O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar, nesse domingo (28), a suposta doutrinação que vê sendo praticada por alguns professores no Brasil e defendeu que, se houver partido nas escolas, “que seja dos dois lados.”
As declarações foram feitas pelo presidente ao chegar à casa de seu filho mais velho, o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), em Brasília, por volta de meio-dia.
“Nós queremos escola sem partido, mas, se tiver partido, que seja dos dois lados”, afirmou. “Não pode ter um lado só na sala de aula. Isso leva ao que nós não queremos.”
Mais cedo, o presidente havia publicado, em sua conta em uma rede social, um vídeo, gravado por uma estudante, em que uma professora chamava o polemista Olavo de Carvalho de “anta” e de “bosta”.
Âncora do “SBT Brasil” e comentarista da rádio Jovem Pan, a jornalista Rachel Sheherazade provocou mais uma polêmica nas redes sociais.
Em seu comentário diário na rádio, através do “Jornal da Manhã”, Sheherazade defendeu o deputado Jair Bolsonaro (PP – RJ), que foi criticado por ter dito que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) “porque ela não merece”.
Segundo Rachel, “Bolsonaro pode ser muita coisa, mas não é estuprador”. Ela avalia que as feministas que passaram a criticar o deputado do PP são “feminazis” e fazem parte de uma frente com partidos de esquerda e representantes dos direitos humanos que querem “distorcer as palavras” do deputado “e manchar sua reputação, para desacreditá-lo como homem, militar e parlamentar”.
Não é a primeira vez que Sheherazade defende Bolsonaro. Na semana passada, inclusive, a jornalista usou uma notícia falsa para criticar Maria, dizendo que a parlamentar teria dito que “quem cometer um crime contra um gay merece a pena de morte”. A notícia foi criada pelo site de humor Joselito Muller, conhecido na rede por ironizar fatos do noticiário.
A atitude, logicamente, repercutiu bastante e Rachel foi vitima de críticas. “Rachel Sheherazade defendendo o Bolsonaro, nada de surpreendente nisso tendo em conta as coisas que ela já falou até agora”, disse @carolcoffran. “Pelo andar da carruagem em 2018 teremos como candidatos. Presidente: Jair Bolsonaro. Vice: Rachel Sheherazade”, afirmou @DOMNEGRONE.
Mas também houve quem apoiou a jornalista. “Rachel Sheherazade é o orgulho do jornalismo, na moral, essa mulher cala a boca de muitos políticos”, escreveu @reallymize. Já @andreigorps disse: “Me representa e muito!!”.
LAMENTÁVEL
Quando vejo uma trinca de valores como Sheherazade, Marcos Feliciano e Bolsonaro juntos defendendo atos a serem repudiados pela sociedade, penso com tristeza nos milhões de brasileiros que desejam um mundo de maior respeito a diversidade, as minorias, as mulheres, os vulneráveis e pobres desse país.
Para completar a lista, ainda faltam Silas Malafaia, Ronaldinho Fenômeno, Lobão, Aluísio Nunes e Aécio Neves.
Onde foi que nós chegamos com essa apologia a violência, ao estupro, ao golpe militar, ao machismo exacerbado, a discriminação e o preconceito?
Manifestações de INTOLERÂNCIA, PREPOTÊNCIA E ARROGÂNCIA como essas, me confirmam que fiz a escolha certa e estou do lado oposto dos que defendem essas bandeiras de ódio, fanatismo e ira contra os mais fracos.
UMA VERGONHA!
O que essa mulher quer, assim como Bolsonaro, é estar na mídia. Ser notícia.
Não podem ficar um curto período de tempo esquecidos. Não aceitam. Fazem e farão o que for preciso pra virarem notícia e terem os holofotes voltados para eles.
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