Uma vacina em spray contra a Covid-19 está em desenvolvimento por pesquisadores brasileiros. Trata-se de um projeto em conjunto da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto do Coração (Incor). Há também a participação de pesquisadores do Instituto Butantan.
— Temos resultados preliminares que mostram que a vacina consegue induzir resposta de anticorpos neutralizantes e também de células T — diz Daniela Santoro Rosa, professora de imunologia e chefe do laboratório de vacinas experimentais da Unifesp.
Por ser um spray nasal, a ideia é que a vacina já produza anticorpos por uma das vias de entrada do vírus: as mucosas do nariz. Outro aspecto incomum do fármaco, em comparação aos outros usados no Brasil, é sua plataforma de desenvolvimento. A tecnologia usada consiste em utilizar pedaços da proteína S, de Spike, de diferentes cepas, as variantes, do coronavírus. Desse modo, a vacina teria potência contra diversas mutações.
Mirar na proteína S é uma estratégia utilizada por diversas plataformas vacinais contra Covid-19. Essa parte do vírus é responsável pela entrada do agente infeccioso na célula humana. Daí o interesse em barrá-la.
— A ideia é usar essa vacina como um reforço para as pessoas que já estão vacinadas. A gente espera que seja mesmo um spray nasal que faça esse reforço — diz a pesquisadora.
De acordo com Daniela Santoro, a plataforma da vacina é semelhante à usada para combater a Hepatite B. A ideia dos pesquisadores da Unifesp, antes da Covid-19, era usar a mesma tecnologia para desenvolver um antígeno contra Zika e Chikungunya. Os especialistas, porém, mudaram a estratégia diante da emergência de saúde disparada pela Covid-19.
Espera-se que o pedido de autorização de ensaios clínicos, como são chamados os estudos com voluntários, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ocorra entre o fim de 2021 e começo de 2022. Neste primeiro momento, em um grupo reduzido, será avaliada a dosagem do imunizante e sua segurança em humanos.
Outro spray
Outro spray nasal contra a Covid-19 começou a ser comercializado em Israel no mês de julho. O medicamento é fabricado pela empresa canandense SaNOtize e apresentou resultados de fase II — responsável por averiguar, normalmente, a resposta imune produzida por vacinas.
A venda foi autorizada para as farmácias do país. Esse imunizante em questão, não tem nada a ver com o spray que despertou o interesse do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a mandar uma comitiva à Israel para discutir a viabilidade do país receber estudos de desenvolvimento do fármaco.
Esse spray que está sendo comercializado em Israel não tem nada a ver com aquele que o Bolsonaro falou!!!
Quer dizer que os israelenses estavam fazendo testes secretos deste spray sem informar para o mundo ou aprovaram o medicamento sem testes, deram uma de malucos e falaram vamos comprar que esse spray é eficiente.
Então tá, globolixo!!!!!!
A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/ RN, por meio da Secretaria Municipal de Tributação (SMT), e em parceria com o Banco do Brasil, está lançando uma nova forma de pagamento de tributos. Agora, o contribuinte pode quitar os débitos através do PIX – o recém-lançado sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.
O município é o primeiro do estado a adotar o PIX como uma forma de pagamento de impostos. Para isso, um QR-CODE será disponibilizado no Documento de Arrecadação Municipal (DAM). Através dele, é possível abater o tributo de forma instantânea. O DAM pode ser emitido no Portal do Contribuinte, no endereço eletrônico https://bit.ly/3wz1yoP, ou presencialmente, na própria secretaria de Tributação.
A nova forma de pagamento é uma maneira de dar mais agilidade às transações. Com o tempo de compensação estimado em até 30 minutos, os contribuintes podem ter acesso a certidões negativas de forma mais rápida. O novo sistema é válido para recolhimento de todos os tributos municipais.
