Fumantes correm o risco de ter uma resposta imunológica mais baixa que o restante da população após receber a vacina contra a Covid-19. É o que sugere um estudo feito por pesquisadores japoneses do Utsunomiya Hospital e da Jichi Medical University.
Em um estudo preliminar com 378 profissionais de saúde, com idades entre 32 e 54 anos, os pesquisadores analisaram os níveis de anticorpos protetores induzidos pela vacina da Pfizer, usando amostras de sangue obtidas cerca de três meses após a aplicação da segunda dose.
A primeira constatação do estudo foi que participantes mais velhos tinham menos anticorpos que os mais novos, algo já visto em trabalhos anteriores de outros grupos de estudo. Depois de levar em consideração a idade, os únicos fatores de risco para níveis mais baixos de anticorpos eram sexo masculino e tabagismo.
Os pesquisadores especulam que a diferença de sexo não esteja relacionada a fatores biológicos, e, sim, porque as taxas de tabagismo eram duas vezes mais altas nos homens do que nas mulheres: 61% das pessoas do sexo masculino que participaram do estudo fumavam, contra 31% do sexo feminino.
— O cigarro não é bom para nada e tem relação com pelo menos 45 doenças. Nós sabemos que existem receptores de nicotina espalhados pelo corpo inteiro, inclusive no baço, órgão importante relacionado ao linfócito T (célula com função imunológica). Acredito que a diminuição de anticorpos tenha a ver com a ação do cigarro nestes órgãos associados ao sistema imunológico — diz Jaqueline Scholz, cardiologista e diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).
“Para esclarecer os efeitos do tabagismo, realizamos análises adicionais. No entanto, o Índice de Brinkman (que mede a exposição ao tabaco) e o número de cigarros por dia não influenciaram os níveis de anticorpos. Assim, fumar em si é um fator de risco para níveis baixos de anticorpos, ao invés da duração do fumo ou do número de cigarros por dia.”, escreveram os pesquisadores.
Os cientistas observaram, no entanto, que ex-fumantes apresentaram um resultado imunológico melhor do que fumantes ativos. Por isso, eles sugerem que parar de fumar reduzirá o risco de apresentar menos anticorpos após a vacinação.
— As pessoas precisam se antecipar às más notícias para pararem de fumar. Esta é mais uma evidência dos malefícios do cigarro — pontua Scholz.
O estudo ainda não foi revisado por pares. Os cientistas afirmam que são necessárias mais pesquisas para confirmar as conclusões do trabalho.
Um histórico de atividade física consistente está fortemente associado a um risco reduzido de Covid-19 grave, de acordo com um novo estudo divulgado na terça-feira (13). O trabalho da organização sem fins lucrativos Kaiser Permanente, publicado no British Journal of Sports Medicine, analisou quase 50 mil adultos com Covid-19.
Os resultados mostraram que aqueles que atingiram a meta das diretrizes de atividade física do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos – de pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada ou vigorosa – apresentaram incidências significativamente menores de hospitalização, admissão em UTI e morte devido à Covid-19.
As diretrizes, que são iguais às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), usadas por muitos países, são baseadas em pesquisas que dizem que a atividade física é capaz de aumentar a função imunológica, reduzir a inflamação sistêmica, aumentar a saúde pulmonar, e cardiovascular e melhorar a saúde mental.
Com todos os benefícios que o movimento regular traz, pode não ser tão surpreendente que a atividade física que atenda a essas diretrizes também reduza a gravidade dos sintomas de Covid-19.
Na verdade, o quadro agudo de Covid é apenas um dos muitos impactos negativos potenciais do comportamento sedentário, fator de risco conhecido para outras doenças, como cardiovasculares, obesidade, diabetes, derrame e alguns tipos de câncer.
Até o momento, os fatores de risco para Covid-19 grave, conforme identificados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), incluem idade avançada, sexo masculino, e comorbidades subjacentes, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.
Muitos dos fatores de risco listados são difíceis – senão impossíveis – de mitigar, então é compreensível se sentir impotente diante de alguns deles. No entanto, os resultados deste novo estudo podem, sem dúvida, adicionar a inatividade ao topo da lista. Uma vez que o sedentarismo é um fator de risco modificável, você pode controlá-lo absolutamente!
