Polícia

Propinas a Vaccari foram entregues na sede do PT, diz delator

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Delatores da Torre Pituba disseram ao MPF que entregas de propina da Mendes Pinto Engenharia destinadas a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, foram feitas na sede do partido em São Paulo.

Segundo o empresário Alexandre Suarez, o valor pago em dinheiro vivo na sede do partido na capital paulista chegou a 2 milhões de reais.

Opinião dos leitores

  1. Tudo mentira…o papai Lula não roubou ???????????esse é ladrao profissional, porque tem idiotas , IDIOTAS que acreditam nesse verme

    1. Essa é a mesma base aliada que divulgam aos sete cantos que Bolsonaro não tem diálogos, o que quer dizer…

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Polícia

Campanha de Dilma teve mesada de R$ 100 mil em esquema da Torre Pituba, diz delator

Foto: Ilustrativa

O rateio da propina do esquema para a construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador (BA), envolveu até mesada para a campanha que elegeu Dilma Rousseff presidente em 2010, de acordo com nova delação da Lava Jato.

Segundo o empresário Mario Suarez, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto recebeu um total de R$ 2 milhões em vantagens indevidas e ficou acertado que o petista receberia R$ 100 mil por mês para atender demandas da eleição presidencial de 2010.

Suarez afirmou que os pagamentos foram efetivados entre janeiro e setembro daquele ano. Os repasses para Vaccari foram intermediados, diz o delator, por doleiros e até por sua cunhada.

“QUE, posteriormente, os percentuais acima foram alterados porque os dirigentes da PETROS e da Petrobras passaram a cobrar um valor maior do que o acordado; QUE então, Paulo Afonso, para compensar esses pagamentos, deixou de pagar o valor total prometido ao PT Nacional e ao PT Bahia;QUE foram feitos pagamentos a Jogo Vaccari. tesoureiro do PT a título de propina, que totalizaram cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais); QUE à época, ficou definido que Vaccari receberia R$100.000,00 por mês, mas, para atender demandas da eleição presidencial de 2010, Vaccari pressionou e a maior parte dos pagamentos foi efetivada entre janeiro e setembro daquele ano; QUE.posteriormente. Jogo Vaccari se desentendeu com Paulo Afonso, pois este descontou do valor total da propina acordada ao PT Nacional, os valores pagos a maior aos dirigentes da PETROS e da Petrobrás;QUE parte dos valores pagos a Jogo Vaccari era entregue em espécie por Paulo Afonso a pessoas indicadas por ele. como sua cunhada, ou por intermédio de um doleiro de Salvador, Sr. Luiz Eduardo.que fazia operações de dotar-cabo a partir de sua conta da Suíça, no banco UBS”.   

De acordo com o delator, o dinheiro da propina era dividido da seguinte forma: 1/3 para o PT Nacional, representado por João  Vaccari, 1/3 para PETROS, representada por Newton Carneiro e Wagner Pinheiro, e Petrobras, representada por Armando Tripodi, que era chefe de gabinete de Sergio Gabrielli, e 1/3 para o PT da Bahia, representado por Carlos Daltro, que era caixa de campanha de Jaques Wagner. Esses valores, porém, foram reajustados após pressão de representantes da Petros que pediram mais propina, afirmou Mario Suarez.

“QUE posteriormente. os percentuais mencionados foram alterados porque os dirigentes da PETROS e da Petrobrás passaram a cobrar um valor maior do que o acordado, e Pauta Afonso, para compensar esses pagamentos, deixou de pagar o valor total prometido ao PT Nacional e ao PT Bahia”.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Safira14/01/2020 às 21:15
    Toda VEZ Que surge uma importante notícia favorável ao PT ou a Lula e Dilma, uma velha notícia com denúncias produzidas por um delator contratado é requentada e lançada pra tentar desviar ou abafar a repercussão da mesma.
    Técnica velha que talvez nem funcione mais como antes, na campanha.
    Também é usada essa mesma técnica quando um novo escândalo atinge o governo, Bolsonaro, seus Ministros aloprados e seus filhinhos abelhudos e corruptos.
    QUE coisa mais MANJADA…

  2. Pois é… o partido tão honesto, que não falava mentiras… taí… a cada dia uma página do diário de crimes contra o Pt é aberta… e eles continuam negando, mesmo com provas reais sendo apresentadas… o problema são as testemunhas vivas que ficarama…

  3. DILMA DILMA DILMA
    Vão dizer que é mentira, que é perseguição.
    Essa turma cada dia se superando batendo de longe Marcola e Fernandinho

  4. Roubalheira em Vertigem. Cambada de ladrões safados, mentirosos, demagogos…. FDP.

  5. Não é a toa que esses FP, quase quebraram a Petrobrás. Uma montanha de ladrão tudo juntos feito urubu na carniça, cada um querendo tirar o seu pedaço. Esses PTralhas tinham que devolver tudo e cada um tirar no mínimo dez anos de cadeia casa um.
    LULADRAO montou a maior quadrilha do mundo. Roubaram cerca de cinco TRILHOES de reais do nosso país. Canalhas.

  6. Será que houve vaquinha pra financiar filme que faz propaganda politica e tenta chamar de gopi um processo de impeachment?

  7. A roubalheira do partido que virou quadrilha não tem limites, ainda tem muita coisa pra se descobrir.

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Judiciário

Propina financiava até IPVA e conta de luz de Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, diz delator

Prontuário – A senadora, prestes a ser julgada: o dinheiro da corrupção pagava até conserto de liquidificador (Marlene Bergamo/Folhapress)

Em depoimento inédito colhido pela Procuradoria-Geral da República, o advogado Marcelo Maran detalhou como dinheiro desviado dos cofres públicos financiou, além das campanhas eleitorais de Gleisi Hoffmann, o conforto da senadora e de sua família.

Segundo Maran, despesas comezinhas da atual presidente do PT e do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, eram bancadas por uma conta-propina abastecida, na ponta, pelo dinheiro do contribuinte. Os gastos incluíam gasolina, taxas de IPVA, conta de luz, condomínio, conserto de liquidificador, brinquedos para seus filhos e pequenos luxos, como motorista particular – informações que ela nega. VÍDEO de depoimento AQUI, em texto na íntegra.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Essa daí com toda a sua histeria nunca me enganou. Mais esperta que muito político ladrão por aí afora. Ainda fala de legalidade, de moral. Que lições uma mulher dessa pode dá aos filhos? Que vergonha nacional você senhora Gleisi. deveria estar presinha da "Silva".

  2. Taí a paladina da moralidade. A "pobre" perseguida do PT. Olha vamos ser sinceros, quem apoia o PT atualmente tem que mudar o discurso, fica menos ridículo, a pessoa tem que defender: O PT possui tantos ladrões quanto os demais partidos…temos cunho social de Centro ( pq nem esquerda o PT é mais )…nos uniremos a ala do MDB de Renan Calheiros ( agora o MDB deixou de ser Golpista )… com o objetivo de devolver ao povo brasileiro os 13 anos áureos ( 13 anos de migalhas aos pobres e muito dinheiro desviado ), sem dúvida Lula é nossa única solução ( quer dizer que toda a esquerda brasileira se resume apenas a Lula, que deixou de ser esquerda faz tempo ). Ainda reclamam dos Patos. Definitivamente somos uma nação alienada enquanto coletividade. Conseguimos caminhar a passos lentos e ainda tropeçar. Tropeçaremos novamente em 2018???

