Saúde

Estudo desenvolve vacina de Covid-19 a partir de planta do feijão-fradinho

Foto: Toby Hudson/Wikimedia Commons

O departamento de nanoengenharia da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, pode revolucionar o desenvolvimento de imunizantes contra a Covid-19. Isso porque a equipe de pesquisadores está estudando vacinas criadas à base de plantas e bactérias e que não precisariam ser armazenadas sob baixas temperaturas, como exigem algumas atualmente.

Ainda em desenvolvimento, as duas candidatas a vacinas obtiveram bons resultados em testes com camundongos, desencadeando neles alta produção de anticorpos neutralizantes contra o Sars-CoV-2. Os detalhes foram publicados nesta terça-feira (7) no Journal of the American Chemical Society.

Em caso de aprovação — após um longo processo para demonstrar segurança e eficácia em humanos —, os imunizantes poderiam ampliar a distribuição das vacinas em áreas rurais e países pobres em infraestrutura. “O que é emocionante sobre nossa tecnologia de vacinas é que ela é termicamente estável, o que poderia facilitar o alcance a lugares onde a instalação de freezers não é possível”, diz Nicole Steinmetz, professora de nanoengenharia da UC San Diego, em comunicado.

Para criar as vacinas, a equipe cultivou milhões de cópias de dois vírus em dois organismos: a bactéria Escherichia coli e uma leguminosa que está no prato de muitos brasileiros, o feijão-fradinho (também conhecido como feijão-de-corda). Diante da proliferação do vírus bacteriófago Qbeta e do vírus do mosaico severo, os cientistas coletaram suas nanopartículas e aplicaram nelas um pequeno pedaço da proteína spike do Sars-CoV-2, a responsável por permitir que o vírus entre nas nossas células.

Um imunizante criado a partir desse processo carrega um vírus que, apesar de estimular o reconhecimento do nosso sistema imunológico, não é infeccioso. Uma vez reconhecida a parte da proteína spike do coronavírus, as células do corpo estariam prontas para gerar uma resposta imune contra ele.

Benefícios no uso de vírus vegetais e bacteriófagos

Além da estabilidade a altas temperaturas, que elimina a necessidade de armazenamento frio das vacinas, os baixos custos em uma produção de grande escala são mais uma vantagem oferecida pela tecnologia que utiliza vírus vegetais ou bacteriófagos. “Cultivar plantas é relativamente fácil e envolve infraestrutura que não é muito sofisticada”, explica Steinmetz. “E a fermentação usando bactérias já é um processo estabelecido na indústria biofarmacêutica.”

Etapas também poderiam ser facilitadas pelo fato de que esse tipo de vacina não tem sua qualidade afetada ao passar por processos de fabricação que envolvem calor. Isso poderia inclusive possibilitar a produção de adesivos com microagulhas e implantes vacinais.

Com os implantes, uma única aplicação seria capaz de liberar lentamente a quantidade de substância necessária para alcançar a imunização. “Se as clínicas pudessem oferecer um implante de uma dose para aqueles que teriam dificuldade em se deslocar uma segunda vez, isso ofereceria proteção para mais pessoas e poderíamos ter uma chance melhor de conter a transmissão”, explica Jon Pokorski, também professor na UC San Diego.

Já os adesivos com microagulhas permitiriam que as pessoas autoadministrassem as vacinas. “Imagine se adesivos de vacina pudessem ser enviados para as caixas de correio de pessoas mais vulneráveis, em vez de fazê-los sair de suas casas e exposição ao risco?”, questiona Pokorski, que lidera a equipe responsável por desenvolver esse tipo de tecnologia.

Os camundongos testados receberam os dois novos métodos vacinais, além do esquema tradicional com duas doses. Em todos os três procedimentos, os animais produziram altos níveis de anticorpos neutralizantes.

Proteção contra variantes

Mais um fator que empolga os cientistas é o potencial das vacinas em induzir respostas contra diferentes tipos de coronavírus e cepas do Sars-CoV-2. Tudo depende do pedaço da proteína spike ligado à superfície das nanopartículas virais. Acontece que uma das peças escolhidas pela equipe de pesquisadores, chamada de epítopo, é quase idêntica entre o Sars original e o novo coronavírus.

A extensa luta contra as variantes poderia receber um reforço. Geralmente, as cepas virais surgem após mutações na região de ligação da proteína spike. As vacinas atualmente administradas utilizam justamente epítopos dessa região, o que dificulta o combate às variantes. Mas as candidatas têm uma proposta diferente. “Com base em nossas análises de sequência, o epítopo que escolhemos é altamente conservado entre as variantes Sars-CoV-2”, afirma Oscar Ortega-Rivera, primeiro autor da pesquisa.]

Agora, as vacinas seguirão em desenvolvimento até terem sua segurança verificada e depois entrarem na fase de testes clínicos.

Galileu

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Saúde

China desenvolve vacina contra covid-19 por inalação; quantidade necessária para imunizar é um quinto da injetável

Foto: Reuters/China Daily/direitos reservados

A China se encaminha para a aplicação de uma nova vacina contra o SARS-CoV-2 por meio de inalação. A epidemiologista e virologista Chen Wei e a empresa de biotecnologia CanSino Biologics Inc. desenvolveram o imunizante e destacam várias vantagens em relação à injetável.

Eles informam que, nesta nova vacina, é necessário apenas um quinto da quantidade da vacina injetável do vetor do adenovírus da covid-19. Por outro lado, o produto não requer armazenamento e transporte em caixas frigoríficas.

“Se a vacina for inalada por aerossol, pode formar uma imunidade da mucosa, além da imunidade humoral e celular, normalmente formada pela vacina injetável”, disse Chen Wei, citada pela Euronews. Os investigadores apostam na inalação por aerossol para reforçar a imunidade da mucosa.

O imunizante inalado combina a mesma tecnologia já aplicada pela empresa durante a investigação de uma vacina inalada contra tuberculose e a vacina injetável contra a covid-19, também produzida em seus laboratórios.

“Uma vacina inalada poderá ser mais eficaz do que as injetadas, pois o SARS-COV-2 entra no corpo humano por meio das vias aéreas. Uma vacina inalada pode ativar anticorpos nas vias aéreas, oferecendo proteção extra” diz Xuefeng Yu, executivo da CanSino Biologics.