Para atingir o limite de atividade física de 150 minutos ao longo de uma semana, você precisa se exercitar por um pouco menos de 22 minutos todos os dias. Para alguém que não faz exercícios regularmente, isso pode parecer um pouco difícil. Mas 22 minutos por dia não significa necessariamente se inscrever em uma nova academia, investir em uma esteira ou mudar completamente sua programação.
Com as estratégias certas, você pode atingir sua meta diária com pouquíssimas interrupções em seu estilo de vida, o que é importante para ser capaz de sustentar seu novo nível de atividade física.
Aprenda cinco estratégias práticas e sustentáveis para conseguir 22 minutos ativos por dia. Mas antes de iniciar qualquer novo programa de exercícios, consulte o seu médico. Pare imediatamente se sentir dor.
1. Faça caminhadas regulares
Como caminhar é acessível, é fácil desconsiderar essa atividade e seus benefícios. A realidade, porém, é que uma caminhada rápida é um dos exercícios que mais aumentam a saúde e queimam gordura.
Você provavelmente já anda pelo menos um pouco por dia. Talvez você vá até do carro até o escritório, por exemplo. Seria possível fazer uma caminhada de cinco ou dez minutos pela vizinhança antes de entrar no escritório?
Você tem um cachorro para levar para passear diariamente? Poderia adicionar tempo às suas caminhadas diárias com o cachorro?
Se você ainda não faz caminhadas regulares, há alguma atividade que gostaria de praticar com mais frequência e que pudesse emparelhar com sua caminhada, como falar ao telefone com um amigo ou familiar ou ouvir podcasts, livros de áudio ou música?
Ao combinar uma atividade que você gosta com sua caminhada, isso ficará mais agradável de fazer mais regularmente e de adicionar à programação diária.
2. Reserve pequenos intervalos para atividade
As diretrizes de atividade física não especificam se você precisa se exercitar em grandes períodos todos os dias. O importante é alcançar a meta de 150 minutos a cada semana. Você pode dividir suas atividades em qualquer horário que seja mais adaptável ao seu estilo de vida.
Para pessoas com rotina de trabalho mais sedentária, pode ser mais fácil fazer exercícios mais curtos. Ao dividir 22 minutos em blocos menores de tempo ao longo do dia, você ficará surpreso com a rapidez com que esse tempo irá passar.
E se você dividisse seus exercícios em seis sessões pequenas de quatro minutos? Aos 24 minutos, você teria dois minutos de sobra. Isso vale para oito sessões de apenas três minutos de exercício.
3. Exercite-se de maneira mais inteligente, não por mais tempo
Quando se trata de malhar, a crença padrão é que precisamos de pelo menos uma hora por dia. Um estudo de 2016, entre outros, levou muitas pessoas a acreditar que a meta de exercício diário ideal era de 60 a 75 minutos.
No entanto, pesquisas mais recentes descobriram que eles se baseavam em dados falhos, porque não levavam em conta que as pessoas não se lembram da intensidade real dos seus exercícios.
Malhar por 22 minutos por dia é mais do que suficiente para atingir o limite semanal de 150 minutos. Uma maneira eficaz e saudável de cumprir esse tempo é com uma rápida sessão de treinamento intervalado, que consiste em quatro rodadas de cinco exercícios feitos por um minuto cada.
Isso pode incluir exercícios de peso corporal, como flexões, agachamentos, pontes de quadril e polichinelos. Adicione alguns minutos de aquecimento e resfriamento, e você atingirá facilmente sua marca de 22 minutos.
4. Volte ao jogo
Você praticava algum esporte quando era criança? Quais eram suas atividades favoritas ao ar livre? Ao retornar às atividades lúdicas de sua juventude, você pode adicionar mais exercícios à sua vida de uma forma divertida e estimulante.
Se você jogava basquete na escola, poderia voltar a participar de uma liga para adultos ou encontrar um grupo que jogue regularmente? Talvez você tenha começado alguma arte marcial quando criança, mas nunca chegou à faixa preta. O que está prendendo você agora? Há alguma atividade recreativa que você e um amigo possam fazer juntos, como tênis, golfe ou ciclismo?
Ou talvez você tenha filhos que praticam esportes. Poderia se juntar a eles? Se eles forem menores, brincar de pega-pega ou amarelinha fará seu sangue circular, enquanto vocês desfrutam de bons momentos juntos.
5. Monitore a sua atividade
Você sabe realmente quanto exercício, de moderado a rigoroso, você faz todos os dias? Assim como as pessoas nos estudos que mencionei acima, que se lembraram erroneamente e subnotificaram sua atividade física, você pode estar escondendo seu nível de atividade.
