A notícia de que o Democratas se fundirá ao PSDB publicada por grandes veículos nacionais não agradou nada ao senador José Agripino Maia (RN). O presidente do DEM saiu dos eixos e usou sua conta no twitter para negar a informação. “Veículos respeitáveis, fontes ruins, procedência ZERO”, desabafou.
Além do site UOL, a revista Veja confirmou a fusão. Agripino questionou a credibilidade das fontes. “A serviço de quem estarão esses plantadores da conversa de fusão do Democratas com o PSDB?”. E completou: “Repito, veículos respeitáveis, jornalistas acreditados, fontes viciadas, procedência das matérias, ZERO”.
Esta é a primeira vez que o senador usa sua conta no twitter para negar uma informação com tanta veemência.
Tenho impressão que o Senador usará bastante seu twitter nos próximos dias.
Leia notícia do UOL na íntegra: http://migre.me/8AFqF
Depois de se livrar do incômodo Demóstenes Torres, o DEM deseja incomodar. Líder do partido, o deputado ACM Neto pediu ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que instale a CPI do Cachoeira.
Da tribuna, Neto anunciou: “O DEM [27 deputados] defende a imediata instalação da CPI”. Ele lembrou que o autor do pedido, Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), já recolheu as assinaturas necessárias. Basta um “despacho”de Maia.
“Queremos que tudo seja apurado”, disse ACM Neto. “Queremos ver qual vai ser a postura dos outros partidos com os seus quadros.”
No caso do DEM, disse o deputado, Demóstenes “solicitou a desfiliaçao porque sabia que seu destino estava traçado. Fatalmente, seria expulso da nossa agremiação.”
Por ora, a cachoeira de indícios recolhidos pela PF engolfou, além de Demóstenes, quatro deputados: Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). Marco Maia começa a flertar com a CPI.
O senador Demóstenes Torres (GO) está neste momento redigindo sua carta de desfiliação do DEM para evitar o desgaste do processo de expulsão do partido que seria aberto nesta terça-feira. O processo seria apenas uma formalidade, já que dirigentes da sigla davam como certa sua expulsão.
O presidente do partido, Agripino Maia (RN), disse que, se não receber o pedido de desfiliação até o meio dia, será aberto o processo de expulsão.
– Até agora não recebi nenhum comunicado oficial do senador Demóstenes – afirmou.
Na segunda-feira, sob pressão, o DEM resolveu abrir processo de expulsão por conta das denúncias de envolvimento de Demóstenes com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro durante operação da Polícia Federal. Depois de anunciada a decisão do partido, o senador fez chegar a informação a companheiros que poderia se antecipar e pedir desfiliação antes mesmo da abertura do processo. Gravações telefônicas feitas pela PFe divulgadas pelo GLOBO mostram que Demóstenes usou cargo de senador para beneficiar Cachoeira. O senador chama o bicheiro de ‘Professor’, que, por sua vez, trata Demóstenes como ‘Doutor’.
Com a saída de Demóstenes, o DEM fica com uma bancada de quatro senadores. Já em caso renúncia de Demóstenes ao seu mandato, assumirá a vaga um de seus suplentes. O primeiro suplente é o atual secretário de Infraestrutura do governo de Goiás, o empresário Wilder Pedro de Morais, que declarou ser fã do senador.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) utilizou o seu mandato para beneficiar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam gravações feitas pela Polícia Federal.
De acordo com as escutas, divulgadas nesta sexta-feira (30) pelo jornal “O Globo”, o senador acertou com o empresário ajuda em processo judicial e em projeto de legalização de jogos de azar em tramitação no Congresso. O empresário foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo.
Nas gravações divulgadas pelo jornal, Demóstenes também fala com Cachoeira de negócios com a Infraero na época que ele era relator da CPI do Apagão Aéreo.
Os grampos, segundo o jornal “O Globo”, foram gravados durante a Operação Vegas.
