O dermatologista e alergologista Wesley Ferraz de Carvalho, de 56 anos, preso em Eunápolis, a 671 km de Salvador, acusado de abusar sexualmente de suas pacientes, costuma apalpar a genitália e os seios das vítimas durante as consultas, segundo informações da DEAM/Porto Seguro (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher).
Doze mulheres molestadas pelo médico dermatologista dentro de consultórios particulares e unidades municipais de saúde, em Porto Seguro, já confirmaram o abuso sexual à titular da DEAM/Porto Seguro, delegada Viviane Scofield.
Na sexta-feira (29), a delegada se passou por paciente, agendando uma consulta na clínica em Eunápolis. Ao entrar no consultório, às 14h, a titular da DEAM apresentou o mandado judicial a Carvalho e o conduziu para a sede da 23ª Depin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior). O médico estava sendo investigado há dois meses.
De acordo com a polícia, o acusado clinicava há 15 anos em Porto Seguro, Eunápolis e Teixeira de Freitas, Wesley. Sem utilizar luvas e jaleco, o médico só prestava atendimento depois de trancar a porta do consultório e, sob o pretexto de realizar exames mais detalhados, abusava sexualmente das pacientes, tocando suas partes íntimas.
Uma das mais recentes vítimas do médico foi uma adolescente de 13 anos, Durante a consulta, ainda segundo a polícia, o médico baixou repentinamente a blusa da paciente e passou a apertar-lhe os seios, atitude que fez a menina e a mãe saírem indignadas da clínica, denunciando-o posteriormente na DEAM.
A equipe da DEAM/Porto Seguro também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, nas últimas 48 horas, na residência do dermatologista, e em clinicas e unidades de saúde, tendo apreendido centenas de fichas de pacientes nesses endereços. “Manteremos contato com essas mulheres, para averiguar se foram molestas durante as consultas, e orienta-las a denunciar o médico à polícia”, informou a delegada.
O dermatologista, que é natural da cidade de Itapetinga, já seguiu para o Presídio Regional de Eunápolis, e responderá pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
R7
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