A atual vacina injetável é de 0,5 mililitros por dose, explicou o especialista de Xangai Tao Lina, citado no Global Times. Segundo ele, a vacina inalada, desenvolvida pela equipe de Chen Wei, pode atingir o mesmo efeito protetor com apenas uma dose de 0,1 mililitro, “isso significa que tem maior eficiência imunológica”.

“A maior eficiência da pode vir da forma como a vacina entra no corpo”, destacou Tao. “É inalado diretamente, o que mimetiza a infecção natural do vírus respiratório COVID-19, e então forma uma imunidade da mucosa”, explicou.

A pesquisadora Chen Wei acrescenta que o imunizante aplicado por inalação poderá reduzir custo da produção e, consequentemente, ficar mais acessível a todos.

Os laboratórios podem produzir cinco vezes mais vacinas inaladas com a mesma capacidade de produção de vacinas injetáveis, o que contribuirá para acelerar a vacinação na China.

Agência Brasil, com RTP

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Educação

Meio ambiente: contato com plantas desenvolve habilidades das crianças em escola de Natal

Fotos: Divulgação

Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, alunos da Maple Bear Natal colocaram a mão na terra e tiveram o primeiro contato com a horta comunitária montada na escola para desenvolver uma relação mais próxima entre eles e a natureza.

O objetivo é que a horta funcione como um laboratório vivo, em que as crianças possam ver os conceitos em sala de aula e levá-los para a prática. Assuntos como alimentação, agricultura, nutrição e preservação do meio ambiente serão tratados com o cultivo da horta. “Nos temos um tema gerador que é: a cultura do respeito transformando gerações. A partir disso, as crianças aprendem a se relacionar com o outro, consigo mesmo e com a natureza. Dentro desse contexto surgiu a nossa horta”, explicou a coordenadora pedagógica adjunta da unidade de educação infantil da Maple Bear Natal, Amanda Silva.

Hoje, foi a vez dos alunos do último nível da educação infantil terem o primeiro contato com a horta. Em dupla, eles plantaram e regaram sementes de tomate com a ajuda dos professores. As crianças também são estimuladas a montarem suas próprias hortinhas em casa para desenvolver as habilidades de aprendizagem em outros ambientes. “Desde cedo a gente trabalha com eles essa consciência de que a natureza é importante para o equilíbrio do planeta e que é preciso cuidar dela para que haja o desenvolvimento humano”, concluiu Amanda.

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Tecnologia

UFRN desenvolve aplicativo para popularizar medidas de prevenção e controle da covid-19

Um aplicativo de computador com funcionalidades capazes de aumentar a adesão da população às medidas de prevenção e controle da covid-19 e de outras doenças respiratórias agudas graves, tais como pneumonia, tuberculose, coqueluche, difteria, H1N1 e bronquiolite, recebeu na última semana do mês de maio o registro definitivo de propriedade, concessão feita pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI).

O sistema web RespiraSaúde será utilizado em conjunto com o aplicativo móvel RespiraSaúde, com o objetivo de gerenciar materiais educativos que serão incluídos, visando à mitigação do risco de contágio e ao aumento da participação da população no controle e prevenção de doenças respiratórias graves. Os conteúdos elaborados em formatos e linguagem acessíveis à população serão disponibilizados no formato de vídeos, textos e imagens. Além disso, o sistema web permitirá o gerenciamento de dados inseridos pelos usuários do aplicativo móvel RespiraSaúde.

A ferramenta permitirá ainda, a partir do cadastro dos seus usuários, o envio de informações relevantes de educação em saúde para grupos específicos, como, por exemplo, os de condições respiratórias agudas ou crônicas, pessoas vacinadas ou não para covid-19, pessoas previamente contaminadas ou não, pelo rastreio de pessoas com complicações pós-covid-19.

As informações com os nomes dos inventores do RespiraSaúde podem ser acessadas no endereço www.agir.ufrn.br, mesmo local em que os interessados podem visualizar um passo a passo elaborado pela equipe da Agência de Inovação (AGIR). Dúvidas adicionais podem ser solucionadas por meio dos telefones (84) 9 9167-6589 / 9 9224-0076.

Com UFRN

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Diversos

Professor do IFRN desenvolve iogurte em pó

Foto: Divulgação/IFRN

Tradicional na sociedade, é bem provável que você já tenha provado ou conheça o iogurte, não é mesmo? Contudo, ao reformularmos a pergunta para: “Você já provou iogurte em pó?”, a sua resposta é a mesma?

Através de pesquisa realizada em laboratórios do Campus Pau dos Ferros do IFRN e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o iogurte em pó é uma realidade e, agora, patenteada.

A novidade é fruto de pesquisas do docente e pesquisador do Campus, professor Emanuel Neto Alves de Oliveira, desenvolvidas a partir de sua tese de doutorado na UFCG. Intitulada “Desenvolvimento e caracterização de preparado sólido para iogurte prebiótico de manga”, a pesquisa visa promover maior estabilidade (tempo de consumo) a este produto alimentício tão bem aceito e consumido pela população brasileira. O professor comenta a viabilidade do produto: “O alimento desenvolvido não necessita de refrigeração, com isso o iogurte em pó, além de ter um maior período de validade, ainda pode atingir mercados mais distantes da região produtora o que não acontece atualmente com os iogurtes tradicionalmente encontrados nos supermercados”, detalha.

Patentes

Para complementar o sucesso do trabalho, Emanuel comemora a conquista do depósito de duas patentes no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI, e fala da importância desta pesquisa: “O nosso produto é uma revolução para a indústria de produtos lácteos, pois além de possui validade quase 9 vezes maior do que o iogurte tradicional, ainda gera economia de energia elétrica e de logística, visto que não precisa de refrigeração no seu transporte e nem armazenamento”, relata Emanuel.

Das patentes, a primeira delas é referente ao iogurte em pó. A segunda diz respeito ao iogurte pronto para o consumo obtido a partir do preparado sólido. As patentes já estão oficialmente depositadas no órgão. Os números dos processos de depósitos são:

Foto: Reprodução/IFRN

Com IFRN

Opinião dos leitores

  1. O produto é elaborado a partir de secagem denominada liofilização. A secagem acontece por sublimação a temperaturas a -40 graus. Ou seja não usa temperaturas elevadas como a secagem tradicional. Com isso água é retirada do produto sem que ele perda nenhum nutriente, ou características probióticos e probióticos mas, pelo contrários toda sua composição nutritiva e funcional e concentrada.