Existem inúmeras opções de tecnologia para rastrear seu movimento. Você pode até estar usando uma dessas tecnologias agora. Até mesmo com os bons e velhos caneta e papel, quando rastreamos nossa atividade, não estamos apenas mantendo um registro mais preciso, estamos dando um passo a mais no compromisso com a atividade física.
A responsabilidade ajuda-nos a manter os objetivos. Um estudo recente, publicado no British Journal of Sports Medicine, descobriu que as pessoas caminham quase dois quilômetros por dia quando usam monitor de atividade em seu telefone ou no relógio. E os participantes da pesquisa que tinham rastreadores que forneciam instruções de exercícios fizeram ainda mais.
Independentemente de como você monitora seu condicionamento – com tecnologia vestível ou simplesmente mantendo um diário – o ato de registrar seu progresso ajudará a mantê-lo no caminho certo.
*Dana Santas, conhecida como “Mobility Maker”, é uma especialista certificada em força e condicionamento e treinadora mente-corpo em esportes profissionais, autora do livro ” Practical Solutions for Back Pain Relief”.
Quando o PR afirmou q seu histórico de atleta iria protegê-lo a imprensa se “esguelou”… – Não tem comprovação ciêntífica!!! Genoociiiiiidaa!!!! kkkkkkkkk
Lendo a matéria e pensando sobre o estudo eu pergunto, por qual motivo algumas categorias de profissionais passam a frente, na fila de prioridade da vacina, daqueles que sofrem de alguma comorbidade? Política para agradar certas categorias?
Ótima publicação BG. O conteúdo da CNN está excelente. Subscrevo como profissional da Educação Física (EF). Quem quiser melhorar ou personalizar um programa de exercícios deve procurar a orientação de um profissional da EF.
Praticar atividade física é ideal para manter sua saúde em dia. Nos últimos anos, ela vem sendo associada com a queda nos riscos de doenças como câncer, entre outras doenças. Agora, pesquisadores americanos estão sugerindo que exercício físico pode impedir o desenvolvimento da SARA (Síndrome da Angústia Respiratória Aguda), caracterizada pela falta de ar, respiração rápida, tosse, fraqueza muscular e uma das piores complicações do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Segundo o estudo da Universidade de Virginia, a prática de exercícios físicos eleva a produção da enzima superóxido dismutase (EcSOD), produzida pelos músculos e associada à proteção do sistema cardiorrespiratório. “Sua baixa concentração aumenta o risco para doenças como pneumonia ou enfermidades crônicas respiratórias”, afirma o pneumologista Humberto Bogossian, do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, também sobe a chance de ocorrência de isquemia cardíaca (derivada da obstrução do fluxo sanguíneo) e falhas nos rins.
De acordo com os pesquisadores, a realização de exercícios em intensidade moderada é suficiente para obter os benefícios. “Exercício regular tem mais benefícios do que conhecemos. A proteção contra doenças respiratórias severas é um dos muitos exemplos”, afirma o médico Zhen Yan, chefe da pesquisa.
Confira algumas dicas antes de se exercitar Não é recomendado nem correr nem andar na rua sem máscara; Tome cuidado com lesões. A qualquer sinal, suspenda a atividade e procure um médico; Idosos podem fazer exercícios, mas dentro de casa. Atividades como andar pela casa ou se levantar e se sentar na cadeira podem ajudar.
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Cientistas do Reino Unido descobriram que a cetamina pode ser usada para evitar o alcoolismo e a vontade de consumir bebidas alcoólicas. A substância é utilizada para anestesias, tratamento de depressão e para a produção de substâncias ilícitas.
A descoberta foi publicada na Revista Nature Communications e indicou uma relação entre o alcoolismo e distúrbios de memória. Segundo os pesquisadores, isso acontece porque as pessoas geralmente associam a ingestão do álcool com recordações felizes.
Portanto, imagens ou pensamentos sobre bebidas alcóolicas podem invocar desejos de resgatar os sentimentos alegres. “Estamos tentando desmontar essas memórias para parar esse processo, e prevenir que as pessoas tenham uma recaída”, disse o co-autor do estudo, Ravi Das, da University College London.
Os cientistas acreditam que a cetamina interfere na memória, pois aumenta a presença de uma molécula de um aminoácido conhecido como NMDA. Para investigar se a droga realmente inibia a vontade de beber álcool, eles conduziram experimentos com 90 pessoas.