Em um diálogo gravado em 22 de abril de 2009, o empresário pede ao senador que faça um levantamento sobre o projeto de lei 7.228, que trata de jogos de azar.
“Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela tá na Câmara. 7.228 2002. PL (projeto de lei)”, diz Cachoeira.
O senador pede mais informações. “Vou levantar agora e depois te ligo aí.”
Ele também pede a Demóstenes que fale com o então presidente da Câmara dos Deputados e agora vice-presidente, Michel Temer. O senador diz que vai tentar fazer com que o plenário da Câmara vote a proposta, o que não aconteceu.
Em outra conversa, Demóstenes afirma que o texto do projeto, na verdade, prejudica Cachoeira.
“Regulamenta, não [as loterias estaduais]. Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: ‘transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização’. Então inclusive te pega, né? Então vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada”, afirma o senador.
Cachoeira discorda. “Não, regulariza, sim, uai. Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de Constituição e Justiça.”
Avião
Reportagem de “O Globo”, publicada semana passada, com gravações da mesma operação já haviam mostrado que Demóstenes pediu dinheiro a Cachoeira para pagar despesas com táxi-aéreo, no valor de R$ 3.000.
Na conversa, ao dizer que iria pagar, o empresário aproveita para pedir ao senador que o ajude em um processo judicial.
“Deixa eu te falar. Aquele negócio [processo] tá concluso aí, aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim?”
O senador pergunta sobre um detalhe e acedia o pedido. “Tá tranquilo. Eu faço.”
Outra conversa, gravada em 4 de abril de 2009, mostra também que os dois poderiam estar de olho em um milionário “negócio” em andamento da Infraero.
“O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o quê. E levou o ex-presidente [José Carlos Pereira, da Infraero], cê entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que tá acontecendo”, afirma Demóstenes.
Cachoeira pede que o senador faça o serviço. “Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele.”
Sigilo
Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou a quebra de sigilo bancário de Demóstenes, por cerca dois anos, período em que ele foi flagrado em conversas telefônicas com o empresário.
Lewandowski é o relator do inquérito sobre Demóstenes apresentado na terça-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Outras gravações reveladas anteontem mostravam o nome do senador mencionado em conversas em que Cachoeira e integrantes de seu grupo discutiam cifras milionárias.
O ministro pediu ainda ao Senado a lista das emendas ao Orçamento apresentadas por Demóstenes –isso pode indicar que uma de suas linhas de investigação será analisar se o senador utilizou prerrogativas de seu cargo para favorecer Cachoeira.
Lewandowski negou, no entanto, pedido do procurador-geral para um depoimento de Demóstenes por entender que ainda não é a hora.
Investigações da PF também apontam que Cachoeira repassou informações sobre apurações contra o seu grupo a Demóstenes.
A Folha obteve 12 mil páginas do inquérito da PF que culminou na Operação Monte Carlo. Ela investigou Cachoeira e mais 80 pessoas, todos denunciados neste mês pelo Ministério de Público Federal sob acusação de explorar máquinas caça-níquel e corromper agentes públicos para manter o negócio.
No inquérito a que a Folha teve acesso, o nome de Demóstenes aparece, por exemplo, num relatório da PF sobre um diálogo gravado com autorização judicial no dia 13 de março do ano passado, às 15h37. Nele, conversam Carlinhos Cachoeira e o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá –apontado pela Procuradoria como o principal araponga da quadrilha. Ambos estão presos.
De acordo com a PF, eles falavam sobre investigações sigilosas que o grupo sofria à época, quando a Monte Carlo já estava em andamento.
Outro diálogo revela que Demóstenes atuava para ajudar Cachoeira na escolha de integrantes para o governo de Goiás, comandado pelo tucano Marconi Perillo. Em uma conversa no dia 5 de janeiro do ano passado, o empresário menciona duas vezes o nome do senador a um integrante de seu grupo, de acordo com a PF.
