foi o de integrar mulheres nos cargos em que poderiam cumprir suas habilidades adquiridas na formação superior. “Engenheiras, formadoras, advogadas, que vão trabalhar nas funções que se formaram, com enfoque militar”, diz.

Arte R7

R7

 

Opinião dos leitores

  1. É um boa opção, mas se vc é realmente preparado e tem inteligência multifuncional não compensa fazer carreira no EB. Muito sacrifício pou pouco, vai ficar anos em cargos subalternos, sem influência alguma em decisões importantes, sempre tendo que babar o ovo dos superiores e sorrir de suas piadas sem graça. É uma babação eterna. E se chegar a coronel, aí meu amigo, a babação vai bater em Brasília. Vc poder ser o melhor, mas sem babar a coisa não anda. Em suma, se for inteligente, quiser viver de salário e for babão profissional siga em frente.

    1. Até imagino que tipo de pessoa emite uma opinião ridícula como essa? Demonstra total desconhecimento da realidade do ensino militar além de um tipo de preconceito infantil e patológico. Típico dessa mentalidade esquerdopata doentia, que tem arrasado o nosso Brasil.

    2. esse ceara so pode ter um fetiche pela palavra "esquerda".
      va se tratar homi!

    3. Todo brasileiro de verdade deveria odiar essa corja. O esquerdismo não deu certo em lugar algum do mundo e vem tentando destruir o Brasil já faz tempo. Assim como vc demonstra ter lado (o esquerdo), eu também tenho, "cumpanhero". Tem que se tratar é vc e aprender a respeitar a opinião alheia. Tente defender a sua, se é que isso é possível.

    4. Ceará-Mundão cagão, digo isso porque servi no EB e o que eu via era uma escadinha de babões kkkk chega dava nojo. Cabo babava o sargento, sargento babava o tenente, tenente, vixe Maria, só faltava sentar no colo do capitão é assim por diante.

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