    Muito diferente do processo de obtenção de café solúvel é leite em pó que usa elevadas temperaturas e usa a técnica de secagem chamada spray dryer.

    São processos totalmente diferentes.

  2. É a ciência chegando com a pesquisa. Parabéns a quem tem coragem de se aprofundar no estudo.
    Não é fácil se chegar a tal. É muito tempo de dedicação ao estudo. Parabéns doutor!
    Só assim posso viajar e levar na bagagem meu iogurte preferido.

  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Homi, seu minino….esse é um geniu, serve pra que animal???
    Tirou o bom do produto, aquele gostinho bem característico e a destravada em quem tem prisão de ventre.
    Na verdade é o mesmo processo que tira a água do café e faz café solúvel e tira a agua do leite e faz leite em pó.

    1. O produto é elaborado a partir de um processo denominado liofilização. A secagem acontece por sublimação a temperaturas abaixo de -40 graus. Ou seja não usa temperaturas elevadas como a secagem tradicional. Com isso água é retirada do produto sem que ele perda nenhum nutriente, ou características probióticos e probióticos mas, pelo contrários toda sua composição nutritiva e funcional e concentrada.

      Muito diferente do processo de obtenção de café solúvel é leite em pó que usa elevadas temperaturas e usa a técnica de secagem chamada spray dryer.

      São processos totalmente diferentes.

    2. O produto é elaborado a partir de secagem denominada liofilização. A secagem acontece por sublimação a temperaturas a -40 graus. Ou seja não usa temperaturas elevadas como a secagem tradicional. Com isso água é retirada do produto sem que ele perda nenhum nutriente, ou características probióticos e probióticos mas, pelo contrários toda sua composição nutritiva e funcional e concentrada.

      Muito diferente do processo de obtenção de café solúvel é leite em pó que usa elevadas temperaturas e usa a técnica de secagem chamada spray dryer.

      São processos totalmente diferentes.

  4. Pensei que na IFRN só tinha maconheiros e bardeneiros. Viva a pesquisa tão rejeitada pelo um certo cidadão.

  5. Pó já é o produto mais exportado do RN. A Europa compra toneladas nossas todos os anos.

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Saúde

Comitê Científico desenvolve indicador que auxilia municípios do RN no controle da covid-19

Foto: Divulgação

O secretário estadual da Saúde, Cipriano Maia, anunciou, na coletiva de imprensa desta sexta-feira (23), a criação do “indicador composto” que permitirá mapeamento da evolução semanal de casos por município.

“A partir de hoje, começamos a disponibilizar para todos os entes responsáveis pelo monitoramento da pandemia no estado, o “indicador composto” desenvolvido pelo Comitê Científico, com a participação decisiva do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFRN, que se soma aos indicadores que já vínhamos utilizando, como a taxa de ocupação de leitos e o índice de transmissibilidade”, disse.

O indicador reúne nove variáveis que traçam um olhar mais acurado sobre a situação de cada município e um escore que mostra a evolução a cada semana. Isso permitirá a tomada de decisões para evitar que o crescimento de casos tenha como resultado um surto local ou em aumento de casos de taxas de ocupação de leitos.

“Um importante instrumento com contribuição decisiva da ciência, como vem sendo desde o início, sob a coordenação da professora Fátima Bezerra, para ter o melhor resultado em salvar vidas, que é o objetivo do SUS e da ação governamental”, ressaltou o secretário.

O professor da UFRN e membro do Comitê Científico da Sesap, Ângelo Roncalli, explicou o estudo que resultou na criação do indicador composto. “O Comitê percebeu que, para entender melhor a situação da covid no estado, havia necessidade de usarmos diferentes variáveis, de características assistenciais e epidemiológicas. A partir de um longo processo acadêmico de validação, foram estabelecidas nove variáveis, sendo duas relativas aos leitos, outras seis de características epidemiológicas e uma relativa à cobertura de testagem”.

O indicador vai de 1 a 5, onde 1 é a melhor situação e 5 a pior. Foram usadas cores alusivas aos semáforos de trânsito, sendo o 1 e 2 em dois tons de verde, o 3 e 4 em dois tons de amarelo e o cinco em vermelho. “Como ele é calculado a cada semana, temos condições de monitorar a evolução de cada município”, explicou.

Ele lembra que o indicador terá diversas possibilidades de embasar as ações nos municípios. “É importante fazer também a leitura específica de cada variável, o que vai permitir uma tomada de decisão mais eficiente e eficaz no enfrentamento da covid no estado”.

O detalhamento do indicador estará disponível no portalcovid19.saude.rn.gov.br e será enviado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público do RN (MPE/RN) e Ministério Público Federal para desenvolvimento de eventuais ações, a critério dessas instituições.

Opinião dos leitores

  1. Esse povo ainda contínua comendo o dinheiro do povo potiguar??,
    Isso é uma vergonha.
    Cadê os 5.000 milhões do povo??
    Vão deixar cair no esquecimento é??
    Incompetência pura desse povo.

  2. Esse desgoverno, sombreado por esse incompetente da SESAP, vem fazendo besteira em cima de besteira, quero saber quais são as ações efetivas e contundentes, para garantir o acesso dos usuários a saude, principalmente em relação a pandemia

  3. O Secretário Cipriano Maia, prestou alguma informação sobre os Cinco Milhões de Reais, desviados do Atestado do RN, através do Consórcio do Nordeste?

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Diversos

Auxílio no tratamento do autismo: Startup da UFRN desenvolve novas funcionalidades para diagnóstico e processo terapêutico

O tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é essencial para o desenvolvimento da comunicação, processo de aprendizagem e interação social. Pensando nisso, a startup WayAba – empresa vinculada à Inova Metrópole, incubadora do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) – desenvolveu uma série de novas funcionalidades para sua plataforma de auxílio ao diagnóstico e tratamento do autismo.

Implantadas no último mês, as funções já estão disponíveis para os usuários, que podem acessá-las tanto na plataforma web como no aplicativo mobile. Ambos funcionam de forma integrada, priorizando a metodologia da Análise de Comportamento Aplicada – tradução em português para a sigla ABA: Applied Behavior Analysis. Essas melhorias permitem, por exemplo, o compartilhamento de documentos entre analistas e os responsáveis pelo paciente, envio de mensagens entre usuários, agenda de compromissos, checklist de materiais pedagógicos e protocolos de avaliação.