  3. Dessa quadrilha do PT ta caindo um por um, vai sobrar ninguém fora da cadeia KKKK, ansioso aqui, esperando a Prisão do Líder da maior organização criminosa do Mundo.

    1. Sendo contra a turma do PT, nem registro em cartório serve, vão alegar que o "cartório pode falsificar o registro". Isso começar a elucidar o desespero que tomou conta dela, dependente da salvação de Lula e para isso, ele precisa votar ao poder. Até Dilma sair do poder, todos no PT estavam a salvo, tinham blindagem contra justiça. Agora vão somando os inquéritos, processos e condenações como nunca antes na história desse país. E se acontecer a previsão, essa turma saino debaixo da proteção do foro privilegiado, literalmente, o bicho vai pegar a tantos corruptos

    2. E ainda não abriram a caixa-preta da CBTU no RN há anos dominada pelos PTralhas. Todos nomeados pela Senadora Fátima. Aguardem carta!!!! CBTU é uma bomba relógio

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Finanças

Propina de R$ 1 milhão para Gleisi Hoffmann (PT) foi no ‘fio do bigode’, diz delator

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) afirmou que propinas de R$ 1 milhão oriundas do suposto caixa de seu partido junto à Diretoria de Abastecimento da Petrobras à campanha de Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado, em 2010, foram acertadas “no fio do bigode”. A presidente do PT e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no STF.

Pedro Corrêa teve sua delação homologada em agosto de 2017 pelo ministro do Supremo Edson Fachin. O ex-parlamentar, condenado a 30 anos na Lava Jato e a 7 anos e 2 meses no Mensalão, é testemunha de acusação em processo contra Gleisi. Ele depôs no dia 19 de setembro.

O ex-deputado confessou ter sido um dos políticos que se beneficiavam de esquemas de corrupção na Petrobras. Ele relata que o falecido deputado José Janene (PP) e o doleiro Alberto Yousseff eram os arrecadadores do PP.

A “conta” de propinas do partido na Patrobras era alimentada por desvios de contratos da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, que também é delator e corrobora com a versão de Corrêa.

Quando Janene esteve doente, em 2010, Pedro Corrêa alega que somente Yousseff passou a prestar contas para os políticos que recebiam propinas no PP. Ele diz que o doleiro “arrecadava, “mostrava” e os políticos faziam “a distribuição para os diversos parlamentares, inclusive para ajudar uns mais necessitados, outros menos necessitados”.

“Então isso, em 2010, Alberto Youssef, numa das reuniões para prestar contas, ele tinha dito que tirou R$ 1 milhão do caixa do partido, a mando de Paulo Roberto Costa, para entregar ao ex-ministro Paulo Bernardo, de quem eu tinha sido companheiro”, alega.

O ex-deputado relata que chegou a reclamar com o ex-diretor da estatal “porque o PT tinha a Diretoria de Serviços” e o PP enfrentava “dificuldade grande de fazer a campanha, para terminar a campanha do partido”.

“Então fui reclamar de Paulo Roberto, e ele então me disse que tinha sido uma determinação da presidente Dilma, que mandou que ele ajudasse a Senadora Gleisi Hoffmann, e, por isso, ele mandou que se entregasse um milhão de reais. E, na verdade, a Senadora foi eleita e, logo depois, em janeiro, foi Ministra da Presidente Dilma”, afirma.

O ex-parlamentar, no entanto, relata que não restaram provas documentais sobre os supostos acertos.

“Não ficava nada, nada. O trabalho da política é sempre no “fio do bigode”, por isso que a prova do político é mais complicada, porque é sempre o que você tem, que, embora se diga que a pior das provas seja a prova testemunhal, mas é a maneira que tem de juntar a prova, várias testemunhas pra saber que o fato existiu. Porque, na verdade, não tinha escrito nada”.

Defesas

A senadora Gleisi Roffmann negou irregularidades por meio de sua assessoria de imprensa.

“A defesa já restabeleceu a verdade com relação a essas acusações infundadas e levianas. Por não existirem fatos concretos e plausíveis que respaldem tais delações, elas só podem alimentar a atenção da imprensa novamente por interesses políticos e com o intuito de perseguir o PT, seus dirigentes e suas lideranças. O PT tem mais de 22% da preferência popular de acordo com as recentes pesquisas de opinião; o Presidente Lula, que parte agora em caravana pelo interior de Minas Gerais, quase 40% das intenções de voto para a Presidência da República, se as eleições fossem hoje, e novas filiações aumentam a cada dia junto aos diretórios do PT e pela internet. Somos mais de 1,8 milhão de filiados em todo o País. Mais uma vez, o PT representa a esperança do povo em reverter os estragos feitos pelo golpe no Brasil.”

Dilma

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em depoimento que a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) não participou da manutenção de Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras. A assessoria de Dilma tem dito que Pedro Corrêa mentiu em delação premiada.

“A Senadora Gleisi era Ministra Chefe da Casa Civil em 2011, no momento em que eu demiti o senhor Paulo Roberto Costa da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ela, nesse momento, ela era simplesmente Ministra-Chefe da Casa Civil. E quem decide quem demite ou quem nomeia e a relação entre a diretoria da Petrobras e a presidência. E óbvio que ela não participou da contratação do senhor Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento, porque isso, se eu não me engano, remonta a 2003, ou 2004 ou 2005 – eu não lembro bem -, não era eu Presidente da Republica.”

R7, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. "O ex-parlamentar, no entanto, relata que não restaram provas documentais sobre os supostos acertos."

    1. “Não ficava nada, nada. O trabalho da política é sempre no “fio do bigode”, por isso que a prova do político é mais complicada"

      Até parece que seus gangsters favoritos vão deixar alguma prova. O Aécio só foi pego pq o amigo dele, pra fabricar prova e se resguardar, resolveu gravar ele escondido, falando que até mataria um delator.

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Diversos

‘Departamento da propina’ da Odebrecht operou mesmo com a Lava-Jato e movimentou R$ 2 bi, diz delator

Logo da Odebrecht – Janine Costa / Reuters

Em delação premiada, o ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio da Silva declarou que a Odebrecht criou um sistema a partir do fim de 2014, que operou até janeiro de 2016, para trazer de volta para o Brasil dinheiro que estava no exterior. Os recursos seriam usados para o pagamento de propina. No entanto, com o avanço da Lava-Jato, houve ordem para que os pagamentos fossem encerrados. Segundo ele, no período que operou as contas ilegais fora do país a movimentação de recursos teria sido de US$ 2 bilhões.

Migliaccio era funcionário do Setor de Operações Estruturadas, conhecido como o departamento de propina da empreiteira. Segundo o delator, o sistema que registrava os pagamentos ilegais, o Drousys, operou até o fim de 2014. Depois disso, Hilberto Silva, o chefe do setor, ordenou que fossem encerrados os pagamentos e também o fim do setor.

Antes de encerrar o sistema, foi criado um “espelho” do Drousys chamado Riadec. O novo sistema teria sido criado para que Migliaccio “continuasse a operar e para que pudesse fechar as contas até então mantidas no exterior e remeter novamente os valores para as empresas do Grupo Odebrecht”. O sistema Riadec funcionava da mesma forma que o Drousys.

