A gerente geral do Teatro Riachuelo, Flávia Maclaren enviou comentário ao blog sobre o acontecimento ontem com a deficiente Clarissa dos Anjos. Segue comentário:
Prezada Clarissa
Sentimos muito que você tenha se sentido constrangida, não era a nossa intenção.
Vamos repassar o que aconteceu: Até hoje, nenhum portador de necessidades especiais entrou no Teatro Riachuelo sem a apresentação do ingresso, como você ressaltou, essa política não é adotada.
Ontem você e seus 2 amigos gostariam que um de vocês entrasse sem pagar, pois o seu acompanhante já possuia um ingresso, mas a terceira pessoa não. Talvez tenha demorado alguns minutos para vocês descobrirem a política do Teatro, pois existia uma fila de pessoas comprando ingressos de ultima hora. No momento que você foi atendida, imediatamente você foi orientada de como é , hoje, a política do Teatro.
Não concordando com ela, você demonstrou a sua indignação na entrada do Teatro.
Quando essa situação se apresenta, preferimos não discutir com o cliente.
Gostaríamos de esclarecer que nós somos um espaço de locação e que cumprimos uma política previamente concordada por várias partes, nos deixando impossíbilitados de mudá-las na hora. Quando uma situação nova aparece, levamos o fato para as reuniões de diretoria para serem analisadas e futuramente adotadas.
Quem já foi no Teatro Riachuelo sabe o respeito que nós temos pelo público, principalmente o cuidado que dispensamos para com os seniors, crianças e portadores de necessidades especiais.
Não temos conhecimento dessa lei que você se referia, mas certamente vamos verificar, pois concordamos com você e gostaríamos que ela existisse.
Mesmo que a Lei não exista, levaremos a sua sugestão para a próxima reunião para ser analisada.
Atenciosamente
Flávia McLaren
Gerente Geral
Teatro Riachuelo
Cara Maria, seu comentário não vai ser liberado porque vc narrou um acontecimento no entrada do Circo da China, que não foi o evento do incidente. Portanto nada a ver uma coisa com outra!!
Bruno. Eu estava na hora do acontecido comprando ingressos para o Circo da China, o circo ainda nao aconteceu. Obrigada
Acho que muita gente da opinião sem conhecer o que realmente aconteceu… 80% desse pessoal que comentou não estava la. Antes de tomar partido tem que conhecer a historia. é certo que as leis no Brasil são uma porcaria, e as que prestam não são seguidas. Acho também que a cadeirante e sua irmã tem todo direito de reclamar, mas não é com confusão que se resolve as coisas.
Explicações que não convencem.
Eu vi tudo o que aconteceu, desde o primeiro momento, por isso meu anseio de correr atrás das pessoas para ver o que tinha acontecido, OK, Ainda não existe a Lei. mas o Teatro outra vez a forma que como a cadeirante, gostaria que a mesma existisse, pq não se torna regra? precisa-se de uma Lei para fazer uma boa Ação? da mesma forma, o que se debate aqui não a entrada ou não do acompanhante, mas da forma humanitária como se deve portar os funcionários da casa, mesmo estando com filas enormes para se comprar ingressos, que não era o caso, a moça chegou com muito tempo de antecedência.
Caro blogueiro, primeiro acho que todos deveriam lhe parabenizar, tenho acompanhado o seu blog e você tem sido o único a levantar temas importantes e polêmicos para discurssão no mundo virutal. Foi assim sobre os pastoradores e agora sobre esse triste episodio com a Clarissa no teatro Riachuelo. Sou frequentador do teatro desde a inauguração quando paguei R$ 600.00 para assistir o rei Roberto, a família Rocha nos presenteou com um equipamento de 1º mundo, temos que ter orgulho do teatro. Isso é um ponto, o outro e a humanização da equipe de trabalho.
Li todos os comentários no seu blog, mais uma vez lhe parabenizo por termos a opção de debater algo tão importante e constrangedor.