A função central da WayAba é servir como um suporte para digitalização e tratamento das informações que são geradas pelo paciente durante a terapia, permitindo que o terapeuta possa arquivar tais dados ainda durante a sessão, poupando tempo e também agregando recursos que proporcionam a geração de relatórios e gráficos, que ajudam no diagnóstico e auxiliam o processo terapêutico.

Plataforma compara e analisa crianças com perfis parecidos e indica ao terapeuta o melhor tratamento para determinado paciente. Foto: Ana Karla Santiago

O CEO da startup, Assis Barbosa, destaca que outra função específica é a capacidade da própria plataforma de analisar e comparar crianças com perfis parecidos e, a partir da identificação de um padrão, indicar ao terapeuta qual seria o melhor tratamento para determinado paciente. Ele explica que essa sugestão dada pela plataforma é baseada nos próprios dados armazenados ao longo de seu uso pelo terapeuta.

Diferente de outras soluções que existem no mercado, a WayABA é elaborada exclusivamente para aqueles profissionais que utilizam o método ABA em suas rotinas.

“O que existe hoje no mercado são aplicações para digitalização de informações e isso o nosso protótipo da WayABA já atende, mas vamos além, com a inteligência de dados, que é o nosso grande diferencial. A geração de relatórios que descrevem os dados coletados, por exemplo, permitem que o terapeuta possa tomar uma decisão a partir dessas informações organizadas”, reforça Assis Barbosa.

A WayABA é elaborada exclusivamente para aqueles profissionais que utilizam o método ABA em suas rotinas. Foto: Ana Karla Santiago

Melhorias

Ao comentar sobre as recentes melhorias da WayAba, o CEO afirma que se trata de um importante amadurecimento da tecnologia. “À medida que novas pessoas entram na plataforma, mais demandas surgem, o que agrega cada vez mais valor à nossa solução. Enquanto isso, nossos usuários terão à sua disposição um leque de recursos cada vez maior”, avalia.

Pai de uma criança com autismo, Assis Barbosa destaca que a startup irá continuar desenvolvendo novas funcionalidades levando em conta as necessidades dos usuários. Ele explica que a Análise de Comportamento Aplicada se trata de uma metodologia complexa e que as funções atuais oferecidas pela plataforma asseguram um forte apoio ao usuário.

“A ABA é uma ciência muito eficiente, por isso mesmo exige muito de seus profissionais. A nossa plataforma garante aos usuários um trabalho otimizado, eliminando retrabalhos e gerando gráficos e análises estatísticas automaticamente”, destaca o CEO.

A equipe da startup continuou desenvolvendo suas atividades durante a pandemia. Foto: divulgação

Crescimento e pandemia

Mesmo diante do atual período de pandemia e isolamento social, os trabalhos da WayAba não pararam e, além do desenvolvimento das novas funções, a startup também conseguiu, em seu processo de vendas, firmar contrato com mais oito novos clientes, distribuídos em diferentes estados do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso.

Além disso, na última semana de setembro, a startup também acrescentou à sua carta de clientes, a Clínica Núcleo Desenvolve – primeira clínica situada em Natal a contratar os serviços da startup.

Em paralelo à expansão em sua área de atuação, a empresa também encontra-se em processo de transição do programa de Pré-incubação, iniciado em abril de 2019, ao de Incubação na Inova Metrópole.

“A pré-incubação foi um período de muito trabalho e muitas conquistas. Sempre recebemos suporte e fomos auxiliados nas estratégias para o nosso projeto, com treinamentos, indicações e consultorias. Nessa fase de pré-incubação, fomos contemplados em um edital de subvenção econômica do Banco do Nordeste e iniciamos nosso processo de vendas”, analisa o CEO.

Com UFRN

 

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Diversos

Pesquisa da UFRN desenvolve reator para tratamento de maiores volumes de águas residuárias em menor tempo

O desenvolvimento físico do produto foi realizado nas dependências do Laboratório de Eletroquímica Ambiental e Aplicada (LEAA) – Foto: Anastácia Vaz

Um reator eletroquímico com efetiva função para tratamento de rejeitos domésticos, hospitalares, das indústrias têxteis e das indústrias do petróleo, que não utiliza de agentes químicos tóxicos para realizar o tratamento – nem agentes biológicos, é o resultado do mais novo depósito de pedido de patente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

As discussões sobre tratamento de águas residuais vêm sendo desenvolvidas há muito tempo, visto que há preocupação sobre como a sociedade descarta o que produz. Segundo Djalma Ribeiro da Silva, um dos cientistas autores do pedido, o tratamento dos efluentes é relevante pois estas ‘águas descartadas’ contêm altas concentrações de matéria orgânica, capazes de poluir o meio ambiente quando são despejadas diretamente em rios, oceanos ou mananciais. Ele pontuou que, sem o tratamento, os processos de regeneração dos biomas ficam prejudicados, o que pode comprometer o acesso das futuras gerações aos recursos naturais.

Por sua vez, Júlio César Oliveira da Silva, doutorando, autor da tese que deu início ao desenvolvimento da nova tecnologia, explicou que procurou, em sua pesquisa, gerar novas técnicas ou aprimorar algumas, de forma a ter uma utilidade para a sociedade. “Devido à sua estrutura inovadora, o reator permite ao processo de tratamento em fluxo, em que o efluente passa pela primeira câmara interna do reator e, logo em seguida, pela segunda câmara interna do reator antes de retornar ao reservatório, uma otimização ao processo de oxidação anódica, permitindo o tratamento de maiores volumes de águas residuárias em menor tempo, consequentemente diminuindo os custos operacionais”, colocou o estudante do Programa de Pós-graduação em Química e professor de Ensino médio da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN.

O terceiro autor do pedido de patente, o docente Carlos Alberto Martínez Huitle, listou vantagens da invenção. “Destaca-se, por exemplo, a sua facilidade de transporte e montagem para fins de tratamento de efluentes contendo uma larga faixa de contaminantes orgânicos e inorgânicos, das mais variadas concentrações, o que favorece seu emprego nos processos de tratamento e na pesquisa em planta piloto e sua posterior aplicação nas próprias indústrias que produzem as águas residuárias ou nas estações especiais de tratamento”, afirmou Carlos Alberto.