Pesquisas conjuntas de cientistas das áreas da Física, Medicina e Farmácia resultaram na concessão de mais uma tecnologia patenteada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O invento é um sistema de micropartículas magnéticas capaz de transportar antibióticos de modo a otimizar o tratamento de infecções por Helicobacter pylori (H. pylori) no trato gastrointestinal e fazer com que eles atuem de maneira concentrada no local da doença. A bactéria H. pylori causa infecção responsável pelo surgimento de muitas úlceras pépticas, alguns tipos de gastrite e de câncer do estômago.
O cientista Artur da Silva Carriço pontua que o sistema magnético é constituído de micropartículas polimerizadas contendo quantidades controláveis de antibióticos e nanopartículas magnéticas de magnetita. Segundo ele, além de concentrar todo o fármaco administrado no local da infecção, reduzindo a quantidade de fármaco administrada para atingir a concentração inibitória mínima da bactéria, a vetorização magnética também reduz os efeitos colaterais porque o fármaco fica impedido de atingir outras partes do corpo.
“Produzimos Micropartículas Polimerizadas contendo Fármacos (MPF) com um núcleo contendo antibióticos e partículas de magnetita e uma camada externa de proteção composta por polímero gastro-resistente, sensível ao pH (potencial hidrogeniônico), que é estável em pH ácido. O processo de síntese das micropartículas permite, entre outras coisas, controlar o conteúdo de antibiótico das micropartículas, bem como a susceptibilidade magnética. Importante ressaltar que as micropartículas podem ser usadas para preparar comprimidos ou cápsulas com características especiais”, explica o docente.
O sucesso da “entrega localizada” de praticamente todo o fármaco administrado no local é alcançado com o uso de um ímã externo localizado no abdômen em uma posição determinada pelo local da infecção, de modo que seja mínima a distância entre o ímã externo e o local da infecção. O ímã é utilizado a fim de direcionar as MPF para o local da infecção. Além disso, promover a permanência das micropartículas no local de interesse, após a administração por via oral do antibiótico. Ao atingir o local da infecção no tecido epitelial do estômago, com pH neutro, a proteção polimérica desfaz-se e os antibióticos são liberados.
É como se a MPF fosse uma cápsula que estivesse dotada de um GPS com coordenadas estabelecidas para partida e chegada e, sob controle da técnica da vetorização, com sua biodistribuição impedida, e destino certo. A cápsula é controlada para atingir o local da infecção.
No mesmo documento, o grupo coloca que, por meio da difratometria de raios-X, técnica para detecção de radiação espelhada pela matéria, ficou comprovada a composição da MPF e a eficácia do método de preparação das micropartículas polimerizadas com fármacos.
Foto: AGIR/UFRN
O registro da propriedade intelectual tem também como autores Aldo da Cunha de Medeiros, Erica Lira da Silva, Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito, Juliana Fernandes de Carvalho e Thales Renam Ferreira Pontes, em uma participação conjunta dos programas de pós-graduação de Ciências farmacêuticas e de Ciências da Saúde, e foi expedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob a denominação Sistema magnético para vetorização de antibióticos para tratamento de infecções por Helicobacter Pylori.
Carriço salienta que o esforço de pesquisa na vetorização magnética de fármacos teve início há vinte anos e, desde sua criação, esteve sempre voltado para a vetorização de antineoplásicos para a eliminação de tumores malignos. “Nosso grupo é pioneiro em propor uso da vetorização magnética de antibióticos”, realça o pesquisador.
Números da UFRN
Foto: AGIR/UFRN
Chegando agora às 31 cartas-patente concedidas, a UFRN é a universidade líder no Norte-Nordeste nesse quesito, à frente de instituições com Índice Geral de Cursos similar ao seu, como a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na UFRN, a Agência de Inovação (AGIR) é a unidade responsável pela proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador. Em tempos de pandemia, as orientações e explicações a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas através do e-mail [email protected] ou via aplicativos de mensagens, pelo telefone 99167 6589.
