Denúncia

Kassio Marques, indicado para vaga no STF, plagiou advogado em tese apresentada em Lisboa, noticia Crusoé

Foto: Divulgação

Na Crusoé, Rodrigo Rangel e André Spigariol relatam, com exclusividade, que Kassio Marques, escolhido por Jair Bolsonaro para ocupar a vaga de Celso de Mello no STF, apresentou uma dissertação de mestrado à Universidade Autônoma de Lisboa com “trechos inteiros copiados de artigos publicados na internet por um advogado”:

“Kassio Marques concluiu a dissertação em 2015. Um levantamento feito por Crusoé nas 127 páginas do trabalho, que garantiu ao desembargador o título de mestre em direito, mostra que passagens inteiras são idênticas a trechos de textos do advogado Saul Tourinho Leal, integrante da banca de advocacia do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto. Tourinho Leal é piauiense, assim como Kassio Marques.

A dissertação repete até um erro de português contido em um dos artigos do advogado – o que indica ter havido, na elaboração da dissertação, um “copia e cola” a partir dos textos do advogado.

Crusoé utilizou a ferramenta “Plagium”, disponível na internet, para identificar os trechos. Há mais de uma dezena de passagens da dissertação de Kassio Marques reproduzem partes de artigos de Tourinho Leal, muitas sem tirar nem pôr palavras. Não há, no trabalho, qualquer referência ao advogado – ele não é citado nenhuma vez.

Para além dos indícios de plágio, na dissertação do desembargador escolhido pelo presidente da República para o Supremo há algo mais que chama atenção, e que põe em dúvida se foi ele mesmo quem produziu o trabalho: o arquivo do texto, disponibilizado na internet, registra o nome “Saul” como autor do documento (veja abaixo). É uma informação que leva à suspeita de que Saul Tourinho pode não apenas ter “inspirado” o trabalho de Kassio a ponto de ter passagens inteiras de seus artigos reproduzidas, mas ajudado o magistrado a escrever a dissertação. Saul ainda não foi localizado por Crusoé para falar sobre o assunto.”

O Antagonista via Crusoé

Opinião dos leitores

  1. Outra Entregador De Pizza, não diga a ninguém o que vc faz, além de só escrever besteira, certamente isso não se aprende na faculdade, de engenharia, possuo dois irmãos engenheiros que pensam diametralmente o oposto de vc. Esses realmente fizeram Universidade, excelentes profissionais, reconhecidos pela categoria.

    1. “Toda unanimidade é burra.
      Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”
      Autor: Nelson Rodrigues

      Eu fico imaginando, o tipo de profissional que você é.

    2. Roger Abdelmassih Também era um profissional reconhecido pela categoria, deu no que deu.

    3. O Luladrão "arrotava" honestidade e dizia mais ou menos assim: "para ser indicado Ministro (do Poder Executivo) no Brasil, antes precisa ser ladrão".
      Deve ser um dos motivos pelos quais Dilmanta tentou fazer de Luladrão um Ministro. Somado ao fato de deixar o molusco com foro privilegiado. Não fosse a gravação feita pela Polícia Federal, mesmo fora do prazo autorizado pelo ex Juiz Sérgio Moro (e divulgado) , o gatuno de nove dedos teria facilidade no julgamento no STF.
      Viva ao patriota SÉRGIO MORO!!!

  2. Ninguém resiste a um crtlC e crtlV kkkkk é o mundo todo. Os honestos, no entanto , citam as fontes.

  3. Próximo Ministro que o miliciano vai indicar, é o Tiririca.
    Lembrar que o Presidente Lula indicou Joaquim Barbosa, Fernando Henrique indicou a Ellen Gracie, Sarney indicou o Brilhante Celso de Mello… O esclerosado do bozo indica um ministro fake.

    1. cita aí as outras "bombas" que o teu presidente Lula indicou, "entregador de pizza", tirando o Joaquim Barbosa que se acovardou e caiu fora do 'time'… coerência não faz mal a ninguém…

  4. Ô homem de um dedo podre. Todos que ele apóia têm alguma sujeira.
    É difícil investigar primeiro?
    Indica logo o Queiroz…

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Judiciário

Crusoé, exclusivo: reportagem revela o que Marcelo Odebrecht disse à PGR sobre Dias Toffoli

Foto: Divulgação

A Crusoé traz na edição desta semana uma reportagem explosiva e exclusiva, com depoimentos em vídeo de Marcelo Odebrecht à PGR e cópias de emails trocados entre ele e executivos da Odebrecht encarregados de cooptar políticos e personagens do governo. Os depoimentos e as mensagens giram em torno de Dias Toffoli, quando o ministro do STF ainda era Advogado-Geral da União.

O relato de Rodrigo Rangel e Luiz Vassalo é uma sequência da matéria “O amigo do amigo de meu pai”, censurada em abril de 2019, no âmbito do inquérito do fim do mundo. Eles tiveram acesso à integra da apuração da Procuradoria-Geral da República sobre a relação de Toffoli não apenas com a Odebrecht, mas com a OAS.