No novo sistema, o codinome de Migliaccio era “Oxigen”. Segundo o delator, o novo sistema teria sido usado até janeiro de 2016. “Que nessa época o depoente ainda não havia concluído o pagamento de todas as dívidas e o fechamento de todas as contas vinculadas ao Setor de Operações Estruturadas”, diz trecho da delação.

Mesmo com a Lava-Jato a pleno vapor, o delator teria conseguido sacar valores mantidos em contas abertas na Áustria. Os pedidos de transferência realizados para esvaziar as contas mantidas no exterior teriam sido registrados no Riadec, por meio de um e-mail vinculado ao sistema.

Ainda na delação, Migliaccio declarou que foram abertas 30 a 40 contas não declaradas no exterior para pagar propina durante o período em que trabalhou no setor, entre 2008 e 2014.

MOVIMENTAÇÃO DE US$ 2 BILHÕES

Ele contou que o Grupo Odebrecht usou contas em Portugal, Áustria, Antígua e Barbados, Malta e Suíça. Em Portugal, a Odebrecht usou conta no banco Banif. Na Suíça foram dois bancos: Pictet e PKB. Na Áustria, a conta era no Meinl e no Bank Winter. Em Antígua a operação era feita no Meil Antigua e, em Malta, via Fim Bank. No caso do banco português, o delator indicou o nome dos gerentes que cuidavam das contas e ainda listou os nomes das contas, todas em nomes de empresas offshore.

Os depoimentos do delator foram prestados no ano passado, junto com os demais executivos da Odebrecht. Mas só agora o ministro Edson Fachin retirou o sigilo dos documentos. No total, foram 15 depoimentos. Desses, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que 12 fossem enviados para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, por considerar que os fatos narrados pelo delator têm relação direta com as investigações da Lava-Jato, sem envolvimento de autoridades que têm direito a investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os depoimentos foram divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, depois de decisão do relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, para retirar o sigilo da delação de Migliaccio. Embora a maior parte das delações da empreiteira já tenha sido divulgada, os depoimentos de Migliaccio ainda estavam sob sigilo. No mesmo despacho, assinado em 12 de maio, Fachin determinou a abertura de uma conta judicial para o recebimento de R$ 5 milhões do delator, para o cumprimento de uma das cláusulas do acordo firmado com o Ministério Público Federal.

Pelo acordo, Migliaccio ficará um ano em prisão domiciliar fechada, monitorado por tornozeleira eletrônica. Depois, ficará dois anos no regime aberto domiciliar. Ele ficará em casa nos dias úteis das 10h às 6h e integralmente nos finais de semana, sem tornozeleira. Nesse período, se tiver bom comportamento, ele poderá visitar sua casa em Itu um final de semana por mês. O período final da pena consiste em quatro a seis anos de prestação de serviços comunitários, por 6 horas semanais.

No acordo, ficou registrado o confisco dos bens do delator. Foram listados bens declarados oficialmente no nome dele e da empresa dele, a MIG Consultoria Econômica e Financeira Eireli. Além disso, ele tem um imóvel em Miami e uma conta bancária na mesma cidade, onde mantém em um cofre oito quilos de ouro. Ele também disse que há uma conta bancária em Genebra em nome do irmão dele, Eduardo Migliaccio da Silva.

Em nota, a Odebrecht S.A informa que “entende que é de responsabilidade da Justiça a avaliação de relatos específicos feitos pelos seus executivos e ex-executivos”. E ressalta que a empresa está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua.

“Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um Acordo de Leniência com as autoridades brasileiras e da Suíça e com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”, conclui a nota.

O Globo

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Finanças

Odebrecht pagou propina para Eunício, Maia, Jucá e Vieira Lima por medida provisória, diz delator

O ex-executivo da Odebrecht Carlos Fadigas afirmou no depoimento de delação premiada que a construtora pagou propina, em troca da aprovação de uma medida provisória, para os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Eunício Oliveira (PMDB-CE), e para os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

A assessoria de Maia disse que, segundo o deputado e presidente da Câmara, “são falsas as citações dos delatores” (veja íntegra abaixo). O G1 tentou contato com a assessoria de Eunício, que é presidente do Senado, mas não conseguiu resposta até a última atualização desta reportagem. Também não conseguiu falar com a assessoria de Jucá. A assessoria do PMDB da Bahia, que trabalha para Vieira Lima, disse que está procurando o deputado para comentar as denúncias.

O depoimento de Borba faz parte dos mais de mil arquivos de vídeos com as delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht. Os depoimentos se tornaram públicos na semana passada, quando também saiu a lista do ministro Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), com pedidos de inquéritos para investigar os políticos citados.

A MP a que se refere Borba é de 2013 e tratou de incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria quimica.

“E aí agora, portanto, com a medida provisória dentro do Congresso Nacional para ser aprovada, depois da edição dela, houve uma mobilização pela aprovação dessa medida provisória. Ela atendia ao interesse de mais de uma empresa do grupo, motivo pelo qual o Marcelo Odebrecht [herdeiro da companhia], o Cláudio Melo se envolveram, além de vários outros executivos que se envolveram de formas diferentes”, afirmou Fadigas.

Ele disse que, após a aprovação do texto, foi procurado pelo colega Cláudio Melo para tratar sobre o pagamento aos políticos que, após contato da empresa, atuaram em favor da MP.

“Na sequência disso, o Cláudio procurou a mim e ao Marcelo e relatou necessidade de liberação de recurso de 6 milhões de reais para parlamentares que tinham atuado na aprovação dessa medida provisória”, completou o delator.

Ele disse que não se lembra de todos os políticos que receberam os valores. Aos investigadores, citou que tinha certeza dos nomes de Jucá, Maia, Eunício e Vieira Lima.
Fadigas afirmou ainda que sabia apenas do valor recebido por Maia. Segundo ele, foi de R$ 100 mil.

Veja a íntegra da resposta de Rodrigo Maia:

“Todas as doações que recebi foram solicitadas dentro da legislação, contabilizadas e declaradas à Justiça, em cumprimento à lei eleitoral. O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores. Eu confio na Justiça, no Ministério Público e na Polícia Federal, e estou seguro que os fatos serão esclarecidos, e os inquéritos, arquivados.”

G1

Opinião dos leitores

  1. Se fossem do PT, já tinha um monte de comentários. Como se os outros fossem todos "santos". Fizeram porque o PT que mandou…tudo farinha do mesmo saco, os que são contras e os que são a favor.

    1. "Cumpanhero", essa turma era sócia do PT. PMDB e PT se coligaram, lembra? Esses ai, especificamente, foram ministros do PT, receberam delegação dos presidentes Lula e Dilma prá fazerem o que mais sabem: roubar. Aliás, o Renan ainda tá na ativa. Continua mais aliado de Lula e do PT do que nunca, mesmo sendo o Temer do partido dele. O Eduardo Cunha também era aliado, viu? Dentre muitos outros. Na verdade, os governos petistas eram antros desse tipo de gente.

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Judiciário

Ex-governador do RJ Sérgio Cabral acertou propina sobre obra de favela, diz delator

sergio-cabral-FABIO-MOTTA-AGENCIA-ESTADO-1000-900x495Foto: Fábio Motta/AE

O executivo Clóvis Primo, ligado à Andrade Gutierrez e um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) acertou propina sobre as obras de urbanização do conjunto de favelas de Manguinhos, uma das comunidades mais pobres da capital fluminense. O executivo Rogério Nora de Sá, também ligado ao grupo, relatou a mesma informação aos investigadores da Lava Jato.

