Diversos

Dirceu e Genoino podem mudar para regime aberto ainda este ano

O ex-ministro José Dirceu, um dos condenados no julgamento do mensalão, voltou nesta quarta-feira ao terceiro dia de trabalho externo de olho no calendário. Com o trabalho fora da prisão e o curso de especialização em Direito à distância que está fazendo, ele poderá pedir progressão para o regime aberto e deixar a cadeia já em novembro, segundo cálculo de um dos interlocutores de Dirceu. O ex-ministro foi contratado para trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, de 9h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Pela lei de execuções penais, a cada três dias de trabalho, o preso do regime semiaberto pode abater um dia na contagem geral da pena. A cada 12 horas de curso, o detento pode eliminar um dia de cadeia. Os cursos destinados a presos têm que ser ministrados em blocos nunca superiores a quatro horas por dia e nem mais de três dias por semana.

Esses cursos são oferecidos por instituições credenciadas pela Fundação Nacional de Amparado ao Preso, segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Na prática, o preso precisa de pelo menos duas semanas de curso para ganhar um dia na redução da pena. Com a soma dos dois benefícios, Dirceu poderia sair da prisão em quatro meses. Ele estava preso na Papuda desde 15 de novembro. Semana passada foi transferido para o Centro de Progressão Penitenciária, área que abriga mais de mil presos com direito ao regime semiaberto.

O ex-deputado José Genoino, outro ex-dirigente do PT condenado no mensalão, também está fazendo curso à distância. Pelo tempo de estudo, ele espera pedir progressão para o regime aberto no início de agosto. Numa das últimas sessões do Supremo Tribunal Federal (STF), no primeiro semestre deste ano, o ministro Luís Roberto Barroso chegou a dizer que Genoino pode pedir progressão em 25 de agosto.

A contagem dos dias a serem descontados na pena deve ser formalizada uma vez por mês pela Vara de Execuções Penais. As contas devem ser analisadas pelo Ministério Público e aprovadas pelo juiz responsável pela execução da pena.

O Tribunal de Justiça não informou detalhes dos cursos. Segundo uma assessora do tribunal, a reserva na abordagem do assunto é adotada pela Vara de Execuções Penais para preservar os responsáveis pelo curso e pela avaliação dos presos. Antes de receberem certificados, os presos fazem provas.

Dirceu começou a trabalhar no escritório de Grossi, num prédio na área central de Brasília, quinta-feira passada. Desde então, o escritório permaneceu fechado na última sexta-feira e anteontem, dias de jogos da seleção brasileira.

Na última segunda-feira, em seu segundo dia de expediente, Dirceu chegou ao trabalho às 8h, uma hora antes do horário de inicio da jornada. Por volta de 12h, o motorista e ajudante do ex-ministro levou para Dirceu uma sacola com quentinhas do Capital Steak House, restaurante especializado em carnes. Um prato básico fica em torno de R$ 50.

Dirceu foi condenado por corrupção a sete anos e 11 meses de prisão. Genoino, a quatro anos e oito meses de prisão também por corrupção de parlamentares da base governista, entre 2003 e 2005.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Só gostaria de saber porque VAGABUNDOS e BABACAS, gostam tanto de malhar que trabalha, valeu JB, pelo menos vc não saiu sujo, desta lama fedorenta.

  2. Olha ficou impressionado com o raciocínio dos PeTistas.
    Realmente senhor Edson Caldas você tem razão, Joaquim Barbosa fez certo em pedir pra sair, não vai se sujar, não vai se misturar, preferiu o caminho da moral, ética, respeito e vergonha. Depois do PT nomear 05 Ministros do STF e já contava com 02 a coisa vai sair da linha e veremos situações como dessa matéria, produção de absurdos em escala exponencial. Coitado do BRASIL, não será desmoralizado só no futebol não, será muito pior.

  3. Chupa seus chorões kkkkkkKK
    E ainda tem babaca que lamenta porque o Joaquim Barbosa PEDIU pra se aposentar, havendo ainda onze anos pela frente. Vagabundo é ele!!!

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Diversos

FOTO: Bar Korrupto ‘reúne’ Joaquim Barbosa, Lula, Dirceu e Genoino

2014-701088093-korrupto.jpg_20140326Foto: Leitor O Globo – Leonardo Silva

Imagine se, no meio de um bate-papo animado no bar, você olha para um lado e vê José Dirceu e José Genoino, do outro lado, Joaquim Barbosa e Lula, e, noutro canto, um político preso numa gaiola de passarinho. Parece estranho, mas não é nenhum tipo de alucinação. Você pode apenas estar dentro do bar Korrupto, em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

É que essa é a decoração do local. Numa parede, os condenados pelo mensalão, Genoino e Dirceu aparecem desenhados num painel, vestidos como judocas. No letreiro do bar, ao lado do nome do estabelecimento (Korrupto) está uma enorme caricatura do ministro do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pensando no ex-presidente Lula, que aparece dentro de um “balãozinho”, como nas revistas em quadrinhos. Outros personagens dos recentes escândalos de corrupção da política nacional também estão por lá, como Roberto Jefferson e José Sarney.

— Apesar de termos todas essas figuras desenhadas nas paredes, aqui nada acaba em pizza — diz a dona do Bar, Danielle Ferreira.

A empresária, aliás, não está brincando. O bar não vende pizza. A especialidade da casa é a picanha. Essa característica do cardápio e o humor ácido que revela na decoração já chegaram até a colocar Danielle numa “saia justa” com o senador e pré-candidato ao governo do Rio Lindberg Farias (PT).

— Pago por um anúncio do bar numa rádio local e um dia o Lindberg foi a essa rádio para dar entrevista. O problema é que a propaganda diz o seguinte: “Político desmente que tudo tenha acabado em pizza. Com picanha a R$ 46,99, tudo tem acabado em carne mesmo”. Quando o Lindberg ouviu isso, ele falou para os produtores da rádio que só daria entrevista se a propaganda fosse retirada do restante da programação. Mas não teve jeito. O anúncio continuou sendo exibido e o senador teve que aceitar — conta Danielle.

Embora o senador Lindberg não tenha levado a propaganda e o espírito do bar na brincadeira, Danielle garante que outros políticos não se importam.

— Alguns vereadores da cidade vêm sempre ao bar. Cabo Frio é uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece. Os políticos estão acostumados a frequentar os lugares com amigos e aqui não é diferente. Eles nunca se incomodaram com as brincadeiras — diz ela.

Apesar de dizer que adora a decoração e de defender que o cenário dá ao local um ambiente de descontração inigualável na cidade. Danielle não é a responsável pelos desenhos de políticos nas paredes. Ela comprou o bar de um amigo há oito meses, já com a decoração pronta. Mas, para os que também gostaram do bom-humor do lugar, a “ex-petista roxa”, como Danielle se denomina, garante que não pretende mudar nenhum detalhe da decoração.

— Desde a inauguração (há cerca de três anos) eu já frequentava o bar e adorava o lugar. Quando surgiu a oportunidade de comprar o negócio, não pensei duas vezes. Achei ótima oportunidade e continuo adorando os desenhos nas paredes — afirma ela.

O Globo

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