Eis um trecho:

“Em abril do ano passado, uma reportagem de Crusoé revelou o teor de um documento de nove páginas enviado por Marcelo Odebrecht à Operação Lava Jato. Respondendo a dúvidas dos investigadores surgidas durante a análise de uma leva de e-mails até então inéditos trocados por ele com outros executivos da companhia, o empreiteiro-delator revelava a identidade de um personagem ao qual se referia como “o amigo do amigo de meu pai”. Era José Antonio Dias Toffoli, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, que à altura da troca de mensagens ocupava o posto de advogado-geral da União. “Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo de meu pai?”, perguntou Marcelo a dois altos executivos da empreiteira. “Em curso”, respondeu Adriano Sá de Seixas Maia, um dos chefes da área jurídica do grupo. Os investigadores queriam saber quem era o misterioso personagem e qual era a tratativa em curso. Além de revelar que se referia a Toffoli, Marcelo Odebrecht contou que a conversa se referia a “tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do rio Madeira”.

A reportagem acabou censurada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Atendendo a um pedido feito por Dias Toffoli por meio de uma mensagem de texto, ele ordenou que o texto fosse retirado do ar. A decisão foi expedida nos autos do rumoroso inquérito do fim do mundo, que investiga fake news, ameaças e ofensas à corte. Em seu despacho, Moraes chegou a sustentar que se tratava de uma notícia falsa. Era um falso argumento, obviamente. A insólita ordem de censura expedida sob o timbre de um tribunal cuja missão principal é zelar pelo bom cumprimento da Constituição, que protege a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, ganhou contornos de escândalo. Dias depois, ao se dar conta de que, sim, o documento publicado por Crusoéexistia, e de que não havia qualquer excesso na reportagem, Moraes revogou a decisão.

Aquele e-mail, porém, era apenas um de um acervo monumental com o qual delegados e procuradores da Lava Jato ainda deparariam. Uma parte o próprio Marcelo Odebrecht entregou espontaneamente como parte de seu acordo. Outra, mais extensa, foi encontrada quando os investigadores finalmente conseguiram, depois de muitas tentativas, quebrar as várias camadas de criptografia do notebook do empreiteiro, apreendido ainda na 14ª fase da Lava Jato, em junho de 2015. Como continha menção a autoridades com foro privilegiado, o material reunido pela força-tarefa da operação em Curitiba foi transferido para um HD de 1 terabite e enviado para o relator da operação no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin. A quantidade de informações era oceânica: 1.888.621 arquivos, entre eles mais de 700 mil e-mails, muitas planilhas e textos diversos.”

Para ler a reportagem e assistir aos depoimentos de Marcelo Odebrecht, clique aqui. Assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente.

O Antagonista

Opinião dos leitores

    1. Antes, porém, foi o principal advogado do pt, mas diante da visível "sabedoria jurídica", o mais honesto homem do universo "luladrão", o nomeou ministro do STF. Rsrsrs.

  1. O mínimo que o ministro Dias Tóffoli poderia fazer é pedir renúncia, não condiz com vida de um ministro do STF

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Diversos

Caixa-preta do BNDES: Crusoé detalha investigações de desvios de R$ 16 bilhões na era petista

Foto: Miguel Ângelo/CNI 

A nova edição da Crusoé traz uma reportagem de Luiz Vassallo, que obteve com exclusividade uma apuração pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União que abrange três casos escandalosos no BNDES na era petista.

Juntos, em valores atualizados, o prejuízo estimado é de pelo menos R$ 16 bilhões.

A farra no banco de desenvolvimento inclui o fracassado impulsionamento do etanol no Brasil e a derrocada da Oi.

Leia a reportagem completa aqui.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Ainda tem um momte de analfabeto que diz que o PT é o melhor partidodo mundo, e que o LULA não é ladrão.

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Jornalismo

Crusoé está sob censura, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes

Desde o fim da manhã desta segunda-feira, 15, Crusoé está sob censura, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Passava pouco das 11 horas da manhã quando um oficial de Justiça a serviço da corte bateu à porta da redação para entregar cópia da decisão.

Alexandre de Moraes determina que Crusoé retire “imediatamente” do ar a reportagem de capa da última edição, intitulada “O amigo do amigo de meu pai”.

A decisão é extensiva a O Antagonista.

Moraes também ordena que a Polícia Federal intime os responsáveis pela publicação da reportagem “para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas”.

O ministro afirma haver “claro abuso no conteúdo da matéria veiculada”.

A reportagem de que trata a decisão do ministro foi publicada com base em um documento que consta dos autos da Operação Lava Jato.

Nele, o empreiteiro Marcelo Odebrecht responde a um pedido de esclarecimento feito Polícia Federal, que queria saber a identidade de um personagem que ele cita em um e-mail como “amigo do amigo de meu pai”.