Para o diretor da AGIR, Daniel de Lima Pontes, o número alcançado, expressivo por si só, requer uma explicação adicional. “A concessão da carta-patente tem importância que reside em algumas características peculiares. Primeiro, diferentemente do pedido de patente, a concessão atesta, segundo análise do INPI, que a tecnologia atendeu aos requisitos de patenteabilidade, tais quais a novidade, capacidade inventiva, aplicação industrial e suficiência descritiva. Segundo, reconhece a propriedade de uma invenção, que se traduz em uma tecnologia única, passível de abranger melhorias na vida de muitas pessoas. Por fim, só o pedido de patente, não é inovação. A inovação é quando a tecnologia chega até o mercado e beneficia a sociedade. A UFRN está atuando justamente no sentido de ultrapassar os nossos muros para celebrar a transferência de tecnologia com as empresas, gerando assim benefícios socioeconômicos para a nossa região”, destacou.
Daniel Pontes pontuou também que o processo de patenteamento protege o material intelectual produzido nas instituições de ensino pelo seu corpo docente e discente, eleva as pesquisas acadêmicas a um outro patamar – o da inovação tecnológica –, além de aproximar a academia do setor industrial e empresarial. Entre suas atribuições, a Agência de Inovação é responsável pela gestão da propriedade intelectual, transferência de tecnologia e ambientes promotores de inovação na UFRN, acompanhando e estimulando, por exemplo, as atividades das incubadoras da Universidade, bem como as atividades dos parques e polos tecnológicos.
A divulgação de um trabalho de pesquisa culminando com uma patente que traz uma inovação tão relevante e útil quanto a descrita neste excelente texto é uma das mais alvissareiras notícias que uma universidade pode propiciar à sociedade. O grupo de pesquisa envolvido está de parabéns pela consolidação maturada ao longo de tantos anos, especialmente nos anos em que a universidade foi mais reconhecida e respeitada como instituição de interesse nacional, período que propiciou o desenvolvimento das principais etapas do trabalho.
Prof. Ciclâmio, agradecemos pelo comentário generoso. A leitura atenta do que escreveu ajuda a compreender investimento no trabalho científico dá retorno, no tempo certo. Você traz informação útil, para a Sociedade em geral e especialmente para nossos estudantes.
Nós agradecemos sua manifestação Julia. Nossa tarefa maior nos vários Departamentos da UFRN é educar. Nossa atividade em sala de aula e o desenvolvimento de pesquisa científica de fronteira com participação expressiva de nossos estudantes são formas complementares de educar.
Orgulho de ter estudado na UFRN e ter sido aluno de alguns desses pesquisadores.
Em tempos sombrios que vivemos, faz bem lembrar que o conhecimento liberta e a ignorância escraviza
O socialismo do pt e psdb passaram 30 anos enburreceram muito o povo, tanto que muitos idolatram ladrões corruptos como se fossem DEUS, não conseguem refletir quão maléficos são pra sociedade, tornam uma nação sem ética, poucas chances pra o competente, não presta serviços mínimos adequado a população, segregado-os da saúde, educação e segurança pública, além de inutilizar gerações que poderiam construir um Brasil mais justo e de grande potencial.
Parabéns, Ricielle. Nunca é demais repetir o essencial. Nosso trabalho no dia a dia da UFRN é tentar ajudar nossos estudantes a enxergarem que “o conhecimento liberta e a ignorância escraviza”.
Parabéns a todos os envolvidos! Professor Artur vem desenvolvendo esse tema de pesquisa a um bom tempo! Esse é o melhor exemplo de que a pesquisa científica sempre da ótimos frutos!
Agradecemos a você Alan, pelo comentário generoso. Você está certo. A pesquisa científica leva tempo, mas dá frutos. Esse trabalho é fruto da colaboração entre Professores e Estudantes do Grupo de Magnetismo da UFRN, de formações complementares (Medicina, Farmácia e Física). Foi desenvolvido ao longo de anos, incorporando resultados de teses de doutorado de estudantes do grupo, até atingir o estágio de maturação que permite propor um produto novo que poderá se tornar de grande ajuda no tratamento de uma doença grave.