Há um crescente aumento dos índices de contaminantes em países em desenvolvimento e industrializados, principalmente os caracterizados como Poluentes Orgânicos Persistentes, os POPs, e os Hidrocarbonetos Aromáticos derivados de petróleo, os HPAs, que não são facilmente degradados em processos de tratamentos convencionais de efluentes, dos esgotos domésticos e hospitalares, do descarte das indústrias têxteis e das indústrias do petróleo.

O depósito de pedido de patente foi denominado Reator eletroquímico de dupla câmara interna e ânodo biativado para tratamento de efluentes. O dispositivo utiliza da energia elétrica, seja ela solar ou convencional, e foi projetado para tratar maiores volumes de efluentes do que os que são pesquisados no laboratório, de forma a ser empregado em estações de tratamento. A característica é possível pois o reator utiliza duas faces de trabalho do ânodo otimizando o tratamento, ou seja, diminui o tempo de tratamento consequentemente reduz o gasto energético. “É um equipamento versátil que pode utilizar tanto ânodos de oxidação direta como também de oxidação indireta, sendo de fácil montagem e locomoção. Nos testes aos quais foi submetido apresentou ótimos resultados” citou Júlio César.

Júlio César Oliveira da Silva, autor da tese que deu início ao desenvolvimento da nova tecnologia, procurou gerar novas técnicas com utilidade para a sociedade – Foto: Anastácia Vaz

Agir/UFRN

Opinião dos leitores

  1. É só parar de investir em balbúrdia e investir em pesquisas , ciências e tecnologia que o resultado é positivo.

    1. "Sarinha" do curso de serviço social não curtiu a resposta sincera do Gibira kkkk…

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Saúde

UFRN desenvolve produto farmacêutico para combate ao Aedes aegypti

Fotos: Divulgação

Um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu uma nova tecnologia para o combate ao Aedes aegypti. Em fase de testes, o produto farmacêutico é uma formulação que contém uma substância sintetizada com base em um produto natural presente no óleo de canela e que pode ser utilizada em diferentes formas, líquida ou sólida.

Um dos inventores envolvidos, o professor Leandro De Santis Ferreira, pontuou que o produto tem facilidades relativas à possibilidade de aplicação do produto diretamente no mosquito na forma de spray, ou mesmo ser utilizado nos carros “fumacê”, como também para eliminar larvas em ralos e pratos de plantas sendo que a forma sólida tem vantagem no transporte, armazenamento e maior prazo de validade.

“O produto possui tanto atividade larvicida, contra as larvas do mosquito, durante a etapa do seu desenvolvimento, bem como atividade inseticida, contra o mosquito na fase adulta. Assim, conseguimos desenvolver formulações com diferentes formas, líquidas e sólidas, que permitem uma aplicação mais eficaz de uma substância derivada de um produto natural, que possui atividade em diferentes estágios de desenvolvimento do vetor de diversas doenças graves. Além disso, o desenvolvimento das formulações pode prolongar a ação da substância. A substância possui atividade em larvas e no próprio mosquito adulto, em um cenário em que as substâncias comumente utilizadas ou apresentam toxicidade para o meio-ambiente ou já selecionaram os mosquitos resistentes e não são mais tão eficazes”, explicou Leandro De Santis.

O Aedes aegypti é vetor de diversas doenças endêmicas do nosso país como Dengue, Zika e Chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, até o final de maio deste ano, já foram notificados no Brasil quase 800 mil casos de dengue, 35 mil de Chikungunya e mais de três mil notificações de Zika. “A forma mais eficaz de combater estas doenças é controlar o mosquito responsável pela transmissão de todas estas doenças, uma vez que o processo para o desenvolvimento de medicamentos eficazes e vacinas é demorado e caro”, afirmou Addison Ribeiro de Almeida, servidor técnico-administrativo da UFRN que também integra o grupo de cientistas.

Além dos dois, completam a equipe envolvida, Waldenice de Alencar Morais Lima, Cícero Flávio Soares Aragão, Wilken Cesar Galdencio da Silva, Damião Pergentino de Sousa, Lorena Carneiro Albernaz e Laila Salmen Espindola. O estudo é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PpgCF) da UFRN e rendeu um depósito de pedido de patente, denominado “Formulações líquidas e sólidas contendo cinamato de pentila, processo de obtenção e uso das mesmas para o controle de insetos hematófagos”, com co-titularidade dividida entre a UFRN, a Universidade Federal da Paraíba e a Universidade de Brasília.

“É relevante destacar que o patenteamento foi importante para a formação de recursos humanos na área de farmácia, contribuindo com a formação acadêmica de um servidor da UFRN, o qual concluiu mestrado defendendo dissertação de mestrado em 2020, com a formação de um aluno de graduação que realizou iniciação científica e defendeu trabalho de conclusão de curso de farmácia, além da formação científica de outros dois alunos do curso de graduação de farmácia que realizam iniciação científica neste projeto”, relatou Leandro De Santis.

Para a também professora do Departamento de Farmácia da UFRN, Waldenice de Alencar Morais Lima, esse processo de patenteamento apresenta relevância acadêmica por permitir a proteção da tecnologia desenvolvida no projeto, bem como a possibilidade de retorno à Universidade e sociedade por todo o suporte e investimento fornecido. Por sua vez, o também docente Cícero Flávio Soares Aragão acrescentou que “o patenteamento e a posterior publicação dos resultados em artigo científico de alto impacto, além de participação em eventos e em outros meios de divulgação, podem despertar o interesse de empresas para continuidade de estudos visando a futura comercialização do produto”. As próximas fases de desenvolvimento do produto objeto do pedido de patente são estudos em um processo de produção em maior escala, ou seja, que garanta a atividade da substância e ausência de toxicidade quando produzido e utilizado em quantidades maiores o que é necessário quando se pensa em produção para a comercialização do produto.

Agir/UFRN

 

Opinião dos leitores

  1. O governo federal corta verbas para as researches, e nossas universidades do nordeste respondem com com resultados reconhecidos nacionalmente

  2. Espero que esta pesquisa não fique só no laboratório da universidade, seja utilizada para beneficiar toda população que se encontra com este mosquito a transmitir diversas doenças, que não levem para um laboratório onde vá ser explorado, pondo os custos mais uma vez para estado.