Outro lado
Questionado sobre as gravações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que elas não têm valor jurídico e são totalmente nulas.
Isso porque o senador só poderia ser investigado com autorização do STF. O advogado afirmou não ter tido acesso à íntegra de todos os diálogos interceptados pela PF, mas critica a atuação da polícia.
“Como vou fazer interpretação de uma suposta interpretação do que a polícia ouviu?”, questionou.
Segundo a defesa, caberia ao juiz de primeira instância remeter o caso de Demóstenes ao Supremo logo nos primeiros dias de escutas.
As informações de que o DEM está prestes a pedir a expulsão do senador Demóstenes Torres da legenda estão correndo cada vez mais fortes. Tudo indica que o partido realmente vai pedir a gentileza que o senador assine a ficha de desfiliação antes que seja aberto um processo de expulsão.
A cúpula do partido já acionou lideranças do partido em Goiás para entrar em contato com o senador e dar a recomendação até segunda-feira.
A decisão foi tomada após uma reunião entre membros e o presidente nacional da legenda, o senador José Agripino Maia. Agora o prestígio do senador e membro do Ministério Público licenciado começa a ficar abalado.
O principal objetivo de sugerir à Demóstenes a desfiliação por conta própria é evitar o desgaste que o processo de expulsão pode causar tanto à imagem dele quanto à imagem do partido.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, na tarde desta terça-feira (27), em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN). No texto, Demóstenes sinaliza que precisa de mais tempo para se dedicar à defesa das denúncias que o envolvem com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
Nelson Jr. – 3.mar.10/STF
O senador Demóstenes Torres
“A fim de que possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados no últimos dias, comunico à Vossa Excelência meu afastamento da Liderança do Democratas no Senado Federal”, disse o senador, na correspondência.
O corregedor do Senado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), enviou pedido de informações ao Ministério Público para saber se há envolvimento de Demóstenes no esquema de corrupção investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Depois dessas informações, Vital do Rêgo definirá se o caso será remetido ao Conselho de Ética da Casa.
Em meio às denúncias de irregularidades, Demóstenes confirmou apenas que havia recebido presentes de casamento – uma geladeira e um fogão importados – de Cachoeira. Porém, vieram à tona informações que o senador mantinha uma linha telefônica para conversar com o empresário.
O jornal O Estado de São Paulo publica em sua edição deste sábado (25) que o candidato a prefeito da aliança DEM e PSDB em Natal será o deputado federal Rogério Marinho (PSDB). O veículo diz ainda que os dois partidos devem ficar juntos em várias outras capitais do país.
Além de Natal, recente nota divulgada pelos diretórios nacionais das duas legendas definiram que os partidos estarão juntos também em Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). Agora, segundo o jornal, a expectativa é que se confirme a parceria também em São Paulo (SP), Recife (PE), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).
O Estadão diz ainda que, além da definição por Rogério Marinho em Natal, os partidos também estão com os apoios definidos para o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), em Salvador, em Aracaju com o ex-governador do Estado João Alves (DEM) e em Fortaleza com Moroni Torgan, também do DEM.
Na semana que antecede a votação pela validade ou não da Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Jose Agripino, presidente do Democratas, já avisou que não vai permitir candidatura de político ficha suja.
O recado soa como uma indireta para os adversários nas eleições municipais desse ano e como um aviso para os políticos do DEM espalhados pelo Brasil.
Presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia descartou que a aliança do DEM com o PSDB para o pleito 2012 na cidade de Natal seja um alinhamento direto com a candidatura do deputado federal Rogério Marinho, pré-candidato pelo PSDB. Para o líder do DEM, a aliança dos tucanos com o seu partido não está fechada em torno de um candidato definido e busca novos aliados.