Clóvis Primo depôs na quinta-feira, 23, à Procuradoria-Geral da República. Ele disse que ‘além das obras do Maracanã e do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) também sabe que houve pagamento de propina na obra de Manguinhos’. “Essa obra consistia na urbanização, construção de casas, etc, no conjunto de favelas em Manguinhos; que essa obra era estadual, mas recebeu recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC; que nesse caso também houve acerto com Sérgio Cabral do pagamento de 5% do valor da obra”, relatou.

Segundo o delator, ‘neste caso o operador da propina também foi Carlos Miranda’.

O Consórcio Manguinhos, liderado pela Andrade Gutierrez, em parceria com a EIT e Camter, venceu o contrato de R$ 232 milhões para executar os serviços no Complexo de Manguinhos. Entre 2009 e 2010, Sérgio Cabral inaugurou diversas obras em Manguinhos. De acordo com o site da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP), em 25 de outubro de 2010, o então governador do Rio entregou 328 apartamentos no Conjunto Embratel, na Avenida Leopoldo Bulhões, ‘destinados a famílias relocadas pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Manguinhos’.

“No local, também foram construídas uma ciclovia e áreas de esporte e lazer, com equipamentos de ginástica e pista de skate. Na mesma área, foram entregues, em junho, 152 unidades habitacionais. No total, são 480 novas moradias para os moradores de Manguinhos. A partir da próxima segunda-feira, o PAC Manguinhos terá completado 914 apartamentos entregues. O investimento total naquela comunidade é de R$ 565,6 milhões”, apontou o site do governo do Estado, na época.

O delator Rogério Nora de Sá disse que A Andrade Gutierrez ficou com as obras de Manguinhos e também relatou ‘nessas obras o pagamento de propina de 5% do valor respectivo para o governador Sérgio Cabral’. Segundo o delator, quem conduziu ‘as tratativas do ajuste de propina’ foi outro executivo da empreiteira de nome Alberto Quintaes.

O executivo declarou que participou de uma reunião com o então governador e um assessor, ‘na qual foi solicitada a propina em questão’. “O pagamento dessa propina foi feito parte em espécie e parte em doações oficiais para campanha”, afirmou.

Em janeiro deste ano, a Polícia Federal, no Rio de Janeiro, pediu auxílio da Operação Lava Jato, para levantar informações sobre possível fraude em licitação de obras de urbanização de três complexos de favelas – Alemão, Manguinhos e Rocinha – realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a partir de 2008. Os investigadores apuram o conluio entre as empresas líderes dos consórcios vencedores dos contratos, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – as três acusadas de cartel em obras da Petrobrás.

O Consórcio Rio Melhor, liderado pela Odebrecht, em parceria com a OAS e a Delta, venceu o contrato de R$ 493 milhões para realizar obras no Complexo do Alemão. E o Consórico Novos Tempos, encabeçado pela Queiroz Galvão, em sociedade com a Caenge e Carioca Engenharia, o contrato de R$ 175,6 milhões para as obras da Comunidade da Rocinha.

A reportagem pediu posicionamento para a defesa do ex-governador Sérgio Cabral, por e-mail. O advogado não retornou. O espaço está aberto para a manifestação do ex-governador do Rio.

Carlos Miranda não foi localizado.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

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Finanças

Marina não queria mostrar elo com OAS, diz delator

16110365Foto: Alan Marques -19.abr.2016/Folhapress

O empresário Léo Pinheiro, um dos sócios do grupo OAS, relatou nas negociações que entabula para fechar um acordo de delação com procuradores da Lava Jato que representantes de Marina Silva lhe pediram contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010 porque ela não queria aparecer associada a empreiteiras.

Candidata à Presidência pelo PV naquele ano, Marina acabou a disputa, vencida por Dilma Rousseff (PT), em terceiro lugar.

A informação sobre a delação de Pinheiro foi revelada pelo jornal “O Globo” no domingo (12) e confirmada pela reportagem da Folha.

Pinheiro disse que a contribuição foi pedida por Guilherme Leal, sócio da Natura e um dos principais apoiadores de Marina no meio empresarial, e Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha do PV.

Leal, candidato a vice na chapa de Marina em 2010, diz ter recebido Pinheiro em seu escritório, em São Paulo. O empreiteiro foi levado ao encontro por Sirkis, ainda de acordo com o empresário.

Leal e Sirkis, porém, negam ter recebido contribuições ilícitas. Segundo eles, a reunião com Pinheiro ocorreu em maio de 2010, quando a campanha não havia começado. A OAS fez uma doação legal ao PV do Rio.

Marina nega também que tenha usado recursos de caixa dois na campanha de 2010. “Nunca usei um real em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado”, disse em nota.

Ela afirmou também que apoia a Operação Lava Jato e pediu que os procuradores e a Polícia Federal investigassem o relato de Pinheiro sobre o suposto caixa dois na campanha dela em 2010 (leia texto abaixo).

Marina e o ex-presidente Lula lideram a pesquisa Datafolha para a disputa presidencial em 2018, segundo levantamento realizado em abril. Estão tecnicamente empatados, com cerca de 20% das intenções de voto, dependendo de seus adversários.

DOAÇÃO OFICIAL

Segundo Sirkis, a OAS doou R$ 400 mil para o PV do Rio de Janeiro e a contribuição foi registrada na Justiça eleitoral.

Seria por esse motivo que a doação não aparece na prestação de contas da disputa em 2010, entregue pela candidata à Justiça eleitoral.

Marina, hoje na Rede, é uma críticas das contribuições ilícitas feitas por empresas a candidatos. Em 2010, ela já defendia que as campanhas fossem financiadas com recursos públicos –na disputa para as prefeituras neste ano, doações de empresas são vetadas, mas não de pessoas físicas.

O discurso de Marina nem sempre se traduzia em práticas, e ela mesma reconheceu essa dificuldade em entrevistas. Nas campanhas de 2010 e 2014, quando disputou a Presidência novamente, ela foi criticada por ambientalistas por aceitar doações de empresas poluidoras e que não seguem à risca a legislação ambiental, como mineradores e fábricas de fertilizantes.

A candidata justificou que aceitava essas doações em 2010 porque a campanha presidencial havia sido curta e não houve tempo para mobilizar os seus apoiadores.

OUTRO LADO

A ex-senadora Marina Silva (Rede), o empresário Guilherme Leal e o ex-deputado federal Alfredo Sirkis negam que tenham pedido e recebido contribuição de Léo Pinheiro, da OAS, para o caixa dois da campanha de 2010.

Marina afirmou em nota que nunca aceitou recursos não declarados à Justiça eleitoral para a sua campanha. “Não acredito que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos”, disse em nota.

Ela pede que as autoridades investiguem o relato de Léo Pinheiro sobre a suposta contribuição ilícita ao PV.

“Posso assegurar à opinião pública brasileira que, neste momento em que a sarjeta da política já esta repleta de denunciados, o melhor caminho é confiar no trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal”, afirma.

Leal afirma em nota à Folha que se reuniu com Pinheiro em 31 de maio de 2010. Diz que Sirkis levou o empreiteiro até o seu escritório. Ainda segundo ele, o sócio da OAS manifestou interesse em doar para o PV.

“Disse-lhe expressamente que eventual contribuição seria bem-vinda, sem qualquer contrapartida ou compromisso, nos estritos termos da lei, isto é, com o devido registro no Tribunal Superior Eleitoral”, diz Leal.