  3. Parece que estamos voltando ao normal, já se começa a falar em outras doenças no Brasil. Amém!

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Educação

Escola do Legislativo desenvolve guia para servidores da Câmara Municipal de Parnamirim

Foto: Reprodução

Equipe da Escola do Legislativo Professora Eva Lúcia, desenvolveu a primeira edição do Guia Informativo, cujo o objetivo é de contribuir com ações que visem a manutenção das relações interpessoais, a saúde e o bem-estar dos parlamentares e servidores da Câmara.

O guia foi elaborado através de reuniões virtuais, e traz sugestões de cursos on-line, livros, filmes e atividades culturais gratuitas e on-line, além de mensagens e informações diversas. A intenção é que o guia tenha circulação quinzenal e compartilhado via WhatsApp e nas demais redes sociais da Câmara.

“Nosso principal intuito é de, enquanto servidoras, colaborarmos com a Câmara no enfrentamento das consequências danosas da pandemia; de buscarmos mais uma ferramenta de diálogo entre parlamentares, servidores e comunidade externa; de estreitarmos a relação de tod@s com a Escola do Legislativo”, explica Senadaht Baracho, pedagoga na Escola do Legislativo.

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Saúde

Em parceria a Sesap, Cabo Telecom desenvolve dashboard interativo sobre o novo coronavírus no RN

Abastecido constantemente com dados oficiais, o painel apresenta o número de casos suspeitos e confirmados e sua distribuição no território do estado. Foto: Reprodução

A empresa de telecomunicações Cabo Telecom desenvolveu, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), um dashboard (ferramenta de gerenciamento de informações) que atualiza constantemente o número de casos suspeitos e confirmados da Covid-19 (novo coronavírus) no estado. O programa, que recebe o nome de ‘Coronavírus RN’, ainda indica o número de casos curados e mortes que possam vir a ser provocadas pela doença.

“Este dashboard que o nosso Departamento de Projetos desenvolveu em conjunto com a Sesap é um serviço extremamente importante para a população e também para os veículos de comunicação do estado. Em tempos de disseminação de notícias falsas, o cidadão precisa estar bem informado com dados claros, seguros e atualizados. Nosso intuito é colaborar o máximo com as ferramentas possíveis no enfrentamento desta pandemia”, comenta Claudio Alvarez, diretor presidente da Cabo Telecom.

O painel ‘Coronavírus RN’ é abastecido constantemente com dados oficiais da Sesap e o usuário pode conferir, por exemplo, o número de casos suspeitos e confirmados em cada município e a sua distribuição no território do estado. Para a execução do projeto, a Cabo Telecom realizou a parte de desenvolvimento e forneceu a licença do software que gera o mapeamento. As informações podem ser conferidas no site: www.cabotelecom.com.br/covid19 .

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Saúde

Professor do IFRN desenvolve método alternativo para detectar toxoplasmose

Foto: Patrícia Mesquita

O professor do IFRN – Campus São Paulo do Potengi, Carlos Henrique Bezerra de Oliveira, desenvolveu um método alternativo para detecção da toxoplasmose. A pesquisa “Comparação e métodos de identificação de imunoglobulinas para diagnóstico da toxoplasmose” foi realizada como tese de doutoramento do professor, na Universidade do Minho – instituição que mantém um acordo de cooperação com o IFRN desde 2012 -, localizada em Portugal.

O objetivo da pesquisa foi desenvolver um método inovador utilizando o aparelho espectrofotômetro para detectar a presença de anticorpos anti-toxoplasmose por meio de exame que, segundo o professor, apresenta resultados promissores e pode substituir os métodos atuais. Atualmente os exames utilizam 30 ml de sangue, diferentemente do método resultante da pesquisa, que promete baixo-custo (ao operar com o espectrofotômetro), e fazendo uso de apenas 5 ml de sangue com a mesma eficiência dos procedimentos já empregados no mercado.

A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. Sendo ocasionada pela ingestão de água ou alimentos contaminados, a doença é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada três pessoas no Brasil tem toxoplasmose.

A doença se manifesta sem sintomas e afeta, majoritariamente, os recém-nascidos e portadores de doenças imunológicas. No caso de mulheres, a infecção durante a gestação, pode levar ao abortamento ou ainda, ao nascimento de crianças com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. “O novo método de identificação da toxoplasmose, desenvolvido a partir da espectrometria, é realizado principalmente por grávidas para evitar a toxoplasmose congênita. Ele é muito importante principalmente na fase gestacional, pois a doença pode causar danos irreversíveis ao feto”, elucida Carlos.

A partir dos resultados encontrados em sua tese de doutoramento, o professor espera que o método possa ser adotado por instituições de saúde pública. “A utilização de um aparelho mais barato e de fácil transporte facilita o rastreio da doença para que o poder público possa criar política públicas de prevenção”, explica o pesquisador. O rastreamento e levantamento da doença é  relevante para a saúde pública, pois mapeia casos e permite que sejam tomadas providências para evitar surtos e epidemias.

Com informações do IFRN

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  1. Parabens pelo objetivo alcançado, Carlos Henrique é um jovem de muito talento, eu o conheço, e sei que seu objetivo está apenas no começo, haverá outras conquistas ao longo de sua brilhante carreira, parabéns você é um vencedor.

  2. O atual governo federal poderia investir mais nos IF's nos interiores, que com certeza dá resultado!

  3. Pessoas de valor que trabalham em busca do bem maior da sociedade. A toxoplasmose é triste e afetou um dos olhos da minha Filha. Tem danos irrevesíveis. Parabéns aos pesquisadores.

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Saúde

Mulher desenvolve infecção cerebral por limpar errado os ouvidos

 (FOTO: PIXABAY)

Uma australiana de 37 anos desenvolveu uma infecção no cérebro por limpar os ouvidos com hastes flexíveis. Identificada como Jasmine, a mulher relatou aoThat’s Life! que higienizava a parte interna da orelha diariamente, até começar a ter problemas de audição no órgão esquerdo.

Jasmine procurou um médico, que a diagnosticou com uma infecção leve e receitou antibióticos. Embora tenha feito o tratamento, os sintomas continuaram e a paciente notou sangue saindo de seu ouvido durante suas limpezas diárias.