Odebrecht respondeu tratar-se de Dias Toffoli, conforme revelou Crusoé em sua edição de número 50, publicada na última sexta-feira, 12.

No despacho de três páginas, Alexandre de Moraes primeiro menciona o inquérito aberto por Toffoli em março, e dentro do qual a decisão foi tomada: “Trata-se de inquérito instaurado pela Portaria GP No 69, de 14 demarço de 2019, do Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente, nos termos do art. 43 do Regimento Interno desta CORTE, para o qual fui designado para condução, considerando a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e asegurança do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão”.

Em seguida, ele afirma que ainda na sexta-feira, dia da publicação da reportagem, Dias Toffoli “autorizou” a investigação sobre a reportagem. O ministro reproduz a mensagem que recebeu de Toffoli:

“Exmo Sr Ministro Alexandre de Moraes, Permita-me o uso desse meio para uma formalização, haja vista estar fora do Brasil. Diante de mentiras e ataques e da nota ora divulgada pela PGR que encaminho abaixo, requeiro a V. Exa. Autorizando transformar em termo esta mensagem, adevida apuração das mentiras recém divulgadas por pessoas e sites ignóbeis que querem atingir as instituições brasileiras.”

Toffoli, no pedido para que a reportagem fosse objeto de apuração, alegando tratar de “mentiras” destinadas a atingir as “instituições brasileiras’, se refere a nota oficial divulgada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dizendo não ter recebido, ainda, cópia do documento enviado à Lava Jato por Marcelo Odebrecht e revelado por Crusoé.

É justamente à nota de Raquel Dodge que Alexandre de Moraes se apega para ordenar a censura, alegando que a reportagem é “um típico exemplo de fake news”.

Diz o ministro:

“Obviamente, o esclarecimento feito pela PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA tornam falsas as afirmações veiculadas na matéria “ O amigo do amigo de meu pai”, em típico exemplo de fake news – o que exige a intervenção do Poder Judiciário, pois, repita-se, a plena proteção constitucional da exteriorização da opinião (aspecto positivo) não constitui cláusula de isenção de eventual responsabilidade por publicações injuriosas e difamatórias, que, contudo, deverão ser analisadas sempre a posteriori, jamais como restrição prévia e genérica à liberdade de manifestação.”

Em seguida, observando que “a plena proteção constitucional da exteriorização da opinião (aspecto positivo) não significa a impossibilidade posterior de análise e responsabilização por eventuais informações injuriosas, difamantes, mentirosas e em relação a eventuais danos materiais e morais, pois os direitos à honra, à intimidade, à vida privada e à própria imagem formam a proteção constitucional à dignidade da pessoa humana, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas”, Alexandre de Moraes passa a decidir.

“É exatamente o que ocorre na presente hipótese, em que há claro abuso no conteúdo da matéria veiculada, ontem, 12 de abril de 2019, pelo site O Antagonista e Revista Crusoé, intitulada “O amigo do amigo de meu pai. A gravidade das ofensas disparadas ao Presidente deste SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no teor da matéria, acima mencionada, provocou a atuação da PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA”, escreve o ministro.

Eis a ordem para que a reportagem seja imediatamente retirada do ar:

“Em razão do exposto. DETERMINO que o site O Antagonista e a revista Cruzoé (sic) retirem, imediatamente, dos respectivos ambientes virtuais a matéria intitulada “O amigo do amigo de meu pai” e todas as postagens subsequentes que tratem sobre o assunto, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), cujo prazo será contado a partir da intimação dos responsáveis. A Polícia Federal deverá intimar os responsáveis pelo site O Antagonista e pela Revista CRUSOÉ para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas. Cumpra-se imediatamente. Servirá esta decisão de mandado.”

Crusoé reiteira o teor da reportagem, baseada em documento, e registra o contorcionismo da decisão, que se apega a uma nota da Procuradoria Geral da República sobre um detalhe lateral e a utiliza para tratar como “fake news” uma informação absolutamente verídica, que consta dos autos da Lava Jato.

Importa lembrar, ainda, que, embora tenha solicitado providências ao colega Alexandre de Moraes ainda na sexta-feira, o ministro Dias Toffoli não respondeu às perguntas que lhe foram enviadas antes da publicação da reportagem agora censurada.

O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. Se falar mau de Maria do Rosário vai preso, se falar mau de toffoli censurado… kkkk e eu pensei que censura fosse coisa de ditador!!!!

  2. Com a devida vênia, mas o Sr. Ministro está sendo pouco democrático e não menos autoritário. Esta coisa pode pegar mal para o Supremo, bem mais que para as mídias denunciadoras.

  3. A coisa não está fácil. O "bolivarianismo" no Brasil. E todos nós sabemos quem defende a censura à imprensa, embora com outros nomes para esconder sua real intenção. "Controle social da imprensa", "democratização da mídia", coisas desse tipo.

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