Segundo ele, a OAS não doou para a campanha de Marina, mas sim para o comitê financeiro do PV do Rio. Essa doação está registrada no Tribunal Superior Eleitoral.

Leal rebate com veemência a versão de que ele teria pedido para a doação ser feita no caixa dois. “Isso é mentira. Repudio com veemência este tipo de ataque à minha honra”, diz.

Sirkis afirmou em nota que os R$ 400 mil doados oficialmente pela OAS foram usados na campanha presidencial no Estado do Rio e nas disputas de governador, deputado federal e estadual.

O advogado José Luís Oliveira Lima, que atua na defesa de Léo Pinheiro, disse que “as conversas com os procuradores são sigilosas” e, por esse motivo, não poderia se manifestar.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. PSDB/DEM até hoje apoiam o financiamento empresarial de campanhas políticas.

    Espero que Paulo nao seja eleitor dessa turma, né Paulo?

  2. É rapaz nem "Madre Teresa do Seringal,
    escapou da volúpia do dinheiro fácil das empreiteiras…

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Judiciário

Delcídio relatou conversa com Dilma sobre liberação de Odebrecht, diz delator

lm_dilma-rousseff-assinatura-contrato-secretaria-de-portos_01313042016DILMA ROUSSEFF (FOTO: LULA MARQUES/ AGÊNCIA PT)

Em delação premiada, o ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), Diogo Ferreira, confirmou a ofensiva do governo para tentar interferir na Operação Lava Jato por meio da nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ferreira disse que o parlamentar relatou a ele conversas com a presidente Dilma Rousseff nas quais a petista pediu “compromisso de alinhamento” de Navarro com o governo e citou o caso do presidente da Odebrecht preso preventivamente pelo juiz Sérgio Moro, Marcelo Odebrecht.

O delator afirmou que, depois de uma reunião entre o parlamentar e o desembargador – que ocorreu após encontro de Delcídio com Dilma -, Marcelo Navarro despediu-se do senador dizendo: “Não se preocupe, está tudo entendido”. A delação de Diogo Ferreira, colhida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 30 de março, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele entregou aos investigadores trocas de mensagens no Whatsapp nas quais mantinha contato com Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, a pedido de Delcídio. “Que a partir daí o Senador Delcídio Amaral e o Ministro José Eduardo Cardozo passaram a ter contato muito mais frequente; que, em determinado fim de semana, não distante no tempo da reunião que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com o Senador Delcídio do Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao depoente haver tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a Presidente Dilma Roussef, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcidio Amaral, a Presidente Dilma Roussef falou expressamente em Marcelo Odebrecht”, consta do termo de depoimento do ex-chefe de gabinete.

A procuradores da República, o ex-assessor de Delcídio disse que o senador teve uma reunião com o atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, então ministro da Justiça, próximo ao mês de julho do ano passado. Depois do encontro, Delcídio teria dito que ele e Cardozo precisavam “atentar” para a importância da nomeação ao STJ, que envolvia a relatoria dos habeas corpus da Lava Jato.

Por duas vezes, Delcídio disse a Diogo Ferreira que, segundo Cardozo, o desembargador era um nome ligado ao presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, que estaria alinhado com o governo federal.

Apesar de não participar das reuniões com autoridades, o ex-assessor disse que, na época da nomeação de Navarro, foi chamado por Delcídio ao interior do gabinete de Cardozo. O senador pediu, na frente do então ministro da Justiça, os números dos habeas corpus no STJ em favor os ex-dirigentes da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. “O senador esclareceu ao depoente, posteriormente, que havia a intenção de obter de Marcelo Navarro prestação jurisdicional favorável aos pacientes nesses habeas corpus”, disse Ferreira na delação.

Com base na delação de Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia a possibilidade de pedir a abertura de uma investigação pelo que classifica como “trama espúria” envolvendo a indicação de Navarro. A presidente Dilma Rousseff pode ser um dos alvos deste possível inquérito. A partir da homologação, a delação de Diogo Ferreira pode servir para reforçar eventuais pedidos de investigação. O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas afirma nunca ter tratado de questões ligadas à Lava Jato com Delcídio. Quando a divulgação da delação do senador foi realizada, Cardozo negou qualquer interferência dele e da presidente Dilma nas investigações da Lava Jato.

Época

Opinião dos leitores

  1. A coisa está ficando muito feia para o Ministro Marcelo Navarro. É uma pena, mas são denuncias graves que tiram e muito o brilho de uma carreira até então irretocável. Quem se juntar ao PT está fadado ao insucesso e a lama que atingiu esse partido.

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Finanças

‘Malinha de rodinha’ levou propina ao Diretório Nacional do PT, diz delator

9abr2015---o-tesoureiro-do-pt-joao-vaccari-neto-depoe-a-cpi-comissao-parlamentar-de-inquerito-na-camara-dos-deputados-que-investiga-irregularidades-na-petrobras-durante-o-depoimento-vaccari-1428591402567_300xFoto: Evaristo Sá/AFP. Vaccari teria recebido dinheiro entre 2009 e 2011, diz delator

Em interrogatório na Justiça Federal do Paraná, o lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que entregou propinas em “uma malinha de rodinha” ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto, no Diretório Nacional do PT, em São Paulo.

O dinheiro, relatou Pascowitch, saiu de um total de R$ 14 milhões de “comissão ao grupo político” sobre um contrato de US$ 3 bilhões de cascos replicantes da Engevix na Petrobras. Faziam parte do “grupo político”, segundo Pascowitch, Vaccari, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), seu assessor Roberto ‘Bob’ Marques, o irmão do ex-ministro Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e o empresário Fernando Moura, ligado ao PT.

“(As entregas), fazia através de uma malinha que eu tenho, com rodinha. R$ 500 mil cabia. (Entregava) dentro do diretório nacional do PT, na sala dele”, declarou. Pascowitch contou que, no fim de 2009, foi apresentado a João Vaccari pelo então diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Segundo o delator, nesta época, se deu a assinatura do contrato de US$ 3 bilhões dos cascos replicantes da Engevix com a estatal. O lobista afirmou que naquele ano o grupo político influente no setor não era mais representado por Dirceu, “apesar de poder indiretamente ter participação, mas não é de meu conhecimento”.

Pascowitch disse que o grupo passou a ser representado por João Vaccari. “A liquidação das comissões do contrato dos cascos se deu exclusivamente com o João Vaccari”, relatou. “Isso coincide com as eleições de 2010 e com a necessidade de recursos na data zero. O contrato dos cascos se desenvolveria em sete anos. Foi feito um acordo e se diminuiu esse porcentual para que ele pudesse ser liquidado durante o ano de 2010. Não foi bem assim, porque ultrapassou, passou 2011 também. Mas foi fechado um valor de R$ 14 milhões como comissões a serem pagas em referência ao contrato dos cascos.”

No depoimento, Pascowitch declarou que os valores da propina seriam repassados “conforme a disponibilidade ou mais ou menos o faturamento do contrato dos cascos”. De acordo com o lobista, foram feitas, “contribuições políticas da Engevix no montante de R$ 4 milhões. Os R$ 10 milhões restantes foram repassados em dinheiro entre o fim de 2009 e o meio de 2011”.