Exatamente para não descartar novos partidos aliados é que o DEM não confirma a candidatura de Rogério Marinho. “Na hora que a gente define um candidato pode impedir de fazer novas alianças. A decisão do candidato virá depois”, disse José Agripino, confirmando que a união do DEM com o PSDB foi fechada para as cidades de Fortaleza, Salvador, Aracaju e Natal.
As declarações do senador José Agripino Maia apontam que nessa união das duas legendas de oposição ao Governo Federal poderá levar a um segundo candidato, que não seja o deputado federal Rogério Marinho. “Asseguro que não há nome definido, como prego batido em ponta virada. Nas quatro cidades vamos observar as circunstâncias, não fechamos os candidatos”, destacou o líder do DEM, confirmando que o acerto para união das duas legendas passou também pela concordância da governadora Rosalba Ciarlini, única chefe do Executivo estadual do DEM no país.
O Democratas não quer mais ser chamado de DEM. Com base em uma pesquisa qualitativa apresentada nesta segunda-feira, em seminário da legenda em São Paulo, detectou-se que a diminuição do nome é prejudicial a seu reconhecimento junto à população.
“Nós nunca inventamos esse DEM. Portanto, massifiquem o nome Democratas”, pediu o senador e presidente do partido Agripino Maia (RN). Lideranças da sigla avaliaram que o uso da sigla “DEM” foi forçado pela imprensa.
O DEM, ou Democratas, no entanto, aderiu à ideia que agora rechaça, já que o usa em sites do partido como o demnacamara.com.br, que consta inclusive no folder distribuído no evento.
Fonte: Panorama Político com informações do jornal Valor Econômico
O Democratas realizou nesta segunda-feira (6), o primeiro entre os vários encontros que o partido fará com pré-candidatos a prefeito e vereador. Realizado em São Paulo, no hotel Renaissance, o evento que, inicialmente contaria com a presença de 300 pré-candidatos, recebeu mais de 800 participantes de todos os estados do país lotando os dois salões reservados para o evento.
“O Democratas seguramente fará um número de prefeitos maior do que tem hoje, incluindo noventa prefeitos no estado de São Paulo e algumas capitais”, assegurou o presidente do Democratas, senador José Agripino.
Segundo o senador, o sucesso do evento em São Paulo demonstra a força do partido no estado e para as eleições municipais. “Se já estávamos vivos, vamos estar muito mais daqui pra frente”, disse.
Agripino ainda alfinetou partidos adversários, que mantiveram a ficha de filiação de políticos com mandado acusados de participação em escândalos com irregularidades de repercussão nacional.
“A marca que diferencia o Democratas é a ética. Podemos bater no peito e nos orgulharmos de sermos o único partido que teve a coragem de expulsar o seu único governador”, completou.
Ontem o BG abordou esse assunto mostrando as palavras irônicas e fortes de Robinson Faria direcionadas a José Agripino. Hoje a Tribuna faz uma reportagem mostrando as fortes palavras do Dep. Fábio Faria direcionadas ao Senador e presidente do DEM.
Não entro no mérito de quem tem ou não tem razão, políticos se merecem, não dou muito tempo para estarem nos elogios novamente, tudo é questão de tempo. Vejam hoje os grandes elogios entre Garibaldi e Agripino, Henrique e Agripino, Agripino com os Bacuraus e até o PT elogiando Wilma e vice-versa, são todos íntimos.
Mas não posso deixar de destacar quando o PSD local, principalmente o Dep. Fábio Faria diz que até bem pouco tempo (campanha) atrás Agripino era só elogios ao grupo deles. Até bem pouco tempo atrás digníssimo deputado, o seu grupo também era só elogios à ex-governadora Wilma, essa que vocês romperam para apoiar o Governo Rosa que se encontra no poder e deu um canto de carroceria no PSD potiguar, mesmo vocês tendo mais espaços no governo do que o próprio partido da governadora. Sem falar que Robinson também rompeu com Agripino alguns anos atrás para criar seu grupo político e apoiar a então Governadora Wilma. CANSEI..