Mas voltando, no ponto humanização faltou sim bom senso ao teatro, e não me venha com essa que a LEI não existe, a própria resposta da gerente geral e de cima para baixo, já marginalizando o pessoal dizendo que eles queriam entrar de graça, pelo o que entendi se eles não tivessem dinheiro não teriam comprados nem as duas, então esse não é o caso.
Outra coisa, se deixou entrar um vez como a jovem afirma, abriram um precedente, portanto no mínimo teriam que ter avisado nesse caso a deficiente com rapidez e agilidade, que também não foi o caso.
Comento esse post sem emoção, até porque estava no Piazalle jantando com minha família e vi aquela cena deprimente, todos na mesa ficaram indiginados!!
O teatro demorou para atender e resolver sim.
Acho que esse assunto esta aqui sendo muito discutido,um joga a culpa pra teatro,joga a culpa pros funcionários,ate quando iremos conviver com esse tipo de hipocrisia!!!! O teatro não errou ele apenas cumpriu as regras e infelizmente eu presenciei toda a cena lamentável a qual desde ontem vejo esse BLOG reproduzir por diversas vezes no dia e vejo alguns comentários de quem esta aqui pra tomar partido por um por outro, mas vou narrar a cena que vi!!!
Eu vi uma mulher em sua cadeira de rodas esbravejando em frente porta de um teatro e vi outra que estava ao seu lado em igual gritaria gesticulando freneticamente em busca de que eu não sei(sabia ate hj pela manhã) e sou sincero em lhes dizer , com grosserias e ignorância nada se resolve, pode ser deficiente ou não . Quem apenas leu essa reportagem é claro que se revolta,mas se a pessoa em si não fosse uma cadeirante nada desse aue estaria acontecendo…então comecem a trata-la como igual ela não entrou pq NÃO quis, pq ela e sua irmã estavam de posse de ingressos e o noivo da sua irmã não comprou senha e queria entrar…
Agora paremos de discutir quem ta certo e quem tá errado!!!
Se vier a existir a LEI tenho certeza que não só o teatro mas todo e qq estabelecimento ira cumpri-la…
Toda essa confusão é puro e simplesmente pq se cumpriu uma LEI..Só entra quem PAGA!!!!!!!
Concordo. Devia ter pagado, entrado, e depois entraria na Justiça. E provavelmente ganharia, pois se existia uma "liberalidade", sinal de que existia uma gratuidade.
É assim que se faz no mundo civilizado.
Se o pessoal do Teatro demorou a resolver isso é muito subjetivo.
"Falo em nome,de todos os presentes no local que se indignaram com a cena,e se comoveram com o constrangimento passado pela cadeirante."
Antes de armar um escândalo, a cadeirante deveria se informar sobre seus direitos. E assim evitar constranger as pessoas ao redor.
"O mínimo de preparo e respeito para com nós(clientes) teria evitado tal constrangimento."
A cadeirante poderia ter tbm o minimo de informação a cerca dos próprios direitos.
"Deixo claro aqui,que levamos essa questão a público,para que outras pessoas não venham a passar por tal constrangimento."
Eh… Se informem antes de fazer o barraco.
Todos sabemos que cinemas, teatros e casas de espetáculos são obrigados a garantir o acesso das pessoas com deficiência física às dependências destinadas ao público, porém é importante salientar que, muitos destes, criaram condições de acesso e adaptaram sanitários, inclusive com sinalização adequada para atende-las, no entanto, deixaram de lado as condições que garantem a elas acomodação de pessoas com deficiência física que, necessariamente, façam uso de cadeiras de rodas para sua locomoção. Tais espaços deveriam ter boas condições de visibilidade e facilidade de acesso, bem como permitir e garantir a permanência de acompanhante.
Em relação ao pagamento ou não do “acompanhante” em questão fica difícil opinar, pois parece-me que a mesma já estava na companhia de sua irmã, que já possuía o ingresso. O que acredito que tenha gerado esse episódio foi o fato de ter um outro acompanhante em questão, o que não ficou muito esclarecido nem no relato de Clarissa, nem no esclarecimento do teatro quanto a questão da gratuidade do ingresso não ter sido autorizada em relação a constatação de a mesma já está acompanhada ou se não é norma deste oferecer ingressos gratuitos a acompanhantes de deficientes físicos, o que pelo relato da mesma já teria acontecido em outras oportunidades.