Agradecemos a você Alan pelo comentário generoso. Você está certo. A pesquisa científica leva tempo, mas dá frutos. Esse trabalho é fruto da colaboração entre Professores e Estudantes do Grupo de Magnetismo da UFRN, de formações complementares (Medicina, Farmácia e Física). Foi desenvolvido ao longo de anos, incorporando resultados de teses de doutorado de estudantes do grupo, até atingir o estágio de maturação que permite propor um produto novo que poderá se tornar de grande ajuda no tratamento de uma doença grave.
Nos últimos meses, diversos pesquisadores vêm desenvolvendo tecidos capazes de inativar a quantidade de Sars-Cov-2, vírus responsável por causar a Covid-19, em suas superfícies. No início de junho, uma pesquisa brasileira ganhou destaque pela eficácia.
A Nanox, uma Startup que já produzia tecidos que evitam a proliferação de fungos e bactérias, desenvolveu um tecido composto por poliéster, algodão e duas micropartículas de prata em busca de combater o vírus. De acordo com Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox, as micropartículas conseguem oxigenar o vírus.
“O tecido tem esse ativo de prata e o vírus Sars CoV-2 tem uma camada lipídica, uma camada de gordura, e a prata oxida ela e quebra a barreira de proteção do vírus. Então, ele destroi o RNA e inativa o vírus”, explicou.
O produto foi mandado para testes ao Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e, em parceria com a Universitat Jaume I, da Espanha, e com o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi comprovado que a composição do tecido inativa até 99,9% de SARS-CoV-2 em dois minutos de contato.
Na Suíça, um estudo semelhante ao realizado em São Paulo comprovou a mesma eficácia no início de junho em testes com máscaras faciais.
Mas afinal, os tecidos são eficazes no combate ao coronavírus? Qual a sua aplicação? E o custo desses tecidos, é muito mais alto? O G1 ouviu os pesquisadores do projeto brasileiro e um infectologista para respoder a estas questões.
Como foi comprovada a eficácia do tecido?
Para testar a eficácia do tecido, os pesquisadores utilizaram uma grande quantidade do vírus em laboratório e isolaram essa amostra. Dentro de um frasco, o tecido foi enxarcado com uma enorme carga viral e foi observado se haveria a inatividade da Sars-Cov-2 (veja na imagem abaixo).
Segundo Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox em dois minutos de contato do tecido de poliéster, algodão e duas micropartículas de prata com o vírus, 99,9% da Sars-Cov-2 foi inativado.
“Ali (na amostra) você vai ter mil unidades de vírus. Eliminando 99,9% você abaixa para cinco unidades de vírus. Então você tem uma redução drástica no vírus. O produto também é um anti fungo, antiodor e elimina a bactéria”, afirmou o diretor em entrevista ao G1.
O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), responsável por isolar o SARS-Cov-2 no Brasil, realizou os testes dos tecidos, liderado pelo professor Lúcio Freitas Junior, pesquisador ICB-USP, que explica como o procedimento foi realizado:
“Infectamos um tecido sem modificação, outro com as duas modificações e um com o vírus que ficou dentro de um tubinho, sem nada, durante todo esse tempo. A gente teve que assumir o caos e testar todas as possibilidades possíveis, e deu um resultado interessante. O tecido normal (sem modificação) já elimina 20% do vírus. No pano com a modificação, elimina 99,9% do vírus. Simplesmente isso”, afirmou o professor.
Qual a aplicação no dia a dia?
Ao ir a um supermercado ou em algum comércio, por exemplo, a pessoa está constantemente em contato com vírus e bactérias. Em uma suposição em que essa pessoa encosta em um objeto contaminado com o coronavírus e logo em seguida passa a mão na camisa, o tecido com a tecnologia desenvolvida consegue desativar 99,9% do vírus em dois minutos.