Segue reportagem da Tribuna do Norte:
O deputado Fábio Faria, vice-líder do PSD na Câmara Federal, reagiu de maneira veemente às declarações do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, que chamou de “sem história” os correligionários do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de reforçar a tese de que não há interesse dos democratas em compor aliança com os peessedistas na eleição municipal do próximo ano. Fábio não poupou críticas a Agripino e lembrou que o líder democrata nasceu na política pelos braços da ditadura militar, chamou-o de autoritário e disse apostar que, a continuar o comando da sigla com as mãos pesadas de agora, vai acabar como o responsável pelo fim do DEM.
Aldair Dantas
“Quem é ele para vir falar de história? O pai dele foi governador na ditadura, nomeado. Ele estava trabalhando em outro Estado como engenheiro e voltou para Natal também para ser empossado prefeito pelos generais. Meu pai [o vice-governador Robinson Faria] começou como deputado estadual, há vinte e cinco anos, o que é bem diferente. Na campanha passada [quando o grupo de Fábio e Robinson apoiou Agripino] meu pai tinha história, mas agora já não tem mais. Então quem tem história é quem começa na ditadura nomeado?”, questionou asperamente o parlamentar.
O clima entre o comando do DEM e do PSD potiguar é regado a animosidades desde que a legenda liderada por Gilberto Kassab começou a ser concebida. Agripino, na condição de presidente nacional do DEM, tem dado aos peessedistas o posto de potencial desagregador da sigla democrata e a desavença culminou com o rompimento do vice-governador Robinson Faria da base aliada do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Fábio Faria acusa-o de “ingrato” e de ter “memória curta” ao rememorar o apoio “imprescindível” do grupo liderado pelo vice-governador à campanha de senador do democrata em 2010.
“Ele [José Agripino] vem dando declarações fortes diferente dos elogios da época em que apoiamos a candidatura dele. Depois que ele foi eleito começou a reverenciar pessoas que não votaram em Rosalba e paralelamente a bater no nosso grupo”, sentenciou o deputado federal.
Ao contrário do filho, Robinson Faria preferiu não se pronunciar abertamente. Apenas no twitter alfinetou o ex-aliado indiretamente. “Essa conversa de eles pra lá e nós pra cá parece samba-enredo da escola da arrogância e da soberba”.
Ele se referiu ao fato de Agripino assinalar que o PSD não desponta na lista dos prováveis aliados do DEM na eleição municipal que se aproxima. Para Fábio, mais um erro de cálculo do senador. O PSD, garantiu ele, pensa diferente e cumprirá os acordos firmados anteriormente com os aliados dos municípios. “Quem vai ter dificuldade de participar das eleições do jeito que as coisas estão são eles. É o estilo DEM de fazer política, desagregador, autoritário e com soberba. É batendo em Lula e em Dilma e atrapalhando o Governo do Estado. É afastando aliados e diminuindo a base. Ainda não se deram conta desse estrago todo?”, indagou Fábio Faria.
José Dias: “Agripino é cria da ditadura”
A reação do PSD não se limitou ao parlamentar federal Fábio Faria. O deputado estadual José Dias, líder do PSD na Assembleia Legislativa, destacou que a entrevista do democrata foi “infeliz” e, assim como o correligionário, atrelou a imagem do senador à ditadura militar ao lembrar que o mesmo é “cria” do período de recessão. José Dias enfatizou que respeita a trajetória pessoal de Agripino, mas enfatizou que esta é uma lacuna na trajetória do democrata que não pode ser desconsiderada. “Eu não gostaria de ter uma biografia política como a do senador José Agripino, forjada no serviço à ditadura militar. O senador é uma cria da ditadura militar”, fuzilou José Dias em entrevista ao blog do jornalista Oliveira Wanderley.