Depois de realizar um teste de audição que apontou surdez moderada, a australiana foi encaminhada a um especialista em ouvidos, nariz e garganta. Foi só após uma bateria de exames que o profissional detectou a real causa do problema: uma infecção bacteriana que estava “corroendo” o osso do crânio de Jasmine.

“Você deveria ter vindo me ver quatro ou cinco anos atrás”, disse o especialista, de acordo com a paciente. Ela foi submetida a uma cirurgia de cinco horas para remover o tecido infectado e reconstruir seu canal auditivo. Segundo os cirurgiões, Jasmine tinha fibras de algodão alojadas em seu ouvido: “O algodão estava acumulado e purulento há cinco anos. Meu osso do crânio atrás da orelha estava fino como papel”, disse a mulher.

O caso prova que utilizar esses objetos para higienizar os ouvidos não é uma boa ideia, embora a prática seja comum. De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia, deve-se evitar colocar qualquer artefato dentro da orelha, incluindo itens próprios para higienizar o órgão auditivo. Os bastonetes acabam empurrando a cera de volta ao ouvido e podem causar irritações ou até lesões. O correto é usá-los para limpar apenas a parte externa.

Felizmente, a cirurgia de Jasmine foi um sucesso e ela foi curada da infecção, mas ficou com perda auditiva permanente. “Nossos ouvidos são partes delicadas e sensíveis do nosso corpo e precisam ser tratados com cuidado.”

Galileu

 

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Saúde

Médicos explicam como a depressão se desenvolve nas diferentes etapas da vida; veja características de acordo com cada faixa de idade

SEGUNDO O ÚLTIMO LEVANTAMENTO DA ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS), HÁ MAIS DE 300 MILHÕES DE PESSOAS DEPRIMIDAS NO MUNDO (FOTO: PIXABAY)

Segundo o último levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), há mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades que sofrem de depressão no mundo. No Brasil, dados da Vittude (plataforma online voltada para a saúde mental), feitos com 492.790 pessoas, mostram que 5,9% dos respondentes se encontram em estado extremamente severo de depressão.

Principalmente se não for tratada, a doença pode voltar em diferentes períodos da vida ou se tornar crônica: o que muita gente não sabe é que é possível ficar deprimido não apenas na vida adulta e na adolescência, mas também na velhice e até mesmo na infância.

Depressão infantil: o tédio que nunca acaba

Durante o 8º Fórum de Sistema Nervoso Central da América Latina, evento promovido pela empresa farmacêutica Pfizer, nos dias 02 e 03 de agosto, a psiquiatra Sheila Caetano conta que embora a depressão tenha sido descrita no século 5 a.C por Hipócrates — sob o nome de “melancolia” — só começou a se falar em depressão infantil no século passado.

“Não porque não existia a criança deprimida no passado, mas porque não existia o conceito de infância. Até o século 17 e 18 as crianças eram ‘mini adultos’. Durante a Revolução Industrial na Inglaterra, você tinha crianças de 7 a 10 anos trabalhando”, afirma Caetano, que é pesquisadora da Escola Paulista de Medicina (Unifesp).

Segundo a psiquiatra, o que pode causar depressão nesse período são fatores como doenças crônicas reumatológicas (em tecidos como ossos, músculos e articulações), histórico familiar de suicídio, abuso, abandono e contato com substâncias psicoativas. Mas ter depressão abaixo dos 6 anos de idade é considerado algo muito raro pelos especialistas.

Isso porque a criança ainda está “aprendendo os sentimentos” e como lidará com eles. “Geralmente quando vem a depressão ela é mais física, é uma criança que está sem comer, porque está fraca, porque não quer ir à escola e porque tem medo”, conta.

Dos 7 aos 12 anos, a doença tem mais chances de ocorrer e é um período em que já há capacidade de verbalizar o sofrimento — apesar de não entendê-lo. No período seguinte, dos 8 anos até a pré-adolescência, a criança já consegue interpretar os sentimentos. “O que eles falam muito quando estão deprimidos é que tudo é muito tédio e que o tédio não sai”, explica. “E elas já começam a esboçar um desejo de morte.”

Segundo Caetano, na infância não há noção avançada de letalidade em relação ao suicídio, mas há a intencionalidade. Com 7 anos, uma criança “quer dormir e não acordar”, mesmo que ela não entenda que isso não é reversível. “Elas não entendem que não vão viver de novo, mas já há esse ato”, diz a psiquiatra.

Adolescência: irritabilidade e impulsividade

ADOLESCÊNCIA É MARCADA POR FLUTUAÇÕES HORMONAIS INTENSAS QUE AUMENTAM OS RISCOS DE DEPRESSÃO (FOTO: PIXABAY)

Ter depressão durante a juventude traz principalmente sintomas como humor irritável, alternação de peso, anedonia (perda de prazer em atividades que se gostava de fazer antes) e mudanças anormais no sono. “O que vemos muito são adolescentes dormindo 12 a 17 horas por dia. Mas a família não entende como eles dormem tanto e ainda ficam cansados”, explica Caetano.

Quando se tem depressão na adolescência, há uma percepção subjetiva de tristeza, mas somada à impulsividade e à agressividade — fatores que apresentam um “pico” devido às mudanças hormonais. Assim como na infância, a noção de letalidade é menor: não por baixa compreensão, mas devido aos impulsos — nem sempre há um plano de suicídio. Por isso, é importante o diálogo dos pais com os jovens em um espaço sem julgamentos.

“A prevenção começa em uma questão simples de ter com quem falar”, diz Caetano. “A gente precisa sempre ter essa rede de suporte, pois as depressões mais leves e moderadas nós tratamos com intervenções psicossociais.”

Vida adulta: preocupações do trabalho e vida reprodutiva

Durante a vida adulta, a depressão se manifesta de modo diferente entre homens e mulheres. Elas são mais suscetíveis à doença, principalmente devido às regulações hormonais como o déficit de estrogênio, hormônio fabricado pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual.

“Até 8% das mulheres vão apresentar o quadro da depressão cíclica. Durante a gravidez e a lactação, até um quarto das mulheres deprimem”, afirma Carmita Abdo, psiquiatra da Universidade Universidade de São Paulo (USP), durante palestra no 8º Fórum de Sistema Nervoso Central da América Latina.