Com isso, o contágio através do contato pode sofrer uma redução em determinadas situações. O infectologista Alexandre Barbosa, da Sociedade de Infectologia de São Paulo, no entanto, alerta que o contato NÃO é o maior causador da transmissão do vírus da Covid-19.
“Ainda que os estudos mostrem que esses tecidos realmente possam ser protetores no sentido de inativar a Covid, outros vírus, bactérias e fungos, isso tem uma aplicabilidade, uma importância menor, secundária em relação à Covid, visto que a transmissão por contato ela não é tão importante. O que eu quero dizer: não é a mais importante. Cerca de 70%, 80% das pessoas se contaminam por gotículas, forma respiratória”, comenta Barbosa.
Nas máscaras faciais, porém, o infectologista acredita que há uma importância maior e o tipo de tecido pode ser um aliado no combate à propagação do vírus.
Quais produtos podem ser confeccionados?
Os tecidos podem ser utilizados na confecção de diversas roupas: jeans para a produção de calças e jaquetas, camisas sociais, uniformes de empresas, roupas de academia, jaleco médico e aparatos médicos em geral.
De acordo com o professor Lúcio Freitas Junior, empresas que trabalham na confecção de madeira e plástico já o procuraram para fazer testes nesses materiais. Não há, porém, uma sinalização de que esses testes serão realizados neste momento.
Qual a durabilidade do tecido?
Os testes realizados mostraram que o tecido pode ser lavado até 30 vezes até que o efeito contra o vírus comece a ser prejudicado. Os pesquisadores querem aumentar essa durabilidade nas próximas confecções.
Qual o custo do produto?
Luiz Gustavo Pagotto Simões estima que os produtos feitos com o tecido de poliéster, algodão e duas micropartículas de prata sejam de 3% a 5% mais caros dos que os comuns vendidos nos comércios.
Segundo Simões os tecidos tecnológicos já estão à venda na grande São Paulo e no interior do Estado.
Outros testes pelo mundo
Em outros países, tecnologias em tecidos para o combate ao coronavírus também estão sendo desenvolvidas.
Em Indiana, nos Estados Unidos, cientistas desenvolveram um tecido capaz de inativar o coronavírus usando um campo elétrico fraco com baterias de microcélulas. O estudo mostra que a taxa de eletricidade não é prejudicial à saúde humana.
Já em Israel, uma empresa desenvolveu um tecido com revestimento de nanopartículas de óxido de zinco, que também destrói bactérias, fungos e vírus. De acordo com a agência Reuters, um teste piloto com os tecidos está sendo realizado na Itália em veículos e no transporte público.
Se você é do tipo que morre de medo de agulhas, temos uma boa notícia. Um grupo de cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, desenvolveu um método simples (e menos doloroso) de imunização a diversos vírus. Em vez da clássica injeção, a vacina vem na forma de um papelzinho transparente que dissolve na boca.
Os pesquisadores conseguiram estabilizar vírus, bactérias, enzimas e anticorpos em uma folha fininha que não precisa de refrigeração. O paciente coloca o papel de um centímetro na língua e ele derrete rapidamente, como se fosse uma bala.
O novo mecanismo é composto por uma camada destacável (como um adesivo) e outra camada solúvel na boca. A vacina em si fica entre as duas partes, podendo ter antígenos para o vírus da gripe, ebola, hepatite, sarampo e outras doenças.
Segundo Maria Croyle, pesquisadora que desenvolveu o novo método, os materiais para a confecção da vacina são baratos e compactos, o que facilita sua distribuição. “O foco agora é encontrar a vacina para o novo coronavírus. Quando ela for desenvolvida, o próximo desafio será produzir e distribuir a imunização para todo mundo”, disse.
A tecnologia que aposenta as temidas agulhas começou a ser pensada em 2007. A inspiração veio de um documentário sobre como o DNA de insetos e outros seres vivos podem ser preservados em âmbar por milhões de anos. Se você assistiu Jurassic Park, vai lembrar que o âmbar parece um doce alaranjado. Daí veio a ideia de uma bala que dissolve na boca.
