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Custo de vida: Rio e SP são as cidades do mundo que mais encareceram, diz estudo

Rio de Janeiro e São Paulo foram as cidades que mais subiram no ranking das cidades mais caras do mundo para se viver.

As duas capitais brasileiras ganharam 27 e 29 posições, respectivamente, passando para o 86º e 76º lugares entre 132 cidades, de acordo com o relatório Custo de Vida no Mundo 2017, divulgado nesta terça-feira (21).

O ranking é elaborado duas vezes por ano pela Economist Intelligence Unit, instituição independente de pesquisa e análise, ligada à revista britânica The Economist.

Segundo o levantamento, uma combinação de fatores, como as flutuações nos preços das commodities e do petróleo, a alta da inflação e valorização do real, tornou Rio de Janeiro e São Paulo mais caros para se viver.

“Como resultado, Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades que mais subiram no ranking do custo de vida, avançando 29 e 27 posições, respectivamente. Ambas as cidades passaram por uma montanha-russa nos últimos anos em termos de custo de vida”, diz o relatório.

“Cinco anos atrás, São Paulo estava entre as 30 cidades mais caras do mundo, mas no ano passado, passou a figurar entre as 30 mais baratas. No ano passado, uma recuperação no valor do real e uma inflação de quase dois dígitos elevaram São Paulo e Rio de Janeiro ao 78º e 86º lugares, respectivamente”, acrescenta.

Mais cara e mais barata

Cingapura permaneceu na liderança do ranking pelo quarto ano consecutivo como a cidade mais cara para se viver, seguida por Hong Kong (China), Zurique (Suíça), Tóquio (Japão), Osaka (Japão), Seul (Coreia do Sul), Genebra (Suíça), Paris (França), Nova York (Estados Unidos) e Copenhague (Dinamarca).

“Apesar de liderar o ranking, Cingapura ainda apresenta uma boa relação de custo/benefício em algumas categorias, especialmente comparadas com outras cidades da região. Para categorias como higiene pessoal, bens domésticos e trabalho doméstico, Cingapura permanece mais barata do que suas rivais, embora continue sendo a mais cara no mundo para comprar e manter um carro, além do segundo destino mais caro para comprar roupas”, informa o levantamento.

“Em termos de comida e bebida, o custo de vida em Cingapura é equivalente ao de Xangai, na China. Seul, Tóquio e Osaka são as cidades mais caras para comprar mantimentos. Em Seul, encher um cesto de supermercado é quase 50% mais caro do que em Nova York”, completa.
Na outra ponta, as cidades mais baratas para se viver são: Nova Déli (Índia), Bucareste (Romênia), Kiev (Ucrânia), Mumbai (Índia), Chennai (Índia), Argel (Argélia), Karachi (Paquistão), Bangalore (Índia) e Lagos (Nigéria). Almaty, no Cazaquistão, ficou na lanterna.

“Embora o topo do ranking possa parecer familiar, as cidades mais baratas no mundo passaram por algumas mudanças nos últimos 12 meses. A Ásia tem as cidades mais caras do mundo e as mais baratas também. Dentro do continente, a melhor relação custo/benefício está tradicionalmente nas cidades do Sul da Ásia, especialmente na Índia e no Paquistão”, afirma a pesquisa.

O levantamento assinala que, apesar das cidades do Sul da Ásia ocuparem tradicionalmente as últimas posições do ranking, elas não são mais as cidades mais baratas do mundo.

No ano passado, a lanterna ficou com Lusaka, na Zâmbia. Já neste ano o posto é ocupado por Almaty, o centro financeiro do Cazaquistão.

“Moradores de Almaty talvez não sintam que a cidade está ficando mais barata, apesar das medidas para controlar os preços. Almaty viu a inflação se aproximar de 20% durante 2016. No entanto, a alta local dos preços não compensou a desvalorização de 50% do tenge (moeda cazaque) desde que começou a flutuar, em agosto de 2015”, diz o estudo.

Rupturas

Segundo a pesquisa, um número crescente de cidades está se tornando mais barato por causa das “rupturas econômicas e políticas”.

“A instabilidade está se tornando um fator cada vez mais proeminente para a redução do custo relativo de vida de uma cidade. Isso significa que há um elemento de risco considerável em algumas das cidades mais baratas do mundo. Em outras palavras: cidades mais baratas também tendem a ser menos habitáveis”.

O relatório também cita outros riscos para o custo de vida mundial, como a saída do Reino Unido da União Europeia e a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos.

R7 com BBC Brasil

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Economia

Custo de vida fica mais caro em Natal. Natalense gasta R$ 201,68 para comer só o essencial

O Índice de Preços ao Consumidor – IPC da cidade do Natal, calculado pelo IDEMA, através da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos – CES, registrou para o mês de janeiro de 2012 uma variação positiva de 0,49% em relação ao mês de dezembro de 2011.

Com o resultado, a variação no ano ficou em 0,48%, nos últimos doze meses atingiu 5,81% e 276,56% desde o início do Plano Real.

O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou aumento de 0,96% em relação a dezembro de 2011.

Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Aves e Ovos (5,12%), Tubérculos, Raízes e Legumes (4,55%), Bebidas e Infusões (3,80%), Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (3,60%) e Frutas (2,20%).

Os grupos Educação e Despesas Pessoais também apresentaram variação positiva, registrando alta de 2,31% e 0,54%, respectivamente.

No primeiro grupo, os itens que mais subiram foram: Cursos (5,24%) e Leitura (4,72%). No segundo, a alta se deu em função do aumento nos itens Recreação (0,73%), Fumo (0,67%) e Serviços Pessoais (0,51%).

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