Emanuel Amaral
Em tom irônico, José Dias salientou ainda que José Agripino deveria fazer reverência aos militares por tê-lo ajudado a impulsionar a carreira política. “Para ser justo, ele deveria vestir verde-oliva, pois se não fossem os generais Golbery do Couto Silva, Ernesto Geisel e João Figueiredo, bem como o padrinho Marco Maciel, pela famosa vinculação dos votos, ele não teria sido prefeito de Natal, governador do Estado e nem senador da República”, emendou José Dias, que completou: “Acredito que pelo seu valor intelectual, o senador seria hoje um grande capitão de indústria”.
Para o peessedista, Agripino está sendo injusto, tendo em vista que recebeu o apoio integral de muitos integrantes do PSD na eleição de 2010. José Dias faz uma indagação a Agripino: “Será que se o senador precisasse renovar o seu mandato agora, que foi conquistado com a colaboração de membros do hoje PSD, ele falaria assim?”. O deputado considera grave o fato de o presidente nacional do DEM não demonstrar nenhuma consideração com os aliados do interior.
“O que acho grave e absolutamente injusto é que José Agripino não tem a menor consideração com os seus aliados que nos municípios agora em 2012 estarão lutando para se eleger. Será que prá eles é bom descartar o apoio de quem recentemente foi útil para eleger o senador”, observou ainda, ao blog, o deputado do PSD.
Para escolher Robinson, FAbio e o o PSD como alvo, o senador José Agripino tem alguma estratégia que não revela. Da consolidação desse casamento com Henrique Alves, seu inimigo histórico e de quem nunca gostou, onde o PSD entraria apenas como justificativa até uma ingratidão monstruosa de quem desavergonhadamente fez de tudo para receber os votos deles e depois deu as costas, esqueceu e, ingrato, ainda tenta desqualificá-los. Essa postura de pulha da história política faz de José Agripino o mais esperto, dissimulado e frio político do RN, tão verdadeiro quanto o seu rosto imerso em botox e retoques. Que acabem com essa farça, que todos sejam mostrados como são, com seus defeitos e suas virtudes. E que o eleitor possa julgá-los conhecendo em profundidade seu carater, comportamento e conduta.
Farinha do mesmo saco. Eles se merecem muito, a política daqui é apenas para beneficio próprio e só. Estado do atraso, do esquecimento e da incompetência.
Acho engraçado o deputado criticar Agripino falando em Ditadura,quando o seu avô Osmundo é quem ia ser o governador nomeado pelos militares,só que pra sua infelicidade o general que conseguiu a nomeação morreu na véspera e quem assumiu foi Tarcísio Maia!!!entao ele n pode falar nada sobre isso.teve jornal com a manchete que Osmundo era governador n deu tempo de corrigir.
Na última terça-feira (27), o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, em entrevista ao Estadão, disse que não iria se aliar ao PSD nas eleições 2012, porque a nova legenda era um “partido sem história”. A declaração provocou a fúria dos nomes fortes do PSD no Rio Grande do Norte.
O primeiro a se manifestar foi o deputado estadual José Dias. No mesmo Estadão, Dias criticou a história política do senador com declarações bastante ácidas.
“Eu não gostaria de ter uma biografia política como a do senador José Agripino, forjada no serviço à ditadura militar. O senador é uma cria da ditadura militar. Para ser justo, José Agripino deveria vestir verde-oliva, pois se não fossem os generais Golbery do Couto Silva, Ernesto Geisel e João Figueiredo, bem como o padrinho Marco Maciel, pela famosa vinculação dos votos, ele não teria sido prefeito de Natal, governador do Estado e nem senador da República”, disparou Dias na edição de hoje.
O vice-governador Robinson Faria foi o segundo. Através de sua página pessoal do Twitter (@RobinsonFaria), há poucos instantes, ele taxou como “arrogância” e “soberba” as declarações de Agripino.