A partir daí começou a busca por ingredientes que fossem ingeríveis (como açúcares e sais) e formulações que mantivessem os organismos vivos durante um longo período de tempo. A fórmula final só chegou depois de 450 tentativas.
Além de ser fácil de transportar, a vacina em forma de papel tem a vantagem de não precisar de refrigeração. As vacinas tradicionais perdem a eficácia com o tempo, dependendo da temperatura a que são estocadas. Elas devem permanecer refrigeradas o tempo todo, o que torna o armazenamento mais difícil e caro. Já o novo papelzinho pode ser distribuído por oficiais de saúde por meio de um envelope contendo a vacina. Os pesquisadores estão em contato com uma startup para bancar o desenvolvimento do novo método, e esperam que ele chegue ao mercado em até dois anos.
Cientistas no Japão desenvolveram um “sangue artificial” que poderá, no futuro, ser utilizado durante transfusões independentemente do tipo de sangue dos pacientes. Publicado na revista médica Transfusion, o estudo desenvolveu um substituto para imitar as funções do sangue biológico, resolvendo o problema das baixas reservas de doações nos hemocentros.
No nosso organismo, a hemoglobina é a proteína que existe no interior dos glóbulos vermelhos e cuja principal função é o transporte de oxigênio. Para substituí-la, a equipe desenvolveu “vesículas de hemoglobina” com um diâmetro de apenas 250 nanômetros que podem servir como transportador de oxigênio.
Os pesquisadores ainda não fizeram o teste em humanos, mas eles já realizaram a transfusão do sangue “substituto” em 10 coelhos. Seis deles sobreviveram: de acordo com o estudo, essa é a mesma taxa de sucesso que uma transfusão de sangue biológica do mesmo tipo.
Ainda não está claro, porém, se esse tipo de sangue poderia levar a problemas de saúde mais graves, já que os pesquisadores não fizeram uma análise a longo prazo. O estudo também alerta que suas descobertas “podem não ser generalizáveis para os seres humanos”.
Apesar das limitações, a pesquisa poderia ajudar a encontrar o tão procurado substituto do sangue universal. Juntamente com a remoção da necessidade de um doador humano, o sangue artificial pode tornar as transfusões de sangue drasticamente mais acessíveis.
“É difícil estocar uma quantidade suficiente de sangue para transfusões em regiões como ilhas remotas”, disse o autor do estudo, Manabu Kinoshita, ao jornal japonês Asahi Shimbun. “O sangue artificial será capaz de salvar a vida de pessoas que de outra forma não poderiam ser salvas.”
Versátil, o traje robótico apresentou bons resultados tanto na esteira, quanto em ambientes externos Foto: Wyss Institute at Harvard University
Uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard (EUA), Nebraska (EUA) e Chung-Ang (Coréia do Sul) desenvolveu um traje robótico que pode ajudar pessoas em reabilitação a correr e andar . A novidade foi anunciada na edição desta sexta-feira da revista “Science”. Até hoje, cientistas só haviam conseguido fabricar vestes que auxiliavam a caminhar ou trotar, mas nenhum equipamento jamais conseguiu as duas coisas de maneira eficiente.
Era muito difícil conciliar as duas atividades em um mesmo aparelho porque elas têm biomecânica fundamentalmente diferentes. A única coisa em comum é a extensão da articulação do quadril, que começa quando os pés tocam o chão e requer energia para levar o corpo adiante. O novo traje ajuda especificamente este movimento. Feito de componentes têxteis, a veste de cerca de 5 quilos é usada na cintura e nas coxas. Além disso, um pequeno sistema nas costas carrega um algorítimo que consegue identificar se o usuário está andando ou correndo.
Após testes realizados em esteiras, a equipe de pesquisadores demonstrou que o traje robótico reduz os custos metabólicos de andar em 9,3% e de correr em 4%.