Os participantes tinham um histórico de consumir bastante cerveja, mas nenhum deles tinha sido diagnosticado com alcoolismo. Eles foram expostos à imagens de cervejas e consumiram a bebida no laboratório da pesquisa. Depois, classificam o desejo pelo álcool durante e depois de tomar cerveja.
Três dias mais tarde, as pessoas foram divididas em três partes: os integrantes do primeiro grupo foram expostos à imagens de cervejas e tiveram que olhar para a bebida que tinham consumido, mas não puderam bebê-la. Já o segundo grupo só pôde olhar para fotos de suco de laranja.
Os participantes do primeiro e do segundo grupo foram medicados com cetamina, enquanto os do terceiro grupo entraram em contato com o álcool, mas não foram medicados. Uma semana depois, os pesquisadores viram que aqueles que tinham consumido cetamina tiveram menos vontade de beber e menos fascínio por cerveja.
Nove meses após os primeiros testes, todos os grupos, mesmo aqueles que não tomaram cetamina, tiveram o consumo de álcool reduzido pela metade. Segundo os especialistas, isso ocorreu, pois como os participantes estavam sendo avaliados em uma pesquisa, as pessoas podem ter se engajado para tentar parar de beber.
“O comportamento pode mudar por vários motivos que não tem a ver com o experimento”, comentou Das. Ele e outros cientistas esperam aprofundar o estudo para comprovar a eficácia da cetamina na prevenção do alcoolismo.
A senadora Zenaide Maia presidiu, nesta quarta (06), a audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais que discutiu o PLS 118/2011, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que trata da contratação de pessoas com deficiência ou reabilitadas na condição de aprendiz, dentro da cota relativa às empresas com mais de cem empregados.
O debate aconteceu por pedido de Zenaide e os especialistas que participaram da audiência – representantes do Ministério Público e da Magistratura do Trabalho, do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da APAE e do Ministério da Economia – opinaram contrariamente ao projeto, pois o texto sobrepõe duas cotas – a de aprendiz com deficiência e a de trabalhador com deficiência – que possuem naturezas e objetivos diferentes. “Não podemos confundir quem aprende com quem já é profissional”, argumentou a vice-procuradora-geral do trabalho, Maria Aparecida Gurgel, acrescentando que o período de aprendizado de um adolescente é bem diferente das atividades de responsabilidade de um adulto.
Para a representante da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ludmila Lopes, o projeto abre caminho para que empresas só contratem pessoas com deficiência para atividades de aprendiz: “É condenar a pessoa com deficiência a ser a eterna aprendiz”, afirmou a procuradora.
Zenaide é relatora do projeto na CAS e antecipou que seu parecer será pela rejeição do texto: “Esse projeto foi desarquivado pelo plenário e, quando eu vi, eu pedi essa audiência pública para mostrar que ele não colabora com a inclusão das pessoas com deficiência”, disse a parlamentar.
O representante do Ministério da Economia, João Paulo Teixeira, disse que existem hoje no Brasil 35 mil empresas obrigadas por lei a cumprir a cota de 2% a 5% das vagas para as pessoas com deficiência. Virtualmente, isso significaria cerca de 770 mil oportunidades de trabalho, mas, apesar de a legislação que instituiu as cotas (Lei 8.213/1991) já ter quase trinta anos de existência, ela ainda não é totalmente cumprida no Brasil.
Desfile campeão da Estação Primeira de Mangueira em 2019 Foto: Arquivo / 04/03/2019 / Luis Alvarenga / Agência O Globo
As escolas de samba do Grupo Especial do carnaval carioca terão menos tempo para cruzar a pista da Marquês de Sapucaí na próxima folia. Em plenária realizada na sede da Liga Independente das Escolas de Samba na noite desta quinta-feira, as agremiações decidiram reduzir em cinco minutos o tempo mínimo e máximo de desfile. A apresentação de cada agremiação deverá ser de 60 a até 70 minutos, no máximo. Para tentar dinamizar mais os desfiles, a Liesa também optou por reduzir de cinco para quatro o número mínimo de carros alegóricos e reduzir de quatro para três o número de paradas durante o desfile para a apresentação das agremiações aos jurados.
Até mesmo uma alteração para o regulamento do carnaval de 2021 já foi definida: o dinheiro da verba de TV será distribuído levando em consideração a colocação de cada escola no carnaval de 2020, critério semelhante ao já adotado na distribuição da receita oriunda com a venda de ingressos.