O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM e um dos maiores articuladores políticos da oposição ao governo Dilma Rousseff, voltou a descartar a possibilidade de aliança com o PSD, do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. No novo discurso dado em entrevista ao matutino Estadão, ele justificou o posicionamento desdenhando a falta de história do PSD.
“O PSD é um partido feito por pessoas que não têm uma história. O DEM tem uma história. Na hora que fizermos uma aliança com o PSD, nós estaremos emprestando nossa história a quem não tem história”, disparou o parlamentar.
Vale lembrar que o surgimento do PSD foi um dos principais encalços do DEM desde as últimas eleições. No Rio Grande do Norte, por exemplo, onde o berço tucano é o único soberano no Brasil, o PSD conquistou a Vice-Governadoria e provocou o rompimento político entre a governadora Rosalba Ciarlini e o seu vice Robinson Faria. O PSD ainda faturou várias cadeiras tucanas no Congresso Nacional, em Assembleias Legislativas e em Prefeituras espalhadas pelo Brasil.
Depois dessa, tem muita gente do PSD querendo responder às declarações, mas preferindo ficar em silêncio para não polemizar o tema.
Curiosidade
Pouca gente lembra mas a sigla partidária PSD (Partido Social Democrático) foi fundada oficialmente 1945 e extinto durante a ditadura militar . Com a extinção do PSD, os membros se dirigiram para o MDB (hoje PMDB) e para o Arena (pós PFL, hoje DEM). O PSD de hoje é mais um homônimo, do que uma retomada do antigo partido propriamente dita.
Bruno, o dem, realmente tem história. Apoiou a ditadura, Governo Sarney, Governo collorido, as privatizações do governo FHC, ajudou a quebrar 2 vezes o Brasil, comprou votos para mudar a constituição e garantir o segundo mandato ao tucano e participou de todas grandes as corrupções no Brasil.
Realmente, é contra o Prouni, as cotas.
È um partido preconceituoso, racista e direita.
O Dem é o partido que ajudou o país andar para trás.
É mole ou que mais!
O senador José Agripino Maia é conhecido pelo grande poder de articulação que tem junto aos opositores do governo. Respeitado dentro do próprio partido, ele foi reconduzido ao cargo de presidente nacional da legenda e já mandou o recado para a turma que trocou de partido rumo ao PSD.
“Aqueles que saíram, boa viagem! O Democratas vai sobreviver em nome de suas ideias. Acreditamos que as ideias devem ser maiores que seus lideres, porque elas sobrevivem ao tempo”, disse.
Depois de uma declaração dessas, tem muita gente querendo falar, mas preferindo ficar de bico fechado. Nunca é demais lembrar que o Rio Grande do Norte é o único estado brasileiro que o DEM sobrevive com todas as suas forças políticas.
O Estadão noticiou agora há pouco que o partido Democratas do Distrito Federal vai pedir o impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT) pela suspeita de envolvimento no desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O anúncio foi feito hoje pelo líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), da tribuna da Casa.
“Nosso partido, que expulsou aqueles que não honraram a sua bandeira, inclusive o único governador eleito em 2006, vai atrás dos outros”, informou o líder, referindo-se ao escândalo da Caixa de Pandora, de 2009, investigado pela Polícia Federal, que levou o partido a expulsar o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. “Não podemos tolerar que o PT, que naquela época fez um carnaval, se omita diante de provas consistentes quanto à participação do governador no escândalo em que não faltam testemunhas sobre a sua participação”.
Para Demóstenes, o PT escolhido por Agnelo, depois de ele se desfiliar do PCdoB, tem duas opções: rever sua posição de apoio ao governador ou se assumir de vez como “o partido da boquinha”. “Os petistas de brio, certamente, discordam da bandalheira. É necessário conclamá-los à batalha pelo resgate da moralidade no DF, bandeira essa que o partido tanto empunhou nas administrações anteriores”, alegou.
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