“Essas doações eleitorais eram abatidas do montante da propina”, sustentou. Em sua delação premiada, Milton Pascowitch declarou que também intermediou propinas a José Dirceu com dinheiro que ele tinha das empresas Hope Recursos Humanos e Personal. Nesta quarta-feira, 20, na Justiça Federal, ele afirmou que recebia montantes de “R$ 700 mil, R$ 800 mil, mas que na média era perto de R$ 600 mil”, provenientes de “contratos de serviços terceirizados no compartilhado da Petrobras”.

“A Hope me pagava em São Paulo, na maioria das vezes, e muitas vezes eu saía do escritório da Hope e ia entrar ao João Vaccari. Algumas vezes eu trazia até um complemento desses valores que eu tinha no Rio de Janeiro”, contou. “(João Vaccari) necessitava de recursos livres, de dinheiro, de pagamento em dinheiro. Eu fazia essa transferência para ele, então, dos recursos que eu recebia, que não eram de minha propriedade, mas que seriam uma parte do Duque, uma parte do Fernando (Moura, lobista e também delator da Lava Jato), uma parte do José Dirceu. E depois me ressarcia em contratos específicos junto ao grupo Engevix.”

O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na 1ª instância, questionou Pascowitch sobre a ciência de um dos donos da Engevix acerca da propina paga a políticos e dirigentes da Petrobras. “Lógico, sabia. Esse valor era sabido, eu informava ao Gérson que tinha entregue X mil reais para o João Vaccari, ele passava, então, uma autorização para o Cristiano Kok (outro dono da empreiteira) elaborar um contrato de prestação de serviços. O José Adolfo, meu irmão, sentava com o Cristiano Kok e assinava esses contratos e nós éramos ressarcidos desses valores pagos”, relatou.

Segundo ele, esses contratos não estavam vinculados a nenhuma obra. “Eles têm uma característica, que é a rubrica 4000, da Engevix, vinculada à vice-presidência da empresa e tem escopos completamente diferentes da nossa atuação e tem uma característica principal, que é a do pagamento à vista. Toda nossa remuneração, por exemplo, Cacimbas, começou em 2007 e terminou em 2011. Nesse caso de reposição de valores pagos de propina, eles têm vencimento à vista, eles sempre foram pagos em uma parcela só”, disse.

Para o criminalista Roberto Podval, que defende Dirceu, o depoimento do delator “foi confuso”. Podval nega taxativamente que o ex-ministro tenha recebido recursos ilícitos. O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto, tem reiterado que o ex-tesoureiro do PT, jamais arrecadou valores ilícitos para o partido. “Todas as captações foram absolutamente legais e repassados ao PT, com declaração à Justiça eleitoral”, afirma D’Urso.

Procurado, o PT afirmou que todas as doações recebidas pelo partido foram realizadas estritamente dentro da legalidade e posteriormente declaradas à Justiça.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Quem dava sustentação política as transações de Vacari, José Dirceu, Cerveró, Palocci, Delúbio, Dumlai?
    Quem fazia vista grossa as negociatas da Engevix, Odebrecht, Camargo Correia, BTG, entre outras, dentro do governo, envolvendo valores tão altos que ultrapassavam o aval dos Ministros?
    Quem na cúpula governamental dava aval as transações bilionárias realizadas por bancos?
    Será mesmo que todos esses senhores, empresas e bancos tinham acesso aos montantes bilionários do Estado brasileiro, sem o aval e o devido conhecimento das mais altas autoridades do governo?
    Se as autoridades constituídas não tinham conhecimento, não davam aval, nem sabiam da movimentação de tantos recursos, nossa República está falida, desmoralizada, inerte e inoperante.

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Judiciário

UTC doou ao DEM, PR, PMN e PRTB por ordem de Gim Argello, diz delator

Um dos delatores do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, o diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, detalhou à Procuradoria-Geral da República um acerto que teria sido feito em 2014 entre Ricardo Pessoa, dono da empreiteira, e o então senador Gim Argello (PTB-DF). Pelo acordo, o parlamentar atuaria para que Ricardo Pessoa não fosse chamado a depor na CPI da Petrobras. Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribuições em favor de pessoas indicadas por Gim Argello.

Segundo Walmir Santana, o acerto era ‘um tipo de blindagem’ para Ricardo Pessoa. “No início do mês de julho de 2014, Ricardo Pessoa se aproximou do declarante (Walmir Santana) e afirmou ter chegado a um acordo com Gim Argello no sentido de que ele, Ricardo Pessoa, fosse blindado em relação a CPI; que, em contrapartida, teriam que fazer doações no valor de R$ 5 milhões a pessoas que Gim Argello indicaria.”

O delator explicou a transação. “No total foram pagos R$ 1,7 milhão em favor do DEM; que, em favor do PR, R$ 1 milhão; que, em favor do PMN, R$ 1,15 milhão; que, em favor do PRTB, também foram pagos R$ 1,15 milhão; que, os totais doados perfazem os R$ 5 milhões acordados com Gim Argello; que, o declarante, ao que se recorda, recebeu a totalidade dos recibos eleitorais.”

O executivo prestou depoimentos em 4, 5 e 6 de agosto à Procuradoria-Geral da República. Em um deles, Walmir Santana contou que após a instalação da CPMI, ‘existiam umas afirmações de que Ricardo Pessoa seria chamado para prestar depoimento’. O dono da UTC, segundo Walmir Santana, passou a procurar ‘pessoas dessa CPMI’ e chegou a Gim Argello, que teria ‘uma certa influência’ sobre Vital do Rêgo, então senador e presidente da CPMI e hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo Walmir Pinheiro Santana, Ricardo Pessoa reuniu-se algumas vezes com Gim Argello.

Transação

No depoimento, Walmir Santana declarou que o dono da UTC disse que ‘seria procurado por uma pessoa de nome Paulo Roxo, que teria maiores instruções de como proceder’. “Ainda no início de julho de 2014, Paulo Roxo esteve com o colaborador e Ricardo Pessoa, ocasião em que Paulo Roxo passou a lista do primeiro pagamento que seria realizado em 10 de julho”, declarou. “Seriam feitos depósitos para o PR (R$ 1 milhão), para o DEM (R$ 500 mil), PMN (R$ 250 mil) e para o PRTB (R$ 250 mil), totalizando R$ 2,5 milhões.”

Walmir Santana disse que no primeiro encontro, Paulo Roxo estava acompanhado de ‘uma pessoa de nome Valério’. “Paulo Roxo apenas falou que estava ali representando Gim Argello e fizeram o cronograma para os pagamentos; que para os demais pagamentos, Paulo Roxo afirmou que dois ou três dias antes de cada pagamento passaria as instruções.”

Segundo Walmir Santana, houve mais um encontro com Paulo Roxo. Em meados de agosto, Paulo Roxo teria levado recibos eleitorais dos pagamentos já feitos e informado os demais partidos para os quais seriam transferidos recursos. Esta reunião teria ocorrido em 18 de agosto de 2014.

“Os pagamentos tratados na reunião com Paulo Roxo em 18 de agosto foram realizados em 25 de agosto; 15 de setembro e 1 de outubro de 2010; que, esses pagamentos beneficiaram o DEM (R$ 600 mil), em 25 de agosto; em 15 de setembro também em favor do DEM, no valar de R$ 600 mil e o último, em 1 de outubro, no valor de R$ 300 mil em favar do PRTB e R$ 300 mil em favor do PMN; que, houve pagamentos em 30 de julho e 15 de agosto; que, esses pagamentos decorreram de contatos telefônicos com Paulo Roxo que o instruiu a realizar, em 30 de julho, pagamentos em favar de PMN, R$ 300 mil, e PRTB, R$ 300 mil; que, em 15 de agosto, novamente foram feitos pagamentos nos valores de R$ 300 mil para o PMN e R$ 300 mil em favor do PRTB.”

