Quem pensa que o deputado estadual Dibson Nasser se livrou do processo de cassação de seu mandato por causa da falsa procuração apresentada pelo PRB pode se preparar que os próximos dias prometem ser bastante movimentados entre assessores parlamentares, advogados e membros da Justiça Eleitoral. O mandato do parlamentar está por um fio quase se partindo.
O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Sessão realizada na tarde de hoje (17), decidiu aceitar José Adécio, primeiro suplente de deputado estadual da Coligação que elegeu Dibson Nasser, como parte autora do processo. O Tribunal foi além e também aceitou o Ministério Público como parte habilitada a dar continuidade a Ação de Investigação de Mandato Eletivo (AIME). Ou seja, agora não é mais o PRB que está na acusação, e sim o MP e o interessado em assumir a cadeira de deputado José Adécio, que atualmente se encontra como diretor de Central de Abastecimento de Alimentos (Ceasa).
A AIME pede a cassação do mandato e a suspensão dos direitos políticos de Dibson por entender que existem fortes indícios de: concessão de benefícios previdenciários em troca de votos no município de Areia Branca; doações de recursos para a campanha realizadas por detentores de cargos comissionados da Câmara Municipal de Natal (CMN), onde o pai do deputado, à época, exercia o cargo de presidente da Casa, o que caracterizaria um possível uso do poder de nomear servidores para direcionar recursos públicos para a campanha de seu filho; a realização de doações vultosas para a campanha por empresas que venceram licitações na CMN; bem como a prestação de serviços dessas empresas para a campanha, evidenciando que suas contratações para a campanha estariam ligadas à percepção de recursos públicos.
Atualmente, a votação está em 3 a 0 em favor da cassação de um total de cinco votos. Já foram favoráveis o juiz relator Jailsom Leandro, e os juízes Ricardo Moura e Ricardo Procópio. Restam apenas os votos do juiz Nilo Ferreira, que pediu vistas ao processo no dia 11 de abril por causa do impasse gerado com a falsa procuração do PRB, e do desembargador Saraiva Sobrinho, presidente da Corte.
Após a análise de hoje, Nilo deve se posicionar em até 10 dias. Dibson só não é considerado cassado, porque até o final do julgamento, os magistrados ainda podem rever suas votações.
É aquela cena: a melhora da morte!
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