— O objetivo principal é dar uma dinâmica melhor ao desfile do Grupo Especial, otimizar a relação de uso do tempo e do espaço do Sambódromo pelas agremiações, diminuir um pouco o tamanho da apresentação de modo que fique mais dinâmico e mais agradável à vista das pessoas que são apaixonadas e gostam de participar e assistir o nosso espetáculo — explicou o presidente da Liesa, Jorge Castanheira.
Outras mudanças foram definidas. Entre elas, as escolas de samba não poderão mais distribuir camisas de diretoria e convidados de forma indiscriminada. A partir do próximo carnaval, cada agremiação poderá distribuir, no máximo, 30 camisas para convidados à frente da agremiação e 100 no final do desfile. O número mínimo de integrantes da Ala das Baianas — ala obrigatória, embora não seja um quesito no julgamento — foi reduzido de 70 para 60.
— São maneiras de regulamentar para facilitar a visão de quem está na frisa, na arquibancada, diminuindo a presença de pessoas estranhas ao desfile — diz Castanheira sobre a limitação na distribuição de camisas a convidados.
O presidente da liga também foi questionado se a nova regra para distribuição da receita obtida com os direitos de transmissão do espetáculo não criaria uma desigualdade maior entre as agremiações. Jorge Castanheira, no entanto, respondeu que o objetivo é estimular uma maior competição para que as escolas não se acomodem:
— As diferenças são pequenas e o recurso ( a nova regra ) é para que a escola não continue sempre nas últimas colocações. O efeito que queremos é esse, que ela não fique nas últimas colocações, que ninguém se acomode. Esse é o espírito da meritocracia: premiar os merecedores a cada ano.
Outros pontos da fala de Jorge Castanheira
Redução do público na Sapucaí
“Ao longo dos anos, até por orientação de Bombeiros e iniciativa da liga, nós já vínhamos diminuindo o quantitativo de público das arquibancadas. Em 2012 houve um aumento de quase o dobro da capacidade no miolo do desfile. Não sei quem lançou essa ideia de diminuição de 20%, mas não há essa confirmação nem da nossa parte nem do Corpo de Bombeiros.”
Entrada gratuita na Série A
“Essa questão é mais da Lierj e da Riotur e nossa de sentarmos depois e vermos como seria feito a operacionalidade desse formato não tendo cobrança de ingresso: se terá ingresso para ser distribuído ou se será portão aberto. Tudo isso precisa ser analisado, também, do ponto de vista da segurança na Marquês de Sapucaí”.
Paradas para jurados
“Serão três paradas para apresentações aos julgadores. A princípio seriam duas cabines no primeiro módulo, uma cabine simples no meio do desfile e duas cabines ao final do desfile. estamos identificando ainda como fazer: se escolhemos dos cinco jurados apenas três notas para valerem ou se serão quatro notas, eliminando a menor nota. Não foi definido ainda hoje porque é um assunto complementar”.
Verba da TV
“Será o mesmo critério que a gente usa para distribuição dos ingressos. O mesmo percentual que usamos para distribuição da receita de vendas de ingressos vamos utilizar também para os recursos dos direitos de transmissão de desfile.”
Ensaio técnico
“Nós estaremos trabalhando nesse sentido desde que a gente consiga apoio de alguma empresa e que a gente consiga tambpem ter o nosso projeto na Lei Rouanet aprovado, que já demos entrada há algum tempo atrás. Já tenho a escala de datas, horários e distribuição das escolas em cada dia ( de apresentação no ensaio técnico ). Mas vai depender da gente ter recursos e apoio dos órgãos públicos, senão sem esse apoio a gente não consegue fazer um evento que é totalmente gratuito e que poderia contar com a colaboração maior ainda do poder público em função do número muito amplo de pessoas que a gente atende nos ensaios técnicos”.
Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) em 17 cidades.
O preço médio da cesta em Natal apresentou queda de 0,98% em maio, em relação a abril. O custo foi de R$ 406,07. Dentre as 17 capitais pesquisadas, a potiguar ocupou a terceira posição entre os menores preços, ficando atrás de João Pessoa (PB) e Salvador (BA).
As quedas mais importantes foram observadas em Campo Grande (13,92%), Belo Horizonte (7,02%), Goiânia (-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). Os aumentos ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).
A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de Janeiro (R$ 492,93).
Com base na cesta mais cara que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.
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