O delator afirmou que não sabe se outras empresas também pagaram a Gim Argello para evitar que empresários fossem chamados para a CPI ou CPMI. “Ricardo Pessoa não foi chamado a depor perante a CPMI ou CPI da Petrobras em 2014”, disse.

Procurados na sexta-feira (18) por e-mail, o ex-senador Gim Argello, o PMN e o PRTB não retornaram à reportagem.

Defesas

O DEM afirmou que, “não há qualquer relação do Democratas com o ex-senador Gim Argello, que ademais sempre integrou partido da base do governo ao qual o DEM faz oposição”.

Ainda segundo o partido, “em 2014, o Democratas recebeu da UTC o valor de R$ 1 milhão (um milhão de Reais), doação que foi devidamente declarada na prestação de contas do partido junto ao TSE”.

Já o Partido da República (PR) informou que, “por norma”, não comenta “assuntos relacionados a conteúdos ou procedimentos de investigação do Ministério Público”.

UOL

Opinião dos leitores

  1. E tem algum partido que presta ???????? tem ????? tem algum politico pagando conta que nem a gente do povo tem ???? onde ?????? porque no BRASIL TEM DISSO NAO VIU!!!!!! e ainda há quem defenda….ops desculpa tem os baboes!!!!!!!!!!!

  2. As "grandes" empresas e bancos sempre fazem doações "legais" a quase todos os partidos nas eleições.
    Uma vez que o partido coloca a doação na prestação de contas do TRE, torna-se "legal", segundo a cozes ditas, repetidas e ecoadas do PT. Então deve valer a todos, ou seria, só ao PT?
    Esse ritual se repete a cada campanha e isso ocorre a nível nacional, estadual e municipal, cada um no seu quadrado. Porém o crime está na origem dos recursos para doação.
    Então como o PT hoje domina e toma conta dos recursos públicos federais, quer acabar com a doação de terceiros, essa é uma das formas que o PT tenta impor para manter seu projeto de perpetuação no poder.

    1. Fala sério, "Fala Sério! Quem defende financiamento empresarial de campanha é contra a saúde, educação e segurança públicas! Jamais haverá saúde pública de qualidade, enquanto houver bancada financiada por planos de saúde privados! A educação pública nunca vai prosperar, porque os grandes conglomerados da educação terão seu lobby! A bancada da bala lucra com a falta de segurança pública!

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Finanças

PMDB mineiro exigiu propina de R$ 400 mil mensais a Cerveró, diz delator

alx_2015-08-17t170445z_1006890001_lynxnpeb7g0v2_rtroptp_3_brazil-politica-lavajato-cervero-condena_original(Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

Condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro e a 12 anos e três meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do petrolão, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi pressionado pelo PMDB mineiro a pagar uma espécie de mensalão – no valor de 400.000 reais – quando ocupava o cargo de cúpula na petroleira. A informação consta de delação premiada do engenheiro elétrico Agosthilde Mônaco de Carvalho, que atuou como assistente de Cerveró na companhia.

Novo delator da Lava Jato, Mônaco disse ter sido informado por Cerveró sobre a pressão de setores do PMDB e afirmou que o ex-diretor foi afastado do cargo depois de não se comprometer a repassar dinheiro sujo para o partido. “O diretor Nestor disse que foi afastado da Diretoria Internacional da Petrobras porque foi pressionado a contribuir com a quantia de 400.000 reais por mês para a bancada do PMDB de Minas Gerais. Por não assumir esse compromisso foi afastado”, detalhou o delator em depoimento à força-tarefa da Lava Jato. Cerveró, contudo, não apontou que integrante do PMDB o havia pressionado e nem os políticos a serem beneficiados com o dinheiro sujo.

Oficialmente Nestor Cerveró deixou a área internacional da Petrobras após ter sido apontado como o responsável por um parecer técnico “falho” envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Ele foi substituído no cargo pelo engenheiro Jorge Zelada, também preso na Operação Lava Jato suspeito de embolsar propina e remeter o dinheiro sujo a contas no exterior. Nas negociações do esquema criminoso, o sucessor de Cerveró seria originalmente João Augusto Henriques, também réu na Lava Jato.

Segundo a acusação do Ministério Público, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema do petrolão foram parar nas mãos de Zelada, do ex-gerente Eduardo Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento político do ex-dirigente. No esquema, os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques atuavam como intermediários da negociação, sendo que cabia a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa, a Raul Schmidt depositar a propina reservada a Zelada e a João Augusto Henriques pagar o dinheiro sujo ao PMDB.

Um outro delator da Lava Jato, o ex-gerente da área internacional da Petrobras Eduardo Musa foi além e afirmou às autoridades que cabia ao atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como parlamentar, dar a “palavra final” nas decisões da Diretoria Internacional. Cunha foi denunciado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de embolsar 5 milhões de dólares em propina em contratos de navios-sonda com a Petrobras e é investigado em outro inquérito por causa de contas secretas na Suíça supostamente utilizadas para receber dinheiro sujo.

Veja

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Finanças

Codinome de Cerveró em planilha de propina era ‘lindinho’, diz delator

cerverocpiandredusek-1024x682Foto: André Dusek/ Estadão

O ex-gerente da Petrobrás, Eduardo Musa, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que o apelido do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró em planilha de propina era ‘lindinho’. Segundo o delator, havia uma tabela com a divisão dos pagamentos ilícitos na Diretoria Internacional.

Eduardo Musa afirmou à força-tarefa da Lava Jato que entrou na Petrobrás em 1978, por meio de concurso público. O executivo disse que ficou na companhia até janeiro de 2009. Em 2003, ele contou que perdeu o cargo que ocupava na gerência geral de Gás e Energia e foi trabalhar na área de Exploração e Produção.

cervero-448x350Entre 2003 e 2006, Eduardo Musa afirma ter trabalhado na BR Distribuidora. De 2006 até se aposentar, ele relatou ter sido gerente-geral da área internacional.

“Desde que entrou na Petrobrás se ouvia falar do pagamento de vantagem indevida nas mais diversas áreas, mas somente em 2006 o declarante começou a tomar conhecimento de forma direta”, declarou Eduardo Musa.

“O tema de pagamento de propina foi apresentado ao declarante por Luis Carlos Moreira. Por volta de julho de 2006, quando o declarante estava começando a trabalhar no desenvolvimento do projeto do navio sonda Petrobrás 10000, Moreira mostrou uma planilha de divisão de propinas da área internacional da Petrobrás; nesta planilha constavam codinomes (apelidos); que o apelido de Nestor na planilha era Lindinho.”

Nestor Cerveró já foi condenado em duas ações na Operação Lava Jato. Em maio, o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, aplicou 5 anos de pena ao ex-diretor, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.

Em agosto, o juiz impôs a Cerveró 12 anos, três meses e dez dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

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Finanças

Contrato da Petrobrás quitou dívida da campanha de Lula em 2006, diz delator

lulaUm contrato de US$ 1,6 bilhão assinado pelo Grupo Schahin com a Petrobrás, entre 2006 e 2007, para operação do navio-sonda Vitoria 10000 fez parte da quitação de uma dívida de campanha do PT com a empresa referente à campanha eleitoral de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que afirmou Eduardo Musa, ex-gerente-geral da Diretoria Internacional, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato.