Sinceramente, não tenho conhecimento de uma lei que permita essa gratuidade, apesar de achar justa, pois a mesma tem dificuldades de locomoção, e necessita de uma pessoa que a auxilie. Porém, a Lei Federal 11.126, regulamentada pelo Decreto 5.904/06, dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual, que tenha um cão-guia, poder ingressar e permanecer com seu cão em ambientes de uso coletivo, em todo território nacional. E como o cão guia não paga para ter acesso a esses espaços porque auxilia o deficiente visual, um ser humano que esteja auxiliando o deslocamento de outro ser humano, deveria ter o mesmo direito.
Finalizo, acreditando que se toda essa confusão tivesse sido contornada por explicações ao cliente que se achava prejudicado, independente deste ser deficiente ou não, toda essa situação poderia ter sido evitada. É bom rever as atitudes dos envolvidos, obsevando que esclarecimento ao cliente não caracteriza discussão com o mesmo. Espero que Teatro Riachuelo, até agora tão bem conceituado em nossa cidade, não se transforme num futuro Cinemark…espero que não!
Caro Bruno, apesar da sociedade brasileira ter avançado no que diz respeito a ver o portador de necessidades especiais como cidadão, pois de fato o é; ainda ocorre episódios dessa natureza. Gostaria de registrar o que ocorreu comigo anteriormente neste mesmo teatro, quando meu filho comprou ingresso via web promocional para o show de Djavan, eu amputado fui muito mal atendido na portaria do mencionado teatro. Uma mulher que controlava o acesso de pessoas demonstrou despreparo para resolver a minha situação, me fez esperar um bom tempo, em pé, mal acomodado e foi passando o meu caso, sempre para outra pessoa. A minha sorte foi encontrar naquela ocasião o grande Tawfic, amigo da época de colégio, que levou pessoalmente eu e meu filho a sala de espetáculo, nos acomodando em cadeiras e gentilmente se colocando a nossa disposição. Quando há sensatez e boa vontade por parte das pessoas os problemas acabam sendo resolvidos sem maiores dificuldades. Reforço o apelo às autoridades constituídas de nossa terra, para que não só criem leis, mas lutem pela efetividade das mesmas. A categoria de "cadeirantes" é uma espécie do gênero "portadores". Há amputados, surdos, cegos e tantos outros cidadãos que merecem respeito e decência. Me solidarizo não só com a jovem que sofreu este constrangimento, mas com sua família e assim como ela, espero que fatos dessa natureza não mais se repita. "CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL É UM DIREITO DE TODOS!"
Parabéns pelo blog e pela coragem de trazer à tona um assunto, que muitos não querem ver, tampouco se propor a discutir.
Forte abraço,
Dudu
Conheço as leis dos portadores de deficiência e conheço as regras do espaços para show. Acho que uma pessoa do Teatro poderia ir sim falar com Clarissa, mas imagino na hora que ela chamou a pessoa da portaria não podia sair da sua posição. Isso também é regra. Talvez se ela esperasse um pouco mais tivesse sido atendida. Isso acontece SEMPRE, uma pessoa não pode sair enquanto não houver uma pessoa que possa substituí-la para a mesma função. Eu não sou portador de deficiência, mas estudei as leis. Sempre soube que não havia essa lei e acho um DEVER e OBRIGAÇÃO de cada um saber seus direitos. Imagino que Clarissa ficou nervosa como acontece com muitas outras pessoas. Mas teria evitado TODO o constragimento se tivesse conhecimento dos próprios direitos. Pelo que eu conheço os portadores de deficiência, eles não gostam que as pessoas tenham pena deles, pois eles mesmo com dificuldades, superam muitas barreiras na vida. Então não entendo porque tanta gente aparece dizendo que o Teatro deveria ter bom senso. Bom senso? Para um espaço privado, o máximo que eles podem fazer é obedecer a lei. Se o teatro deixou o acompanhante entrar em outras vezes foi um ato nobre, mas o teatro e nem um outro local é