Detalhes sobre o funcionamento do traje robótico que auxilia caminhada e corrida Foto: Science Magazine
“Nós estamos empolgados em ver que o aparelho também teve boa performance em subidas, em diferentes velocidades e durante testes em ambientes abertos, o que mostrou a versatilidade do sistema”, afirmou Conor Walsh, líder do projeto, a uma publicação da universidade de Harvard. “Embora as reduções metabólicas encontradas sejam modestas, nosso estudo mostra que é possível ter um equipamento robótico portátil para mais de uma atividade, ajudando a pavimentar o caminho para que esse tipo de tecnologia se torne comum na vida das pessoas”.
O traje foi desenvolvido para a Agência de Projetos de Pesquisa Avançadas em Defesa (DARPA, em inglês) e é o ápice de anos de pesquisa e de otimização de outros equipamentos desenvolvidos pela equipe. Uma versão anterior para as articulações do quadril e do tornozelo já havia sido fabricada, e uma versão médica do traje, focada em sobreviventes de acidentes vasculares cerebrais já está disponível nas lojas americanas e europeias.
Consumidores de uísque: saibam que não adianta balançar a garrafa para ver se ela faz espuma ou mesmo jogar o líquido no pão e observar a cor depois. Nenhum desses truques pode garantir se a bebida é verdadeira ou falsa, até porque existem diversos tipos diferentes de falsificações, com vários métodos. Detectar uísque falso é como emagrecer – não tem mágica, só ciência.
E, agora, cientistas escoceses deram uma mãozinha para esse trabalho: eles desenvolveram uma “língua artificial” que explora propriedades do ouro e do alumínio para identificar diferenças sutis entre bebidas alcoólicas com 99% de precisão. Os pesquisadores das universidades de Glasgow e Strathclyde relataram sua descoberta em um artigo publicado na revista britânica Nanoscale, da Academia Real de Química.
“Nós chamamos isso de língua artificial porque ela age de forma semelhante a uma língua humana – como nós, não consegue identificar as substâncias químicas individuais que tornam o sabor do café diferente do do suco de maçã. Mas pode facilmente diferenciar um do outro”, disse, em comunicado, o principal autor do estudo, Alasdair Clark.
A língua artificial é composta por 2 milhões de “papilas gustativas” – quadrados de ouro e alumínio com 100 nanômetros de lado, 500 vezes menores do que as papilas humanas. Dependendo do produto químico que entra em contato com elas -como diferentes tipos de bebida, por exemplo-, os metais que formam as papilas passam a rebater a luz de maneira distinta, gerando reflexos com comprimentos de onda específicos. É o que os cientistas chamam de “ressonância plasmônica”.
Traduzindo para termos menos técnicos, cada líquido dá origem a sua própria “impressão digital” de medidas. Ou seja, ao estabelecer um padrão de medidas para um tipo específico de uísque, é possível compará-lo com a impressão digital de outros líquidos, assim detectando se é o mesmo ou não. Essa técnica é tão apurada que é capaz até de averiguar a diferença de idade entre bebidas iguais vindas de safras diferentes.
Para testar o dispositivo, a equipe encharcou-o em sete uísques de malte diferentes – incluindo amostras de Glen Marnoch, Glenfiddich de 12 e 18 anos e Laphroaig de 10 anos. Os resultados das pesquisas se mostraram 99,7% corretos.
Clark também afirmou que essa tecnologia pode ser incorporada a um dispositivo pequeno e portátil, e que ela possui uma ampla gama de aplicações além do uísque – desde a identificação de venenos até o monitoramento ambiental dos rios. Infelizmente, os apreciadores da bebida ainda não podem comemorar: os pesquisadores não deixaram claro quando, e se, o gadget chegara às prateleiras.
Esse spray que está sendo comercializado em Israel não tem nada a ver com aquele que o Bolsonaro falou!!!
Quer dizer que os israelenses estavam fazendo testes secretos deste spray sem informar para o mundo ou aprovaram o medicamento sem testes, deram uma de malucos e falaram vamos comprar que esse spray é eficiente.
Então tá, globolixo!!!!!!