“Foi explicado que havia uma dívida de campanha presidencial do PT de R$ 60 milhões junto ao Banco Schahin e que para quitá-la o governo utilizaria do contato de operacionalização da sonda Vitoria 10.000″, contou Musa, em depoimento prestado no dia 21 de agosto.

Musa, que não chegou a ser preso pela Lava Jato, atuou na Diretoria Internacional da Petrobrás de 2006 a 2009, sob o comando de dois ex-diretores que estão detidos em Curitiba – sede das investigações de corrupção na estatal -, Nestor Cerveró e Jorge Zelada. A área era uma cota do PMDB no esquema de fatiamento político das diretorias da estatal para arrecadação de propina sistematizado a partir de 2004.

“Foi explicado por Cerveró e Moreira para o declarante que esta nova sonda (Vitoria 10000)deveria ser operada pela Schahin Engenharia”, explicou o delator. “Em relação ao motivo de contratação da Schahin, foi explicado por Cerveró e Moreira que havia sido recebida uma ordem ‘de cima’ para que se procedesse desta forma”, registrou a força-tarefa da Lava Jato.

“(Musa) não perguntou quem era a pessoa de cima mas, do contexto, imaginou que esta pessoa seria Sergio Gabrielli, então presidente da Petrobrás.” Gabrielli foi citado na Lava Jato.

Foi na gestão de Gabrielli como presidente que saíram os dois projetos dos navios-sonda Petrobrás 10000 e Vitoria 10000, feitos pela Diretoria de Internacional, que teriam envolvido propina de US$ 35 milhões pagos pelo estaleiro Samsung, em sua fase de construção. Foi desse montante que saíram os US$ 5 milhões dirigidos ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Bumlai. Musa relata que em janeiro de 2007, Cerveró assinou uma carta de intenção com o estaleiro Samsung Heavey Industries, da Coreia, que construiria o navio-sonda, no mesmo modelo usada para construção do navio-sonda Petrobras 10000. A diferença é que o projeto da segunda sonda foi feito para exploração de poços na África, onde já se sabia que não havia petróleo.

Foi a partir dessa carta, que deu-se inicio “a negociação com Schahin para operação” do equipamento Vitoria 10000, conta Musa. “Dede a primeira apresentação realizada em 18 de janeiro de 2007, já foi apresentada à Diretoria Executiva a Schahin como operadora da sonda”, revelou o ex-gerente. “O contrato (de construção da sonda) com a Samsung foi assinado em março de 2007, mesma época em que foi assinado o memorando de entendimento com a Schahin”, explica. “O contrato com a Schahin (para operação do equipamento) foi assinado em dezembro de 2007.”

Houve um acerto de pagamento de US$ 5 milhões em propina pela Schahin para ex-executivos da Petrobrás. Esse negócio, segundo delatores, envolveu o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o operador de propinas ligado ao PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano.

Os beneficiários foram Cerveró, Musa e o ex-gerente executivo da área Internacional Luis Carlos Moreira. O acerto foi fechado no escritório de Fernando Baiano, no Rio.

O pagamento dos US$ 5 milhões teria sido tratado diretamente por Fernando Schahin, filho de um dos fundadores do grupo, e dividido entre os ex-executivos da Petrobrás. Cerveró e Moreira indicaram contas no Uruguai para receber suas partes e Musa, na Suíça.

Citado como “o pecuarista” em conversas de executivos investigados em Curitiba, Bumlai seria uma espécie de avalista dos negócios com a Schahin, suspeita a Polícia Federal. Seu nome, ainda não havia sido citado diretamente nos negócios de propina alvos da Lava Jato.

COM A PALAVRA RUI FALCÃO, PRESIDENTE NACIONAL DO PT

“Esta é uma história totalmente falsa, pois a suposta dívida mencionada na delação nunca existiu. É mais uma mentira divulgada de maneira irresponsável, sem base em provas, na tentativa de comprometer o PT. Nas campanhas eleitorais, o PT jamais delegou a terceiros a responsabilidade de arrecadar fundos. A arrecadação do partido sempre foi feita em obediência à lei, através de transações bancarias, todas elas declaradas à justiça eleitoral.”

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

  1. EU ACHO INCRÍVEL A CAPACIDADE DESTE SENHOR DE ESTAR EM TODO LUGAR ONDE EXISTE CORRUPÇÃO,E AINDA VEM ESSE TAL DE FALCÃO COM CONVERSA FIADA MENTINDO DESCARADAMENTE, ALIAS ALGUEM JÁ SABE QUE E O TESOUREIRO DO PT, SERÁ QUE AINDA TEM ALGUEM QUE TENHA CORAGEM E GOSTE DE GAIOLA

  2. Então, se tudo ocorre as mil maravilhas dentro do "PT", como explicar a condenação e prisão de dois tesoureiro.

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Finanças

Collor pressionou por compra de R$ 1 bi em álcool, diz delator

O lobista Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB pela Operação Lava Jato, afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró (que havia sido diretor da área Internacional da Petrobras) comentou com ele sobre uma suposta pressão feita pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) na subsidiária da estatal petrolífera. Segundo Baiano, Cerveró falou sobre ‘negociações envolvendo políticos, em que o tom, o contexto e as circunstâncias sugeriam tratar-se de negócios ilícitos’.

“Se recorda de Nestor Cerveró ter comentado sobre uma negociação em que o senador Fernando Collor estaria pressionando para a BR Distribuidora adquirir uma quantidade enorme de álcool de uma safra futura, perante usinas indicadas pelo parlamentar, o que pareceu estranho ao depoente e a Nestor Cerveró, até mesmo pelo valor, que girava em torno de R$ 1 bilhão”, afirmou Baiano.

Collor já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro.

Isto É, com Estadão Conteúdo

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Polícia

‘Tomar drinque’ ou ‘fumar charuto’ era senha de Renato Duque para propina, diz delator

Preso na Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque combinava de “tomar um drinque” ou “fumar um charuto” quando queria se encontrar com o operador Milton Pascowitch, a fim de receber propinas de contratos da estatal.

A informação foi dada pelo próprio Pascowitch, que fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em junho. Ele está em prisão domiciliar.

Segundo o operador, Duque tinha uma espécie de “conta corrente” com a Jamp Engenheiros, empresa do Pascowitch usada como intermediária para a transferência de propinas da Petrobras a agentes públicos.

A informação foi divulgada em reportagem do “O Globo” desta quarta-feira (19).

“Geralmente, Duque ligava para o declarante [Pascowitch] e marcavam algum encontro para ‘fumar um charuto’, ‘tomar um drinque’ ou mesmo uma visita no escritório”, informa o termo de declarações, divulgado pela Justiça nesta terça-feira (18).

O ex-diretor recebia pagamentos mensais de R$ 280 mil de Pascowitch, referentes a contratos com duas prestadoras de serviço da Petrobras -Hope Recursos Humanos e Personal Service.

Os pagamentos, segundo Pascowitch, eram feitos em sua casa ou na sede da D3TM (empresa de consultoria de Duque aberta após sua saída da Petrobras).

A Hope e a Personal negam participação no esquema. Duque, que sempre refutou as acusações, atualmente negocia um acordo de delação premiada.

Folha Press

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