obrigado a fazer o que não está na lei. Se essa vez ele não autorizou a pessoa tem que aceitar. Era só dizer "Ah, hoje não pode?" e ir na bilheteria comprar a entrada. E tem mais: Nos municipios onde a lei se aplica o ingresso do acompanhante tem que ser nominal e intransferível! O que eu percebi depois da confusão ontem, foi que todo mundo começou dizendo que ia processsar o teatro, várias pessoas aderindo dizendo "Vá atrás dos seus direitos". Quando finalmente apareceu que "não existe essa lei" ficou todo mundo surpreso e para não ficar por baixo, começaram a justificar a atitude de outras formas. "Porque a pessoa não andou 2 metros para falar com a cadeirante" (Já falei sobre isso no início do texto). Começaram a dizer que se o teatro tivesse tido tato de explicar a situação não teria havido todo o constragimento. Oras, não teria havido o constragimento se a portadora de deficiência e seus familiares estivessem por dentro das leis e dos seus direitos. Muito fácil jogar a culpa no Teatro porque é simbolo de poder. Existe assédio moral de baixo pra cima também. Não é escrever para uma plateia que vai chamar meu texto de ofensivo, é um texto que segue o que esta na lei. Agora, vou pisar no calo mesmo: "Vem esse Juan, assim como outras pessoas e diz que é maldata e mesquinhez? Pelo amor de Deus, existem leis, direitos e deveres." Agora tudo é discriminação. Vão processar um funcionário ou o teatro porque não andou 2 metros? Discriminação? Pelo amor de Deus. *** Agradeço a BG se publicar esse texto mesmo anônimo.
Sou irmã da cadeirante que sofreu o constrangimento ontem na frente do teatro riachuelo. Eu, como cidadã , e como administradora,só tenho a lamentar o despreparo da administração de um teatro que é considerado o maior do nosso Estado.
Ninguém quis entrar de graça no teatro, nem queriamos cortesia como foi mencionado pelo gerente em exercicio.Que alegou que a politica do acompanhante não pagar era ofertada pelo teatro ás vezes,quando eles queriam,e dependendo da pessoa, gerente esse que não se dignou a ir até nós nos esclarecer o que havia ocorrido.Não é verdade,como afirma a administração do shopping que nenhum cadeirante tenha entrado no teatro sem apresentar o ingresso,se nós mesmo já entramos várias vezes no teatro sem o acompanhante pagar a entrada,já que a cadeirante não ocupa o acento e não consegue se locomover sozinha.A referida lei a qual mencionei na hora,não se aplica aqui no Estado e isso não foi o motivo da discussão na hora, como vocês querem ênfatizar . O questionamento o tempo todo foi que uma pessoa deficiente não teve um tratamento prioritário que merecia,a qual tinha todo o direito.Ninguém da administração do teatro,veio até nós para nos da uma explicação plausível da mudança da política adotada pelo teatro.Depois de muita insistência consegui ir até o gerente e expor a situação. Que não soube explicar porque adotaram à partir daquele dia uma política diferenciada e porque não fomos informados disso no momento da compra do ingresso ou até mesmo na última vez do comparecimento ao Teatro. A cadeirante que é apenas deficiente física, e não mental,solicitou que o gerente fosse até ela para dar alguma explicação ou o mínimo de atenção , mas o mesmo falou que não seria possível ele andar 2 metros(distância dele até a cadeirante) para dar qualquer explicação.Foi quando a cadeirante com razão se sentiu revoltada e discriminada por parte da administração.
Falo em nome,de todos os presentes no local que se indignaram com a cena,e se comoveram com o constrangimento passado pela cadeirante.
O mínimo de preparo e respeito para com nós(clientes) teria evitado tal constrangimento.
Deixo claro aqui,que levamos essa questão a público,para que outras pessoas não venham a passar por tal constrangimento.
Não tem desculpa.
Foi maldade e mesquinhez.
E nao venham cheios de procedimentos com sotaques paulistas pra cá.
Vergonhoso e desnecessário.