Segundo Abdo, as mesmas mulheres que sofrem com depressão durante a gravidez têm ainda mais chances de desenvolver a doença no puerpério, período de 45 a 60 dias após o parto. Muitas adquirem transtorno disfórico pré-menstrual, doença marcada por mudanças de humor extremas que desaparecem após a menstruação.

“Essa mulher só vai ser diagnosticada como deprimida no climatério [transição do período reprodutivo para o não reprodutivo] ou na menopausa, quando de fato o risco de recorrência da depressão é maior”, explica Abdo. Nos homens, ela conta, a depressão na vida adulta pode ocorrer devido à oscilação de testosterona, mas isso ocorre mais no final da vida, quando os índices dos hormônios começam a cair.

À GALILEU, José Alberto Del Porto, psiquiatra da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), explica que para os adultos é muito comum a manifestação do burnout, que alguns pesquisadores classificam até mesmo como sendo um tipo de depressão.

“Ele alude a fatores estressores no ambiente de trabalho e não é uma situação rara. Pode começar como uma situação de estresse ambiental e em pessoas predispostas ele pode acabar evoluindo para a depressão”, afirma Del Porto.

DEPRESSÃO É MAIS COMUM EM IDOSOS DO QUE EM IDOSAS (FOTO: PIXABAY)

Velhice

O psiquiatra Sérgio Blay, da Unifesp, conta que a incapacitação nos idosos com depressão é bem maior, considerando todas as doenças da medicina clínica e psiquiátrica. A depressão também pode aumentar os riscos de demência — Blay cita uma revisão de estudos de Lars Kessing, pesquisador da Dinamarca, sobre o assunto.

Um fator protetor para evitar as disfunções cerebrais atreladas à demência, segundo o psiquiatra, seria os níveis de escolaridade, que “protegem o cérebro” quase 60 anos depois. Na velhice, há maior incidência de depressão em homens, pois é o período em que os níveis de testosterona começam a diminuir de forma mais acenturada. Desse modo, na mulher idosa, a depressão é frequentemente não reconhecida. “A doença costuma estar muito associada com quadros de doenças cerebrovasculares e com a maior ocorrência de perda de função física e de problemas de visão nas mulheres idosas”, afirma Carmita Abdo.

Nos idosos, a depressão conta com alguns “fatores de risco”, como baixa renda (aposentadorias que prejudicam condições de vida e de alimentação), solidão e a viuvez, em decorrência da morte parceiro amoroso.

“Muito mais para homens há uma piora do quadro devido ao uso de álcool e à baixa inserção social”, afirma Abdo. “A mulher costuma continuar a manter no envelhecimento as relações familiares e de vizinhança.” O tratamento da depressão na terceira idade também tende a ser mais complicado, pois geralmente o idoso já toma muitos medicamentos: receitar o melhor antidepressivo, portanto, fica mais difícil. “Os nossos pacientes ainda se queixam na disfunção sexual, da insônia. É preciso perguntar para escolher um medicamento que tenha eficácia”, explica Abdo.

Galileu

 

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  1. Muito boa a matéria, está de parabéns, o blog sempre trazendo informações de qualidade.

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Diversos

FOTOS: Estudante de mestrado em Engenharia Civil da UFRN desenvolve estrutura inovadora em madeira

Uma estrutura inovadora com estética contemporânea. Assim é a Gridshell Dunas, uma construção desenvolvida no Laboratório de Estudos da Madeira (Labem), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que utiliza a madeira pinus e parafusos rosqueados em seu método construtivo. Gridshell Dunas é considerada a primeira iniciativa do modelo para pesquisa no Nordeste brasileiro.

Desenvolvida no mestrado da estudante Isabela Souza, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil com foco em Materiais e Processos Construtivos, o projeto tem orientação da professora Edna Moura Pinto e co-orientação do professor Alfredo Manuel Dias (Universidade de Coimbra/Portugal).

Montada no estacionamento do Núcleo Tecnológico da UFRN, ao lado do Labem, a Gridshell Dunas segue o modelo de casca reticulada, comumente utilizada na Itália e na Espanha. “Essas estruturas podem ser projetadas em diferentes materiais, e aqui escolhemos a madeira. As principais características do método dizem respeito à ausência de necessidade do uso de pilares intermediários e o baixo consumo de material em relação à superfície de cobertura da estrutura. Por esse motivo, o método se adequa satisfatoriamente à construção de ambientes de convivência, como pavilhões de feiras”, explica a professora Edna Moura Pinto.

“A materialização dessa pesquisa envolveu o apoio de diferentes agentes e a participação de alunos da pós-graduação da Engenharia Civil, graduação em Arquitetura, Centro de Tecnologia, Superintendência de Infraestrutura, Laboratório de Estudos da Madeira/ UFRN, a Escola Agrícola de Jundiaí, bem como o envolvimento da iniciativa privada e do terceiro setor, parceiros como o Estúdio Oito Engenharia e o Instituto de Inovação e Sustentabilidade”, comenta a mestranda Isabela Souza.

A Gridshell Dunas vem sendo planejada desde 2017. Foram feitas pesquisas, desenvolvimento de estrutura virtual em autocad e maquete até chegar à etapa de construção da grid, que cobre uma área de 20 metros quadrados.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC), Fagner Alexandre Nunes de França, destaca o quanto o trabalho desenvolvido representa inovação. “É muito pertinente e interessante o trabalho desenvolvido com a Gridshell no PEC. É algo inexistente em Natal, que poderia ser muito bem aplicado em restaurantes da cidade sem muito custo para o investidor”.

Para o professor João Inácio da Silva Filho, vice-diretor interino da Escola Agrícola de Jundiaí, é motivo de muita felicidade colaborar com o projeto. “É muito bom ver a Universidade desenvolvendo projetos inovadores para o Estado, juntando o terceiro setor e a academia. Temos vários departamentos unidos no desenvolvimento deste projeto, que é o primeiro do Nordeste. Esta inovação deve ser valorizada e incentivada para sua ampliação”, aponta o João Inácio.

Em nova etapa do projeto, a estrutura montada na UFRN receberá uma fundação com eucalipto para ser construída uma área de convivência, que vai contar com jardineiras. Será também uma área de visitação para outras universidades, que tenham interesse em pesquisar o método.

Com informações da UFRN

 

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  1. Fui ver de perto a estrutura montada, adorei é muito segura e bonita tenho certeza que vai bombar entre os arquitetos de natal.

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