Saúde

Saúde no RN alerta para nova classificação da dengue

“Dengue – Um Mal que Pode Estar ao Seu Lado”. Este é o tema da palestra que será proferida nesta quarta-feira (19), às 10h, no auditório do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), pela infectologista Rosângela Morais. Na oportunidade, será abordada a nova classificação dos casos de dengue divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a qual o Brasil adota a partir deste ano. Os critérios de avaliação agora serão classificados como: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Até 2013, a classificação contemplava os critérios: dengue clássico, dengue com complicações, febre hemorrágico, síndrome do choque da dengue.

De acordo com a nova classificação, uma pessoa que tenha viajado para áreas onde estejam ocorrendo transmissão de dengue ou que tenha a presença do mosquito Aedes Aegypti e que apresente duas ou mais manifestações como dor de cabeça, febre, náusea, vômitos, petéquias (pequenas manchas avermelhadas na pele) ou prova do laço positivas, já pode ser considerada como caso suspeito de dengue. Os casos de suspeita de dengue com sinais de alarme serão identificados se o paciente, no período de efervescência da febre, apresentar um (ou mais) dos seguintes sintomas: dor abdominal contínua, sangramento das mucosas, acumulação de líquidos, entre outros. Os casos suspeitos de dengue grave serão caracterizados por choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.

Segundo a enfermeira do Programa Estadual de Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Luciana Olinto, “a nova classificação é a tradução do quadro clínico que o paciente apresenta quando é detectada a suspeita do caso. Ela valoriza a sintomatologia do paciente (o que o paciente está sentindo) e busca atentar para que ele seja manejado oportunamente e adequadamente, evitando o agravamento e, consequentemente, o óbito”.

O último *boletim divulgado pelo Programa da Sesap, correspondente a semana epidemiológica nº 52, com os números da doença no RN até o dia 28 de dezembro de 2013, mostram que foram notificados 24.559 casos suspeitos de dengue, sendo 9.809 confirmados. Um total de 107 municípios apresentaram incidência alta em dengue. Os cinco municípios que mais notificaram casos de dengue foram: Natal (4.378 casos suspeitos), Parnamirim (2.111), Pau dos Ferros (1.793), Santa Cruz (1.597) e Caicó (1.323). Somente no ano passado, a taxa de óbito alcançou 50 de casos suspeitos, sendo 26 óbitos por dengue confirmados; um aumento de 30% em relação ao ano de 2012.

*Os dados estão computados de acordo com a classificação ainda usada em 2013.

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Saúde

Sesap divulga novos números da dengue; queda em relação a 2012 é de 32,83%

O RN apresentou 23.123 casos notificados como suspeitos de dengue, entre o início deste ano até o último dia 09 de novembro, o que aponta uma queda de 32,83%, em comparação ao mesmo período de 2012, quando foram registradas 34.424 notificações da doença. Os números foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa Estadual de Controle da Dengue, nesta terça-feira (26). Os dados são referentes à Semana Epidemiológica nº 45.

Nesse período, foram confirmados 8.713 casos de dengue no Rio Grande Norte, número que, no mesmo período do ano de 2012, correspondeu a 13.013, o que representa um decréscimo de 33,04%.

Do total de municípios do RN, 104 apresentam alta incidência da doença, 24 estão com média, 34 com baixa e 5 com incidência silenciosa. Os cinco municípios que apresentam as maiores notificações de casos suspeitos são: Natal (4.074), Parnamirim (2.017), Santa Cruz (1.567), Pau dos Ferros (1.314), e Caicó (1.314).

O Programa Estadual de Controle da Dengue, dentro de sua estratégia de prevenção e vigilância epidemiológica, reforça junto à população e gestores de saúde alguns cuidados básicos diante da doença: eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, não jogar lixo em terrenos baldios, evitar recipientes que acumulem água e limpar periodicamente as caixas d’água, deixando-as tampadas.

A técnica responsável pelo Programa, Sílvia Dinara Alves, chama a atenção para a letalidade da dengue: “trata-se de uma doença séria, que pode evoluir a óbito, embora os sintomas sejam semelhantes aos de uma virose comum”. Assim, a técnica destaca que ao aparecimento de sintomas da dengue – como dores musculares, nas articulações e olhos, bem como náuseas, vômitos, cefaleia e febre –, as pessoas devem procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo, evitando a automedicação, capaz de mascarar os sintomas.

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